Chávez adverte que o governo colombiano busca motivos para agredir a Venezuela
O governo venezuelano advertiu que a Colômbia tenta atacar com acusações que não têm qualquer fundamento. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, respondeu as declarações do governador do departamento colombiano de Arauca, que afirmou que um líder guerrilheiro se encontra escondido na Venezuela.
TeleSUR
Na sexta-feira passada o presidente da Venezuela, Hugo Chávez advertiu a Colômbia tenta encontrar uma desculpa para, sem fundamentos, atacar o seu país. Caracas respondeu as declarações de uma autoridade municipal colombiana sobre a alegada presença de um líder da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em território venezuelano.
O mandatário venezuelano advertiu que desde a Colômbia continuam culpando a Venezuela sem nenhuma prova e sugeriu ao seu homólogo, Álvaro Uribe, que não cometa erros.
Assim, Chávez aconselhou os militares colombianos a respeitar a soberania de seu país,durante o seu discurso no Conselho do Estado Maior Elétrico, celebrado no Palácio Miraflores, sede do Executivo.
Também desacreditou as declarações do governador colombiano do departamento de Arauca, Luis Ataya, sobre a presença em território venezuelano de um chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Germán Briceño Suárez, conhecido como Grannobles.
"A guerrilha está lá. Ela tem territórios sobre seu controle, amplos e vastos territórios", lembrou o presidente. Ressaltou também que o narcotráfico “sai da Colômbia”, e não da Venezuela..
Observou que o Plano Colômbia fracassou, pois os Estados Unidos "deram bilhões de dólares à Colômbia, sob o pretexto combater o narcotráfico que, pelo contrário, só faz é aumentar”.
Chávez também rechaçou as afirmações do ministro da Segurança de Honduras, Oscar Alvarez, sobre os alegados voos de narcotraficantes que partiriam da Venezuela para a América Central.
O presidente venezuelano lembrou que Álvarez é um ministro do governo de fato de Honduras, que surgiu de um golpe de Estado, de tal forma que a Venezuela não o reconhece.
A Venezuela não reconhecerá o governo de Honduras, disse Chávez, "mesmo se fôssemos o único governo do mundo, nós não vamos reconhecê-lo".
Pouca horas antes, o chanceler venezuelano Nicolas Maduro, denunciou uma nova provocação do governo da Colômbia, em relação à questão do líder das FARC que estaria escondendo no país e a conexão de Honduras com o tráfico de drogas.
"Para justificar permanentemente o que é a guerra interna na Colômbia, e tentar justificar qualquer cenário futuro de provocação, de agressão contra nosso país, de vez em quando eles (o governo colombiano) tentam disseminar a história de que lideres da guerra colombiana (...) se encontram em outros países", disse Maduro em entrevista coletiva.
Da mesma forma, o representante da política externa venezuelana respondeu que as declarações do governador do departamento de Arauca e do ministro de hondurenho, que afirmou que na Colômbia foram detectados entre 250 e 300 vestígios de voos do narcotráfico que, na maioria, saem da Venezuela.
Trata-se de "manchar o prestígio da Venezuela no combate ao narcotráfico", porque "todo mundo sabe que as drogas são produzidas na Colômbia e é traficada da Colômbia”, nação que se transformou em narcoestado.
Maduro explicou que se trata de redes do narcotráfico que influenciam “no poder político colombiano", neste sentido devemos entender que "as declarações de hoje (sexta-feira) do governador de Arauca", que "fazem parte de toda esta campanha permanente da oligarquia colombiana" contra o presidente Chávez.
Assim, em relação ao tráfico de drogas, o chefe de Estado venezuelano afirmou que o governo inconstitucional de Honduras começou a cumprir o seu papel de peão dos EUA e da burguesia do continente.
Por sua vez, Maduro lembrou que Chávez se ofereceu, em várias ocasiões, como mediador para tentar por um fim à guerra civil colombiana. No entanto, acrescentou que "a oligarquia colombiana fechou as possibilidades de uma posição humanitária e civilizada para buscar a paz através das negociações para desativar a guerra".
Devolvam as Malvinas à Argentina!
O chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez, na última sexta-feira, fez um apelo à Grã Bretanha para que as Ilhas Malvinas sejam devolvidas à Argentina, pois considera que o país europeu viola os princípios da história e da geografia.
"Devolvam as Malvinas à Argentina", exclamou o presidente durante a reunião do Estado-Maior Elétrico.
"O Reino Unido está a violar o direito internacional, estão violando os princípios básicos de geografia, da história, do tempo e espaço", disse Chávez
"Vão embora de lá, devolvam as Malvinas ao povo argentino", insistiu Chávez.
Atualmente, a tensão entre o Governo da Argentina e da Grã-Bretanha aumentou devido à exploração de petróleo que o Reino Unido faz de maneira "unilateral e ilegal" na zona de litígio, conforme qualificou Buenos Aires no início das atividades.
Por este caso, a Argentina pedirá à cúpula do Grupo do Rio um pronunciamento contrário às atividades britânicas. Além disso, o chanceler argentino Jorge Taiana, fará protestos diante da Organização das Nações Unidas (ONU) na quarta-feira 24 de fevereiro.