"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Cárcere e castigo para proteger o regime


Por Milena Reyes, integrante da Delegação de Paz das FARC-EP
O sistema penitenciário é um tema que socialmente os colombianos não assumiram como uma realidade que dia a dia se alimenta de desigualdades, porque há algo que joga um papel muito importante na política estatal, a linguagem e a manipulação da consciência do indivíduo, no momento de tomar uma postura crítica e social ante este fenômeno.
Para o caso colombiano, está demonstrado que a crise social carcerária que impera no território nacional é fruto da política da segurança democrática que se encarregou de manter o controle da miséria por meio do cárcere e do castigo, para resguardar uma economia que produziria vítimas e perseguições políticas e assim gerar grandes desigualdades sociais.
Com a greve de fome que os mais de 9.500 prisioneiros políticos e de guerra promoveram dois dias antes de se comemorar o dia do prisioneiro político em Colômbia, os prisioneiros exigiam ao Estado solucionar as difíceis condições às quais estão sendo submetidos desde o momento em que pisam as masmorras projetadas para atentar contra a vida de qualquer preso, como as violações aos direitos humanos, as torturas psicológicas e físicas, a superlotação, a falta de atenção médica aos prisioneiros que se encontram em estado de saúde crítico, entre outras.
Agora, com a nova cultura penitenciária, nossos camaradas estão sendo submetidos a todo tipo de humilhações e abandono, como consequência da aplicação desses modelos copiados dos cárceres norte-americanos, com o objetivo de submeter e subjugar a moral do revolucionário. Ainda que em Colômbia não exista a pena de morte, os prisioneiros e prisioneiras morrem dentro do regime penitenciário em diferentes formas e nas piores condições.
Para as FARC-EP é pilar fundamental a situação das e dos prisioneir@s polític@s e sobretudo a situação das e dos prisioneir@s de guerra; de nossos camaradas que chegaram ao ponto de coser-se a boca como protesto, após o maltrato e o amontoamento a que são submetidos constantemente, só pelo fato de ser um guerrilheiro ou uma guerrilheira que se levantou em armas contra o regime e a desigualdade.

Recomendo este vídeo que mostra e complementa o dito nestas linhas: Vá para o link do vídeo de prisioneiros: https://goo.gl/voa6tz