"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Piedad Córdoba: A paz é a luta contra a opressão no país

A ex-senadora Piedad Córdoba afirmou neste domingo (28) que o povo colombiano considera que a paz é mais do que o desarmamento e a desmobilização, é uma discussão sobre o sistema político, as garantias, a luta contra a opressão no país.
 
A ativista dos direitos humanos declarou à Prensa Latina que chegar aonde se chegou hoje é uma conquista da sociedade, da pressão e mobilização popular.

Quando começamos as libertações de prisioneiros e reféns, todos se opuseram e nos perseguiram, disse. Esta foi uma das razões pelas quais me destituíram do cargo de senadora por 32 anos, mas isto era o início e a busca de que se conquistasse este processo de diálogo, acrescentou.

Porta-voz do movimento Marcha Patriótica e Colombianos e Colombianas pela Paz, Córdoba é uma das mais de 1.200 pessoas que estão presentes em Bogotá no foro de participação política, um dos cinco pontos da agenda assinada em agosto de 2012 pelo governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc –EP).

Em sua opinião, deste encontro sairão coisas muito importantes. Este foro demonstra que há também uma quantidade de organizações que exigem uma ampliação do poder neste país, participação e garantias.

As pessoas querem falar, pedem que se mude o estado de coisas inconstitucionais como a miséria e a pobreza, a falta de garantias e a perseguição os que abraçam teorias políticas diferentes, declarou.

O foro, que se encerrará na próxima terça-feira, é o segundo que se realiza por proposta do governo e da guerrilha. O primeiro se realizou em dezembro de 2012 e abordou a política de desenvolvimento agrário integral, um dos cinco pontos da agenda acordada por ambas as partes.

Naquela ocasião foram recolhidas mais de 400 propostas de 522 organizações e 18 setores.

As conversações, que contam com Cuba e Noruega como países garantidores e Venezuela e Chile como acompanhantes, se realizam sobre a base de uma agenda que inclui também o fim do conflito em si, o tema das vítimas e a solução para o problema das drogas.

Todas as intervenções serão enviadas em 20 de maio à mesa de conversações entre o governo e a guerrilha, que têm por sede o Palácio de Convenções de Havana, Cuba.


Blog da Resistência www.zereinaldo.blog.br / Prensa Latina