"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014


La Habana, Cuba, 26 de agosto de 2014
Amarre sua língua, senhor Pinzón
Lemos com toda atenção as declarações do ministro de Defesa, senhor Pinzón, ao diário El Tiempo do domingo passado, Uma vez mais suas respostas e comentários fazem honra a seu grosseiro e daninho temperamento. Charlatão por definição, o senhor Pinzón trata de mostrar-se forte, sábio, habilidoso, rutilante, conhecedor de temas que geralmente escapam a sua compreensão. Uma lástima que sua figura não corresponda à importância do momento.
Geralmente, deixamos passar suas turmas e desacertadas opiniões porque estimamos que seu chefe, o Presidente Juan Manuel Santos, é a quem há que ouvir; é em quem haveria que crer. Isto, sem que deixemos de perguntar-nos por que se mantém numa pasta tão sensível para a paz a quem padece de uma ostensiva incontinência verbal.
Agora resulta –segundo Pinzón- que o General Javier Alberto Flórez, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Militares, veio a Havana para enviar a suas forças daqui uma mensagem de vitória: para ir assentando bases para que as FFAA possam “planificar a entrega de armas das FARC”; e para que “não façam uma canalhice com o país”. Em honra da verdade, não foi para isso que acordamos que viessem os senhores oficiais.
O que põe de presente o senhor Pinzón com seus altaneiros e mentirosos comentários é que, com efeito, se está dando um processo de paz que vem se medindo com duas rasouras: A sua e a de alguns outros agentes do Estado por uma parte, e a dos plenipotenciários do governo em Havana, por outra. Esquecem os primeiros que há uma agenda por atender e respeitar. Se trata dos pontos recolhidos no Acordo Geral firmado por nós e pelos representantes do governo no dia 26 de agosto de 2012. E recordamos e ressaltamos, porque aqui não veio o senhor General Flórez a desconhecer ou repropor o dito acordo, como, sim, o faz o senhor Pinzón, quando, pensando com o desejo, manifesta o que recolhe o já citado diário capitalino.
Valeria a pena que Pinzón se informasse sobre o que acontece na ilha de Cuba antes de seguir falando tão precipitada e irresponsavelmente na contramão dos propósitos de paz.
Dizem os entendidos que o ministro Pinzón não pronuncia palavra sem consultar a seu superior. Outros que também manifestam estar informados indicam que Pinzón tem sua própria agenda. Nós queremos seguir pensando que agendas não há senão uma: a que deve conduzir à paz; a já subscrita pelos que foram empoderados para comprometer as FARC-EP e ao Estado. Há que ter cuidado, doutor Pinzón. Amarre sua língua. Creia-nos, se lhe afirmarmos que o espelho da malvada rainha madrasta de Branca de Neve é só produto da imaginação. É apenas um conto de fadas. Deixe de se perguntar frente ao mesmo espelho fantasioso “quem é o ministro mais macho da história”? Não vale a pena. A guerra e a paz são coisas sérias.


DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP