"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Zero e vão dois!

JULIÁN CONRADO, cantor e compositor revolucionário colombiano, que durante 27 anos tem combatido o fascismo com sua voz e seu fuzil, foi detido na Venezuela, em um operativo conjunto entre agentes do DAS, trenados pelo Mossad, e policiais venezuelanos que dizem se chamar bolivarianos.

O Ministério do Interior da Venezuela, o mesmo quer recebeu de Santos a ordem de deter ilegalmente em Caracas o nosso Diretor Joaquín Pérez Becerra, agiu também contra Julián, como é conhecido pelos revolucionários do Continente.

Depois de sua captura, outro Ministério venezuelano nefasto, aquele da Comunicação, deu a ordem ao chamado Sistema Nacional de Meios Públicos, de não entrar em detalhes sobre quem é Julián, e as circunstâncias de sua captura. Os que dizem ser os meios revolucionários da Venezuela, calam ante outra entrega mais que faz o governo de Hugo Chávez, ao governo genocida e imperialista da Colômbia, em cabeça de Juan Manuel Santos, de um revolucionário conhecido e querido pelo povo lutador da Nova Colômbia.

A entrega de revolucionários a seus perseguidores já não é o resultado de armadilhas, enganos, nem ações encobertas contra um presidente bem intencionado que é assaltado na sua boa fé, como a propaganda de Miraflores tentou apresentar a entrega de Joaquín. Quem entrega revolucionários ao governo assassino da Colômbia, quem entrega a um verdadeiro filho de Bolívar, a um antimperialista de palavra e da ação, de violão e de fuzil como Julián Conrado, está entregando seus princípios. A atitude do governo revolucionário de Chávez deve abrir um debate profundo entre as forças revolucionárias que integram esse processo, caso contrário ficarão como cúmplices dessa ignomínia dessa aparente revolução.

A chamada Revolução Bolivariana na Venezuela faz água, semeia desilusão, decepção, perde fôlego revolucionário com esse tipo de ações inconseqüentes e, com a postura soberba e fechada, pouco revolucionária das instituições implicadas e respaldadas pelo seu líder.

O povo de Bolívar assiste com surpresa ao assalto de seus princípios, por quem se dizem os defensores de uma revolução que é mantida com sangue pelos seus camponeses e pelos verdadeiros lutadores que estão a cada dia mais indignados com a atitude dos aburguesados parasitas que se beneficiam das instituições públicas de Caracas, nos ministérios, nos meios de comunicação e na sua força pública.

Julián Conrado, um homem que tem entregado sua vida à paz da Colômbia, mas à verdadeira paz, aquela que se consegue com luta, com a entrega no dia após dia, entre camponeses, operários, estudantes, indígenas e povo conseqüente, um guerreiro que sobreviveu ao ataque militar ianque e israelita permanente contra as regiões camponesas da Colômbia, foi preso pelos que se chamam bolivarianos e será entregue aos inimigos da paz, ao estandarte do Império no Continente, sua cabeça de praia: o governo colombiano.

O mal chamado governo bolivariano tem-se entregado às ambições e perfídias de Santander, os governantes têm marcado distância dos revolucionários, o verdadeiro povo de Bolívar mira vê como se cai diante de seus olhos um telão vermelho, ficando à vista um calculado pragmatismo, umas razões de estado ligadas mais aos interesses de Bogotá que são somente mercantilistas, que à luta dos camponeses assassinados pelo paramilitarismo que já está presente na Venezuela.

Enquanto os falsos bolivarianos entregam lutadores, acreditando que com isso se ganham favores e espaços políticos no Continente, a Pátria Grande se desvanece. Enquanto Caracas cala por vergonha ou por cinismo, Bogotá comemora, pois a traição que tem-se cometido serve aos interesses do governo colombiano porque lhe permite encarcerar um revolucionário valioso, e ao mesmo tempo semeia a discórdia a meio de uma revolução que sofre rajadas de ventos encontrados.

Desde as trincheiras de anncol.info chamamos a promover o debate aberto e sem medo, das forças revolucionárias na Venezuela, debate necessário para salvar o processo bolivariano. Não mais silêncio cúmplice. Se temos que queimar o boneco de Chávez o faremos, porque a Chávez o manda o povo de Venezuela, os revolucionários da Venezuela estamos chamados a exercer controle político; não à autarquia entreguista da burocracia petroleira infiltrada no processo.

Aos revolucionários e revolucionárias do mundo os conclamamos a organizar protestas em todas as representações diplomáticas da Venezuela.

Debate urgente!

Debate já!

NÃO à extradição de lutadores populares ao regime fascista colombiano.