"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O VICE-PRESIDENTE COLOMBIANO RECHAÇA A MEDIAÇÃO DA UNASUL PROPOSTA PELAS FARC-EP


Angelino Garzón denegou a vontade das FARC de apresentar sua visão do conflito armado perante a Unasul como uma ponte entre o grupo rebelde e Bogotá, visto que o Executivo colombiano mantém fechada a porta para o diálogo e anunciou que o Governo não tratará a questão até não demonstrarem que querem a paz.

Fonte: TeleSUR



O vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, nesta segunda-feira rejeitou a iniciativa de líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) de apresentar o conflito bélico perante a União das Nações Sulamericanas (Unasul) e, em vez disso, salientou que o seu governo decide enfrentar esses temas sem intermediários.

Garzon pediu que as FARC libertem os prisioneiros sem colocar nenhum tipo de condições e exigiu o fim dos “sequestros” e a existência de minas terrestres antipessoal, em suas primeiras declarações como vice-presidente e após sofrer uma intervenção cirúrgica no coração, há duas semanas.

“O governo colombiano exige que à guerrilha que liberte os sequestrados incondicionalmente; que cessem a atividade de sequestro e as minas terrestres antipessoal; que cessem também a atividade de recrutamento de crianças, que é uma expressão moderna de escravidão, além que sejam capazes de dizer ao povo colombiano que a violência não faz sentido”, disse ele nesta segunda-feira.

Garzón disse que as FARC devem demonstrar que desejam alcançar a paz se quiserem alcançar um diálogo com o governo colombiano e acrescentou que essas questões são dirigidas pelo próprio presidente Juan Manuel Santos.

Na segunda-feira, os membros do grupo rebelde publicaram uma carta, através do site da Agência de Notícias Nova Colômbia (ANNCOL), na qual solicitam à União de Nações Sulamericanas (Unasul) que convoque uma assembléia para dar a conhecer a sua visão das décadas de conflito armado na Colômbia.

“Senhores Presidentes: quando acharem oportuno, estamos dispostos a expor a nossa visão sobre o conflito colombiano em uma assembléia da Unasul”, informa a carta aberta do Secretariado do Estado Maior Central das FARC.

Na mesma carta, as FARC reiteraram seu interesse de buscar uma “solução política para o conflito”, porque consideram que “a paz da Colômbia é a paz do continente”, embora o Governo mantenha fechada a possibilidade de diálogo.

A publicação dirigida ao governo colombiano e aos outros onze países que compõem o grupo regional, expressa críticas à presença estrangeira no país e destaca a possibilidade de uma crise humanitária devido à violência.