A guerra de baixa intensidade do exército USA/Colombia contra a Venezuela
Fonte: ANNCOL
Equivocam-se aqueles que acreditam que o regime militarista da Segurança Democrática não tem “Estratégia” para enfrentar a nova situação belicosa que está a desenvolver contra a Venezuela. Sua estratégia testada na experiência de 60 anos de guerra de contrainsurgência na Colômbia é, e será, a mesma que lhes ordena o Pentágono Norteamericano desde sempre: Guerra de Baixa Intensidade (GBI) e ações encobertas, em todas as frentes: militar, diplomática, econômica, jurídica, psicológica e de propaganda (tanto propaganda negra como branca). Isso é o que estamos vendo em TODAS as fronteiras da Colômbia, na seguinte ordem: Venezuela, Equador, Brasil, Peru, Nicarágua e Panamá, e que foram selecionados há 7 anos pelo Plano Colômbia, como o Centro de Dispersão Estratégico deste plano geoestratégico. Hoje (15/12/ 2009) planeja-se criar em Bogotá o "Ministério das Fronteiras", como mais um aparato militar.
Esclarecemos:
1. MILITAR = Sistema de bases militares gringas e um exército colombiano oficial e paramilitar de mais de 600 mil homens, apoiados por um milhão de "Sapos", informantes pagos com fundos reservados, que engolem inutilmente 6,7% PIB. Existem mais homens armados na Colômbia do que na Venezuela e Equador juntos. Sem mencionar o exército dos EUA e seus mercenários contratantes, que possuem a mais recente tecnologia militar disponível. Não há risco de baixas norteamericanas como na guerra do Vietnã, Iraque ou Afeganistão. Além da impunidade total garantida aos destacados alunos do exército e da polícia colombiana e seus instrutores gringos na nova Escola Nova das Américas de Palanquero.
2. DIPLOMÁTICA = ofensiva generalizada em todas as instâncias da Comunidade Internacional para aparecer como vítimas e não como criminosos de uma suposta ofensiva expansionista venezuelana, apoiada por um suposto "eixo terrorista do mal".
3. ECONÔMICA = Uma espécie de nova Guerra Fria Armamentista nos Países Alvo (PO) para que façam compras descontroladamente no mercado internacional de armas, "armas novas, mas já ultrapassadas” e obsoletas que são neutralizadas pelo avanço da tecnologia militar ianque. Assim as economias dos Países Alvo vão à falência, como aconteceu com a União Soviética. Além de escaramuças comerciais nas fronteiras, como o contrabando, a infiltração das redes mafiosas e paramilitares e fiscalização de determinados produtos de primeira necessidade. E se os Países Alvo decidem comprá-las em outros mercados, então devem ser denunciados na OMC e outros tribunais comerciais, alegando um bloqueio econômico. Mostrar-se sempre como prejudicado econômico ou vítima e nunca como criminosos paramilitares.
4-. JURÍDICA = Sobre o suposto computador capturado no ato criminoso internacional ilegal e ilegítimo do bombardeio a Raúl Reyes no Equador, para dar início a uma caçada internacional de suposto apoio ao terrorismo contra equatorianos, venezuelanos, nicaragüenses, mexicanos, etc., (o último caso é contra o deputado venezuelano Amílcar Figueroa). Mas sem responder judicialmente pelo bombardeio no Equador e outras ações militares nos Países Alvo. Sempre tentando "deslegitimar" como terrorista qualquer ação de solidariedade para com estes países, como acaba de fazer o general colombiano Padilla de León, ele mesmo responsável pelos fuzilamentos indiscriminados de jovens desempregados vestidos e exibidos como guerrilheiros e conhecidos como "falsos positivos". O mesmo general que hoje, sem qualquer autoridade legítima ou moral, pretende "deslegitimar" o Congresso Continental Bolivariano, que acaba de acontecer em Caracas, Venezuela.
5. PSICOLÓGICA = Criar um clima de incerteza e “desestabilização” mássico nas fronteiras, especialmente nas da Venezuela e Equador, com infiltramento, muito bem planejados, de paramilitares colombianos e mercenários gringos, para realizar ações de contrainsurgência no lado colombiano. Uma verdadeira psicose de guerra iminente, que, supostamente, provocaria a um ex-militar venezuelano desequilibrado e aliado de terroristas muçulmanos, enquanto o governo narcoparamilitar da Colômbia mostra-se, perante a mídia, como pacifista e vítima de agressão. A mudança da linguagem é evidente: do belicoso matador que dizia “... te doy en la cara, marica, guerrillero disfrazado, manzanillo perfumado...” (N.T:... dou na sua cara, veado, guerrilheiro disfarçado, víbora perfumada...), usada pelo octogésimo segundo presidente da Colômbia; até os chorosos e hipócritas chamados do criador do Bloco Capital dos Paramilitares, o fascista Santos, "ao queridos irmãozinhos venezuelanos para resolver pacificamente nossas pequeninas diferenças".
6. PROPAGANDISTICO = Criação de uma gigantesca matriz de propaganda partilhada pela imprensa interna dos países-alvo, para repetir mil vezes a mentira até torná-la verdadeira, de que o problema não é o governo dos Estados Unidos e as 7 bases militares para proteger seus interesses imperialistas na Amazônia Andina, mas os processos democráticos e revolucionários e de integração que ali se desenvolvem, especialmente na Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua, onde há petróleo e todo tipo de recursos naturais. Em última análise, trata-se de desenvolver, nas telas da TV, uma guerra de imagem e não de interesses.
Com estes “esclarecimentos”, é de se esperar num futuro não muito distante, muito provavelmente, uma escalada rumo a uma guerra entre Estados ou de média intensidade. Entretanto, e com vontade de abrir o debate sobre a questão da possível guerra colombo-venezuelana, ANNCOL pergunta: Haverá uma guerra ‘quente’ ou de maior intensidade do exército dos USA/Colombiano contra a Venezuela, quando, por enquanto, não a necessitam para continuar levando adiante o seu plano geoestratégico?