"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Primeiro de maio, dia internacional da classe trabalhadora

 

La Habana, Cuba, sede dos diálogos de paz, 01 de maio de 2013

A Delegação de paz das FARC-EP saúda no dia internacional das trabalhadoras e trabalhadores, o povo colombiano que no seu dia a pós dia constrõe as condições materiais do sustento econômico-social do país, o movimento operário colombiano que luta por condições dignas de trabalho em meio da mais violenta repressão patronal e suporta o peso do modelo econômico que lhes tira seus direitos, suas liberdades, submetendo-os à pobreza como forma de perpetuação da desigualdade social. Lembramos sempre que têm sido as mãos das trabalhadoras e trabalhadores as que têm feito possível nossa construção como força guerrilheira e como Partido Comunista Clandestino, que sem nenhuma vacilação mantêm erguidas as bandeiras das maiorias exploradas e oprimidas contra o capitalismo.

Um capitalismo que se encontra em crise por causa do voraz e inescrupuloso apetite de acumulação dos banqueiros e das multinacionais que exploram as riquezas naturais do mundo, que vivem dos trabalhadores e sempre os sometem a pagar suas próprias bancarrotas. Donos de multinacionais especuladoras mantêm seus exorbitantes lucros a custa da miséria, da pobreza e da repressão, superam suas crises impondo a violência como aquele primeiro de maio de há 127 anos quando assassinaram os operários e operárias que lutavam por salário e trabalho digno.

Em nosso país essa crise global capitalista, pretende ser inutilmente superada, carregando de maiores penúrias o nosso povo trabalhador. Nem as cifras pré-fabricadas pelos organismos oficiais conseguem ocultar que Colômbia ocupa no Continente o ignominioso recorde de desemprego, de trabalho informal, de precarização laboral e de sub-emprego, assim como a nefasta reforma das aposentadorias e o desmonte dos para-fiscais, não são para gerar empregos, mas para acrescentar as ganâncias dos empresários e piorar as condições salariais dos trabalhadores.

É por isso, que nas FARC-EP lutamos pela construção das autênticas alternativas anticapitalistas, que promovam a produção e o emprego digno para a satisfação das necessidades vitais da imensa maioria da população, com soberania alimentaria e em paz com justiça social. Para edificar essa paz, convidamos os milhões de colombianas e colombianos a confluir num grande movimento pela transformação do país, que avance na solução das causas estruturais que deram origem ao conflito.

Conclamamos a todas e todos: o movimento operário colombiano, herdeiro da Maria Cano e Teófilo Forero, todos os trabalhadores e sindicalistas do campo e da cidade, os milhões de desempregados e sub-empregados a unir esforços na conquista da paz com justiça social, como componente chave na construção de um novo governo democrático que ofereça autênticas alternativas e soluções para nosso povo.
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DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP