"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Jornal El País contra a Venezuela



Samuel H. Carvajal Ruiz
Fonte: Rebelião


O poder mediático nacional e internacional não assimilou muito bem a chegada do comandante Chávez à Presidência da República em 1998. Passou uma década e ainda não se recompuseram. Desde então, não desistem de suas tentativas de expulsar do governo, por qualquer via, o presidente venezuelano. Um dos maiores grupos mediáticos e que não consegue absorver o fato de que Chávez se mantenha à frente do executivo venezuelano, é o Grupo Promotora de Informação S.A., corporação espanhola mais conhecida como Grupo Prisa, fundado por um velho franquista, Jesus de Polanco, que foi convertido por essa "mágica" da política que foi a "transição espanhola para a democracia", em paladino e promotor de todos os progressistas desse país, ou seja, outro “ilustre democrata” espanhol, a tal ponto que o jornal El Pais veio a se tornar em referência (‘A Bíblia’) obrigatória de um sector majoritário da “esquerda” e porta-voz do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), liderado por Felipe González.

O Grupo Prisa é proprietário do jornal El Pais. Este jornal é, talvez, o de maior circulação e o mais influente da Espanha e é um dos instrumentos utilizados, sistematicamente, para atacar o presidente Chávez, a Revolução Bolivariana e/ou qualquer outro aspecto ou ação relacionada com a Venezuela nascida da Assembléia Nacional Constituinte de 1999, que resultou na nossa atual Constituição e nas instituições democráticas derivadas dela.

Desde os laboratórios de guerra suja espanhóis são concebidas e executadas, repetidamente, campanhas mediáticas contra a Venezuela, desacreditando suas lideranças, escondendo as indiscutíveis conquistas da revolução nos campos político, econômico, cultural e social, apresentando as piores imagens do país sem qualquer escrúpulo ou consideração ética no exercício do tão cacarejado “jornalismo”. Em fim, o jornal El País, desde que Chávez se transformou em presidente pela vontade da maioria dos venezuelanos, está em guerra aberta contra a nossa democracia, contra as nossas instituições e, o que é pior, contra o nosso povo.

O El País, com o inestimável apoio dos seus escribas crioulos, colocou em marcha uma agenda de agressão, que vai desde ligar o governo e seus dirigentes com o tráfico de drogas proveniente da Colômbia, passando por um suposto vinculo com o “terrorismo”, até desfigurar a realidade nacional aos olhos de seus leitores, apresentando-nos como um povo violento, caótico e desrespeitoso dos direitos mais básicos do ser humano.

Esta máquina, que aponta seus canhões contra qualquer coisa que cheire a Venezuela, à figura do presidente e a suas obras de governo, assim como aos milhões de seguidores (que são a maioria do povo venezuelano), emprega, com toda a sua fúria, os diversos e poderosos recursos de que dispõe, para desacreditar a nossa vontade democrática de decidir o caminho que agora leva-nos rumo ao socialismo, e isso lhes dá desgosto. Mas seus bolsos doem muito mais e não há dúvida de que, com a chegada de Chávez à Presidência da República, seus suculentos negócios mantidos com diferentes instâncias do poder político e econômico da Quarta República tenham, progressivamente, diminuído. Também ressentem que seus lobistas nos Ministérios da Educação e Cultura estejam fora de circulação e, portanto, parte do monopólio sobre as políticas de educação da IV dirigido à compra de textos escolares que mantinham, sendo que até davam uma de ‘assessores’ das autoridades da época.

Algumas destas ações por parte do governo Chávez são as razões que o “pessoal” da Prisa reconhecem nelas uma verdadeira afronta aos seus interesses, ferimentos graves, digamos, dos seus negócios e aspirações de expansão do monopólio na Venezuela. A postura venezuelana tem se traduzido, neste tempo, em uma posição firme do governo revolucionário de reconquistar o controle estatal sobre áreas tão sensíveis como a cultural e, especificamente, da educação; este esforço tem ajudado para que Chávez seja considerado a pedra no sapato para as aspirações do monopólio da imprensa espanhola.

Atualmente o Grupo Prisa é dirigido pelo herdeiro de Jesus de Polanco, Ignacio Polanco, um dos seus filhos, um homem de poucas luzes e muitas dívidas, que imitando o a Miguel Henrique Otero (principal acionista do jornal El Nacional), levou o grupo, em apenas quatro anos, à beira da falência, à perda de uma parte substancial do patrimônio herdado de seu pai (certamente obtido na base de favores dos ‘felipistas’ do PSOE). Essas deficiências na gestão dos negócios do Grupo, foram traduzidas em: endividamento progressivo (hoje essa dívida é superior a 4bilhões de euros); venda de ativos para enfrentar a tempestade de credores (no mês passado teve que lhes pedir mais tempo, solicitando um novo adiamento para os bancos que exigem o pagamento da dívida da Prisa), em suma, um desastre econômico e financeiro que reduz a participação da família Polanco a escassos 30% das ações.

A besta ferida de morte descreve ao comandante Chávez como um dos obstáculos à expansão na América Latina do discurso da "prosperidade" e do "progresso" segundo a versão do Grupo Prisa; em outras palavras, a prosperidade dos próprios negócios e o progresso dos da sua classe. O exemplo, liderança e prédica contra a ganância destes monopólios e a favor de uma integração contrária às concebidas pelo neoliberalismo, são justificativas suficientes para que o Grupo Prisa, através do El País, o tenha como objetivo de sua metralhadora mediática.