"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Notas várias

Filho da puta! As FARC-EP consiguiram anti-aéreas e colocaram suas patas em cima do plano Consolidación!.

Na Nacho

O famoso reitor da Universidade Nacional, Moisés Wasserman, busca sua reeleição na reitoria para tornar esta universidade mais neoliberal do que nunca. Sua ideia é casa-la com a iniciativa privada e não com a realidade do país. Em sua notória reforma, imposta de maneira anti-democrática, Wasserman, como todo judeu educado nas teses do sionismo, acredita que com sua reforma se chegou à terra prometida. Fiel a esta mesma filosofía, desprezou de maneira arbitrária os diferentes escalões da Universidade, em especial o estudantado, ao qual não teve duvidas em estigmatizar. Esperamos que os diferentes escalões descartem de pronto a sua candidatura.

Partido liberal

Se for lançada a candidatura presidencial de Cesar Gaviria pelo partido liberal, supostamente proposto por um grupo de burocratas, grupo desses que mantêm-se de costas para a realidade e fiéis aos interesses da oligarquia colombiana, o partido liberal acabará com o pouco da força que ainda lhe resta. As bases do partido liberal, sobretudo as novas generações, pensam mais em Piedad Córdoba do que em Gaviria. Enquanto isso, Gaviria pensa mais em Lucho Garzón e em como dividir o POLO, pois sua ideia é armar uma turma do “todos contra Uribe”. O neoliberal de sempre, joga dos dois lados, dividir o Polo e voltar a fazer suas travessuras no palácio, utilizando para elas, a maquina do aparato liberal, mas se submete-se à uma consulta com a participação de Piedad, a negra o leva pelos cabelos, pois Gaviria não é galo para semelhante guerreira.

A queda do avião.

Com a confirmação da queda de um avião do exército, alguém gritou: Filho da puta! As FARC-EP consiguiram anti-aéreas e colocaram suas patas em cima do plano Consolidación! Como se o comandante da força aérea houvesse ouvido, sem que ninguém lhe preguntasse saiu a dizer que estava descartada a hipótese de o avião ter sido abatido pelas FARC-EP. O mesmo disseram quando o avião da CIA aonde viajavam os três mercenários foi derrubado pela insurgência, negaram-no até o último momento. Amanecerá e veremos. Menos mal, um avião a menos para a guerra. Quantas pessoas terão perecido sob suas bombas de mais de 50 kilos? A justiça tarda, mas não falha.

Desapercebida.

Passou desapercebida a interceptação do exército colombiano feita pela insurgência, na qual ficou claramente demostrada a maneira como o governo joga sujo. Não contentes com os sobrevôos, não contentes com a utilização dos símbolos do CICR, agora se pretendia detectar os helicópteros do exército brasileiro para boicotar a entrega dos prisioneiros. O tiro lhes saiu pela culata, pois a malícia indígena da - segundo eles - agonizante guerrilha, não só cumpriu o combinado, além de que todos pudemos escutar a interceptação ao vivo. Isto explica porque o paramilitar que responde pela presidencia queria uma entrega sem testemunhos. Para fazer das suas, como sempre: jogar sujo.
Também passou desapercebida a capacidade artística do insurgente presente durante a entrega. Ele recitou algumas de suas melhores músicas, como digno herdeiro da tradição oral quando se trata de recitar. O insurgente fez júz à fama dos poetas e músicos que pululam nestas terras. O jornalista Samper desafortunadamente o esqueceu na sua crônica, mas no vídeo o vimos boquiaberto com a arte da palavra mostrada pelo chefe insurgente. Minha mãe, que viu o vídeo, definiu a cena com esta pérola: “este país de merda: tanto talento sacrificado na guerra”.

A grande imprensa, dando corda.

Segundo o diário el Espectador em seu artigo “o tiro pela culata” (Edição de 7 de fevereiro 2009), a responsabilidade das retenções políticas de civís foi do comandante insurgente Jorge Briceño, que exteriorizou a ideia em seu plano imediato para forçar a troca.“Há que tomar gente do Senado, da Câmara, magistrados e ministros, os que integram os três poderes e verão como eles gritam”. A insurgencia esta convocada a refletir sobre seus objetivos militares, recomenda o periódico em seu artígo.
Ao contrário do chefe insurgente que, segundo o jornal citado, centrou-se no poder político, contam que Pablo Escobar pensando em sua luta contra o poder estabelecido havia dito, “eu escondido e os oligarcas fazendo cachorros miarem, não é possível”. Pablo Escobar terminou colocando o regime sob seus pés, com seus advogados ditando o regime dos decretos 2047/2049 de entrega e submição à justiça. A diferença é que as pessoas em poder do mafioso tinham sobrenomes de classe e alta estirpe, não eram simples politiqueiros, nem soldadinhos, eram oligarcas puro sangue. Que paradoxal o el Espectador dando corda à insurgência.

Condenação à morte uribista.

Uribe acaba de assinar a sentença de morte dos 22 prisioneiros de guerra em poder da insurgência. O homem do ubérrimo, mostra uma vez mais a falta com seus deveres constitucionais em proteger a vida de todos os cidadãos colombianos. Neste caso, com estes servidores públicos membros das FFMM.
Devemos recordar que os 22 membros das FFMM são prisioneiros de guerra, feitos prisioneiros em combates, o que quer dizer que estavam armados e foram vencidos em um ato de guerra, sua vida respeitada e sujeitos para intercambios de prisioneiros. Os 22 homens que integram a lista de prisioneiros de guerra, no momento de sua detenção, não estavam rezando em nenhuma capela, estavam sim fazendo a guerra.
A vida deles, desafortunadamente, depende de uma vissão compulsiva e irresponsável, companheira do narco-presidente, a qual soluciona tudo mediante a guerra e a saida violênta. Lastimavel, já que até mesmo o Estado sionista de Israel se apresta a libertar alguns dirigentes palestinos para conseguir a libertação de um soldado sionista, prisionero de guerra do Hamas.
Outro condenado é o jornalista Holman Morris, Uribe colocou-lhe uma lápide no colo. Seu correio pessoal e o de CONTRAVIA estão inundados por mensagens ameaçadoras onde se repetem as mesmas palavras do homem do Ubérrimo. Uribe deve responder pelo que possa se passar com o jornalista.


Johnson Bastidas

Força Pública ou Exército Privado?

ANNCOL

O ministro da guerra do governo narco-paramilitar de Uribe Vélez, Juan Santos -aliás a Hiêna - não somente combinou “la refundação da nação”com os grandes capos para-militares Castaño e Mancuso.

Agora ele mostra suas verdadeiras intenções: privatizar totalmente a denominada Força Pública colombiana, para coloca-la à serviço dos interesses “particulares e de recreação” de sua familia; isso é o que quer “legalizar” se for o presidente sucessor de Uribe Vélez.

Mas, para sorte da Colombia, todavía existem Jornalistas honestos - com maiúscula -, que não se deixaram “aterrorizar” pelas ameaças do governo Uribista e continuam denunciando sua podridão * - leia, olhe e tire suas conclusões:

O artigo original está em http://colombia.indymedia.org/news/2009/02/98762.php

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Iván Márques entrevistado por Jorge Botero

Meu total apoio à greve dos chocoanos

Chocó só recebeu do Estado promessas descumpridas ou mentirosas.

Declaração, Senador Jorge Enrique Robledo, Bogotá, 19 de fevereiro de 2009


O trágico acidente ocorrido há poucos dias na estrada Medellín-Quibdó, conhecida como “Atalho da Morte”, no qual morreram mais de 40 pessoas, esgotou a paciência do meio milhão de chocoanos que se preparam para lançar hoje uma greve cívica departamental em defesa de uma dignidade hoje pisoteada e pelo respeito à sua integridade territorial. Expresso o meu entusiástico apoio ao justo e pacífico protesto e conclamo o restante dos colombianos a solidarizar-se com ele.

O Comitê Cívico pela Salvação e a Dignidade de Chocó levou às autoridades um documento contendo nove itens. Nele, a população reivindica a pavimentação dos 98 quilômetros entre Quibdó e El Siete, nos limites com Antioquia; pavimentação da via Las Ánimas-Santa Cecilia, que une o Chocó com Risaralda e o Eixo Cafetero; construção da via entre Nuquí e Cupirijo; conclusão da via Cartago-Nóvita; dragagem das Bocas del Atrato para facilitar a navegação e controlar as freqüentes inundações; fortalecimento da rede pública de saúde, em estado de lamentável deterioração; interconexão elétrica com o Baudó, La Costa Pacífica, o Médio e o Baixo Atrato e o Baixo San Juán; definir que Belén de Bajirá pertence a Chocó e, por último, devolver a Chocó os recursos pagos sobre as dívidas que correspondiam ao antigo FER.

El Chocou só recebeu do Estado promessas descumpridas ou mentirosas. Causou especial indignação entre os cidadãos as afirmações do presidente Uribe Vélez na sua recente visita à capital do departamento, ao anunciar que o governo central destinaria 70 bilhões de pesos para iniciar a licitação do trecho El Sete - Quibdó, ocultando que no documento Conpes 3536, de 18 de julho de 2008, o governo já tinha se comprometido a doar 130 bilhões de pesos. O que Uribe notificou foi na verdade um corte de quase 100%, mas apresentado de forma cínica aos chocoanos e ao país como um generoso investimento.

Chocó, a região mais discriminada da Colômbia, está em péssimas condições e os índices de fome, pobreza, indigência, analfabetismo, desemprego e mortalidade infantil avançam de forma alarmante, além de ser piores que a média nacional. O setor educativo tem um déficit financeiro que supera os 40 bilhões de pesos e os hospitais estão em estado agonizante. Por isso tem toda a razão o Comitê Cívico quando assevera que o desemprego é um assunto de dignidade humana. Os chocoanos merecem todo o nosso apoio.

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Uribe nunca mostra a cara

Uma velha manha da oligarquia colombiana que consta nos manuais da Doutrina da Segurança Nacional. Preparam o terreno para seus assassinos de aluguel atuarem. Os paramilitares rebatizados como as 'águias negras'.

*caricatura de Beto

ANNCOL

Vamos comentar a nova criação do iluminado, Álvaro Uribe Vélez, o “bloco dos intelectuais”. 'Varito', nome – adeqüadíssimo - pelo qual o presidente colombiano é conhecido no submundo da máfia, não improvisa nunca. Ele planeja tudo, escrupulosamente. Esse é “nosso homem”, disse o tristemente célebre Pablo Escobar Gaviria. “Anastasio Somoza é um filho da puta”, disse o presidente Roosevelt -, “mas é nosso filho da puta”, esclareceu.

Aos colombianos de bem, por sua vez, eles oferecem a lápide. Aos que defendem o patrimônio de todos os colombianos. Aos que não aceitam os leoninos TLC com os Estados Unidos e a União Européia. Aos que buscam espaços para a paz. Aos inimigos do Terrorismo de Estado. A esses colombianos, Álvaro Uribe Vélez quer silenciar.

Hoje esses ódios viscerais são colocados em prática, mas Uribe está perdido. É um governo em franca decomposição. Ninguém mais acredita em suas montagens e conversas fiadas. Não titubeia em mandar qualquer assassino de aluguel matar os seus adversários pelas costas, mas para ficar 'limpo' precisa de tempo para preparar antecipadamente algum álibi, contando com a cumplicidade dos grandes meios empresariais.

Ou o que os senhores acham? Que este sujeito consiga sua garganta a gritar desde o 'palácio de nari' – o grupo de intelectuais a serviço das Farc-. Carreta. Sem a imprensa sob os pés, Uribe estaria já há meio ano compartilhando uma cela com Dom 'Berna & comparsas'.

Olho nele. O conhecido como 'Varito' vai fazer o impossível para aferrar-se à cadeira presidencial. Vai matar quem lhe desafiar. A unidade e a ofensiva política focalizada é a melhor defesa contra as arremetidas fascistas. O inimigo de plantão do povo colombiano está na 'Casa de Nari'.

Definitivamente, 'Varito' é um filho da puta.

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Narcoparamilitar é nomeado embaixador da República Dominicana


Em segredo, Uribe nomeia um dos seus ex-generais mais perigosos como embaixador. A representação diplomática inclui espionagem, tráfico de drogas, milícias, corrupção. Agora é a vez do general Montoya, reconhecido amigo dos mafiosos do Vale do Cauca.

ANNCOL/El Espectador


Perante o chanceler Jaime Bermúdez, numa cerimônia discretíssima, o general (r) Mario Montoya tomou posse nesta quarta-feira como novo Embaixador da Colômbia na República Dominicana.

É um sujeito perigoso para a soberania deste país caribenho. Não deve ser fortuita a sua nomeação em uma região que luta para safar-se do jugo norte-americano. Parece que este país se voltou o esconderijo de párias em vias de ser condenados por organismos internacionais. Montoya é lembrado nos bairros populares de Medellín como um terrorista a serviço da oligarquia colombiana e seus chefes em Washington.

Mas o general (r) Montoya também é lembrado porque em sua gestão como chefe do Exército ocorreram vários “falsos positivos” (execuções de falsos guerrilheiros, na verdade camponeses). Depois dos assassinatos, os inocentes civis eram trajados com uniformes da guerrilha.

A cerimônia aconteceu no Salão Protocolar do Palacio de San Carlos e teve poucos convidados. Montoya é reconhecido por haver feito toda a logística e planejamento tático da ‘Operação Jaque'.

Trata-se de uma "Valente operação", auxiliada, é claro, pelos dois traidores El Gafas e El Cesar. Não fosse por eles, Ingrid e os três espiões estrangeiros teriam que esperar vários meses, a julgar pelo que se conhece das Farc e da sua exigência de uma área sem militares colombianos para um intercâmbio de prisioneiros de guerra.

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Farc entregam menor de idade infiltrada pelo Exército

Decidimos entregar a jovem Angélica Martínez à Cruz Vermelha Internacional e à sua família por esta ser menor de idade, em um gesto humanitário e ao mesmo tempo como forma de exortar a juventude para que não se deixe enganar com as falsas promessas da Brigada Móvel 8. A eles não importa que jovens da região morram no cumprimento de uma missão que não lhe pertence.

ANNCOL


Compartilhamos com os nossos leitores o comunicado das Farc sobre o uso da juventude colombiana na criminosa empreitada da “segurança democrática” de Uribe Vélez
***

A segurança democrática do paramilitar Álvaro Uribe Vélez pressupõe que o exército manipule a consciência da população civil por meio de enganos e falsas promessas, buscando dicas e informações em troca de alguns centavos, promessas de casas e escolas que nunca serão construídas, e como se não bastasse, fazendo com que estas pessoas que se deixaram enganar terminem em um grave problema com a nossa organização revolucionária.

Com a chegada da Brigada Móvel 8 ao município de Planadas algumas pessoas pensaram que eles levavam a solução para todos os problemas sociais que ali existem. Equivocaram-se, o exército só causou problemas à população civil que antes vivia tranquilamente. As estradas se deterioraram, a agricultura na região é um desastre, os camponeses já não podem fazer compras como antes porque o exército lhes proíbe, aumentou o consumo de maconha e cocaína, os assaltos, a prostituição etc.

O exército trata de conquistar algumas moças menores de idade, primeiro como amantes de soldados e de oficiais, e depois as convencem a ingressarem na guerrilha, para fazer trabalho de inteligência e depois desertem levando consigo toda a informação que puderem sobre os trabalhos e movimentos da organização revolucionária. Como estímulo lhes oferecem milhões de pesos, educação na capital e pintam uma vida maravilhosa no estrangeiro. Diante de tanta beleza, ingenuamente algumas caíram no golpe.

Por exemplo, a jovem e estudante Angélica Martínez, da vereda La Unión, foi convencida pelos capitães Alexander Ballesteros e Arles Vásquez a ingressar na guerrilha para desertar depois. A menor de idade, iludida pelas falsas promessas, ingressou na guerrilha onde imediatamente teve seu plano descoberto. Mas isso não é tudo. A Brigada Móvel 8 violou o direito internacional humanitário acerca de menores de idade e população civil nesta guerra fratricida que declarou o miliciano Uribe em todo o país.

Decidimos entregar a jovem Angélica Martínez à Cruz Vermelha Internacional e à sua família, por esta ser menor de idade e como um gesto humanitário. Ao mesmo tempo exortamos a juventude para que não se deixe enganar com as falsas promessas da Brigada Móvel 8, já que eles não se importam que a juventude da região morra cumprindo uma missão que não lhe pertence. A vida não é tão fácil como eles a pintam, o dinheiro não se consegue transformando-se em mula e informante, traindo seus próprios vizinhos, sua família ou o seu povo. É melhor viver como antes, onde não se via tropas do Estado fumando maconha, cocaína e atropelando a população civil.
A juventude e os pais de família devem saber que ser “mula” é alistar-se como ativo participante da guerra. O exército de Uribe põe à juventude da área como bucha de canhão, esses irresponsáveis nada têm a perder. O caso de Angélica Martínez deve chamar a atenção para que nenhuma outra jovem caia nesse erro. A traição tem um preço alto. Trabalhem pelo bem da comunidade, de suas famílias e pela solidariedade entre todos os habitantes da região. Nada de namoros ou amizades com os milicianos uribistas.


COMPANHIA ALFREDO GONZALEZ FARC - EP.
COMANDO CENTRAL ADAN IZQUIERDO.

16 de Janeiro de 2009

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Início da Fase 5 da crise sistêmica mundial: o deslocamento geopolítico global

por GEAB [*]

Desde fevereiro de 2006 o Laboratório Europeu de Antecipação Política (LEAP/E2020) vem estimando que a crise sistêmica global se desencadearia dentro de quatro grandes fases estruturantes: desencadeamento, aceleração, impacto e decantação. Esse processo descreveu bem os acontecimentos até hoje, mas a partir de agora a nossa equipe considera que a incapacidade dos dirigentes mundiais em captar o alcance da crise, o que se manifesta pela sua obstinação, há mais de um ano, de remediar as suas conseqüências ao invés de atacar radicalmente as causas, fará com que a crise sistêmica mundial entre em uma quinta fase a partir do quarto trimestre de 2009: a fase do deslocamento geopolítico global.

De acordo com o LEAP/E2020 esta nova fase da crise será caracterizada por dois importantes fenômenos que, por sua vez, assentarão os acontecimentos em duas seqüências básicas e paralelas:

A. Os 2 importantes fenômenos:

1. O desaparecimento do lastro financeiro (dólares + dívidas) do conjunto do planeta

2. A fragmentação acelerada dos interesses dos principais atores do sistema global e dos grandes sistemas mundiais

B. As 2 seqüências paralelas:

1. A decomposição rápida do conjunto do sistema internacional atual.

2. O deslocamento estratégico dos grandes atores globais.

Nós esperávamos que a fase de decantação permitiria aos dirigentes do mundo inteiro compreender as conseqüências do naufrágio do sistema que organiza o planeta desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Infelizmente, nesta etapa já não podemos ser otimistas quanto a isso [1]. Tanto nos Estados Unidos como na Europa, na China ou no Japão, os dirigentes persistem em atuar como se o sistema global vigente fosse vítima apenas de uma avaria passageira, à qual bastaria acrescentar uma certa quantidade de “injeções” (liquidez) e outros ingredientes (redução de taxas, compras de ativos tóxicos, planos de relançamento das indústrias em quase falência...) para fazer com que a máquina andasse outra vez. Ora - e este é exatamente o sentido da expressão “crise sistêmica global” criada pelo LEAP/E2020 em fevereiro de 2006 - o sistema global vigente está inutilizado. É preciso reconstruir um sistema novo ao invés de se teimar em salvar o que já não pode mais ser salvo.

Como a História não é particularmente paciente, essa quinta fase da crise irá, portanto iniciar esse processo de reconstrução, mas de forma brutal, começando pelo deslocamento completo do sistema atual. E as duas conseqüências paralelas, descritas neste GEAB Nº 32, que vão organizar os acontecimentos, prometem ser particularmente trágicas para vários grandes atores mundiais.

Segundo o LEAP/E2020 não resta senão uma pequena fresta para tentar evitar o pior, a saber, os próximos quatro meses, daqui até o verão de 2009. Mais concretamente, a Cúpula do G-20 em abril de 2009 é a última oportunidade para reorientar de forma construtiva as forças em ação, quer dizer, antes que se inicie a seqüência de paralisação dos pagamentos do Reino Unido, depois dos Estados Unidos [2]. Se não o fizerem será pior, pois eles perderão todo o controle sobre os acontecimentos [3] e inclusive para numerosos deles nos seus próprios países, enquanto o planeta inteiro entrará na fase de deslocamento geopolítico como se fosse um “barco à deriva”. No final dessa fase de deslocamento o mundo poderá ser parecido mais com a Europa de 1913 do que com o planeta de 2007.

Isso se deve ao fato de que, no desespero para tentar arcar sobre as suas costas o peso cada vez maior da crise em curso, a maior parte dos Estados afetados, especialmente os mais poderosos, não se deram conta de que estavam organizando o seu próprio esmagamento sob o peso da História, esquecendo que não eram senão construções humanas, que não sobreviviam senão porque o interesse da maioria assim o permitia. Neste número 32 do GEAB, o LEAP/E2020 optou, portanto, por antecipar as conseqüências desta fase de deslocamento geopolítico sobre os Estados Unidos e a UE.

Este é o momento, tanto para as pessoas quanto para os atores socioeconômicos, de se prepararem para enfrentar um período muito difícil que afetará vastos setores das nossas sociedades, tais como são conhecidos hoje [4], até ao ponto de alguns simplesmente desaparecerem por algum tempo ou - em certos casos - definitivamente. Assim, a ruptura do sistema monetário mundial no decorrer do verão de 2009 vai não só implicar em um afundamento do dólar dos EUA (e do valor de todos os ativos denominados em USD), como vai também induzir por contágio psicológico uma perda de confiança generalizada nas moedas fiduciárias. É a tudo isto que se referem as recomendações deste GEAB Nº 32.

Last but not least, de agora em diante a nossa equipe considera que as entidades políticas [5] mais monolíticas, mais "imperiais", serão as mais gravemente abaladas no decurso desta quinta fase da crise. O deslocamento geopolítico vai assim aplicar-se a Estados que vão experimentar uma verdadeira mudança estratégica, colocando em xeque a sua integridade territorial e o conjunto das suas zonas de influência no mundo. Outros Estados, em conseqüência, serão projetados brutalmente para fora de situações protegidas e conhecidas, mergulhando em caos regionais.

15/Fevereiro/2009

Notas:
(1) Barack Obama, assim como Nicolas Sarkozy ou Gordon Brown, passam o tempo invocando a dimensão histórica da crise a fim de melhor ocultar a incompreensão da sua natureza e tentar livrar-se previamente da responsabilidade pelo fracasso das suas políticas. Quanto aos outros, preferem persuadir-se que tudo isso será ajustado como um problema técnico um pouco mais grave que de costume. E todo esse pequeno mundo continua a jogar conforme as regras que conhecem há décadas, sem perceber que todo o jogo está prestes a desaparecer diante dos seus olhos.

(2) Ver precedentes no GEAB.

(3) De fato é mesmo provável que o G-20 tenha crescentes dificuldades para simplesmente reunir seus membros em um cenário onde é “cada um por si”.

(4) Fonte: New York Times, 14/02/2009

(5) E isso parece-nos igualmente válido para empresas.

[*] Global Europe Anticipation Bulletin.

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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Desde a margem da independência

"O exercício da profissão me lançou há uns anos a este tema das pessoas que estão em poder da guerrilha, dos guerrilheiros que estão presos e desejava terminar uma espécie de, talvez soe meio pretensioso, uma espécie de retrospectiva sobre o assunto".

JEBotero.

”O que fiz, o fiz pensando em salvar a operação de liberação das pessoas que estavam ali”, assim responde jornalista colombiano Jorge Enrique Botero, testemunha e protagonista da entrega na selva de três militares e um policial, esclarecendo por que comunicou ao mundo o que seus olhos presenciavam sobre o processo que Colombianos e Colombianas pela Paz impulsionaram da mão de Piedad Córdoba para tirar do cativeiro os retidos pelas FARC.

Botero, intérprete deste ofício conhecido como jornalismo, compromisso e identidade frente a anos de conflito na Colômbia, considerou em entrevista exclusiva ao site da teleSUR, que fez "uma grande contribuição permitindo que o mundo conhecesse o que estava se passando ali na selva, para que isto tivesse um final feliz". Insiste em que "atuou com responsabilidade frente a um feito que estava a ponto de naufragar".As palavras de Jorge Enrique Botero desse 1º de fevereiro deram a volta ao mundo, mas o som dos aviões colombianos sobre a zona de resgate bordearam um caminho marcado pela convicção de um grupo de colombianos que clamam pela saída pacífica aos anos de conflito desta nação do sul e que assumiram como bandeira o diálogo epistolar com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Nesse 1º de fevereiro o processo de liberação se viu ameaçado pelo descumprimento de uma promessa governamental. Mas uma câmera, com uns quantos anos de uso, rompeu com o que pôde ser o silêncio frente a um processo de liberação com um só beneficiário, o povo colombiano.
O enfrentamento do governo colombiano com aqueles que exercem o jornalismo neste país demonstra bem.
Para o jornalista colombiano o mais grave deste enfrentamento e das declarações que o Governo central emite é que isso se produz em um país onde "muitas pessoas entendem essas palavras como uma ordem para atuar. Então aí é onde vem o grande risco, não só para o exercício da liberdade de imprensa, mas para a vida daqueles que foram acusados".
A Fundação para Liberdade de Imprensa na Colômbia resenha no seu site que em 2008 pelo menos 180 jornalistas foram vítimas de degradação, obstrução ao trabalho jornalístico, atentado contra infra-estrutura, exílio e ferimentos em serviço.
Ante este palco Jorge Enrique Botero cota que "o jornalismo colombiano vive momentos muito difíceis. Por uma parte está o perigo que cerca os jornalistas constantemente, principalmente aos que estão exercendo sua profissão de maneira independente e por sérias ameaças que vêm desde a alta cúpula do governo, desde o próprio Presidente".
"O presidente Uribe alardeia que durante seu governo se diminuiu o número de assassinatos de jornalistas, mas o mesmo dia que alardeia disso pendura uma lápide no pescoço de três jornalistas, que acusa de ser propagandistas do terrorismo, cúmplices da guerrilha, então isso cria um clima muito difícil para o exercício da profissão", adverte Botero.Acrescenta que o outro problema que vive o jornalismo colombiano é que há uma concentração de poder midiático em pouquíssimas mãos e essa concentração está ao serviço de um projeto político "que é o projeto da guerra, o projeto de descartar uma solução política a 50 anos de guerra, são 50 anos de guerra que não resolvemos pela via militar, nem introduzindo milhões de dólares".

E daí acontece que um jornalista rompe o cerco e cumpre seu dever de contar. Desde o Governo colombiano o tema do papel dos comunicadores se reavivou depois da conversação que Botero sustentou com esta corrente multiestatal, teleSUR, nesse 1º de fevereiro. O Executivo questiona se os jornalistas devem assumir uma posição, de se o contato com grupos ou indivíduos à margem da lei transforma os repórteres nos seus cúmplices e se deve ou não entrevistar seqüestrados quando estão em mãos de seus captores.
Uribe disse que "uma coisa são aqueles amigos do terrorismo que agem como jornalistas, e outra coisa são os jornalistas". Consultado sobre esta postura Jorge Enrique Botero considerou que "seria preciso perguntar-lhe ao Governo em que consiste a suposta ação de propagandear o terrorismo, mas é curioso que para eles ser propagandista do terrorismo seja, por exemplo, entrevistar a um guerrilheiro".
Neste sentido, considerou importante que frente à postura do Executivo se faça um debate "ético" sobre o tema da profissão e as fontes.
"Se estamos em um conflito e há duas partes por que vai ser transgressão o fato de entrevistar uma das partes?".
As tradicionais normas do jornalismo falam da contrastação e verificação de fontes. Do espaço para que os setores envolvidos apresentem seus argumentos, na Colômbia, sob o sistema atual, esta teoria jornalística pode inclusive fazer ao comunicador parte "do cartaz intelectual das FARC" tal e como o advertiu o presidente Álvaro Uribe referindo-se a que em um país que vive entre autodefesas, guerrilhas, cartazes e uma política de segurança democrática, entrevistam os atores do conflito armado.
Botero, que não se sente aludido e considera que as declarações do primeiro governante são "desafortunadas" por "estigmatizar as pessoas que pensam diferente", esclarece que "um bloco intelectual é o que diz ele (Uribe), aludindo que as FARC tem blocos: Bloco Sul, Bloco Caribe, Bloco Oriente, então ele diz Bloco Intelectual".
A polêmica deixa descobertas as dificuldades que devem enfrentar diariamente os jornalistas em um país que vive um conflito armado e com uma crescente polarização política. As garantias para que exerçam este trabalho fica em letra morta, papel queimado quando os ataques e violações aos direitos partem desde o próprio Executivo.
Quando um jornalista é detido e pela via da força se pretende tomar o produto de horas de trabalho em que lugar fica o livre exercício do jornalismo? Sobre este tema Botero apresenta o exemplo do também jornalista colombiano Hollman Morris.
"Por exemplo, Hollman foi detido umas horas antes de chegar em Bogotá, tentaram remover o seu material. Há assédios, intimidações permanentes, por tanto eu diria que há umas garantias no papel, muitas garantias para aqueles que estão na linha oficial e muito poucas para aqueles que exercem o jornalismo desde a margem da independência".
Não há partes. Não há conflito. Essa é a bandeira avançada do governo colombiano apesar de que a realidade se movimente "desde a margem da independência".
"Nós jornalistas temos que nos movimentar não na imaginação mas sobre a realidade. Por que só pode sair uma parte? Isso é um debate ético que eu acho que é preciso acontecer. Acho que a chegada de teleSUR ao ar nas suas versões de televisão e nas suas versões de internet é o que pôs novamente na mesa a discussão do tema da ética e das fontes", diz Botero.
O jornalista considera que "teleSUR apelou a outras fontes, não somente no caso da Colômbia, teleSUR deu a voz e a palavra a gente que nunca a teve e isso é o que tem incomodado certos setores e faz com que seja pertinente hoje em dia renovar o debate da ética do jornalismo, um jornalismo capaz de equilibrar a informação e de dar-lhe a palavra e de permitir que todas as fontes tenham espaço nos microfones, nas câmeras, nas páginas dos jornais".
Este autor do "O homem de Ferro", "Últimas Notícias da Guerra" e "Espera-me no Céu, Capitão", livros premiados internacionalmente, diz sentir-se "meio condenado" nesta etapa de sua vida a seguir certos temas.
"O exercício da profissão me lançou há uns anos a este tema das pessoas que estão em poder da guerrilha, dos guerrilheiros que estão presos e desejava terminar uma espécie de, talvez soe meio pretensioso, uma espécie de retrospectiva sobre o assunto".
Pensa que "isso se fechará como círculo vital" para sua vida e profissão. "O dia em que sair a última pessoa que está em cativeiro e acontecer o intercâmbio entre as partes, já aí será o dia em que me dedique exclusivamente ao tema do futebol porque a farândula não me atrai muito".
Este homem de figura magra e olhar profundo cria e compartilha o seu dom da palavra. Seu desejo insaciável por contar faz com que neste momento espere pela publicação nos Estados Unidos de um livro titulado "Into the Jungle" escrito com duas colegas norte-americanas e que aborda o tema do cativeiro dos três norte-americanos que estiveram em poder das FARC quase seis anos e que foram libertados na Operação Xeque.
Botero trabalha em um livro sobre as guerrilheiras presas na prisão do Bom Pastor em Bogotá. Sobre este novo livro assinala que está há três anos trabalhando com as guerrilheiras e que "foi uma experiência jornalística maravilhosa porque quase que o estamos escrevendo a cem mãos, acho que muito dificilmente é possível que um encontre histórias de vida tão cheias de ação e de situações extraordinárias e extremas".
Botero como jornalista cria, gera, contribui, não reduz. Indaga e chega a fundo para falar e escrever com a segurança que dá a certeza do conhecido. E lhe pede a Uribe que "retire suas palavras, que primeiro se de conta da desafortunadas que foram suas palavras, não só pelas ameaças que pendem sobre minha vida com mais força que antes, mas porque esse não é clima que um deve criar e menos um Presidente, não pode criar esse clima de estigmatização, de assinalamentos".
"Me parece que há um grande dano à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa e um grande dano também ao prestígio de nosso ofício, ao jornalismo há um grande dano, e lhe diria que é muito irônico que ele fale de shows midiáticos quando o governo propiciou um verdadeiro festival midiático, quando sucedeu a Operação Xeque, que o governo propiciou um show midiático com a violação destes quatro membros da polícia levando-os à Casa de Nariño, então que se ponha de acordo que ele não pode estar criticando a outros o que ele faz em abundância".
Por: Yeimy Ramirezsite da teleSUR
19 de fevereiro de 2009

FONTE: http://www.telesurtv.net/noticias/afondo/especiales/entrevista_botero/#

Senador Petro, a estrela?

... Petro ameaça a si mesmo por uns artigos de Anncol.....

Editorial/SemanarioVOZ/Fevereiro 18

"O que querem Petro e Lucho quando dizem que contam com a maioria dos delegados e que por isso são eles, deixando de contar a esquerda, que devem tomar as decisões “nas alturas” a partir de arranjos políticos para levar o Pólo ao fim dos acordos sobre o fundamental com os setores centristas e da “direita moderada”?
O debate interno para o Segundo Congresso do Polo Democrático Alternativo que se realizará a próxima semana em Bogotá no meio de uma enorme expectativa nacional e internacional, deve ter clareza e honestidade em todos os setores que participam dele, porque é evidente a intenção da direita de dividir a principal força de oposição e de opção democrática e popular, a partir da campanha da “grande imprensa” que fomenta as posições dúbias e excludentes em seu interior.

O que querem Petro e Lucho com o golpe de que contam com a maioria dos delegados e por isso são eles, sem contar com a esquerda, os que devem tomar as decisões <> a partir de composições políticas para levar o Pólo a se submeter a acordos sobre o fundamental com os setores centristas e da <>?


RPETINDO

Pelo menos Lucho foi mais claro. Sem precisar se alongar muito na discussão chegou ao ponto de dizer que no Pólo não devem coabitar as forças que o compõem agora, mas simplesmente adotar com “realismo” o modelo espanhol em que há uma “esquerda” reformista e pré-capitalista como o PSOE e outra “radical”, como Esquerda Unida e isso deve aceitar-se sem tanto dramatismo.

Neste sentido, o senador Petro, adotado transitoriamente como a estrela do Congresso do PDA pela grande imprensa, se movimenta com propostas gelatinosas e ao vaivém das circunstâncias. De propor uma aliança, inclusive com Uribe, para derrotar a guerrilha que segundo ele é o pior problema do país, agora aparece com uma proposta em que reduz a direção do Pólo a um só setor, com o propósito desesperado de ter uma maioria que controle o congresso e lhe permita a expulsão da “extrema esquerda”. Na sua nova proposta, argumenta que os inimigos são Uribe e as FARC, cedendo um pouco ao comercial do absurdo de sua pretensa aliança com o uribismo.
Se houvesse um critério unitário em Petro e seu pequeno grupo, que diz ter a maioria dos delegados, simplesmente faria a proposta ao conjunto do Pólo para formalizar um acordo político democrático, que garanta a unidade em função do interesse nacional e de saídas programáticas avançadas à crise, independentes da oligarquia e de setores reformistas de direita.
O pior que aconteceu a este país é o uribismo, que pretende perpetuar-se, precisamente estimulando a divisão da esquerda e colocando como inexorável a reeleição do messias ultra direitista ou de seu herdeiro. É o que se conhece como o uribismo sem Uribe.
O governo da “segurança democrática” aprofundou a fissura social e a guerra, que na atualidade, degradada e desenfreada, não encontra uma via política de solução negociada como propõem os setores democráticos do país. O problema não é a guerrilha como acha Petro na sua posição delirante, mas promover a saída política do conflito, que não pode ser outra que pela via de um tratado de paz que assegure mudanças políticas, econômicas e sociais de fundo, além que retornar à Constituição de 91 que é um objetivo limitado. A Carta Política deve ter novos desenvolvimentos constitucionais no marco da democracia avançada e uma virada na parte neoliberal que foi o aporte do “gavirismo” liberal à mesma.
O futuro do Pólo está na unidade. Na sua composição não pode haver exclusões e excomunhões, mas acordos políticos reais que fortaleçam seu papel de opção transformadora democrática e popular.

O debate de idéias deve ser construtivo e democrático, longe da guerra suja similar à política tradicional, como diz o professor Carlos Gaviria em reportagem nesta mesma edição, porque enquanto Petro ameaça a si mesmo por uns artigos de Anncol, de seus apontamentos à esquerda de ter alianças com a guerrilha se derivam graves ameaças das “Águias Pretas” contra Carlos Gaviria, Carlos Bula e outros membros da direção do PDA, que não mereceram sua rejeição.
O debate está viciado, mas ainda é hora de retificar se o que se quer é um Pólo conectado com o interesse nacional e com a transformação democrática do país, longe de conchavos com a direita e de alianças com o reformismo burguês que pretendem manter o bloco dominante às custas de cooptar também à esquerda com o conto do “acordo nacional”.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sigifredo López agradece a Piedad Córdoba e aos presidentes Chávez e Lula


Caracas, 5 fev. ABN - O ex deputado do Vale de Cauca, Sigifredo López, libertado na última terça-feira pelas forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) após sete anos em cativeiro, agradeceu o empenho da senadora Piedad Córdoba e dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para a sua libertação.

“Agradeço ao governo do Brasil, ao presidente Lula, à Cruz Vermelha, à senadora Piedad Córdoba e ao presidente Chávez e a todo o povo venezuelano. Agradeço porque eles não mediram esforços, seu empenho foi decisivo” para viabilizar essas libertações, disse ele, em suas primeiras declarações à imprensa ainda no aeroporto da cidade colombiana de Cali, onde aterrissou o helicóptero que o trouxe da selva.

Na tarde de ontem López concedeu uma entrevista coletiva onde deu detalhes da sua libertação, dos dias em cativeiro e do incidente onde morreram os 11 deputados do Vale de Cauca que haviam sido seqüestrados com dele.

Com essa libertação, as Farc realizam a última entrega mediada pelo grupo Colombianos e Colombianas pela Paz, composto por vários setores da sociedade civil da Colômbia.

No domingo passado a insurgência entregou à comissão humanitária quatro militares e nesta terça-feira libertaram o ex-governador de Meta, Alan Jara.

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Piedad traz mensagem de Cano. Sigifredo defende o intercâmbio humanitário entre militares e combatentes

Pacocol


5 de fevereiro, 19h21 - Sigifredo López foi recebido por seus familiares, amigos e também pela organização Colombianos Pela Paz, que possibilitou este passo para que voltassem à liberdade seis cativos das FARC, cumprindo desta forma o anúncio feito em dezembro passado. “Quero dizer ao povo vallecacaucano que, apesar do sofrimento que a guerra e o conflito nos causaram, não podemos seguir mandando uma mensagem de ódio". López também fez um chamado para que as Farc liberem os civis também de forma unilateral e pediu ao governo e à guerrilha que alcancem um acordo humanitário em prol da liberdade dos uniformizados que seguem no cativeiro.

Leia um resumo do discurso em Cali antes da entrevista coletiva e diante de milhares de pessoas

Sigifredo López agradeceu à senadora Piedad Córdoba por seu esforço em trazer os seqüestrados à Pracinha do Governo Local.

Insistiu no acordo humanitário e disse que agora, sem reféns políticos, o intercâmbio humanitário deve incluir os militares e os membros da guerrilha popular que se encontram ilegalmente nas prisões do governo.

Defendeu a possibilidade de um processo de paz por meio do diálogo, sem ódio e com disposição para ouvir. “A saída do conflito é política”, frisou.

Definiu-se como um democrata e não como uribista ou antiuribista.

Elogiou o trabalho da organização Colombianos Pela Paz.

O ex-deputado recebeu várias homenagens na praça de São Francisco, em Cali, após chegar à liberdade depois de passar 6 anos no cativeiro com as Farc.

“Não podemos continuar enviando mensagens de ódio”, disse López, em seu primeiro discurso público desde que voltou à liberdade.

“Meus companheiros não mereciam ser assassinados pelas Farc, como foram”, acrescentou López.

Na sua fala, ele advogou a libertação unilateral de todos os civis seqüestrados e um acordo humanitário que permita o retorno a seus lares dos militares e policiais que permanecem em poder da guerrilha.

“Só há uma chance para trazer vivos os 22 militares que há 10 anos vivem amarrados a árvores”, disse López, ao defender um acordo humanitário.

Ele acrescentou que os guerrilheiros têm ordens para matar os seqüestrados ao menor sinal de aproximação furtiva de helicópteros.

"Os soldados da Colômbia não precisam que lhes chamemos de heróis, mas de ações concretas. Eles merecem viver em liberdade. Temos que resgatá-los com vida e só temos a possibilidade do intercâmbio humanitário”, acrescentou López.

“Quero convidar os colombianos para que, em marcha coletiva, derrotemos a prática do seqüestro como arma política”, disse López, ao ressaltar que a mobilização popular demonstra um amadurecimento da sociedade civil organizada.

O ex-seqüestrado aproveitou a sua intervenção para agradecer várias vezes à senadora Piedad Córdoba pelos esforços coroados com a sua liberdade.

“Se ela não tivesse perseverado eu não estivesse aqui. Quero pedir-lhe que continue firme, apesar da incompreensão de alguns. Essa gente vê na senhora um raio de esperança", concluiu.

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Pobre coronel - agora general - Mendieta, assassino de mão cheia, que, repito, era conhecido em seus tempos de super-polícial como “A Última Lágrima”; sim, o mesmo título de um caminhão que também lhe pertencia, porque tudo o que caía nas suas mãos deveria chorar uma última vez antes de ser assassinado e lançado a um lixeiro, sem escapatória. O autor desse texto para a ABP é Jesús Santrich, Integrante do Estado Maior Estado Maior das FARC-EP.

ANNCOL

Entre a gente simples, muitos esquecem os seus carrascos. Nas Farc, seus militantes e chefes mantêm a mente alerta. Conhecem ao pé da letra toda a historía da Colômbia e sobretudo os que causaram algum dano ao povo.

Leia: “A última lágrima” do Coronel Mendieta.

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Processo de paz na Colômbia é possível

Caracas, 5 de fevereiro. ABN. - Para o professor da Universidade de Bogotá Carlos Medina Gallegos, a libertação unilateral de seis detidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) evidencia que o processo de paz nesse país é possível.

“Há um processo de reconciliação social no qual se pode avançar para construir uma via que possibilite o intercâmbio humanitário e o diálogo para um acordo de paz entre as Farc e o governo nacional”, afirmou em entrevista ao canal multiestatal de notícias Telesur.

Medina Galegos ressaltou a importância do envolvimento da sociedade civil nesta última série de operações para devolver a liberdade a seis retidos, entre eles quatro militares, o ex-governador de Meta, Alan Jara, e o ex-deputado do Vale de Cauca, Sigifredo López.


O grupo Colombianas e Colombianos pela Paz, constituído por diferentes personalidades do ambiente público e também privado, encabeçado pela senadora Piedad Córdoba, foi um dos atores fundamentais desse processo.

“São cidadãos de todas as orientações. Não é um grupo ideológico nem político. É uma iniciativa social que tem como objetivo fundamental contribuir para solucionar a problemática do seqüestro, o conflito armado e fazê-lo por meio da sociedade civil para que se amplie a democracia no nosso país”, ressaltou.

O professor também qualificou como fundamental o trabalho da imprensa ao dar espaço à população civil para divulgar as suas reivindicações de paz e suas expectativas em relação ao governo colombiano para que se inicie um processo de reconciliação nacional.

“A imprensa permitiu que as discussões avançassem, esclarecendo os pontos básicos na direção de um acordo de paz”, afirmou.


Na última quinta-feira as Farc fizeram a última entrega acordada com o grupo Colombianas e Colombianas pela Paz, na qual também colaboraram a parlamentar, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o governo brasileiro, que forneceu o aparato logístico necessário para as operações.

No domingo passado a insurgência entregou à comissão humanitária quatro militares e nesta terça-feira libertaram o ex-governador de Meta, Alan Jara.

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Alan Jara fala da rede de abastecimento das FARC

Libertado o último político em poder das FARC

Prensa Latina

Cali, Colômbia, 5 de fevereiro (PL). Sigifriedo López, o último político retido pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), foi liberado hoje pela guerrilha, tal como anunciado no último 21 de dezembro.

López foi entregue no meio da manhã a uma comissão humanitária encabeçada pela senadora liberal Piedad Córdoba e três delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) em um ponto do departamento do Cauca, no sudoeste do país.

Às 14:05 (hora local), o helicóptero brasileiro com os emblemas da Cruz Vermelha pousou na pista do aeroporto Alfonso Bonilla, da cidade de Palmira, vizinha a Cali, e desembarcaram o libertado e a senadora Córdoba.

Imediatamente se uniu em um longo e comovente abraço com seus filhos Lucas e Sergio, e logo com sua esposa Patricia Nieto.

Também estavam em Nome do governo o Ministro do Interior e Justiça, Fabio Valencia, e outras personalidades, assim como integrantes do comitê Colombianos Pela Paz que o receberam com ramos de flores.

Com a cegada de Sigifriedo López estão concluídas as liberações iniciadas em 1 de fevereiro com a entrega dos policiais Walter Lozano Guarnizo, Juan Galícia Uribe e Alexis Torres Zapata, e do soldado William Dominguez Castro, e na terça do ex-governador do departamento de Meta, Alan Jará.

Esta última etapa começou às 08:50, quando levantou vôo o helicóptero com a comissão humanitária para as selvas de Cauca.

Sigifriedo López, advogado de 45 anos, foi preso com outros 11 deputados em 11 de abril de 2002 pela Frente 30 das FARC em um espetacular ataque à Assembléia Departamental no centro da cidade de Cali.

Desse grupo é o único sobrevivente, pois em 11 de junho de 2007 a guerrilha informou em um comunicado a morte, 10 dias antes, dos demais 11 ex-deputados, por fogo cruzado em um enfretamento com tropas não identificadas.

Nesse momento López se encontrava em outro acampamento da guerrilha, o que permitiu salvar sua vida.

Em 21 de dezembro as FARC anunciaram a libertação dos dois políticos e quatro agentes de segurança em um gesto unilateral de reconhecimento das gestões do Colombianos Pela Paz em favor de um acordo humanitário e uma saída política para o conflito.

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Marcha ré do Uribesta

Não havia outra saída para este presidentezinho de meia tigela. A opinião internacional segue passo a passo a entrega unilateral que parte das Farc. O único interessado em que esta ação humanitária não termine bem tem nome próprio: Uribe Vélez. É tão sem vergonha que se chateia com as denúncias do jornalista Botero.

ANNCOL/Pacocol

Uribe volta atrás na sua irresponsável decisão de impedir que Piedad Córdoba participe da entrega unilateral dos cativos das FARC. O governo ordenou suspender todos os vôos a qualquer altura como exigia a Cruz Vermelha que exigiu garantia.

Depois da marcha-ré do presidente que pôs em grave risco o processo de liberação do ex-governador Alan Jara e o deputado do Vale, Sigifredo López, a Cruz Vermelha acaba de emitir um comunicado no qual assinala que hoje não haverá liberações, mas que contínua seus acordos humanitários e seus bons ofícios com as FARC e o governo, que são favoráveis a seguir o processo, assinalou.

Espera-se que em qualquer momento chegue um comunicado da senadora Córdoba. É preciso lembrar que só as FARC lhe deram as coordenadas para a entrega dos cativos a Colombianos pela Paz à pessoa de Piedad Córdoba, que trabalhou sem descanso para buscar a logística do Brasil e manteve discrição frente à mídia no delicado assunto. De maneira que esperar que só a Cruz Vermelha indo buscar os reféns seria um contra-senso.

E acaba de se tornar publico outro comunicado às 11:06 do governo que ordena suspender todos os vôos a qualquer altura tal como o tinha exigido a Cruz Vermelha. Nesta direção nota-se a total validade das denúncias do jornalista Botero e da mesma senadora sobre os torpes sobrevôos de ontem.

Se a operação falhar, o único culpado é Uribe e seu bando de teimosos.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Liberdade de imprensa ameaçada na Colômbia

"É preocupante a campanha governamental contra o jornalista Hollman Morris. Independentemente do que ele estivesse cobrindo, a Constituição..."

SETOR DE COMUNICAÇÕES

Associação Camponesa de Antioquia

OBSERVATÓRIO AUDIOVISUAL E INVESTIGATIVO
SOBRE PROCESSOS COMUNITÁRIOS E DE RESISTÊNCIA

PRODUÇÕES EL RETORNO 2008

O Observatório se solidariza com o jornalista Holman Morris, apontado por Juan Manuel Santos, ministro da Defesa, como um "jornalista amigo da guerrilha". Novamente a liberdade de imprensa se vê ameaçada na Colômbia pelos porta-vozes da guerra, que preparam cadernetas para os seqüestrados, mas também que em reiteradas ocasiões mentiram ao país institucionalmente, que alegam escudar-se na ética jornalística para tentar desvalorizar as informações que não lhes agradam, que ocultam e temem informações que não podem controlar nem manipular.


Esperamos que essas novas declarações não ponham em risco a vida de Holman e de tantos outros jornalistas que estão convencidos de que esse país precisa ser retratado com urgência em suas muitas veredas internas e não apenas pelas grandes auto-estradas.

"É preocupante a perseguição governamental contra o jornalista Hollman Morris. Independentemente do que ele estivesse cobrindo, a Constituição Nacional garante o livre trânsito de jornalistas e a inviolabilidade do seu material informativo".


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Liberdade de imprensa e conflito na Colômbia - Memória Audiovisual do Seminário realizado em Barcelona entre 20 e 22 de novembro de 2008. Dele participaram reconhecidos jornalistas do país, entre eles Holman Morris, para debater sobre a liberdade de imprensa em meio ao conflito social e político que vive a Colômbia.

Entrevista radiofônica a Holman Morris – Ouça a entrevista a Holman Morris, realizada hoje, 3 de fevereiro, pela equipe da W Radio.

O jornalista Hollman Morris foi detido no dia 2 de fevereiro por membros do Exército no povoado Unión de Peneya, localizado entre os municípios de Paujil e Cartagena del Chairá, no amazônico Departamento de Caquetá, sudoeste da Colômbia.

A sargento Teresita Tabares, da direção de Direitos Humanos da Polícia Nacional, confirmou a detenção de Morris ao Centro de Solidariedade da Federação Internacional de Jornalistas (Cesso-FIP). O exército solicitou a presença da polícia judicial para examinar um material que o jornalista levava.

Diana Izquierdo, funcionária da Diretoria de Direitos Humanos do Ministério do Interior e de Justiça, confirmou ao Cesso-FIP a detenção do jornalista, que é ainda diretor do programa de televisão Contravía, e acrescentou que a Chancelaria Colombiana estava inteirada do fato. Entretanto, o Centro de Solidariedade apresentou o caso à Coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Senado da República e também a Diana Botero, funcionária do Programa Presidencial de Direitos Humanos.

O jornalista só foi libertado após seis horas de detenção. Segundo o Secretário de Governo de Caquetá, os militares da 12ª Brigada do Exército estavam realizando um “procedimento de verificação da identidade do jornalista”.

"É preocupante a perseguição governamental contra o jornalista Hollman Morris. Independentemente do que ele estivesse cobrindo a Constituição Nacional garante o livre trânsito dos jornalistas e a inviolabilidade do seu material informativo", reagiu Eduardo Márquez, diretor do Cesso-FIP e presidente da Federação Colombiana de Jornalistas (FECOLPER). Ele também citou o Artigo 73 da Constituição Política que garante a proteção à atividade jornalística, sua liberdade e independência profissional, e alertou que houve uma violação do direito à liberdade de informação garantido no Artigo 20.

Também se violou dessa forma o Artigo 13 da Convenção Americana de Direitos Humanos sobre liberdade de expressão e de informação. A Colômbia é signatária desse acordo.

Vale a pena lembrar que, em 2005, Morris teve seus equipamentos jornalísticos apreendidos de forma arbitrária, medida tomada por membros da Armada Nacional. A ação ocorreu exatamente quando se construía um relatório sobre a situação da segurança pública no Departamento de Putumayo, sul do país.

Atualmente, Morris é beneficiário de medidas cautelares de segurança pessoal decretadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

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Federação Colombiana de Jornalistas - FECOLPER

A FECOLPER representa mais de 1.250 jornalistas em 19 departamentos do país.

Para mais informações, visite http://fipcolombia.com/noticiasVer.php

Federação Colombiana de Jornalistas - FECOLPER

A FECOLPER representa mais de 1.100 jornalistas em 19 departamentos do país.

Centro de Solidariedade da Federação Internacional de Jornalistas (Cesso-FIP).
A FIP representa mais de 600 mil jornalistas em 120 países.

Veja o comunicado da Vice-Presidência da República sobre o jornalista Holman Morris:

Segundo declarações do sub-intendente da Polícia Juan Fernando Galicia, logo após a libertação, soube-se que as FARC pretendiam obrigar os membros do poder público que mantinham reféns a fazer declarações conforme os desígnios deste grupo, chantageando-os; além disso, diziam que podiam não ser libertados se não se submetessem a tais ordens.

Também se soube que o jornalista Hollman Morris era quem fazia tais entrevistas.

1. O Governo Nacional considera que a atuação do jornalista Hollman Morris é contrária à objetividade e imparcialidade que deve acompanhar o trabalho jornalístico.

2. O Governo Nacional informa que o senhor Morris conta com medidas cautelares solicitadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e, apesar de alegar risco extraordinário à sua vida, submeteu-se a risco extremo sem informar ao Estado do qual exige proteção.

3. O senhor Hollman Morris foi submetido a uma supervisão por parte de tropas do Exército da Colômbia em Unión Peneya, supervisão na qual foram respeitados todos os seus direitos e integridade. Mesmo assim, o comandante da base militar lhe ofereceu proteção, de forma preventiva, o que foi rejeitado pelo senhor Morris.

4. O Governo também foi informado que o senhor Morris surpreendeu à Comissão da Cruz Vermelha (CICV) e à senadora Piedad Córdoba, pretendendo que o levassem no helicóptero disposto a apanhar os seqüestrados que seriam libertados.

5. O Governo respeita e garante a liberdade de imprensa, mas considera que nem a liberdade de imprensa nem a libertação de seqüestrados devem ser utilizadas para fazer apologia à violência que submete o povo colombiano a seqüestros, tratos desumanos, mutilações e ataques terroristas.

6. Como é princípio deste Governo, continuaremos trabalhando para garantir o exercício das liberdades na Colômbia e convocamos à unidade pela defesa da nossa democracia e para combater o terrorismo e o narcotráfico, ameaças maiores aos direitos de colombianos e colombianas.

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Nunca jogam limpo

Por: Allende La Paz/ANNCOL

Sempre jogam sujo. Mas é da sua natureza. São mafiosos. São narcotraficantes. São paramilitares. Não respeitam a vida de ninguém. Os que trabalham para eles, principalmente os uniformizados ou narcotraficante-para-políticos, são descartáveis.

Por isso arrogam-se o direito de detonar um ato humanitário. Um ato que revela a verdadeira desumanidade do regime narcotraficante-paramilitar colombiano. Que demonstra a incomensurável perversidade de Álvaro Uribe Vélez, mais conhecido como Uribhitler. E de sua 'máfia'. Os que lhe batem continência. Os que como Luis Carlos Restrepo perderam até a dignidade e se venderam por um prato de lentilhas ou de coca. Dos 'Hienas' Santos. Da cúpula militar.

Mas o povo colombiano e o mundo os conhecem há tempos. E Uribhitler e sua 'máfia' estão desesperados. Desesperadíssimos. Não têm outra forma de mostrar-se ao mundo a não ser com atos selvagens. Porque é atitude de selvagens, de uma selvageria inaudita, impedir a libertação dos detidos em poder das FARC. Isso não tem adjetivação possível.

O regime narcotraficante-paramilitar de Uribhitler está condenando à morte os retidos em poder das FARC. Ele não os quer de volta. Não facilita seu retorno porque quer vê-los mortos para acusar à guerrilha. Por isso, fustiga com suas aeronaves à Comissão que recebeu os prisioneiros em poder das FARC.

A idéia é acusá-los de tudo, de terem se aferrado a argumentos contrafactuais. Dizer que as FARC se 'aproveitaram' da entrega para atacar Cali. Mas, senhores, as FARC não estão em guerra contra o Estado colombiano? Quando foi que as FARC - se é que foram elas em Cali - declararam trégua ao Estado?

Talvez as forças militares-narcoparamilitares do Estado não são as maiores da América Latina, proporcionalmente falando? Que 435 mil soldados, policiais e narcoparamilitares não são suficientes para controlar o seu próprio território nacional? Como fica a sua mentirosa pregação de que 'as Farc estão derrotadas'?

No cúmulo da estupidez política e da desesperada arrogância, o regime narcotraficante-paramilitar desautoriza Piedad Córdoba de realizar o processo de libertação. Mas, senhor Uribhitler, o senhor não se tem dado conta de que Piedad foi escolhida pelos COLOMBIANOS E COLOMBIANAS PELA PAZ, a sociedade civil e as FARC, para adiantar o processo! É preciso dizer isso. Quando um 'governo' é incapaz de atender o que o povo exige, nesse caso o chamado 'Intercâmbio Humanitário' ou Entrega Humanitária, cabe à sociedade, ao povo, envidar todos os esforços necessários para alcançar esse objetivo. O povo tem que se impor ao 'governo'. E ponto!

Por isso a sociedade civil - da qual eu faço parte - diz a Piedad Córdoba e a COLOMBIANOS E COLOMBIANAS PELA PAZ que eles devem seguir antecipe com o processo. Contra a vontade de Uribhitler e sua 'máfia'. Apesar de Uribhitler e sua 'máfia'.

Nós, colombianos, queremos que termine esta fase da entrega unilateral de prisioneiros. Demos o mandato soberano a Piedad Córdoba e a COLOMBIANOS PELA PAZ para que continuem realizando contatos com as insurgentes FARC para concretizar o Intercâmbio Humanitário ou Troca de Prisioneiros de Guerra. Esse passo do Intercâmbio necessariamente deve incluir propostas sérias de saídas pacíficas para o conflito interno colombiano. Porque o povo está farto de Plano Colômbia. O povo está farto de Guerra. A sociedade colombiana está doente - e adoece cada vez mais – por ter tantos mortos, desaparecidos, massacrados, assassinados extrajudicialmente entre seus filhos e filhas.


Os colombianos dizem basta! E começamos a caminhar..!

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Crises e Cúpula vs. Cúpula

Narciso Isa Conde/CCB República Dominicana

Reza um ditado popular que "não há mal que não venha para bem".

A crise do chamado socialismo real teve por um lado efeitos depressivos e modificou a correlação de forças a favor do imperialismo norte-americano e ocidental. Por outro, abriu campo a um pensamento revolucionário criador e não dogmático, assentando as bases para a negação do modelo estatista-burocrático para sustentar a alternativa ao capitalismo e fazer possível, ainda frente a esse desastre, a renovação do pensamento socialista.

Esta grande crise sistêmica e estrutural do capitalismo mundial tende a piorar as condições e o modo de vida dos (as) trabalhadores (as) e dos povos oprimidos, oferece a oportunidade de fortalecer as idéias e as forças alternativas ao modelo neoliberal e ao capitalismo explorador e predador.

Aqui, em nosso pátio, a pequena "Cúpula" da mentira e desonestidade, a "Cúpula" convocada pelo presidente Leonel Fernández e a oligarquia dominicana, trouxe à superfície a enorme desconfiança do povo nesse governo e nessas instituições e estimulou a criação da Cúpula Alternativa do Povo, magnífica iniciativa iniciada no Fórum Social Alternativo (FSA).

Se uns dos pilares do neoliberalismo são a fragmentação e dispersão dos movimentos sociais e os sujeitos potenciais da mudança, a extraordinária resposta unitária à convocação da Cúpula Alternativa do Povo, realizada no ato inaugural, abre a possibilidade de começar a superar esse problema até produzir uma ampla, diversa e potente convergência de forças sociais e políticas potencialmente alternativas ao neoliberalismo e ao capitalismo em crise, à partidocracia corrompida, aos agentes sociais, econômicos, culturais e ideológicos beneficiados e responsáveis por essa crise nacional e global do sistema dominante.

Esse processo de unidade está em marcha, mesmo que com importantes déficits no conteúdo alternativo de iniciativa popular, evidente na seleção dos eixos temáticos e em uma parte das intervenções feitas para apresentá-los.

Se a crise é estrutural e abrange os setores político-institucional, econômico, ambiental e social em todas as dimensões (empobrecimento crescente, saúde, educação, exploração, super-exploração, má distribuição de renda, relações de poder de classe, de gênero e gerações etc.); se ela abrange também o militar-policial, a segurança cidadã, a negação da participação da sociedade nas decisões que lhe dizem respeito, a ausência de soberania nacional e o inaceitável quadro de uma democracia seqüestrada pelas elites empresariais, políticas e militares mafiosas… é necessário contemplar as mudanças estruturais e sistêmicas capazes de superar as causas que geram esta dramática realidade.

É preciso incluir eixos temáticos que permitam tratar tudo o que for relativo às relações de propriedade, à recuperação do patrimônio privatizado, à erradicação do latifúndio, ao caráter público e gratuito dos serviços sociais, à justa distribuição da renda nacional, à autodeterminação do povo e a soberania da nação, à relação entre democracia direta, processos participativos e representação no contexto de uma nova democracia e uma nova Constituição, a refundação das forças armadas, o desmonte do Estado delinqüente centralizado e do narco-governo atual, a política de defesa e segurança baseada na aplicação dos direitos integrais da população, o saneamento ambiental e a recuperação ecológica do país, a eqüidade de gênero e a erradicação do adultocentrismo e do racismo.

Nesses aspectos fundamentais houve ausências e insuficiências notáveis, ficando bastante prejudicada a agenda capaz de gerar uma proposta de governo, de Estado, instituições e sociedade alternativa ao neoliberalismo, à pseudo-democracia atual, à decadente civilização burguesa, patriarcal, racista… e à unidade de nossa América.

Mas houve acertos em temas relacionados à questão ecológica, à política de gênero, à problemática do poder na sociedade burguesa, às políticas sociais, à proposta de constituinte popular (sem relacionar os temas da nova constituição) e a importância do protagonismo jovem.

Das mulheres e jovens participantes veio uma consistente e necessária crítica à apresentação das questões como parte dos "problemas e direitos de minorias", um equívoco dos que aprovaram os eixos temáticos a ser apresentados na inauguração: juventude, mulheres e pobreza (trabalhadores/as e povo pobre e explorado) são as três grandes maiorias do tecido social dominicano.

Latifúndio, patrimônio público e patrimônio natural privatizado, monopólios, oligopólios, foram injustificadamente - salvo algumas menções limitadas - os grandes ausentes nesse evento. Algo que é possível e urgente superar.

Por outro lado, na "Cúpula" da mentira se reúnem o governo, parte da partidocracia, a oligarquia, as transnacionais, as fundações a serviço da ordem estabelecida, a hierarquia católica e as forças vivas da grande corrupção. É a "Cúpula" sistêmica em meio a uma crise sistemática.

Na nossa, na Cúpula Alternativa, foi dada voz a uma parte significativa dos movimentos sociais populares, organizações profissionais, setores intermediários, esquerdas, forças transformadoras e progressistas que no contexto de uma crise desta natureza devem empenhar-se para não serem subservientes ao sistema. Por isso não devem esperar que o governo e o poder (surdos impenitentes) nos escutem para “melhorar o sistema”, mas fundamentalmente instrumentalizar o povo com um programa transformador e uma dinâmica capaz de mudar o próprio governo, a estrutura, o sistema e as instituições decadentes por outras, novas, que possam desabrochar uma sociedade de justiça, com criação e participação coletiva e principalmente liberdade.

Outra necessidade inadiável é a luta, o protesto, as rebeldias, as iniciativas inovadoras com propostas precisas. Isso ainda precisa ser concretizado, uma vez que hoje este povo está sendo levado ao Diabo e precisa despertar para lutar mais e melhor, com propósitos claros para a construção de poder para que tudo possa mudar de verdade.

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Alan Jara em coletiva de imprensa: "Uribe não ajudou em nada" -

Apoio mundial e generalizado ao manifesto «Em Defesa da Nicarágua»

Manágua. Radio La Primerísima.26 de dezembro, 2008

http://www.radiolaprimerisima.com/noticias/general/44279
Personalidades de pelo menos 40 países do mundo tem expressado seu apoio ao manifesto “Em Defesa da Nicarágua”, em repúdio às políticas interventoras dos Estados Unidos e Europa contra nosso país, em mais de 523 mensagens pela rede, apesar das festas de Natal.

Irmãs da ordem de Maryknoll dos Estados Unidos, deputados de diversos países do mundo, dirigentes de partidos políticos, de organizações populares e indígenas, jornalistas, acadêmicos, artistas, líderes de movimentos de mulheres, escritores, profissionais, historiadores e poetas, entre outros, continuam se solidarizando com a Nicarágua.

Até as primeiras horas dessa terça, da Alemanha escreveram quatro personalidades; da Argélia sete, da Argentina 33, entre eles Patricio Echegaray, secretário geral do Partido Comunista, a deputada Adriana Puiggros e Rubén Varone, do Congresso Bolivariano dos Povos.

Da Austrália quatro personalidades enviaram suas mensagens de apoio, entre eles Gerge Papanastasiou, da Solidariedade Ativa com América Latina; da Bélgica 5; da Bolívia 11, entre eles Osvalde Chato Peredo e Fernando Valdívia, da direção nacional da Fundação Che Guevara e de Leonilda Zurita, presidenta da Federação de Mulheres Camponesas do MAS.

14 personalidades do Brasil se solidarizam com Nicarágua, entre eles Maria do Socorro Gomes Coelho, coordenadora do Centro Brasileiro de Apoio aos Povos em Luta pela Paz, Marcia Campos, presidenta da Federação Democrática Internacional de Mulheres, Ivan Pinheiro, secretário geral do Partido Comunista Brasileiro, Aurelio Fernandez, coordenador do Movimento Revolucionário Nacionalista e Regula Moldich, do Movimento Revolucionário Marxista Unidade para a Mudança.

Do Canadá enviam apoio 5 personalidades; do Chile 43, entre eles Lautaro Carmona, secretário geral do Partido Comunista; Gonzalo S. Meza Allende, neto do ex presidente Salvador Allende; vários ex ministros do presidente mártir. Demétrio Hernández e Mónica Quilodrán do Movimiento de Izquierda Revolucionario; membros do Comitê Chileno de Solidariedade com a Nicarágua; Manuel Jacques, presidente do Partido Esquerda Cristã; Roberto Muñoz, da direção nacional do Movimento Patriótico Manuel Rodriguez; assim como o ex candidato presidencial Tomás Hirisch.

Da Colômbia 9 personalidades enviam sua solidariedade, entre eles Jaime Caycedo, secretário geral do Partido Comunista Colombiano; da Costa Rica o faz o histórico secretário geral do Partido Vanguardia Popular, Humberto Vargas Carbonell; de Cuba 5, do Equador 4, dos Estados Unidos 20 e de El Salvador 7, entre eles a deputada ao Parlacen e membro da direção nacional da FMLN, Nidia Díaz.

De diferentes localidades da Espanha 22 personalidades se solidarizam com Nicarágua, além de 11 da Catalunha e 5 de Euskal Herria; da França 24; da Guatemala 3, incluídos Benjamín Dupuy, secretario geral do Partido Popular Nacional e Pablo Ceto, dirigente indígena da URNG e do Haiti envia seu apoio um dirigente desse país.

De Honduras enviam seu apoio 6 personalidades, entre eles Erasto Reyes, coordenador do Bloco Popular de Honduras; da Hungria 1; da Itália 3; de Líbano 2; do México 4; da Nova Zelândia 1; da Palestina o faz Walid Ahmad, membro do Comitê Central do Movimento para a Libertação da Palestina; do Panamá 3 e a mesma quantidade do Paraguai.

Do Peru 5 personalidades enviam sua solidariedade, entre eles Pilar Roca, do Movimento de Mulheres de Izquierda, Federico Garcia, de la direção nacional da Frente Popular e Víctor Oliva, do Partido Socialista Revolucionário; assim como outras quatro personalidades de Porto Rico.

Da República Bolivariana da Venezuela 42 personalidades enviam sua solidariedade com Nicarágua, entre eles Alberto Muller Rojas, do PSUV; o ex embaixador na Nicarágua, Miguel Gómez; Noeli Pocaterra, deputada nacional e dirigente do Conselho Nacional Índio; Jośe Poyo, presidente do Parlamento Indígena e a deputada Marelis Pérez Marcano.

Também expressam seu apoio 21 personalidades da República Dominicana; 1 da Escócia; 18 da Suécia; 7 da Suíça; 1 de Túnez; 1 do Reino Unido e 6 do Uruguai, entre eles Carlos Alejandro e Eduardo Méndez, da direção nacional da Frente Ampla.

Igualmente várias organizações têm expressado sua solidariedade em pronunciamentos e declarações, tanto em seus blogs como em suas páginas na internet.

Da Nicarágua, 149 personalidades enviam seu apoio ao manifesto, entre eles Blanca Sandino, filha do general Augusto C. Sandino, seu filho Walter, o padre Miguel D'Escoto Brockmann, presidente da Assembléia Geral da ONU; a enfermeira estadunidense Dorotea Granados; Janina Guerrero, líder da Associação Nicaragüense de Promotores da Paz Mundial.

Também o escritor e historiador Aldo Díaz Lacayo, da primeira atriz Evelin Martínez; o poeta Raúl Orozco; o jefe da bancada sandinista, deputado Edwin Castro Rivera; o líder da Federação Nacional de Trabalhadores e deputado sandinista Gustavo Porras; Francisco López, vice-reitor da UCN e tantos outros que ficaria muito extenso citá-los.

Muito obrigado companheiros. Sabemos que muitíssimos ainda não somaram seu apoio ao manifesto Em Defesa da Nicarágua devido às férias e as festas de Natal e ano novo, mas também sabemos que contamos com seu apoio.

Nem um passo atrás!

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Táticas dos paramilitares para obter novos benefícios

Nós, as vitimas, temos presenciado como de maneira cínica esses criminosos, não apenas narram suas atrocidades, como buscam justificá-las assinalando que todas ocorreram contra pessoas que teriam vínculos com a guerrilha ou organizações a margem da Lei.

UNIÃO SINDICAL OBRERA DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO (USO) – COLÔMBIA

Filiada a: FUNTRAENERGETICA e à CUT

Nas audiências públicas de Justiça e Paz os paramilitares tentam justificar suas ações, acusando suas vítimas de terem relações com a guerrilha.

Desde o início da aplicação da lei 975 de 2005, o marco das audiências públicas de Justiça e Paz, reconhecidos paramilitares vêm reconhecendo, a meias verdades, que já era conhecido pela sociedade colombiana, que eles eram a força armada de um projeto político-militar de extrema direita e que eram os autores materiais e em alguns casos intelectuais, de milhares de crimes contra a humanidade contra a população civil, em especial contra sindicalistas e membros de organizações defensoras dos direitos humanos. Nós, as vítimas, temos presenciado de maneira cínica esses criminosos, não apenas narram suas atrocidades, como buscam justificá-las assinalando que todas ocorreram contra pessoas que teriam vínculos com a guerrilha ou organizações a margem da Lei.

No mês de dezembro passado, durante as audiências de justiça e paz, nas que se foram recebidas as declarações de JULIAN BOLIVAR e outros reconhecidos paramilitares, as vítimas, neste caso da USO, temos enfrentado uma tática, tão ou mais perversa das que se acostumam esses paramilitares. Agora, em seu afã de obter benefícios, porém também de justificar seus atos assinalando que suas vítimas teriam relações com a guerrilha, pretendem também vincular reconhecidos dirigentes políticos e sindicais, acusando-os de pertencer à guerrilha e outros de serem colaboradores ou participantes de grupos paramilitares.

Diante de tais declarações manifestamos o seguinte:

1. A Unión Sindical Obrera, (USO), é uma organização sindical legalmente constituída, a qual tem conquistado sua legitimidade em mais de 85 anos de história e reconhecimento nacional e internacional.

2. Tem havido por parte do Estado colombiano uma política encaminhada por todas as vias de aniquilar nossa organização. Isto se reflete em mais de 100 assassinatos, 2 desaparições, mais de 20 seqüestros, cerca de 400 trabalhadores deslocados de seus locais de trabalho, 5 trabalhadores no exílio, 37 trabalhadores detidos e processados penalmente, 45 trabalhadores submetidos a tortura psicológica em seus locais de trabalho, 248 despedidos na última greve, todos estes feitos na maior impunidade. Por tudo isso nossa organização deveria ser protegida pela CIDH com a declaração de medidas cautelares desde o ano de 2001.

3. Rechaçamos tais sindicancias e recorreremos à justiça colombiana para mais uma vez demonstrar nossa inocência e comprovar que tudo obedece a uma montagem, baseada em mentiras com as quais querem tecer toda uma teia jurídica para enlamear nosso sindicato. Nossos dirigentes e ex-dirigentes estão prontos para atuar perante a justiça e as falsas acusações

4. Os grupos paramilitares são os verdadeiros culpados pelos assassinatos, massacres e deparecimentos de dirigentes sindicais e defensores dos direitos humanos na Colômbia. Em nosso critério a lei de justiça e paz é o maior manto de impunidade legalizado em nosso país. Exigimos verdade, justiça, reparação integral e garantias de que não se repitam.

5. Solicitamos ao procurador Geral da Nação e ao Presidente do Conselho Superior de Magistratura, vigiar de perto esses processos e as ações judiciais que iniciaremos, requeremos que as mesmas se dêem dentro do marco da legalidade, em respeito aos direitos e com a transparência necessária.

Pela Junta Diretiva nacional da USO.

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O atentado da noite do dia 27 em Bogotá, declaração de Carlos Lozano, diretor do Voz

É a forma irresponsável como sempre se precipitam quem tem o interesse de propiciar a guerra, fazer apologia da “segurança democrática” e de promover o reeleicionismo fatal para o futuro da democracia colombiana.

Carlos Lozano Guilen/Pacocol

Rechaçamos o atentado criminoso e o oportunismo governamental.

O atentado com dinamite no norte de Bogotá, de ontem, terça feira, 27 de janeiro, é repudiável de todos os pontos de vista, com mais razão quando deixa vítimas, ambas humildes e trabalhadoras, além da grande quantidade de danos materiais. É um ato terrorista que não tem justificativa.

Quem quer que o tenha cometido merece todo o desprezo e o repúdio dos cidadãos e cidadãs que trabalhamos com afinco pela paz, pelas saídas pacíficas e políticas do conflito e queremos construir uma pátria em que predomine a democracia e a justiça social.

As autoridades têm formulado hipóteses sobre a suposta responsabilidade do ato criminoso, porém são apenas suposições e indícios na investigação que deve conduzir a estabelecer de maneira plena e evidente a autoria do mesmo. Não se pode dizer que existe algo definitivo que permita indicar a organização ou pessoa em particular, como já fazem alguns porta-vozes governamentais e meios de comunicação. É a forma irresponsável, como sempre se precipitam os quem tem interesse de propiciar a guerra, fazer a apologia da “segurança democrática” e de promover o reeleicionismo fatal para o futuro da democracia colombiana.

Chama a atenção que durante o começo se disse por parte das autoridades de polícia que não se tinha informações de recentes ameaças ou extorsões à empresa Blockbuster, onde foi colocada a bomba em um caixa eletrônico, depois mudaram a versão para assegurar que se tratava de uma extorsão das FARC. Mas também é coincidente o atentado e a apressada atribuição à guerrilha quando está em marcha o processo de libertação de seis reféns que o Secretariado das FARC anunciou há mais de um mês e que em menos de quinze dias estarão de volta ao seio de seus lares, como informou ontem, também, a senadora Piedad Córdoba.

A responsabilidade da guerrilha é apenas uma hipótese que não tem forte fundamento e que se pretende aproveitar de maneira oportunista pelo Governo Nacional para estimular as saídas militaristas e de força. Não é a primeira vez que isto acontece, os “falsos positivos” são uma prática perversa desse Governo, como demonstra o fato de que mais de mil militares estão vinculados a investigações judiciais por este procedimento próprio do terrorismo de Estado.

Apesar de tudo, nós que trabalhamos pela paz e pela saída política negociada, devemos multiplicar esforços para propiciar um clima favorável para o intercâmbio humanitário e pelos diálogos de paz, como se promove pelo movimento “Colombianos e Colombianas pela Paz”.

Não tem que deixar espaço para a insensatez e mentes delirantes que fomentam as saídas de força e a esse tipo de ato claramente repudiável, independente de quem seja seu autor.


Bogotá D.C. 28 de janeiro de 2009

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Procuradoria persegue o imundo rato de esgoto Londoño

Titulo da ANNCOL. Uma das maiores frustrações de Maya Villazón é não ter conseguido que este ladrão - conhecido como Ladroño - devolvesse o que roubou da INVERCOLSA

Procuradoria exige devolução de ações da Invercolsa


Autor: Daniel Valero
Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2009


A Procuradoria exigiu o imediato cumprimento da ordem judicial que obriga o ex-ministro Fernando Londoño a devolver as ações adquiridas da Invercolsa.

Um recurso foi interposto na Procuradoria para que a mesma seja obrigada a dar cumprimento à ação de nulidade que falhou no caso das 145 milhões de ações de Invercolsa compradas pelo ex-ministro Fernando Londoño, informou o presidente do Conselho de Estado, Enrique Gil Botero.

O processo de venda das ações estava crivado de procedimento ilícitos, pelo qual o Ministério Público insistiu na nulidade da negociação.

/Tomado do Blog de Jaime Caycedo T

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

As libertações são positivas, mas...

Os que voltam atrás nesse esforço de libertações, o suposto retorno à política de guerrilha para a era - chamada por eles de Era CANO - equivocam-se: a insurgência jamais deixou de fazer política.

Johnson Bastidas

Os analistas começaram a fazer suas apostas sobre o conteúdo e o significado das libertações unilaterais das FARC-EP. As análises pecam pela incapacidade de fazer sínteses racionais e têm como ponto de partida a vitória da “segurança democrática” uribista. Como ponto de chegada prevêem a derrota iminente da insurgência, cujo destino final e indicador visível - como na estirpe dos Buendía - seria a rendição e entrega ao bondoso e maternal coração do governo paramilitar. Os analistas parecem prisioneiros de suas próprias tautologias, o que, aliás, não parece incomodá-los, já que são os mercenários do pensamento dominante.


Tudo isso ocorre em meio a certos esforços sociais louváveis em prol da paz, como, por exemplo, os COLOMBIANOS PELA PAZ encabeçados pela senadora Piedad Córdoba, e outros intelectuais que têm o apoio da insurgência. Prova disso é o comunicado do COCE, liderança do ELN, que manifesta a sua vontade de participar do intercâmbio epistolar da mesma forma que fazem as FARC-EP.

Há outros esforços, como as comissões que se reúnem em Paris e em Washington, entre as quais há alguns indivíduos que não gozam de muito boa reputação entre a insurgência, e outros cujo compromisso se restringe à dimensão de projetos pessoais. Enfim, há várias comissões que se formam para discutir a paz, mas a posição da insurgência não é levada em consideração e quando é mencionada baseia-se nos dois pressupostos anteriormente mencionados: a suposta derrota militar da insurgência e o seu fim próximo. Muitos que se dizem mensageiros da paz são na verdade promotores do neoliberalismo econômico, dali o seu empenho em dar segurança aos investimentos estrangeiros, “paix romaine” ao extremo e toda a segurança para o capital, tudo isso sem evocar sequer as especificidades e as mudanças em curso na estrutura da sociedade colombiana. São verdadeiras festas de aniversário sem o aniversariante, uma vez que a insurgência está completamente ausente.

Todo negociador, para levar a sua missão a um bom desfecho, deve contar como princípio básico o reconhecimento das partes envolvidas, principalmente a parte da insurgência, uma vez que esta sempre ressaltou as suas preocupações com a segurança dos porta-vozes e dos prisioneiros de guerra. Se o governo, como vem anunciando, impede as elogiáveis atitudes dos COLOMBIANOS PELA PAZ, as libertações podem inclusive ser suspensas, já que a Cruz Vermelha perdeu a sua credibilidade na operação JAQUE, onde o governo utilizou de forma arbitrária o seu símbolo, sem que esse organismo rejeitasse de forma taxativa esse fato violador de todas as convenções e acordos internacionais dos quais a Colômbia é signatária.

Sem sombra de dúvidas, qualquer libertação unilateral de prisioneiros de guerra pela insurgência é um passo adiante na abertura da comunicação entre as partes, um triunfo da insurgência. Provas disso são todas as operações que buscam boicotá-las e reduzir a sua importância para que a insurgência fique perante o mundo como uma organização de fachada e devedora de seus compromissos adquiridos com os colombianos em prol da paz. O pior é que há provas de todas as tentativas do governo para pôr em perigo as vidas dos libertados e negociadores.

Nesse cenário o governo colombiano é responsável pela segurança e a vida da senadora Piedad Córdoba e de todos os membros da comissão que parte em busca dos libertados. Uma desautorização, como a que veio anunciar o governo uribista, pode jogar no lixo todos os esforços até agora conseguidos, uma vez que, como já anunciamos a atitude pusilânime da Cruz Vermelha perante a violação flagrante de seu símbolo a deixou com uma má imagem perante a insurgência. A atitude do governo uribista o deixa péssimo perante a opinião pública internacional, uma vez que ele não só nada tem feito para facilitar o intercâmbio humanitário como também agora ataca uma operação digna e eficiente como esta se mostrou diante à opinião pública internacional. Uribe, com seu livreto de guerra, tem problemas para conduzir ações onde imperem a civilidade e saídas humanitárias. A desautorização dos bons trabalhos desempenhados pelos COLOMBIANOS PELA PAZ, encabeçada pela senadora Piedad Córdoba, parecem deixar claro que Uribe quer libertações sem testemunhas para jogar sujo, como sempre foi o seu costume desde os tempos do seu governo em Antioquia.

Os que voltam atrás nesse esforço de libertações, o suposto retorno à política de guerrilha para a era - chamada por eles de Era CANO - equivocam-se: a insurgência jamais deixou de fazer política. Dizer que as libertações são um prelúdio ao processo eleitoral que se avizinha é simplista e não corresponde à realidade. A conclusão que se deriva desse sofisma é que os insurgentes das FARC-EP fazem política durante as eleições regionais e durante a eleição presidencial. Basta ler alguns documentos: proposta das FARC-EP para a redução do conflito (2002), Mesa redonda sobre a distribuição do ingresso e desenvolvimento social (2001), Apontamentos ecológicos da mesa temática das FARC-EP (2000), A reforma agrária (2002), A audiência Juventude e Emprego (2002), As FARC-EP, o desemprego e o setor solidário (2000), Acordo dos poços (2000), Sobre o processo de paz (1999), Agenda comum pela mudança e a Nova Colômbia (1999), Planejamento para a substituição de cultivos ilícitos (2000) etc. A lista é longa, mas em cada item se pode entrever como o país concebe a insurgência e a maneira de levá-la a um bom destino. O único ingrediente ausente nessa contabilidade é interlocutor ou interlocutores comprometidos com a paz.

Até o momento tem faltado algo a todas as propostas que circulam e pululam: colocar na mesa a questão dos prisioneiros políticos, pois eles também são colombianos e não merecem ser deixados à mercê do esquecimento. Seria importante que uma comissão internacional, com credibilidade, elaborasse um balanço da situação atual dos prisioneiros políticos para saber quantos são, a situação dos processos e a situação humanitária de cada um. Os prisioneiros políticos colombianos sofrem, desde que foram capturados, violações constantes dos seus direitos básicos. Aliás, seus direitos não existem e ninguém os faz cumprir. Estas práticas incluem desde as violações do direito constitucional, com a falta de processos, incluem transferências para longe de sua família, falta de qualquer acompanhamento de saúde, ausência de direito à intimidade, ameaças diárias, situações inimagináveis de superlotação e condições aberrantes de insalubridade.

A alegria que nos trazem as libertações unilaterais da insurgência contrasta com o olhar que nos lançam desde seus pavilhões os homens e mulheres que ousaram se levantar em armas contra o regime corrupto e paramilitar que nos governa. Eles também fazem parte da luta pela paz.

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Reflexões de Pablo Catatumbo

- Dona Yidis disse nessa entrevista, não obstante ter sido tratada como um farrapo e ter sido jogada na prisão: “Uribe é um bom presidente, é honesto, mas tem maus assessores. O presidente deveria olhar melhor os que o rodeiam”. Justamente o que os alemães diziam de Hitler – anotações de Catatumbo, nas montanhas da Colômbia.

ANNCOL


Para o conhecimento dos nossos leitores, 'Reflexões de Pablo Catatumbo', membro do Estado Maior das FARC-EP.

***

Estamos vivendo, ou melhor, é mais exato dizer que estamos saindo, de uma etapa certamente difícil, mas progressista e provisória, porque o fascismo nunca se eternizou em qualquer lugar (e isso já começa a tornar-se evidente). Esta é como aquela fase que se viveu depois da queda da República Espanhola, em meados da década de 30 (guardadas as devidas proporções, obviamente), quando o fascismo se mostrava altaneiro, abusivo e tão prepotente que já não só ameaçava, mas arrasava todos os cidadãos, tanto em seu próprio país como além de suas fronteiras.

Hitler, Franco e Mussolini eram os heróis da época, boa parte da opinião pública os aclamava quase que unanimemente e os considerava os escolhidos, salvadores, redentores da humanidade.

Alguns pensam que se trata de fenômenos sociológicos que se reproduzem de tempos em tempos, devidos em boa parte à manipulação da grande massa por meio da propaganda enganosa dos meios de comunicação, à desesperança a que a miséria atirou ao povo e sobretudo à necessidade, que devido à concentração do capital em poucas mãos e a própria crise em curso levam as oligarquias a impor a sua mão dura e o controle social para desenvolver os seus planos.


Digo que estamos como naquela época, uma vez que aqui também se pode presenciar um fenômeno parecido.

Boa parte da opinião pública manipulada teve Uribe como o Homem Providencial, o Eleito, aquele que vai tirar a Colômbia do atoleiro, o que se sacrifica o que mais trabalha, e, além disso, o que é de uma honradez e um patriotismo impolutos.

Por conta dessa imagem, essa mesma opinião resvalava para o terreno do achismo quase todas as acusações e provas que podiam implicá-lo pessoalmente. Pouco importaram as denúncias sobre a parapolítica, os massacres da polícia, o roubo de terras de camponeses, as centenas de escândalos que provam a corrupção do regime, os deslocamentos forçados, a entrega de nossa soberania e de nossa economia às oligarquias, às multinacionais e ao imperialismo. Tudo isso foi envolvido em um manto de cinismo, relativizado e finalmente esquecido.

Não importa que seu pai e seu irmão, Santiago, tenham sido mafiosos e paramilitares e que ele mesmo também o tenha sido, não importa que seja um ambicioso, um trapaceiro, um demagogo, um fascista; simplesmente os meios de comunicação se encarregaram de lavar a sua imagem e uma boa parte da gente ainda não acha que a podridão o envolva.

Curiosamente, nesses dias estou lendo a biografia de um homem que sempre respeitei, embora eu não possa dizer que o admiro. Eu o respeito pela sua sagacidade, sua engenhosidade e suas façanhas guerreiras, apesar dele ter servido no exército de Hitler: O general Erwin Rommel.

Lendo-lhe, encontrei uma série de coincidências entre a personalidade e o estilo de comando de Hitler, o que leva a pensar que a “originalidade” de Uribe parece ter sido copiada, ponto por ponto, do primeiro.

Assim escreveu Desmond Young, um general britânico que combateu Rommel na famosa campanha do norte da África, onde o alemão ganhou merecidamente o apelido de “Raposa do Deserto”:

“Rommel não era propriamente um fascista. Era o que se pode chamar um guerreiro nato. Seus amigos jamais conheceram as suas opiniões políticas de forma bem definida. Ele se inscreveu no partido Nazista, mas o fez mais por cumprir um requisito ou por fervente admiração pessoal a Hitler, embora o admirasse”.

“Rommel, que instintivamente distinguia e sempre viu uma grande diferença entre Hitler, que o deslumbrava, e a camarilha que o rodeava, achou o seu melhor amigo no Coronel Schmund, às vésperas de sua adesão ao Partido Nazista, uma confirmação de seus pontos de vista. Com efeito, dizia Schmund: “Hitler era um grande homem, um grande patriota, mas lamentavelmente estava rodeado de um grupo de bandidos, a maioria deles herdeiros de um passado obscuro. Mas Hitler, por sua vez, que grande homem era! Que idealista! Que senhor tão digno para que alguém o servisse!”. A alguém que ouvir essas palavras pode parecer ter escutado José Obdulio.

Mas o autor acrescenta:

“Hitler costumava falar em tom profético”. Dizia Rommel: “Hitler quase sempre atuava seguindo seus instintos, mas ainda assim “Hitler tinha a extraordinária faculdade de religar em um só feixe os pontos essenciais de uma discussão para dar-lhe uma solução e quase sempre acertava”. Que grande homem era, tinha uma inteligência superior!”. (Observe a expressão)

“Tinha a faculdade intuitiva (Hitler) de adivinhar o pensamento dos seus interlocutores e se estava de bom-humor, de dizer o que eles mais gostariam de ouvir naquele momento. Hitler era extremamente hábil em usar, conforme lhe convinha, a lisonja com seus aduladores ou o desprezo para assegurar-se da obediência”.

Outro detalhe da personalidade do Fuhrer que impressionou a Rommel, e pelo que o admirava, foi a “sua memória, realmente extraordinária”. Dizia ele: “Hitler sabia praticamente de cor todos os livros que tinha lido. Levava fotografadas dentro de sua mente, com páginas e páginas de livros e até capítulos inteiros”.

“Tinha um gosto particular pelas estatísticas, que podia lembrar por inteiro: Era capaz de alinhar até o infinito cifras e mais cifras sobre a disponibilidade de tropas do inimigo, os tanques destruídos, as reservas de gasolina e de munição etc., com uma maestria que impressionava enormemente os cérebros do Estado-Maior, não obstante ser estes homens muito bem treinados para essa mesma ginástica mental”.

Ele gostava também de fazer seus generais caírem no ridículo para mostrar-lhes a sua superioridade como chefe.

“É conhecida uma anedota que narra uma de suas freqüentes viagens de inspeção às tropas, em que ele chamou o general encarregado e lhe perguntou: - Quantos tanques por batalhão tem a sua artilharia, em média? O General lhe deu uma cifra.

“- Não senhor, - replicou o Fuhrer -. Isso não é exato porque eu lhe enviei mais munição que isso; o senhor tem que ter mais armas e mais munições. Ligue imediatamente ao encarregado da artilharia e lhe pergunte o quanto de munição ele tem.

Pelo telefone chegou à cifra exata. De novo Hitler tinha acertado, o caudilho tinha sempre a razão, e, enquanto o general envergonhado ruborizava-se, o Führer mal deixava entrever um leve sorriso de satisfação. Seu objetivo fora alcançado. Mais uma vez demonstrara a sua superioridade ante seus homens”.

Qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência. O nosso fascista simplesmente aprendeu os truques do seu professor.

Não é preciso ler a entrevista que fez El Espectador a Yidis Medina, constatar que a utilizaram para reeleger ao Führer colombiano e que depois a traíram e abandonaram (como geralmente fazem a todo traidor) para um entender esse comportamento deplorável.

Dona Yidis disse nessa entrevista, não obstante ter sido tratada como um farrapo e ter sido jogada na prisão:

“Uribe é um bom presidente, é honesto, mas tem maus assessores. O presidente deveria olhar melhor os que o rodeiam”.

Justamente o que os alemães diziam de Hitler.

Pouco a pouco vai ficando a constatação de que a tão citada originalidade de Uribe não é mais que uma grosseira imitação dos métodos usados pelo pior dos piores espécimes que passou pela humanidade até hoje.

E olha que sequer citamos o que ele copiou de Goebbels.

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