"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 22 de agosto de 2015

E a guerra contra insurgente continua


Por Alberto Pinzón sánchez
Em sua última comunicação [11.8.2015], intitulada “Sérias perturbações pairam sobre a paz”, o comandante geral das Farc Timoshenko, ademais de analisar as dificuldades que ainda sobrecarregam a finalização do conflito social e armado colombiano, denunciava a típica e eterna hipocrisia da classe dominante da Colômbia, consistente em dizer uma coisa e fazer outra: “Falar a Santander para que o entenda Bolívar”, costumavam dizer os conjurados da imprensa bogotana em 1830, pouco antes de atentar criminosamente contra a vida de nosso pai, o Libertador.
Timoshenko fez, ao final de sua análise, a seguinte denúncia: [...] “Depois da suspensão ordenada pelo Presidente Santos, nos bombardearam em 27 de julho na vereda Huitoto, canal do Caño Puntilla, município de Puerto Guzmán, Putumayo, e no dia 4 de agosto na vereda Dios Peña do município de San Migual, também no Putumayo, para não falar de uma série de provocações por terra contra nossas unidades em diferentes regiões do país. Diferentemente de nós, o governo descumpre uma vez mais sua palavra. Busca o quê? Em:  http://www.pazfarc-ep.org/index.php/noticias-comunicados-documentos-farc-ep/estado-mayor-central-emc/2926-serias-perturbaciones-se-ciernen-sobre-la-paz
O assunto, em lugar de ser esclarecido, foi tomando outra envoltura midiática: iludir a chamada opinião pública com a muito próxima finalização do conflito armado, enquanto se continua intensamente a guerra contra insurgente nas diferentes regiões como Urabá, Catatumbo ou Putumayo [onde o governo não tem influência eleitoral e coexistem diversos grupos insurgentes] para manter a militarização e a histeria guerreirista no Oligopólio Midiático Contra Insurgente [OMCI] e, sobretudo, continuar dando a sensação de que “a vitória militar se chama paz”, como repetidamente o vem dizendo o presidente Santos.
É o que estamos vendo: 1-Ademais do denunciado no Putumayo pelo comandante das Farc. 2-No Urabá antioquenho e chocoano onde, depois da estranha e ainda não explicada queda do helicóptero Black Hawk [4.8.15], se iniciou uma grande operação contra insurgente tendo como bandeira falsa a captura de um capo da máfia dos Urabenhos [Uribenhos?] que, segundo a jornalista privilegiada de El Tiempo.com, Salud Hernández Mora, não se chama Úsuga, como o identificou o presidente Santos, senão que se trata de um antigo e conhecido narco-paramilitar, desmobilizado durante o octênio de AUV, apelidado “Inglaterra”. Vai alguém saber por que. (Ver nota em http://www.eltiempo.com/politica/justicia/alias-inglaterra-clan-usuga/16248235


E 3-No Catatumbo, onde a bandeira falsa é a morte [tampouco confirmada] de vulgo Megateo, o chefe de um reduto do EPL, porém na realidade é a população civil o alvo desse grande desenrolar contra insurgente, como o denunciar o portal Verdade Aberta.com
Assim, pois, que a estorinha de “desescalar as ações” para não falar da desativação do bumerangue da neo-língua fascista implementada pelo fascismo ou nacional catolicismo colombiano, pois não passa de ser como na época de Laureano Gómez em 1949, outra perversa estratégia política do Poder dominante de combinar violência oficial, terror e votações, para ganhar as eleições, supostamente democráticas, que se avizinham.
Por que, em lugar de se estar inventando para cada ocasião midiática um neologismo ou subterfúgio retórico politiqueiro de clara fatura anglo-saxã, não se lhe diz ao povo a verdade tal qual é e em língua castiça, que é a que falamos [uma maioria, esclareço] em Colômbia desde há tanto tempo?
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Equipe ANNCOL - Brasil