"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lula é contrário a maior presença militar dos EUA na Colômbia

Por Carmen Munari

SÃO PAULO -

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se posicionou de forma contrária ao aumento das forças norte-americanas na Colômbia, citando a soberania dos países da região. Ele também considera necessária uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a Quarta Frota da Marinha Americana no Atlântico.

Para Lula, a questão do aumento da presença de forças militares norte-americana na Colômbia deverá ser discutida na reunião da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) no dia 10 em Quito, no Equador. Na ocasião, o Conselho de Defesa, que reúne os ministros de Defesa de países da região, poderá ser convocado.

"Posso dizer que a mim não me agrada mais uma base americana na Colômbia. Agora, como eu não gostaria que o Uribe desse palpite nas coisas que eu faço no Brasil, eu preciso não dar palpite nas coisas do (Álvaro) Uribe (presidente da Colômbia)", afirmou Lula.

As declarações de Lula foram dadas em entrevista coletiva nesta quinta-feira, ao lado da presidente do Chile, Michelle Bachelet, após assinatura de acordos entre os dois países.

"A soberania de um país é intocável", afirmou o presidente brasileiro, ponderando que "essas coisas nós temos que ver com cuidado para não gerar conflito, nem com Uribe, nem com os EUA nem com os vizinhos".

O tema é foco de atrito entre Uribe e Hugo Chávez, presidente da Venezuela. Outros líderes de esquerda da região alegam que o governo colombiano ameaça os vizinhos ao negociar um plano que aumentaria a presença militar dos Estados Unidos no país, tradicional aliado da Casa Branca.

"Concordo com Lula, respeitamos a soberania de cada país nas decisões que tomam. Creio que a reunião da Unasul vai ser o momento mais oportuno para ver de que maneira as decisões de cada país podem afetar decisões gerais", afirmou a presidente chilena, presidente da Unasul.

Quanto à Quarta Frota, que foi reativada no ano passado para atuar nas Américas, Lula disse que o Brasil já pediu a abertura de diálogo com os EUA para tratar do tema. O argumento é que a frota acompanharia a área de petróleo recém-descoberta do pré-sal no litoral brasileiro. O pedido foi feito ainda durante mandato do ex-presidente George W. Bush, que deixou o governo neste ano.

Fonte: Reuters.

Um Cacho de "Obamas"


Por Laerte Braga/Brasil

Fonte: www.abpnoticias.com

Uma das mais importantes conclusões a que se chega ao analisar o golpe militar de extrema-direita em Honduras é que o presidente dos Estados Unidos pode pouco ou não pode nada.

Depende de quem ocupa a Casa Branca. Obama não pode nada.

Hilary Clinton, secretária de Estado, pode um pouco. John McCain, candidato republicano derrotado por Obama pode tudo.

Dick Cheney, líder sionista com estreitas ligações com Israel e ex-vice-presidente de George Bush continua com a batuta de maestro. Rege a orquestra golpista.

Um dos principais produtos de exportação de Honduras é a banana. Nessa crise pode ser o símbolo de Obama. Cachos de “obamas” estão sendo despejados em projetos golpistas que se estendem à Nicarágua e a Venezuela, num primeiro momento. Toda a política dos EUA é conduzida para agravar a crise hondurenha, provocar a guerra civil e surgir aí o pretexto para uma intervenção militar dos EUA, logo, a velha conversa de provocações e ameaças à democracia por parte do governo de Daniel Ortega – Nicarágua – e, outro golpe.

O chanceler brasileiro Celso Amorim, sem favor algum a principal figura do governo Lula, disse hoje na abertura de um encontro sobre a crise no Oriente Médio que o golpe dos generais e elites hondurenhas não se sustenta e nem existe perigo de uma onda de golpes na América Latina.

Amorim não iria dizer o contrário mesmo sabendo que por trás da derrubada do presidente Manuel Zelaya existe sim um propósito de derrubar governos bolivarianos em toda essa parte do mundo.

Na Nicarágua a oposição já começa a criar condições para dificultar a ação do governo sandinista de Daniel Ortega e abrir as portas a um golpe de estado.

A porta-voz do presidente deposto de Honduras, Elizabeth Sierra, disse hoje a uma agência de notícias internacionais que o presidente Zelaya vai para as montanhas de seu país onde pretende comandar a resistência ao golpe.

Zelaya insiste que a resistência será pacífica, a despeito de toda a sorte de provocações dos golpistas e militares norte-americanos baseados em Honduras.

Há uma crise humanitária em Honduras. Faltam alimentos, água, remédios, forças armadas e polícia agem com a costumeira boçalidade de “patriotas golpistas”, mas os negócios continuam prósperos.

Uma das primeiras conseqüências da deposição de Zelaya foi o retorno das máfias de Miami – tráfico de drogas e de mulheres – a Honduras.

Golpistas sem exceção não têm escrúpulos. Nem têm idéia do que seja isso. É só lembrar de 1964 no Brasil, ou da deposição de Salvador Allende no Chile. Pior, da Operação Condor, junção de carniceiros fardados de “democratas” para restabelecer a tal “ordem” que só existe na cabeça deles, à medida que significa contas bancárias mais robustas.

Ou percebemos que Honduras é toda a América Latina, ou breve os “patriotas” brasileiros estarão marchando com “Deus e a família” nem que seja necessário destruir todos os valores do País. E assim na Argentina. No Chile. Na Bolívia. Na Venezuela.

O DEMocrata, antiga ARENA, depois PFL, entrou com ação de inconstitucionalidade contra o novo acordo do governo brasileiro com o governo do Paraguai sobre as tarifas cobradas pelo país vizinho da energia de Itaipu vendida ao Brasil. O DEM é o partido dos banqueiros, grandes empresários, latifundiários e braço do PSDB, partido de FHC, Serra e Aécio, os mentores do processo de privatização do Brasil. São braços de qualquer golpe em qualquer circunstância e momento.

Na Argentina um chefe de polícia quer “depor” contra Kirchner. Cada dia aparece um “filho” do presidente paraguaio Fernando Lugo. A mídia “brasileira” braço de elites pútridas e fétidas encasteladas no esquema FIESP/DASLU vende o presidente da Venezuela Hugo Chávez como sendo a encarnação do mal.

Por trás de tudo isso só os “negócios”. Pouco importa que sejam os “cachos de obamas” dos empresários hondurenhos, a droga dos mafiosos cubanos de Miami – os que combatem Fidel – ou o governo dos narcotraficantes na Colômbia.

Importa que cinco bases militares dos EUA vão ser instaladas naquele país – Colômbia – para “garantir” a “democracia” nesse canto de mundo.

Quando um golpista assume a presidência de Honduras na forma que Michelletti assumiu e se refere ao presidente dos EUA como “el negrito no conoce dónde queda Tegucigalpa”, está dizendo que Obama e banana são a mesma coisa e o faz sabendo quem manda na maior potência do mundo.

Que bombas tenham sido disparadas contra manifestantes pela legalidade constitucional em Honduras a partir de ambulâncias, em flagrante violação aos princípios mínimos de Direitos Humanos e Leis Internacionais, isso não conta. A grande preocupação da Europa é com as meninas que o primeiro-ministro Sílvio Berlusconi quer enviar para ornar o parlamento da Comunidade Européia.

Que pessoas estejam sendo presas, arrastadas pelas ruas de cidades hondurenhas também não importa. Muito menos que mulheres estejam sendo estupradas por militares e policiais hondurenhos.

Fome, doenças, falta d’água, com certeza nos castelos das elites nada disso falta. Pelo contrário, são muitos os regalos por conta do golpe. Se atinge ao povo soa como lição por não aceitar os “desígnios divinos”, já que o cardeal de Honduras (grande proprietário de terras) apóia com entusiasmo o golpe militar. Como o fez, aliás, o cardeal venezuelano em 2002 quando tentaram derrubar Chávez.

Notícias sobre esses fatos? Onde? Na GLOBO? Em VEJA? Na FOLHA DE SÃO PAULO? No ESTADO DE SÃO PAULO? Esse ainda nem absorveu a lei áurea.

O governo da Espanha dá sinais de preocupação com uma nova modalidade de trabalho no mundo “real” do capitalismo diante da crise. “Trabalhos domésticos eróticos, com sexo ou sem sexo.” O país do rei Juan Carlo, que mata búfalos na Suíça a um custo de cinco mil dólares por cabeça em temporada de caça, assiste a pelo menos 5% da população de mulheres casadas da Espanha transformarem-se em prostitutas domésticas para fazer frente às dificuldades geradas pela crise. Trabalham nuas, ou com pouca roupa e “fazem sexo com os patrões”, tudo para manter funcionando a máquina da civilização ocidental.

O fato foi revelado pela BBC. Representa um faturamento de bilhões de euros por anos, algo em torno de cinqüenta bilhões.

É o momento em que o mundo globalizado e “livre” começa a funcionar a partir de seres transformados em robôs e domesticados aptos a qualquer situação. Nas elites a coisa tem mais glamour.
Com o fim da União Soviética, norte-americanos imaginaram um mundo cheio de letreiros da Coca Cola, do McDonalds, todo aquele visual da Broadway e a era do deus mercado. Se De Gaulle quando concebeu o Mercado Comum Europeu percebeu também o fim da União Soviética em futuro breve ou não, de imediato excluiu a Grã Bretanha. Sabia dos riscos de uma colônia norte-americana num mundo de comunidades em torno do livre comércio.

O que o presidente Hugo Chávez da Venezuela foi capaz de compreender é simples:

A América é latina se unir-se e latrina se ceder ao império norte-americano. É só olhar o México.
A ALCA trazia embutido esse propósito. Por trás do livre comércio uma espécie de Idade Média onde os castelos ficariam em Wall Street , Washington e com filiais tipo FIESP/DASLU. Militares, empresários e latifundiários em Honduras não diferem em nada dessa gente.

O que a ALBA – ALIANÇA BOLIVARIANA DAS AMÉRICAS – traz é a perspectiva de uma realidade diversa daquela vivida por mulheres espanholas ou por imigrantes mexicanos. Povos latino-americanos.

O que o golpe militar em Honduras significa é que norte-americanos decidiram por um freio às decisões populares na América Latina e impedir governos democraticamente eleitos que promovam essa integração.

Querem o petróleo, querem a água, querem impor suas parafernálias, querem o seu modo de vida mas...

...Como diz a antiga Canção do Subdesenvolvido, “o brasileiro não come como americano”.

Honduras é como se fosse um código de alerta daqueles comuns em filmes de Hollywood, onde o FBI e a CIA matam meio mundo em nome da “liberdade”.

É uma luta dos povos latino-americanos. Organizar, formar a resistência e marchar contra o golpe. Que são muitos golpes e estão presentes em cada um dos nossos países.

A vida não se resume a modelos vendidos em shoppings e nem a marcas estampadas para que todos vejam.

Ou somos humanos, ou somos gado. Está aí Sarney, estão aí senadores de todos os partidos envolvidos numa corrupção que é conseqüência do modelo. Quando ouço Artur Virgílio ou Tasso Jereissati exigirem moralidade sinto engulhos.

Não existe uma única alternativa como querem. Existe uma porta de saída para outra realidade.

E essa caminhada começa pela resistência.

Lutar por Honduras é lutar pelo Brasil.

Obama é só uma farsa vendida em forma de esperança. No duro mesmo é uma banana dos muitos cachos dos donos do mundo. Um “cacho de obamas” é o presente de grego de que querem distribuir aos latino-americanos, assim como os portugueses, espanhóis e britânicos que colonizaram a América trocavam bugigangas por ouro.

Perceberam que podem também comprar a alma latino-americana. Não com um “cacho de obamas”, mas com um monte de redes GLOBO.

Uma grande mesa de sinuca e muitas de bolas que vão sendo encaçapadas lentamente. Num universo maior, mas também dentro de cada um de nós.

Chamam isso de mundo real. É preciso, então, lutar pelo “irreal”.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Chávez e Lula analisaram situação de Honduras e instalação e bases militares na Colômbia.

Comunicado

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, conversou por telefone, hoje, com seu homólogo, o presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acerca de temas regionais de sumo interesse, assim como dos avanços na estreita relação entre os dois países.

Conversaram sobre Honduras, onde os dois mandatários manifestaram sua preocupação pela situação atual, sublinhando a necessidade de incrementar as pressões internacionais sobre os golpistas para garantir a restituição do Presidente Zelaya e a democracia nesse país irmão.

Assim mesmo, o Presidente Chávez comentou-lhe acerca do perigo e a ameaça que representa o intento de colocar bases militares estadunidenses em Colômbia e explicou as medidas que nosso governo tem-se visto obrigado a tomar para garantir a paz e a estabilidade na região.

Também, conversaram acerca da II Cúpula Sul-África a se realizar nos dias 26 e 27 de setembro de 2009 em Venezuela. O Presidente Lula ratificou sua assistência e seu compromisso com a realização dessa Cúpula, que sem dúvida, ajudará a fortalecer uma vez mais o diálogo Sul-Sul e a cooperação entre nossas regiões.

Igualmente, os dois mandatários compartiram a felicidade pelo compromisso alcançado entre as empresas PDVSA e PETRORAS, que é de grande importância para o estabelecimento de uma relação complementaria entre nossos países para alcançar a pela soberania energética.

O Presidente Lula abordou o tema da próxima visita a Venezuela de seu assessor Marco Aurélio Garcia dos dias 31 e 1º de agosto, assim como a próxima visita do Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Miguel Jorge, que estará em nosso país durante os dias 19 e 20 de agosto, acompanhado de uma ampla delegação de empresários brasileiros.

Finalmente, os dois mandatários ratificaram seu compromisso de continuar seus encontros trimestrais, ficando pendente ajustar a data exata para o próximo mês de setembro, quando corresponde a terceira reunião do ano, na qual se continuará fortalecendo a aliança estratégica entre Brasil e Venezuela.

Palácio de Miraflores
Caracas 29 de julho de 2009

Brasil pede transparência a Uribe


Fonte: www.teleSURtv.net


O Chanceler brasileiro, Celso Amorim, solicitou na Quarta feira, a Colômbia que seja mais transparente no relacionado com o acordo militar com Estados Unidos, ao tempo que chamou ao diálogo entre colombianos em venezuelanos, depois de que Caracas congelara relações.

“Acredito pessoalmente que existe uma preocupação com relação ao novo acordo militar, por exemplo, de Colômbia (com EUA). Seria bom que Colômbia transparentemente diga o que é, para que as pessoas o escutem, vejam e possa ser feita uma discussão ao respeito”, manifestou Amorim.

O Chanceler indicou que com “esse objetivo foi criado o Conselho de Defesa Sul-americano da União Sul-americana de Nações (UNASUL) que integra os países da região”

Amorim disse que seu país está disposto a trabalhar para “recompor” a confiança entre Venezuela e Colômbia, cujas relações têm volto a sofrer fortes tensões nos últimos dias.

Indicou que Brasil seguirá trabalhando pela amizade e reconciliação entre os dois países sul-americanos.

Amorim não precisou qual poderia ser o papel de Brasil na crise entre Venezuela e Colômbia, mas assegurou que se intentará “recompor” a confiança entre os dois países.

O governo colombiano anunciou que permitiria que EUA utilizasse três de suas bases, algo que Venezuela considerou uma ameaça.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou esta semana que tem decidido “congelar” as relações com Colômbia e retirar o pessoal diplomático desse país, depois de que Bogotá denunciou um suposto desvio de armas venezuelanas para a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), alo negado rotundamente por Caracas e do qual Bogotá não tem apresentado uma só provo sequer, só fotos de arquivo e gráficos.
Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência brasileira anunciou, também, que viajará, amanhã, Sexta feira, para Caracas, onde abordará o tema com o presidente Chávez, “e se fosse o caso irei a Colômbia” acrescentou.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Entrevista com Manuel Zelaya: "hondurenhos têm direito a pegar em armas"

por Michelle Amaral da Silva última modificação 29/07/2009 14:03

Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, advertiu que “se as armas voltaram às mãos da direita para derrocar presidentes reformistas, então os povos também têm direito de voltar a buscar soluções nesse caminho”

Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, advertiu que “se as armas voltaram às mãos da direita para derrocar presidentes reformistas, então os povos também têm direito de voltar a buscar soluções nesse caminho”


29/07/2009

Claudia Jardim
Enviada a Las
Manos (Honduras)



Cercado por guarda-costas, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, cumprimentava com euforia um grupo de hondurenhos que cruzaram a fronteira com a Nicarágua, local em que ele havia convocado seus simpatizantes para, juntos, reingressarem ao país depois de 26 dias de exílio.

A entrada triunfal programada por Zelaya foi minguada pelo governo golpista de Roberto Micheletti, que decretou estado de sítio nos estados cuja rodovia leva à fronteira, em uma tentativa de impedir a mobilização convocada pela Frente de Resistência ao Golpe.

Empenhados em receber o presidente deposto, porém, centenas de hondurenhos se aventuraram pelas montanhas do país para driblar a repressão do Exército. Entre abraços e gritos de “urge Mel!” (algo como “apareça, Mel!”, apelido pelo qual é conhecido), a segurança do mandatário advertia sobre a presença de franco atiradores em uma colina.

Sem a multidão esperada, Zelaya não cruzou a fronteira. Se o fizesse, “seria preso”, advertiu um coronel do Exército hondurenho encarregado da vigilância da aduana. O presidente deposto aguardava a resposta de uma "negociação" para que o Exército permitisse sua entrada. Não houve acordo.

Sentado em um jeep rodeado por simpatizantes, Manuel Zelaya conversou brevemente com o Brasil de Fato. Visivelmente cansado e aparentemente sem estratégia real para garantir seu retorno à presidência, ele advertiu que “se as armas voltaram às mãos da direita para derrocar presidentes reformistas, então os povos também tem direito de voltar a buscar soluções nesse caminho”.

Brasil de Fato – O governo dos EUA criticou sua decisão de tentar voltar ao país sem um prévio acordo com o governo golpista. Qual sua opinião?


Manuel Zelaya – Dei todas as tréguas. Fui extremamente tolerante, esperei e apoiei todas as decisões tomadas pela comunidade internacional. Aceitei o que disse a Secretária de Estado [estadunidense, Hillary] Clinton. No entanto, os golpistas continuam reprimindo o povo, violando os direitos humanos da população, apropriando-se de recursos que não lhes pertencem, usurpando a soberania popular, traindo os poderes do Estado. Me tiraram de casa em uma madrugada a balaços, amarrado. Nunca me acusaram formalmente em uma demanda judicial, nunca fizeram acusação anterior. Agora inventaram acusações contra mim, minha família e meus ministros. Os militares falam de democracias, mas quando alguém emite uma posição contrária, é declarado comunista, perseguem e dão um golpe de Estado. A elite hondurenha é extremamente conservadora.

O senhor não pôde entrar em Honduras como previsto. O que pretende fazer?


Mantenho o chamado ao povo hondurenho para que venham à fronteira. [O Exército impede que os manifestantes cheguem à zona fronteiriça]. São só 12 quilômetros entre El Paraíso [último ponto de bloqueio do Exército] e Las Manos. As pessoas podem vir caminhando, a polícia não vai deter. E também há outras possibilidades. Tenho dois helicópteros e posso aterrizar em qualquer lado.

Quais foram os fatores determinantes que desencadearam o golpe de Estado?

Honduras é a terceira economia mais pobre na América Latina. De cada dez hondurenhos, oito vivem na pobreza e três vivem em pobreza extrema. Acredito que uma sociedade que vive assim há pelo menos um século deve ser analisada para a promoção de mudanças. E essas mudanças estão relacionadas com a forma de estabelecer o sistema de governo. É evidente que as elites econômicas, que são privilegiadas por essa situação, pelo status quo, não querem essas mudanças. Então, a única maneira de promover mudanças em Honduras é ampliar os espaços de participação cidadã, os processos de participação social. Apontei isso e os oligarcas me declararam inimigo da pátria; e começaram a conspirar contra mim.

Aumentei o salário dos trabalhadores, tentei incorporar a reforma agrária, abri as portas ao socialismo do Sul e isso foi considerado um delito. Tudo isso contribuiu para que a oligarquia econômica – apoiada pelos velhos falcões de Washington, como Otto Reich e Robert Carmona, e alguns congressistas estadunidenses – começassem a conspiração que resultou no golpe. Mas se equivocaram. Pensaram que seria fácil como no século 20, quando em 48 horas os golpistas conseguiam dominar o povo. O povo agora já leva 28 dias nas ruas, reclamando, dizendo que não aceitam esse golpe. A comunidade internacional também mudou. Já não aceitam golpes de Estado, porque realmente são ilegítimos, são um retrocesso, é a volta da força sobre a razão. É a volta da violência sobre as urnas. Isso provocou o golpe. O temor às mudanças, temor ao que o povo se organize.

A imprensa hondurenha o compara com o presidente Hugo Chávez. Como o senhor define seu governo?

De centro-esquerda. De centro porque apoiamos o liberalismo econômico e de esquerda porque apoiamos processos sociais, socialistas. Busquei um meio termo. Mesmo assim me declararam inimigo das elites econômicas, precisamente porque aumentei o salário mínimo dos trabalhadores. Me parece injusto que me deem um golpe de Estado porque estava fazendo uma consulta pública para ver qual era a tendência do povo em relação aos processos de participação cidadã. É ridículo o que aconteceu, o mundo está rindo dos golpistas, ninguém reconhece suas ações.

Muitos consideram que os EUA adotaram uma postura dúbia nesta crise. Condenou o golpe, porém não aplicou sanções econômicas ao governo de fato de Roberto Micheletti. Qual sua avaliação?


O governo de Barack Obama tem sido congruente com uma diplomacia multilateral e deu demonstrações de querer resolver o problema. Mas não ocorre a mesma coisa em outros grupos de poder dos EUA. Eles sim estão apoiando o golpe, a velha guarda dos conservadores está apoiando o golpe. Obama não. A secretária de Estado Hillary Clinton foi clara. Mas nos EUA há muitos interesses políticos e econômicos e há muita gente sectária, que querem impor sua ideologia.

O senhor busca retomar o poder, porém, até agora, Micheletti tem reiterado que não acatará a determinação da Organização de Estados Americanos (OEA) de restituí-lo ao cargo. O que pode significar esse precedente para a América Central?

Este golpe mata a força da soberania popular. Isso abre um precedente no sentido de que se as armas voltaram às mãos da direita para derrocar presidentes reformistas, então os povos também têm direito de voltar a buscar soluções nesse caminho, coisa que não desejamos. Primeiro, dizem à população que há que votar e que a democracia é seu direito, e agora as armas voltam a atacar a democracia. Isso não se pode permitir. Há que lutar contra isso.

Com as Forças Armadas, Congresso e empresários sustentando o golpe, o que o senhor pretende fazer para recuperar o poder?

Me manter firme.

O partido Comunista Colombiano rechaça presença militar norte-americana em Colômbia.

O traspasso de várias bases militares colombianas, por meio do tratado que negocia o governo de Álvaro Uribe com os Estados Unidos, implica o uso indiscriminado por parte de tropas, aviões e barcos de guerra estadunidenses do território, o espaço aéreo e marítimo em um ato de extrema gravidade que coloca Colômbia no lugar de principal peão do Imperialismo no Continente.

O traspasso de essas cinco bases militares é um ato deliberado e intencional que ofende a soberania nacional nos quatro pontos cardinais em benefício de propósitos e estratégias alheias aos direitos dos povos. É ademais um ato ilegal porquanto vai contra os princípios constitucionais e não tem consultado o interesse nacional através dos órgãos do poder público e das instancias sociais e políticas que têm devido discutir essa flagrante violação da dignidade do povo colombiano.

terça-feira, 28 de julho de 2009

A Venezuela congela relações com Colômbia e ordena retirada de seu embaixador

“Ordenei a retirada do nosso embaixador em Bogotá. Vamos congelar as relações com a Colômbia”, disse Chávez

Fonte: TeleSUR, há 2 horas


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta terça-feira o congelamento das relações com a Colômbia, com a retirada do seu embaixador de Bogotá e com a revisão dos acordos econômicos em conseqüência das acusações feitas por seu homologo, Álvaro Úribe, e altos funcionários do seu Executivo, sobre suposta entrega de armas do Exército venezuelano às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

“Vamos retirar o embaixador e vamos deixar o funcionário (diplomático) de menor cargo”, reiterou Chávez. Ao mesmo tempo, advertiu que a próxima declaração verbal ou de outro tipo contra a Venezuela “romperemos relações com a Colômbia: Estamos preparados para isso”.

O mandatário qualificou de “irresponsável” ao presidente Uribe, por “ligar o ventilador” neste caso, enquanto declarou que o material militar desta guerrilha provém dos EUA, Israel e Rússia.

Da mesma forma, informou que “vamos congelar as relações econômicas e substituir as importações que não são imprescindíveis para nós, porque podemos obtê-las do Brasil. Se a Colômbia acredita que dependemos dessas exportações, estão equivocados”.

Encomendou ao vice-presidente da nação, Ramón Carrizález, a revisão de todos os investimentos com a Colômbia. “Poderíamos fechar o gasoduto, reduzir as importações enquanto avaliamos o tema da Embaixada” de Colômbia na Venezuela.

Acrescentou que “este governo é de dar vergonha, é dirigido por irresponsáveis da pior espécie que já conheci. Isto é lamentável”.

“Se o governo da Colômbia não tem respeito pelos vizinhos, é por que não se importam com as relações com eles. Se decidiram abrir as relações para que os EUA instalem não se sabe quantas bases (...) esta é uma agressão. Estão demonstrando que seus vizinhos não valem um pepino. Isto é vergonhoso”, apontou.

Na véspera, o ministro do Interior e Justiça venezuelano, Tareck El Aissimi, qualificou a suposta posse de armas da Venezuela pelas Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (FARC) como um “show midiático” e manifestou que “não seria estranho que, novamente, apareça um arquivo que tenha alguma configuração esquisita do supercomputador de Raúl Reyes” e reafirme a acusação.

Segundo o informante da Colômbia, as armas foram supostamente encontradas em operações do exército colombiano contra os chefes mais procurados das FARC. Afirma que no acampamento Gener Garcia “Jhon 40”, chefe da Frente 43, estavam escondidos vários lançafoguetes AT -4, e informa que teriam sido vendidos, há alguns anos, ao exército venezuelano.

A altas horas da noite deste domingo, o presidente colombiano, Álvaro Úribe, deu uma entrevista coletiva na qual falou sobre o assunto: “Sabemos que os grupos terroristas adquiriram lançafoguetes de marcas afamadas nos mercados internacionais de armas (...), levamos nossa queixa aos respectivos países através dos canais diplomáticos”.

Feliz Aniversário, Presidente Hugo Rafael Chávez Frias

28 de Julho 2009.-

Desde Aporrea, nos unimos aos compatriotas de todo o povo chavista venezuelano e todos os setores oprimidos do mundo, que te querem e te desejam longa vida, povos de Suramérica, povo palestino, povo árabe que te quer tanto, que te quiseram de presidente de muitos deles e que se te lançaras à primeira magistratura em muitos deles, não duvidariam em te eleger presidente.

Os oligarcas de todos esses países te detestam. ¡Por algo será!. Mas os povos te adoram!

Em nome deles e no nosso, te desejamos ¡FELIZ ANIVERSÁRIO! Presidente Chávez, longa vida e muita saúde, para que continues tua labor de Líder dos oprimidos do mundo.

Farc: Bases militares ianques são ato de alta traição à pátria

Seu Secretariando denuncia em comunicado enviado à redação de ANNCOL. Desmentem ter entregado dinheiro à candidatura de Rafael Correa e de nenhum outro país vizinho. “Como nova cortina de fumaça e procurando agredir ao senhor presidente do Equador, Rafael Correa, Washington e Bogotá manipularam um vídeo das FARC mudando o contexto do documento”, acrescentam.

ANNCOL


Segue, para o conhecimento de nossos leitores, a totalidade do documento da direção das Farc.

Comunicado das FARC:

A invasão militar ianque.

1. A autorização presidencial para instalar 5 novas bases militares norteamericanas em território colombiano é um ato de alta traição à pátria, uma afronta à dignidade nacional e à memória de todos os mártires do exército libertador de Bolívar, que entregaram sua vida lutando contra a opressão do império colonial e pela independência.

2. Após contundente fracasso do Plano Colômbia e do acrescentado sentimento anticolonial que percorre a América Latina, não temos duvidas de que esta nova etapa da invasão ianque tem como objetivo principal a insurgência revolucionária, em tempo que se constitui na cabeça de praia de uma guerra, dirigida desde Washington, contra governos, países e povos irmãos que lutam consequentemente por um desenvolvimento soberano e pela integração latinoamericana.

3. Os anúncios sobre a escalada da invasão norteamericana na Colômbia são feitos em meio a novos escândalos de corrupção praticados pela quadrilha uribista desde o Palácio de Nariño, corruptelas que envergonham o país diante do mundo e que enchem de raiva e indignidade às futuras gerações pelo ânimo sanguinário, o cinismo, a avareza e a impudicícia que caracterizam a máfia que hoje governa o país.

4. Como nova cortina de fumaça e procurando agredir ao senhor presidente do Equador, Rafael Correa, Washington e Bogotá manipularam um vídeo das FARC mudando o contexto do documento. Negamos, terminantemente, ter entregado dinheiro a nenhuma campanha eleitoral de nenhum país vizinho.

5. Nossa decisão de luta por uma paz democrática e pela Nova Colômbia, está mais vigente do que nunca. O povo da Colômbia e de toda América Latina e Caribe saberá responder, como o evidência a nossa historia, diante desta nova agressão do império do norte e de seus servos.


A Pátria deve ser respeitada, fora ianques da Colômbia!

Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, 25 de julho de 2009

Golinger: Unasul está obrigada a condenar a ingerência militar dos EUA na Colômbia

A advogada e pesquisadora norteamericana Eva Golinger afirmou que a Unasul não pode permitir que um dos Estados membros abra suas fronteiras a contingentes militares estrangeiros...

ABN


A República da Colômbia faz parte da União das Nações Sulamericanas (Unasul) e por isso, diante da iminente ameaça de Washington de estabelecer bases militares em solo colombiano, este organismo multilateral deve reagir rapidamente e rechaçar este acordo colombo-estadounidense , para evitar ameaças e ataques como o que propiciou o golpe de Estado em Honduras contra o presidente constitucional, Manuel Zelaya.

A advogada e pesquisadora norteamericana Eva Golinger afirmou que a Unasul não pode permitir que um dos Estados membros abra suas fronteiras a contingentes militares estrangeiros, cujo único fim é intimidar, ameaçar e até neutralizar os países vizinhos que não se subordinam aos interesses imperiais da Casa Branca.

“Este acordo militar constitui uma ameaça para toda a América Latina. A Unasul, o Grupo do Rio e inclusive cada nação soberana e independente da região, deve aprender com o acontecido em Honduras e reclamar com a Colômbia que não se necessita de nenhuma presença militar estrangeira em nosso hemisfério, se não é convidada e aceita por todos os países”, comentou.

Durante uma entrevista concedida a ABN, Golinger considerou que esta ação é mais uma amostra de que o presidente dos EUA, Barak Obama, nunca chegou ao poder com uma política pacifista.

“Nestes seis primeiros meses do Governo Obama houve um incremento das tropas no Afeganistão, desviadas do Iraque, fez ameaças ao Paquistão, ataques contra o Irã e Coréia do Norte e patrocinou o golpe em Honduras (...) Estas situações não lhe escaparam das mãos, ao contrário, tudo forma parte da política de Estado desta nova administração”, explicou.

Finalmente, a advogada relembrou: ”A política imperial nunca é nem será pacifista. O imperialismo, no seu âmago, constitui guerra e agressão contra os povos”, afirmou.

O capitulo da novela desta Semana

(domingo, 26 de julho de 2009)

Depois que o presidente Obana deu a conhecer sua opinião oficial a Uribe Vélez sobre a sua reeleição, espalhou-se o desanimo dos rivais que aspiram a substituí-lo. O vídeo/montagem/inteligência militar infiltrado em Washington por Juan Manuel Santos como vingança pela ordem de captura proferida por juiz equatoriano. As sujas montagens de Yamhure. A novela dos lançadores de foguetes suecos, tudo para encobrir a entrega da nossa soberania aos EUA.

Fonte: ANNCOL


Úribe Vélez mal tinha acabado de ler no parlamento colombiano a sua obra filosófica sobre o “Estado de Opinião”, quando os grupinhos chamados partidos políticos na Colômbia, mudaram o trio corrompido, bando de ladrões com o qual, em nome da democracia, vinham produzindo as leis na Colômbia e entregaram-na a dois perigosos caciques rivais, Vargas Lleras e César Gaviria.

Agora as leis sobre a reeleição, os novos impostos para a guerra e os grandes orçamentos para financiar as próximas eleições; terão de pagar uma recompensa maior do que aquela paga pela morte de Pepe, o hipopótamo perseguido por Pablo Escobar.

Pouco a pouco foram se vendendo em público, as canalhices e as amizades espúrias dos três alegres compadres, que Uribe apresentou à CSJ para que substituísse o promotor de bolso Iguarán, por um promotor de chaveiro.

A seguir, apareceu o folhetim do grupo Planeta Cambio, vendendo o pacto secreto das 5 bases militares ianques na Colômbia e tornando pública a chantagem dos gringos em que Uribe Vélez está montado, para sustentá-lo e fazê-lo aprovar o TLC.

Posteriormente e após um ano de suspeito silêncio, a “hiena” Santos, em vingança pela ordem de captura ditada pelo juiz equatoriano, enviou aos seus amigos gringos o vídeo montado por agentes militares, especialistas em cinematografia, sobre o suposto financiamento da FARC ao presidente Correa, do Equador. A montagem teria sido tão mal feita que até Insulza disse que estava incompleta.

Depois vieram as obvias e justificadas reações diplomáticas dos presidentes da Venezuela e Equador, que o bobo e artificial chanceler Bermúdez não pode resolver. Pelo contrário, estas tendem a se agravar a cada dia e que acabam prejudicando o bolso dos exportadores colombianos que apoiaram ao próprio Uribe Vélez.

Pouco depois, as outras montagens que Uribe Vélez, com toda a mentira que é capaz, batizara como “farcpolítica”, foram desmascaradas: o promotor independente que investigou a Carlos Lozano, Glória Inês Ramirez e a Álvaro Leiva, não encontrou absolutamente nada ilegal ou sequer suspeito, nas suas atuações públicas.

E para acabar de derreter o famoso “Teflon” com o qual os formadores de opinião pública na Colômbia e os donos do aparato de propaganda fascista do regime, blindaram Úribe Vélez todos estes anos, não têm conseguido responder as perguntas que ANNCOL tem feito ao mundo sobre a AÇÃO OU OMISSÃO do general Padilla de Leon no massacre cometido por seu comparsa, Jorge 40, na Cienaga Grande de Santa Marta, a poucos quilômetros da brigada de Barranquilla, que esse ano era comandada pelo heróico general dos falsos positivos.

Então, nada melhor do que recorrer à mágica “Lâmpada de Aladim”, o computador de Raul Reyes e montar outro capitulo jornalístico de distração. Só que desta vez é mais perigoso: começa com a coluna de Yamhure, amigo e comparsa do general Padilla de Leon além de, comprovadamente, agente da Inteligência Militar e assessor de Carlos Castanho, no jornal El Espectador.

O desenrolar detalhado se dá na revista Semana, de 26 de julho de 2009, baseando-se em correios eletrônicos, de 2 anos atrás, “encontrados” no famoso computador de Reyes e, nuns foguetes suecos da empresa Saab Bofors Dynamics, também “encontrados num suposto” acampamento do “Mono Jojoy”. Foguetes que foram previamente comprados pelo exército venezuelano e que, não se sabe por que razão foram parar nas mãos das FARC. Tudo isto para justificar as bases gringas na Colômbia!

Como é do conhecimento mundial, esse tipo de armamento estratégico e de alta tecnologia, tem normas severas de qualidade e de segurança como códigos, números de série, contrasenhas, vendedor, comprador, meios de transporte e outros dados básicos que são praticamente impossíveis de burlar ou falsificar.

A opinião pública mundial, que não engole as coisas inteiras, espera que, além das sujas e mentirosas montagens de Yamhure em El Espectador e de fotos baixadas da internet, a revista Semana não só mencione, mas que também mostre “provas reais e físicas” do confisco com os números de série e todos os outros dados de segurança que essas armas suecas possuem, antes de continuar justificando com mentiras a escalação de um perigoso conflito diplomático com Venezuela e Equador o que, desgraçadamente, pode desembocar facilmente num conflito militar. No lugar de continuar a jogar gasolina na fogueira, devem exigir do meloso membro da Opus Dei, o chanceler Bermudez, a rápida solução diplomática desta situação que já está afetando a Segurança Internacional.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Chávez denunciou que mediação de Arias pretendeu conduzir Zelaya à rendição

O mandatário indicou que o processo de mediação simplesmente buscou dar tempo aos “golpistas” para levar adiante um processo eleitoral viciado, pelo que reiterou que seu governo não legitimará nenhum governo que surja enquanto se mantenha o regime de fato em Honduras.

TeleSur


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou nesta sábado que o processo de mediação no conflito derivado do golpe de Estado em Honduras, estimulado pelo governo dos EUA e liderado pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias, foi “uma trama montada desde o inicio do golpe” que pretendia conduzir ao mandatário constitucional hondurenho, Manuel Zelaya, à rendição.

Desde a Assembléia Nacional da Venezuela, onde aconteceu uma sessão especial para comemorar o décimo aniversário da convocatória da Assembléia Nacional Constituinte nessa nação, o mandatário criticou o papel que Oscar Arias desempenhou no processo de mediação sobre a situação de Honduras, onde se perpetrou um golpe de Estado militar contra Zelaya em 28 de junho passado.

Chávez também condenou as declarações de Oscar Arias e da secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre a tentativa do presidente Manuel Zelaya de entrar em Honduras pela fronteira com a Nicarágua, qualificada por ambos de imprudente.

“Oscar Arias está repetindo o que o departamento de estado lhe diz e isso é indigno de um presidente da América Latina. Qual é o caminho de Zelaya, a rendição? A armadilha da Costa Rica abriu as portas do pântano”, disse Chávez.

Da mesma forma, assinalou que o golpe de Estado em Honduras configura a concretização de um plano da direita oligárquica hondurenha e de seus aliados no continente.

“Por Algum motivo os militares levaram Manuel Zelaya para a Costa Rica, o presidente Arias se negava a que Zelaya saísse do seu país, a armadilha estava montada desde o inicio, somente a Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) pode levar Zelaya a Manágua”, declarou.

Hugo Chávez manifestou que o processo de mediação buscava simplesmente dar tempo aos “golpistas” para levar adiante um processo eleitoral viciado. “Ai o que se estava buscando era congelar a batalha e dar tempo aos golpistas, que representam a burguesia hondurenha e detrás deles está o império Ianque”.

Neste sentido, ratificou sua posição de rechaço a “qualquer governo que surja deste golpe de Estado, jamais o reconheceremos como governo, não podemos nem devemos reconhecê-lo”.
Colômbia: o Israel de América LatinaO mandatário venezuelano também se referiu ao acordo que o governo de Álvaro Úribe pretende estabelecer com os EUA e, mediante o qual, a Colômbia permitiria a realização de operações militares do país norteamericano através de cinco bases localizadas em território colombiano.

“O império quer converter a Colômbia no ‘Israel’ da América Latina para agredir a qualquer povo que pretenda ser livre, é uma situação que atenta contra a paz do continente e o primeiro objetivo é, sem duvida, a Venezuela”, disse.

O mandatário convocou às autoridades colombianas para analisar este acordo e “evitar assim outras tragédias aos povos desta terra”.

“Espero que o presidente de Colômbia pare para pensar, ainda que seja por um minuto, sobre as consequências deste fato que estamos vendo sobre nossos próprios narizes, e as consequências que possa trazer durante os próximos anos para toda esta região”, acrescentou.

Honduras: Um exemplo do passado para as novas gerações

Por Raúl Fitipaldi. Brasil

São lembranças do passado. São alertas para o futuro. Honduras é um exemplo de que as democracias devem ser afirmadas, alimentadas com participação popular, com transparência comunicacional, com os povos se manifestando na rua, seu lugar de defesa das conquistas históricas e da transformação presente e futura.

Nossas democracias, no mundo todo, e em particular na América Latina, ainda são frágeis. Funcionam ainda baseadas em um conjunto de instituições ultrapassadas, corrompidas, burguesas e antipopulares. A crise estrutural do capitalismo, só faz com que o sistema arrefeça seu ódio de classe para com os pobres e os excluídos.

É importante que as novas gerações que não tiveram que sobreviver as ditaduras dos 60/70/80 olhem para Honduras. Verifiquem através dos meios alternativos de comunicação, de TeleSUR (www.telesurtv.net) , de Rádio Globo de Honduras (http://www.radioglobohonduras.com), entre outras poucas, uma amostra grátis do que é uma ditadura da oligarquia gorila da região, do que é um ensaio inicial das novas táticas e estratégicas do Império (aliás, as mesmas de antes, empobrecidas como um veneno, pela crise).

É altamente educativo que as novas gerações saibam aonde vão parar os direitos humanos, as constituições, os processos de transformação, quando as sociedades não reagem em tempo; não associam as estruturas de poder que elas mesmas acreditam escolher, com o omni-poder das multinacionais, dos bancos e de setores apátridas, títeres das velhas classes dominantes de ocidente.

Escrevo na sexta-feira 24 de julho, às 14:56 h de Brasília, quando se inicia a repressão armada contra o povo hondurenho, balas, gases lacrimogêneos, em El Paraíso, perto de Nicarágua. As pessoas gritam, estão sendo atropeladas, feridas, o povo grita, mas, não clama aos repressores, não, os insulta: “GORILETTI FILHO DA PUTA”. Outra vez ficarei em vigília atrás do computador. O tempo de descansar sossegado fica para depois.

A cada tantos minutos é interrompida uma coletiva de imprensa do Presidente Constitucional Manuel Zelaya, com um comunicado das forças repressivas. Se lembram seus pais? “Comunicado das Forças Armadas da Nação: ao povo d e Honduras, tantatám...” e uma marcha militar, ou um tema folclórico nacionalista. Arrepia esta cena que verei mais tarde em TeleSUR, e que agora, como nos 70 só posso escutar. Os jornalistas que não comem da mão dos oligarcas cumprem sua função. São agredidos, ficam do lado do povo, serão agredidos de novo.

Como nos 70, há minutos que me sinto impotente atrás do computador, em outros, apavorado, mas, em todos os momentos, ORGULHOSO DE SER LATINO-AMERICANO! Lá vem uma nova rede dos milicos. É uma a cada meia hora. Intensifica-se o cerco contra os manifestantes que estão perto das fronteiras e nas cidades mais importantes de Honduras. Acredito que o caminho iniciado pelo povo hondurenho vai além do retorno de Zelaya. Honduras despertou a um pesadelo, merece agora sonhar com a transformação. Honduras, mais cedo que tarde, se integrará aos países que escolhem a liberdade e a soberania como horizonte. Fecho aqui, uma pessoa perdeu uma orelha e teve a boca ferida por uma bala.

Novas gerações, não precisam passar pelo que nós passamos. Fiquem alerta, o monstro está vivo. Esse fantasma respira entanto o Império existe. Utilizem o exemplo de Honduras, e comecem a marchar, o caminho nos leva a derrota do capitalismo, embora, nossa vida seja o preço. A INDEPENDENCIA PRECISA SER CONQUISTADA EM FORMA DEFINITIVA.

Sentir Ódio pelo Sistema Capitalista é a cada dia mais, Um Ato de Amor e Justiça!

domingo, 26 de julho de 2009

Líderes do Mercosul não devem tolerar golpe em Honduras


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta sexta-feira (25), na abertura da 37ª Cúpula de chefes de Estado do Mercosul, em Assunção, Paraguai, o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, deposto por um golpe de Estado há um mês.
Lula disse que Zelaya deve voltar "o quanto antes" ao poder de seu país e elogiou os esforços da comunidade internacional em buscar a retomada da democracia em Honduras.
Na noite desta quinta-feira, Zelaya chegou à cidade de Estelí, na Nicarágua, primeira escala de seu trajeto de volta a Honduras.
Segundo Lula, os chefes de Estado reunidos em Assunção "não podem tolerar" o golpe que derrubou Zelaya do poder e não devem abrir mão da exigência de que o governo interino de Roberto Micheletti o restitua.
Na mesma linha, a presidente argentina, Cristina Kirchner, pediu nesta sexta-feira "decisão e precisão" do Mercosul para rejeitar o golpe de Estado e exigir a restituição do poder a Zelaya.
Em seu discurso na Cúpula do Mercosul, a argentina disse que o bloco precisa se esforçar para impedir que golpes "cívico-militares" se consolidem na América Latina.
Segundo ela, caso contrário, seria o mesmo que "legitimar o golpe" em Honduras, que representaria "a certidão de óbito da Carta Democrática da OEA [Organização dos Estados Americanos] e da cláusula democrática do Mercosul". Já o presidente paraguaio, Fernando Lugo, afirmou que "Honduras é uma ferida que sangra na democracia regional".
Com pt.org.br

A oligarquia está ajoelhada ante o Imperialismo e tem as armas da República disparando contra o povo colombiano


O fascista viu vir a Justiça internacional contra seu paraestado...e resolveu que entregando o pouco que ficava da Pátria para que fosse devorada pela besta imperial. Desta forma os vizinhos compreenderam o ensinamento do Libertador Bolívar: “SÓ LUTANDO UNIDOS VENCEREMOS” (Matiz)

sábado, 25 de julho de 2009

Como os EUA financiam a desestabilição na América Latina

Na Colômbia, as bases militares norteamericanas sempre tiveram uma função muito clara, que pouco tem a ver com a tergiversação oficial da sua razão, a do combate ao narcotráfico.

Por: Allan G. Greenberg - Archives for Democracy

Investigadores das instituições universitárias norteamericanas detectaram, no processo que culminou com a derrocada do governo constitucional de Honduras, a participação de empresas e fundações vinculadas a bancos que se envolveram em atividades desestabilizadoras na Venezuela, como o manjo de transferências de dinheiro usando o Panamá e a Colômbia.

Os recursos para levar adiante essa atividade saem por canais do sistema financeiro e também pela remessa em espécie de grandes somas de dinheiro em moeda norteamericana. Os recursos são enviados por meio da fundação de um banco atualmente com graves problemas, e depois distribuído entre os beneficiários “lutadores pró liberdade e democracia”.

As novas formas de financiamento para a desestabilização do continente têm como burlar o controle instalado pelos governos da Venezuela, Bolívia, Equador e Brasil. Hoje se tem certeza absoluta de que a National Endowment for Democracy (NED), está utilizando solo panamenho e colombiano.

Para abastecer financeiramente a oposição venezuelana, por exemplo, o dinheiro é colocado no banco Davidendo, em contas pertencentes a colombianos testas-de-ferro, recrutados especialmente pelos serviços de inteligência dos EUA.

Os membros da oposição venezuelana viajam até a cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, para buscar o dinheiro, aproveitando a extensa fronteira de mais de dois mil quilômetros entre ambos os países e as facilidades existentes para passar de um país ao outro utilizando apenas carteira de identidade.

Os testas-de-ferro colombianos retiram o dinheiro da conta, entregam a venezuelanos, que são custodiados até os estados venezuelanos de Táchira e Zulia, governados pela oposição.

Foi justamente dessa maneira que, em 28 de maio último, dirigentes estudantis da oposição receberam 40 mil dólares para preparar ações desestabilizadoras presumindo que o governo bolivariano fecharia as instalações da rede de televisão Globovisión e interviria na Universidade Central da Venezuela.

Mas como isso não ocorreu, o dinheiro aparentemente foi utilizado em atividades para provocar o governo constitucional. Ninguém acredita que o dinheiro foi devolvido ao NED.

Estas atividades correspondem a uma gigantesca operação continental destinada a conter e a reverter os processos de transformação social na região. O golpe de Estado em Honduras, o primeiro na administração do presidente Barak Obama, representa um ponto de quebra da inteligência norteamericana contra os governos populares.

Trata-se de um verdadeiro balão de ensaio de toda uma operação do novo governo democrata contra a esquerda latinoamericana, cujos próximos cenários de ação poderiam ser o Paraguai, Bolívia e um incremento da desestabilização na Venezuela para colocar o governo de Hugo Chávez na defensiva, onde as atividades coordenadas desde a Colômbia serão determinantes.

Mal acabou a reunião da OEA, o governo dos EUA anunciou a instalação de bases militares na Colômbia, para substituir a base de Manta, no Equador, de onde serão desalojados em breve.

Na Colômbia, as bases militares norteamericanas sempre tiveram uma finalidade muito clara, que pouco tem a ver com a tergiversação oficial da sua razão, a do combate ao narcotráfico. A militarização constitui o primeiro estágio sobre o qual se monta o processo de colonização da região pelos EUA, que seria complementada com uma plataforma econômica.

As atuais bases de Tres Esquinas e Larandia, no departamento de Caquetá, e a de Villavicencio, no departamento de El Meta, que operam com a presença de aviões e da inteligência técnica do Pentágono, levam anos apoiando o combate aos grupos subversivos e vigiando as fronteiras.

As novas instalações, segundo revelado pela revista colombiana “Cambio”, são as cinco principais bases da Força Aérea e da Marinha no país: Apiay, Malambo, Palanquero, Cartagena e Bahia de Málaga, que seriam parte da nova “arquitetura do teatro” do Comando.

O governo dos EUA, durante a última administração Bush, aperfeiçoou um método de ingerência que consegue penetrar e infiltrar todos os setores da sociedade nos países do seu interesse econômico e político, através do NED e da abertura do que na Venezuela chamou-se de ‘escritório de transição’ (OTI, em inglês), da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Há mais de seis anos, os organismos de inteligência escolheram grupos estudantis “A” – alunos de “institutos privados da elite como a proeminente Universidade Católica de Caracas”, como cabeça de ponte para a desestabilização na Venezuela. A denuncia foi feita pelo jornal Washington Post (03/12/2007) que confirmou a intervenção econômica da USAID para ajudar estes grupos opositores.

A nota, assinada pelo correspondente para a América Latina, Juan Forero, citava o pesquisador do National Security Archive, da Universidade George Washington que, baseado em documentos oficiais do governo dos EUA, afirmou que grupos estudantis venezuelanos receberam, desde 2003, consideráveis somas da USAID para sua “promoção da democracia” e “outros programas”.

O jornal também citava uma porta-voz da embaixada norteamericana em Caracas, Jennifer Rahimi, que informou que os EUA apóiam “atividades não-partidárias da sociedade civil”, mas que não financiam os movimentos de oposição. “Não há nenhuma conspiração para influenciar o resultado do referendum constitucional”, disse há dois anos atrás.

Mas os números e cifras de “ajudas” que constatam na própria página web da NED confirmam este financiamento (que remontam a 1983) para quase quatro centenas de grupos estudantis, partidos políticos de oposição, supostas organizações ONGs, entre elas algumas “defensoras dos direitos humanos” e “defensoras da liberdade de imprensa” na Venezuela.

Na Bolivia, a USAID contratou a empresa Casals & Associates, Inc (C&A) para manejar dezenas de milhões de dólares que foram fornecidos a quase 400 organizações, partidos políticos e projetos, sobre tudo os que têm a ver com o apoio à secessão das regiões de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija. E agora, com a derrubada do presidente Manuel Zelaya em Honduras, aparecem as provas do financiamento daqueles que implantaram a ditadura com dinheiro norteamericano.

(Tomado de Rebelión.org)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Comunicado das FARC-EP sobre golpe em Hoduras


1. Desde as montanhas rebeldes da Colômbia nos sumamos ao concerto de vozes que rechaçam o golpe militar contra o governo do presidente Zelaya em Honduras. A ressurreição dos golpes de quartel em esta nova era, nos está indicando a todos que a Doutrina de Segurança Nacional continua vigente como política imperial para América Latina.


2. A Casa Branca não vacilará em recorrer aos gorilas se com isso pode frear o avanço das forças progressistas no Continente e segurar seu predomínio. A insípida condena do governo de Washington ao golpe, não o salvará da suspeita; é só retórica displicente. Sua verdadeira preocupação é geopolítica e aponta suas miras contra a ALBA, (Aliança Bolivariana para as Américas), que questiona o espolio e seus espaços coloniais no Hemisfério. Hoje a prioridade do Departamento de Estado é a reorganização de seus peões ultra direitistas para opor-los ao sentimento e às tendências patrióticas que a 200 anos do grito de independência, insurgem novamente em Nossa América.

3. As Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia, FARC, ao tempo que expressam sua solidariedade combatente com a justa luta do povo de Morazán, que finalmente derrubará a tirania, chama os povos e governos progressistas da América de Bolívar a cerrar filas em torno da bandeira que convoca à luta pela independência, a liberdade, a soberania e a conformação da Pátria Grande, contra as ambições neocoloniais do mais poderoso império da terra. “Unidos seremos fortes e mereceremos respeito; divididos e isolados, pereceremos”, é a advertência do padre Libertador.

4. Repudiamos a dupla moral do regime mafioso de Bogotá presidido por Uribe, que publicamente condena o golpe, mas em privado recebe no Palácio de Nariño os golpistas, reconhece o governo de fato e junto com ele proclama sua irmandade no ódio visceral contra a Revolução Bolivariana de Venezuela e o a liderança hemisférica do Presidente Chávez.


Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP
Montanhas de Colômbia, julho 23 de 2009

EUA COGITAM DE PROPOR INTERVENÇÃO EM HONDURAS

Laerte Braga

A atitude cautelosa do governo dos Estados Unidos principal parceiro comercial de Honduras diante da crise naquele país e da perspectiva de guerra civil com a intransigência do governo golpista em permitir o retorno à legalidade, pode levar o governo do presidente Barack Obama a propor o envio de tropas da OEA – Organização dos Estados Americanos, com o pretexto de “restabelecer a ordem e evitar o conflito entre as duas partes. Golpistas e legalistas”.

As declarações forem feitas pelo porta-voz do Departamento de Estado de Rob McInturff ao deplorar o fracasso das negociações conduzidas pelo presidente da Costa Rica Oscar Árias.

McInturff reflete o pensamento da secretária Hillary Clinton que busca, por sua vez, mediar internamente o conflito entre os grupos remanescentes do governo Bush que detêm ainda controle de alguns setores do governo e o novo governo de Barack Obama. Obama condenou o golpe de maneira formal, mas os chamados porões do governo dão apoio logístico aos golpistas, através dos embaixador dos EUA Tegucigalpa, onde os norte-americanos têm uma base com 500 soldados e do senador republicano John McCain, derrotado por Obama nas eleições presidenciais do ano passado.

McCain recebeu na semana passada uma delegação de empresários, diplomatas e militares golpistas. Deu todo apoio a ação ilegal e providenciou encontro desses setores com empresários e lideranças militares dos EUA.

A intervenção nos moldes do que ocorre no Haiti desde o primeiro mandato do ex-presidente George Bush seria uma alternativa de acordo entre os grupos de falcões e moderados do governo dos EUA. A ajuda militar norte-americana foi oficialmente suspensa a Honduras – na prática não – e as ameaças de corte de ajuda econômica por enquanto continuam no terreno de ameaças.

Com a proposta do porta-voz Bob McInturff nem Zelaya e nem o presidente golpista Roberto Michelletti ocupariam a presidência. Um terceiro nome seria indicado e novas eleições seriam realizadas. A proposta em estudos tem o objetivo de impedir a volta de Zelaya e uma das condições seria a não candidatura do atual presidentel constitucional de Honduras.

O projeto é difícil, pois as condições em Honduras diferem substancialmente das que permitiram a intervenção no Haiti (da qual participam militares brasileiros), já que o secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, ex-ministro do exterior do Chile acusa expressamente os golpistas de intransigência e a unanimidade dos países latino-americanos defende o retorno de Zelaya ao poder.

Governos e diplomatas latino-americanos entendem que desde a proposta da secretária Hillary Clinton de uma negociação entre as partes, os EUA estavam pretendendo ganhar tempo para consolidar o golpe e esvaziar a reação de Zelaya e seus partidários.

O presidente Barack Obama não consegue controlar os falcões em seu próprio país e não detém o comando de toda a máquina governamental. Tanto em Honduras, pelos golpistas, como nos EUA, pelos republicanos, ninguém chama Obama pelo nome, mas pelo pejorativo “el negrito”.

A chegada de Zelaya hoje a Honduras, as manifestações em todo o país e a presença atuante da mulher e da filha de Zelaya preocupam os norte-americanos. A greve geral aliada à participação popular nos protestos é outro fator de preocupação para o governo de Obama, pressionado pelos duros de Washington.

Esta vai ser uma semana decisiva” disse o secretário geral da OEA, José Miguel Insulza que considera os golpistas “intransigentes” e em determinado momento chegou a usar a expressão, “essa gente é louca”.

Será difícil conseguir na OEA, caso a proposta seja formalizada, obter apoio de países como a Nicarágua, El Salvador, Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai, Argentina, Brasil e Bolívia. Na prática os EUA contam com os governos da Colômbia e do Peru e um ou outro país da América Central, a tendência do Chile é rejeitar qualquer intervenção externa em Honduras.

Outra alternativa para os norte-americanos seria arrancar um compromisso de Zelaya de não tentar modificar a constituição de seu país, através de referendo, e buscar um segundo mandato. Hoje, os fatos políticos conseqüentes do golpe sinalizam que tanto a mulher como a filha de Zelaya podem assumir o papel do pai, o que resta sendo outro complicador para os EUA.

O que seria um simples referendo para que o povo hondurenho opinasse sobre reformas constitucionais no país está se transformando num pesadelo para elites hondurenhas e norte-americanas. Boa parte dos negócios dos EUA em Honduras está na produção de bananas, café e tecidos, sempre associados a empresários daquele país.

Os sinais de desacordos entre militares hondurenhos preocupa também a Washington. O conglomerado empresarial e militar que forma os EUA teme que Zelaya acabe reassumindo o governo com apoio de setores das forças armadas que já se manifestam preocupados com o golpe e contrários à ação repressiva do governo de Pinochelletti.

O que parecia ser a solução para os golpistas está se mostrando problema. O tempo. Aumentam as reações, os protestos, a condenação ao golpe e são claros os sinais de desagregação econômica. No parlamento hondurenho existem deputados que defendem a volta de Zelaya.

Para os falcões nos EUA isso é inadmissível, pois representaria a adesão do país ao projeto de Aliança Bolivariana defendida pelo presidente Chávez da Venezuela e um contraponto a ALCA proposta pelos norte-americanos.

Neste momento os próprios setores conservadores dos EUA começam a considerar que o golpe foi um erro, já que equivocadamente os golpistas não avaliaram a reação do povo e dos países do resto do mundo.

Em Honduras está se iniciando uma grande marcha de voluntários de todo o mundo ao lado de cidadãos hondurenhos pelo restabelecimento da democracia com a volta de Zelaya ao poder. Há uma greve geral que paralisa os setores essenciais do país e os recursos públicos escasseiam, o que torna mais difícil a ação golpista.

O país que estava sob forte tensão desde o golpe que derrubou Zelaya, nesse momento vive também um instante de comoção nacional com a volta definitiva do presidente constitucional ao território hondurenho.

O golpe só se sustenta no apoio dos falcões norte-americanos. E justamente por isso, dada a inconseqüência desse grupo, há o temor que um banho de sangue patrocinado pelos golpistas leve o mundo a voltar-se contra os EUA nesse breve espaço de tempo em que Obama procurou e procura desvincular o seu governo do governo Bush, recobrando a imagem do país.

Mas, até agora, continua sendo apenas o presidente da Disneylândia. Dentro do próprio governo democrata assessores que advertiram Obama, antes da posse, para os riscos da presença de Hillary Clinton numa secretaria estratégica como a de Estado (relações exteriores), tentam ganhar espaço e recuperar o espírito da campanha eleitoral que elegeu Obama. Segundo um deles se dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, duas estrelas vão disputar qual delas tem o maior brilho e aí, ao invés de um presidente os norte-americanos terão dois na Casa Branca e um real, que controla os porões do governo.

É uma semana complicada para um império em declínio.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Washington: "Não houve um golpe de Estado em Honduras"

...Que o "episódio" sirva como uma "lição" para Zelaya, e outros que seguem o modelo venezuelano.

Por Eva GOLINGER

Após três semanas de Washington manter um discurso ambíguo sobre o golpe de Estado em Honduras, a diplomacia estadunidense tem finalmente declarado que não considera o acontecido em Honduras como um golpe. Esta situação foi confirmada pelo porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, em coletiva de imprensa em Washington. Um repórter perguntou-lhe se os EUA tem os eventos descritos em Honduras como um "golpe de Estado" e o porta-voz do Departamento de Estado respondeu com um retumbante "Não".

Ao longo destas semanas, desde que ocorreu o nefasto golpe de Estado de 28 de Junho último, o Departamento de Estado se recusou a responder com clareza sobre a sua determinação interna dos fatos. Desde o primeiro dia, a Secretária de Estado Hillary Clinton, não reconheceu, ainda, os fatos, como um "golpe" e também não exigiu claramente o regresso do Presidente Zelaya ao poder. Além disso, em todas as suas declarações sempre fez referencia a "ambos os lados" do conflito, para assim, legitimar o golpe,mas culpando publicamente o presidente Zelaya.

E desde então, apesar de várias referências ao "golpe" de Honduras, o Departamento de Estado recusou-se a qualificar essa ação como um golpe de Estado, porque ficaria obrigado a suspender todos os tipos de apoio econômico, diplomático e militar ao país. Em 1 º de julho, o porta-voz do Departamento de Estado explicou que desta forma: "Em referência ao golpe em si, seria melhor dizer que foi um esforço coordenado entre os atores militares e alguns civis."

Inicialmente, os porta-vozes do Departamento de Estado disseram que seus advogados estavam analisando os fatos para chegar a uma determinação sobre se um golpe tivesse ocorrido em Honduras. Mas, após a reunião entre a Secretária de Estado e o Presidente Manuel Zelaya, em 7 de julho de E.U. diplomacia estadunidense se recusava a comentar o assunto para não "influenciar" o processo de "negociação", lançado por Washington .

No entanto, na segunda-feira, julho 20, foi um dia de clareza. Informaram para o mundo que Washington não acreditava que tivesse acontecido um golpe de Estado em Honduras. Se assumir essa posição, o governo de EUA se une sozinho aos golpistas e seus aliados, em Honduras, a maioria dos quais são antigos golpistas ou agentes de inteligência estadunidenses. A União Européia, as Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos e todos os países latino-americanos rejeitaram os acontecimentos em Honduras como um golpe de Estado.

Mas a administração Obama tem ficado só com os golpistas, ao insistir que não houve golpe e esta forma legitimando a remoção do Presidente Zelaya. Que sirva como uma lição para Zelaya e os outros. Durante a mesma coletiva de imprensa no Departamento de Estado, em 20 de julho, o porta-voz Phillip Crowley disse algo ainda mais revelador sobre a posição de Washington ante os acontecimentos em Honduras.

Quando perguntado sobre uma suposta ruptura entre o governo venezuelano e presidente Zelaya, por culpa do processo de negociação na Costa Rica, Crowley disse: "Nós acreditamos que se tivéssemos de escolher um governo e um líder modelo na região, para que os demais países o tomaram como exemplo a seguir, a atual liderança da Venezuela não seria esse modelo. Se essa é a lição aprendida pelo Presidente Zelaya no presente episódio, bem, então seria uma boa lição. "

Esta declaração em Washington confirmou que o golpe de Honduras é um esforço para atacar à ALBA e Bolivarianismo que cresce e se espalha por toda a região. Também, afirma que o golpe contra Zelaya é uma mensagem para os outros governantes latino-americanos que têm relações mais estreitas com a Venezuela. É como dizer "se vocês se aproximar da Venezuela, poderiam ser derrubados por um golpe ou outra agressão, que seria justificada e apoiada por Washington como uma forma de livrar a região da ameaça chavista."

Um repórter insistiu sobre o assunto e perguntou ao porta-voz do Departamento de Estado: "Quando você diz que o governo venezuelano não deve ser um exemplo para outros líderes...", Phillip Crowley respondeu cinicamente, "creio que eu disse as coisas com clareza"

Devido às implicações destas declarações, o repórter insistiu: "Pode repetir? (Risos) é como justificar o golpe, porque está dizendo que, se algum governo tenta seguir o governo socialista da Venezuela, seria justo para derrubar esse governo. Pode explicar sua declaração sobre a Venezuela? " Crowley respondeu à pergunta do repórter com um silêncio de cumplicidade. E depois aproveitou o momento para agredir Venezuela, "Nós temos preocupações com o governo do Presidente Chávez, não só sobre o que tem feito no seu próprio país,- o assédio à imprensa, por exemplo-, e as medidas que tomou para limitar a participação e debate dentro de seu próprio país. Estamos também preocupados pelos passos que tem dado com alguns de seus vizinhos e intervenção que vimos por parte da Venezuela no que diz respeito às relações com outros países, Honduras por um lado e Colômbia, por outro. E quando temos divergências com o presidente Chávez, manifestamos isso claramente ".

Sem dúvida, estas últimas declarações por Washington confirmam o seu apoio ao golpe de Estado sua motivação por trás dos acontecimentos. A lição que Washington está dando com esse golpe é uma declaração de guerra contra a ALBA e, especialmente, contra a Venezuela. Seus ataques se intensificam, tanto contra Venezuela quanto contra Equador e Bolívia. Com o acordo entre o presidente Obama e o presidente Uribe de Colômbia, para aumentar de forma massiva, a presença militar estadunidense em América Latina, a nova administração em Washington reafirma que a batalha entre a paz e a guerra continua, e a luta pela libertação dos povos latino-americanos da bestial mão imperial, apenas tem começado.

Chávez: Relações com a Colômbia serão revistas diante da presença dos EUA em 5 bases militares

Terça-feira, 21 de julho de 2009

Fonte: ABN

Após a confirmação de que os EUA operarão nas bases militares de Palanquero, Alberto Pouwels, Apiay, Cartagena de Índias e Málaga, o chefe de Estado informou que já deu instruções ao chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, para a revisão das relações diplomáticas.

Destacou que, mesmo lamentado a decisão, esta foi tomada “porque eles (Governo colombiano) estão abrindo as portas àqueles que nos agridem permanentemente”.

ABN (Juan Carlos Rico) e YVKE Mundial (Luigino Bracci Roa)

Caracas, 20 Jul.

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frías, indicou nesta segunda-feira quase à meia-noite que a instalação de bases militares norteamericanas na Colômbia, “Nós força a rever as relações” diplomáticas com esse país. Assim manifestou o Chefe de Estado venezuelano desde o Palácio de Miraflores e numa entrevista ao vivo no programa La Hojilla, que é transmitido pela rede “Venezolana de Televisión”.“Agora os ianques querem montar na Colômbia mais quatro bases militares. É claro que usam eufemismos e dizem que não são bases ianques, mas colombianas e que eles podem usar. Vão estar nelas permanentemente”.

A revista “Cambio” anunciou que, no inicio de julho, no âmbito do aumento da “cooperação” entre Colômbia e Estados Unidos, e após a saída deste país da base militar equatoriana de Manta, os norteamericanos começarão a operar em cinco bases militares colombianas: em Palanquero (centro), Alberto Pouwels (norte), Apiay (sul), e em duas instalações da Marinha: em Cartagena de Indias (Caribe) e em Málaga, sobre o Pacífico.O ponto central das operações será na base de Palanquero, localizada entre os departamentos de Cundinamarca e Caldas, na cidade de Puerto Salgar, com capacidade para 60 aviões e com pista de 3500 m o que permite decolagem e aterrissagem e aeronaves de grande porte.

Nesta segunda-feira, o chefe de Estado colombiano, Álvaro Uribe, defendeu a decisão justificando-se na suposta luta contra o narcotráfico e as guerrilhas, se bem que assegurou que os EUA terão somente “acesso limitado às instalações de bases militares colombianas”.

Simultaneamente, vídeos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC, aparentemente manipulados e editados, foram utilizados para atacar o presidente equatoriano, Rafael Correa, tentando mostrar que o mandatário recebeu apoio financeiro das FARC durante sua campanha eleitoral.

Chávez informou que já deu instruções para a revisão das relações ao chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, e destacou que, ainda que lamente a decisão, esta foi tomada “porque eles (Governo colombiano) estão abrindo as portas para aqueles que nos agridem permanentemente”.“E para quem prepara novas agressões contra nos. Não somente contra a Venezuela, mas também contra outros países. Abrem também as portas para aqueles que derrocaram governos e estão apoiando o golpe de Estado em Honduras”, dize o Presidente, se referindo ao Governo dos EUA.

Sublinhou que se há alguma coisa clara na Colômbia é que as tropas norteamericanas “fazem e desfazem” e advertiu que isto constitui uma ameaça para a Venezuela.

Em relação ao vídeo que está circulando desde Bogotá e com o qual se tenta vincular o presidente Correa com as FARC, Chávez manifestou estar seguro de que isso “é uma grande falsidade”.“O que se está demonstrando na Colômbia, e não é por vídeos mas sim por numerosas provas de algumas instituições colombianas, é o financiamento de vários senadores, deputados, governadores, prefeitos, assim como em campanhas presidenciais, com milhões de dólares do narcotráfico”, enfatizou o mandatário venezuelano.

O 30º aniversário sandinista e a proposta de San José

Por Fidel Castro Ruz. Cuba

O golpe de Estado promovido pela extrema direita dos Estados Unidos - que mantinha na América Central a estrutura criada por Bush - e apoiado pelo Departamento de Estado evoluía mal pela enérgica resistência do povo.

A criminosa aventura, condenada de forma unânime pela opinião mundial e os organismos internacionais, não podia se sustentar. As lembranças das atrocidades cometidas em décadas recentes pelas tiranias que os Estados Unidos promoveram, instruíram e armaram estavam frescas.

As investidas do império se encaminharam durante a administração Clinton e nos anos subseqüentes, com o plano de impor o TLC a todos os países da América Latina, por meio das chamadas Cúpulas das Américas.A intenção de comprometer o hemisfério com um acordo de livre comércio fracassou. As economias de outras regiões do mundo cresceram em um bom ritmo e o dólar perdia a sua hegemonia exclusiva como divisa privilegiada.

A brutal crise financeira mundial complicou a situação. Nessas circunstâncias se produziu o golpe militar em Honduras, um dos países mais pobres do continente.Após duas semanas de crescente luta popular, os Estados Unidos manobraram para ganhar tempo. O Departamento de Estado designou Oscar Arias, presidente da Costa Rica, para a tarefa de auxiliar o golpe de Honduras, assediado pela vigorosa, porém pacífica pressão popular.

Nunca um fato similar na América Latina havia recebido tal resposta.Nos cálculos do governo dos Estrados Unidos, pesava o fato de que Arias ostentava o título de Prêmio Nobel da Paz. A real história de Arias indica que se trata de um político neoliberal, talentoso e com facilidade com as palavras, extremamente calculista e aliado fiel dos Estados Unidos.

Desde os primeiros anos do triunfo da Revolução Cubana, o governo dos Estados Unidos utilizou Costa Rica e lhe destinou recursos para apresentá-la como uma vitrine dos avanços sociais que podiam conquistar sob o capitalismo.Esse país centro-americano foi utilizado como base pelo imperialismo para os ataques piratas contra Cuba. Milhares de técnicos e graduados cubanos foram subtraídos de nosso povo, que estava já submetido ao bloqueio, para prestarem serviços na Costa Rica.

As relações entre Costa Rica e Cuba se restabeleceram recentemente; foi um dos últimos países do hemisfério a fazê-lo, o que nos satisfaz, mas não por isso devo deixar de expressar o que penso neste momento histórico de nossa América.Arias, procedente do setor rico e dominante da Costa Rica, estudou direito e economia em um centro universitário de seu país, e se graduou depois como mestre em Ciência Política na universidade inglesa de Essex, onde, finalmente, recebeu o título de doutor em Ciência Políticas. Com tais láureas, o presidente José Figueres Ferrer, do Partido Libertação Nacional, o nomeou assessor em 1970, aos 30 anos de idade. E pouco depois o designou ministro de Planificação, cargo no qual foi ratificado pelo presidente que o seguiu, Daniel Oduber.

Em 1978 ingressa no Congresso como deputado deste partido, Ascende logo a secretário geral em 1979 e é presidente pela primeira vez em 1986.Anos antes do triunfo da Revolução Cubana, um movimento armado da burguesia nacional da Costa Rica, sob a direção de José Figueres Ferrer, pai do presidente Figueres Olsen, havia eliminado o pequeno exército golpista deste país e sua luta contou com a simpatia dos cubanos. Quando combatemos em Sierra Maestra contra a tirania batistiana, recebemos do Partido da Libertação, criado pro Figueres Ferrer, algumas armas e munições, porém era demasiado amigo dos ianques e logo rompeu conosco.

Não se deve esquecer da reunião da OEA em San José, na Costa Rica, que deu lugar à Primeira Declaração de Havana, em 1960.Toda a América Central sofreu durante mais de 150 anos, e sofre desde os tempos de William Walker - que se fez presidente da Nicarágua em 1856 - o problema do intervencionismo dos Estados Unidos, que tem sido constante, ainda que o povo da Nicarágua tenha conquistado já uma independência que está disposta a defender até o último alento.

Não se conhece apoio nenhum da Costa Rica depois disso, ainda que um governo deste país, às vésperas da vitória de 1979, compartilhou a glória de ser solidário com a Frente Sandinista de Libertação Nacional.Quando a Nicarágua foi sangrada pela guerra suja de Reagan, Guatemala e El Salvador também pagou um preço elevado de vidas, devido a uma política intervencionista praticada pelos Estados Unidos, que fornecia dinheiro, armas, escolas e doutrinação a tropas repressivas.

Daniel disse-nos que os ianques finalmente promoveram maneiras de colocarem um fim à resistência revolucionária da Guatemala e El Salvador. Mais de uma vez Daniel comentou com amargura que Arias, seguindo instruções dos Estados Unidos, havia excluído a Nicarágua das negociações de paz. Ele se reuniu apenas com os governos de El Salvador, Guatemala e Honduras para impor acordos à Nicarágua. Ele me disse também que o primeiro acordo foi assinado em um convento em Esquipulas, Guatemala, em 7 de agosto de 1987, após dois dias de intensas negociações entre os cinco presidentes da América Central.

Nunca falei sobre isso publicamente. Mas, desta vez, ao se comemorar o 30º aniversário da vitória Sandinista em 19 de julho de 1979, Daniel explicou tudo com impressionante clareza, tal como fez com todos os problemas durante o seu discurso, que foi ouvido por centenas de milhares de pessoas e difundidos na rádio e na televisão. Eu uso as suas palavras: "Os ianques o nomearam (a Arias) mediador.

Temos uma profunda simpatia para com o povo da Costa Rica, mas não posso esquecer que, naqueles anos difíceis, o presidente da Costa Rica convocou os presidentes da América Central e não nos convidou"."Mas os outros presidentes da América Central foram mais sensatos e disseram: Você não pode ter um plano de paz, se não está presente a Nicarágua. Para a verdade histórica, o presidente que teve a coragem de romper o isolamento imposto pelos ianques na América Central - onde os presidentes foram proibidos de falar com o presidente da Nicarágua e se queria uma solução militar, pretendiam acabar através da guerra com a Nicarágua, com a sua revolução - quem deu esse passo corajoso foi o presidente da Guatemala, Vinicio Cerezo.

Eis verdadeira história. " Ele imediatamente acrescentou: "Os ianques correram em busca de Oscar Arias porque já o conhecem! Para encontrar uma forma de ganhar tempo, para que os golpistas começassem a fazer alegações que são inaceitáveis. Desde quando um golpista vai negociar com a pessoa da qual tomaram os direitos constitucionais?

Estes direitos não podem ser negociados, apenas têm que restituir ao presidente Manuel Zelaya, tal como disseram os acordos da ALBA, do Grupo do Rio, do SICA, da OEA e das Nações Unidas Unidos"."Em nossos países nós queremos soluções pacíficas. A batalha a ser travada pelo povo de Honduras, neste momento, é uma luta pacífica para evitar mais dor do que já se produziu em Honduras", disse Daniel.Em virtude da guerra suja ordenada por Reagan e que em parte foi custeada com drogas enviadas aos Estados Unidos, mais de 60 mil pessoas perderam a vida e outras 5 800 sofreram invalidez.

A guerra suja de Reagan deu lugar à destruição e ao abandono de 300 escolas e 25 centros de saúde; 150 professores foram assassinados. O custo elevou-se a dezenas de bilhões de dólares. A Nicarágua tinha apenas 3,5 milhões de habitantes, deixou de receber o combustível que enviava a URSS e a economia ficou insustentável. Convocou as eleições e respeitou o decidido pelo povo, que havia perdido todas as esperanças de preservar as conquistas da Revolução.

Quase 17 anos depois, os sandinistas regressaram vitoriosos ao governo; faz só dois dias que comemoraram o 30º aniversário da primeira vitória.No sábado 18 de julho, o prêmio Nobel propôs os conhecidos sete pontos da iniciativa pessoal de paz que subtraíam autoridade às decisões da ONU e da OEA e que equivaliam a um ato de rendição de Manuel Zelaya, que lhe tomariam simpatia e debilitariam o apoio popular. O presidente constitucional enviou o que qualificou como um ultimato aos golpistas, anunciando seu regresso a Honduras para o domingo, 19 de julho, por qualquer departamento do país. Por volta do meio-dia deste domingo, se produz em Manágua o gigantesco ato sandinista com históricas denúncias sobre a política dos Estados Unidos.

Eram verdades que não podiam ser transcendentes.O pior é que os Estados Unidos estavam encontrando resistência do governo golpista a sua manobra. Não se sabe o momento em que o Departamento de Estado, por sua vez, enviou uma forte mensagem a Micheletti, e se os líderes militares foram advertidos das posições do governo dos Estados Unidos.O fato é que, para aqueles que seguem de perto os fatos, Micheletti estava insubordinado contra a paz na segunda-feira. O seu representante em San José, Carlos López Contreras, declarou que a proposta de Arias não poderia ser discutida, pois o primeiro ponto, isto é, a restauração de Zelaya, não era negociável.

O governo golpista tinha levado a sério o seu papel e nem sequer percebia que Zelaya, privado de toda autoridade, não constituía um risco para a oligarquia e, politicamente, sofreria um golpe, se aceitasse a proposta do presidente da Costa Rica.No próprio domingo, 19, quando Arias pediu outras 72 horas para explicar sua posição, a Sra. Clinton falou por telefone com Micheletti e argumentou no que o porta-voz Philip Crowley descreveu como uma "chamada dura". Algum dia se saberá o que ela lhe disse, porém, bastaria ver a cara de Micheletti quando falou em uma reunião de seu governo, dia 20 de julho: parecia realmente a de uma criança da creche censurada pelo professor.

Através da TeleSUR vi as imagens e os discursos da reunião. Outras imagens transmitidas foram dos representantes da OEA pronunciando seus discursos no centro desta instituição, comprometendo-se a esperar a última palavra do Prémio Nobel da Paz na quarta-feira. Sabiam ou não o que Clinton disse a Micheletti? Talvez sim, ou talvez não. Talvez algumas pessoas, mas nem todos conheciam. Homens, instituições e conceitos haviam se convertido em instrumento da alta e arrogante política de Washington.

Nunca um discurso na OEA brilhou com tanta dignidade como as breves, mas vibrantes e corajosas, palavras de Roy Chaderton, embaixador da Venezuela, na referida reunião. Amanhã aparecerá a pétrea imagem de Oscar Arias, explicando que se desenvolveram tais e quais propostas de solução para evitar a violência. Acho que até ele próprio caiu na armadilha montado pelo Departamento de Estado. Vamos ver o que acontece amanhã.

No entanto, a população de Honduras, é que vai dizer a última palavra. Representantes das organizações sociais e das novas forças não são instrumentos de ninguém dentro ou fora do país; conhecem as necessidades e os sofrimentos do povo; as suas consciências e seus templos se multiplicaram; muitas pessoas que eram indolentes aderiram; os próprios membros honestos dos partidos tradicionais que acreditam na liberdade, na justiça e da dignidade humana vão julgar os líderes a partir da posição assumida neste minuto histórico.

Ainda não se sabe qual seria a atitude dos militares frente aos ultimatos ianques, e que mensagens chegam aos oficiais; só há um ponto de referência patriótica e honrosa: a lealdade ao povo, que suportou com heroísmo o gás lacrimogéneo, os golpes e os disparos.Sem que ninguém possa garantir qual será o último capricho do império; se, a partir das últimas decisões adotadas, Zelaya regressa legal ou ilegalmente, sem dúvida os hondurenhos farão uma grande recepção, por que será uma medida da vitória que já conquistaram com suas lutas.Ninguém duvide de que só o povo de Honduras será capaz de construir a sua própria história!

Contra insurgência e pró-insurgência

Falta ver como avança e termina a experiência que o Pentágono está realizando em Honduras, para saber se realmente necessitam desta variante na Colômbia.

ANNCOL


“Quando um governo amigo (por exemplo, Colômbia, Peru ou México) sofre ataques de forças subversivas, o apoiamos e ajudamos. Isso se chama contrainsurgência. Mas quando um governo é hostil conosco (exemplo: Irã ou Honduras), ajudamos às forças que lhe são contrárias. Isso se chama pró-insurgência”. Assim diz a doutrina da Guerra de Baixa Intensidade do Pentágono norteamericano e é o que estamos vendo atualmente no mundo e que, com fatos cruéis, nega os belos discursos e as cirurgias cosméticas para esbranquiçar-se, ao estilo Michael Jackson, que o governo dos EUA está fazendo.

Muitos democratas latino-americanos e pessoas chamadas de Esquerda mundial acreditam ingenuamente nestes discursos, e começaram a esperar que, depois da derrota universal de Bush, novas relações surgiriam entre os países dependentes e o Imperialismo. Simplesmente confundiram que o Império ianque, afundado numa grande crise, necessitava contrair a sua Hegemonia e ceder parte da sua onipotência anterior a sócios menores, mas seguros. Na América Latina é o caso do México e Brasil que, repentinamente, passaram a ser a prioridade n° 1 nos planos Geoestratégicos Imperiais, e deixaram a Colômbia de simples ‘dobradiça’ entre estes dois países, para que dessa forma o Plano Mérida, o Plano Colômbia e o Plano Andino-Amazônico, ficassem interconectados e encadeados entre si.

Entretanto, governos progressistas da América Central como Honduras, El Salvador e Nicarágua, constituíram-se em entraves sérios a esta integração Imperial e, por tanto, são governos que devem ser retirados com ações de pró-insurgência. Hoje começaram com Honduras.

Na Colômbia, a oligarquia marionete vem celebrando com júbilo o golpe de Estado que os militares cometeram contra o presidente eleito de Honduras. Basta ler no trompete afinado de Mauricio Vargas, no jornal El Tiempo de hoje. Quem, como cachorrinho brincando e pulando, também ameaça de que, assim como em Honduras o golpe militar serviu para resolver o assunto da reeleição presidencial que estava ficando insolúvel, na Colômbia pode servir de ‘espelho’ e resolver facilmente o assunto da reeleição e do desprestígio de Uribe Vélez, que já ameaça seriamente a oligarquia e a unidade das classes que exercem o poder.

Falta ver como terminará a experiência do Pentágono em Honduras, para saber se realmente necessitam desta variante na Colômbia.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Zelaya está em Honduras em definitivo

COMEÇA A GRANDE MARCHA PARA A RETOMADA DA DEMOCRACIA

Por Laerte Braga

O presidente constitucional de Honduras Manuel Zelaya está em território de seu país e em caráter definitivo. Até agora Zelaya tinha feito algumas incursões a regiões da fronteira onde falou por duas ou três vezes ao povo. Neste momento o presidente entrou em Honduras e vai permanecer.

A greve geral está afetando diversos setores da economia do país. São visíveis os sinais de descontrole dos golpistas. A repressão aumenta, mas já não há unanimidade entre os militares que depuseram o presidente há quase vinte dias.

Uma grande marcha com voluntários de diversos países principalmente da América Latina começa a dirigir-se a Tegucigalpa. Muitos norte-americanos de organizações pela democracia e direitos humanos estão se associando a marcha. Outros chegam de países da Comunidade Européia.

O presidente não pretende mais retirar-se do território de Honduras. Sua mulher e sua “filha” lideram mobilizações em vários pontos principalmente na capital.

As manifestações em toda Honduras estão provocando ondas de grande emoção no país. Levas de trabalhadores na cidade e no campo saem às ruas para manifestar seu apoio ao retorno do país à legalidade constitucional. O próprio Zelaya que entrou em Honduras às sete horas da manhã solicitou a este jornalista através de amigos comuns que corrigisse a informação – “é minha “filha” e não filho, que ao lado da minha mulher lidera manifestações por todos os cantos” –.

¡Estados delinqüentes!

Renan Vega Cantor

Nos últimos anos, foi aparecendo um tipo de Estado em alguns países, particularmente na América Latina, com características delinqüenciais inegáveis. Entre eles, Colômbia, México e Peru, assim não sejam os únicos, mas sim, os mais representativos desse regime gansteril, típico da classe dominante mais reacionária.

Esse Estado delinqüencial tem algumas características. Em primeiro lugar, nos países onde se tem estruturado esse tipo de Estado, tendo como guia “a luta contra o terrorismo”, forjada pelo Império Norte-americano, se aplica abertamente uma política criminal contra seus povos. Como resultado, generalizou-se a lógica do terrorismo de Estado, típica da época da doutrina de segurança nacional, para perseguir os movimentos sociais, organizações políticas e intelectuais que se opõem ao terrorismo oficial e seu comparsa o neoliberalismo.

Isso é confirmado na Colômbia pelo escandaloso número de crimes contra sindicalistas, camponeses, defensores dos direitos humanos, líderes sociais e pessoas pobres. Todos esses crimes são acobertados com o eufemismo macabro de "falsos positivos". No Peru se apresenta a repressão indiscriminada, seguindo o modelo israelita, contra indígenas da Amazônia como aconteceu em 5 de junho último, onde foram massacrados quando de forma pacífica protestavam contra a venda de seus recursos a empresas multinacionais. No México, como na Colômbia, são cada vez mais estreitas as ligações entre a polícia, os militares e bandos de narcoparamilitares que usam o aparato do Estado em interesse próprio, incluindo o controle de importantes recursos, o domínio das rotas de tráfico de drogas, em benefício dos grupos criminosos.


Uma segunda característica do Estado delinqüencial é que se guia pela cartilha do Consenso de Washington para a implementação do neoliberalismo e a incondicional aceitação do comércio livre. Isto pode ser visto no México, um aluno predileto dos TLC, porque foi o primeiro país do mundo periférico a assinar um Acordo de Livre Comércio leonino, há mais de quinze anos, que tem arruinado agricultura, indústria e comércio do país asteca, trazendo a fome, o desemprego e a miséria generalizada. O mesmo ocorre no Peru, cujo governo assinou um tratado de livre comércio com os Estados Unidos, com a aceitação de todas as imposições anti-sociais exigidas pelo amo do Norte e suas corporações multinacionais (entre outras, as relativas à apropriação da biodiversidade e venda a preços muito elevados dos medicamentos produzidos pelas farmacêuticas ianques). Entre outras coisas, o massacre contra os índios da região amazônica peruana, foi para impor-lhes o livre comércio a ponta de sangue e fogo. Na Colômbia, por seu lado, ainda não foi aprovado esse tratado, mas não porque a classe dominante desse país não tenha tentado, mas porque Estados Unidos, por conveniências conjunturais não o tem assinado.

Nos três países durante as últimas décadas tem sido aplicada com toda a violência e impunidade o neoliberalismo, com o fim de rifar os recursos existentes em seus respectivos territórios, como o petróleo, a água, biodiversidade, florestas, bosques, rios, e o antigo conhecimento dos povos indígenas. Por isso não surpreende que as multinacionais de Europa e Estados Unidos, bem como os respectivos governos desses lugares, falem dos "milagres econômicos" que nesses países teriam ocorrido, para garantir o investimento estrangeiro, permitindo a plena repatriação do lucro, facilitar a exploração dos seus habitantes com reformas que beneficiem os empresários nacionais e estrangeiros e para autorizar a criação de maquilas.


Finalmente, há outra característica do Estado delinqüencial relacionada com a política internacional que revive os piores momentos das ditaduras contra-insurgentes e anti-comunitas da 1960-1980, como o sinistro Plano Condor, traçado pelos Estados Unidos, em estreita aliança com as classes dominantes dos países do Cone Sul, e posto em marcha pelos Comandos militares de Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai, Chile, Uruguai e Peru. Com esse plano permitiu-se a troca de perseguidos políticos, independentemente da sua nacionalidade, para que fossem e assassinados de forma indiscriminada por qualquer membro dessa aliança criminosa.


Os Estados delinqënciais, objeto da presente nota, estão revivendo o Plano Condor, agora mascarado de civil e democrático, como fica claro ao examinar alguns feitos da de política externa dos últimos anos. Com efeito, o Governo da Colômbia apóia a criminosa guerra dos Estados Unidos contra a população iraquiana, enquanto se tornou no Israel da América do Sul, com o bombardeamento e a invasão do Equador e a captura ilegal de pessoas na Venezuela. México rompeu com uma tradição de quase um século de respeito para as normas do direito internacional e de asilo político aos perseguidos em várias partes do mundo, para expulsar o professor Miguel Angel Beltrán e aceitar as mentiras do narco-Estado colombiano, para se tornarem um ativo cúmplice de seus crimes. Não por coincidência, os ilegítimos presidentes dos dois países, México e Colômbia (ambos alcançaram a Presidência em duvidosos pleitos eleitorais, com a fraude, corrupção e um monte falsidades), reuniram-se há poucos dias em Medellín para reforçar os seus laços criminosos com a bênção, para quaisquer dúvidas, dos príncipes do Reino de Espanha.


E, no Peru as coisas não são diferentes, porque agora o país se tornou um santuário para os terroristas estado, pois, recebeu de braços abertos os representantes da direita venezuelana, conhecidos por suas operações criminosas, como o fugitivo governador do estado Zulia, Manuel Rosales. Lembremos que o Estado delinqüencial colombiano, também, asila golpistas, como Pedro Carmona, que reside em Bogotá, enquanto embravece porque outros estados dão asilo a perseguidos políticos, porque na Colômbia se incrimina a quem pensa de maneira diferente, qualificando essas pessoas de terroristas. Também, tem convertido as Embaixadas em escritórios de delinqüentes que atuam com cinismo e impunidade.


Em conclusão, dissemos que Alan García decidiu asilar, nada mais e nada menos do que conhecidos genocidas do povo boliviano, que em 2003, massacraram centenas de homens e mulheres pobres nas cidades de El Alto e La Paz, só pelo fato de que, se opuseram à venda de gás a empresas estrangeiras. Esses genocidas agiam como ministros de Estado no regime de antinacional de Gonzalo Sánchez de Lozada, que por sua vez, está foragido nos Estados Unidos. Agora, com o genocídio na Amazônia peruana, fica mais do que claro que Alan García acolhe com tanto entusiasmo colegas do crime, provavelmente para receber ensinamentos sobre a forma de dirigir o massacre do povo humilde.

Com www.anncol.eu