O MUNDO RELEMBRA CHE GUEVARA APÓS 43 ANOS DO SEU DESAPARECIMENTO NA BOLIVIA
Além de político, Ernesto Che Guevara foi escritor, jornalista e médico, e ocupou vários cargos em Cuba, principalmente na área econômica. Na área diplomática, foi responsável por várias missões internacionais.
Fonte: teleSUR
Fonte: teleSUR
Em 8 de outubro de 1967, o revolucionário argentino e guerrilheiro Ernesto Che Guevara, foi capturado pelo exército boliviano e aprisionado em um centro de estudos na localidade de La Higuera (Bolívia Oriental) e posteriormente executado. Até os dias de hoje, o mundo relembra o comandante.
Che, como era conhecido o médico argentino, foi lembrado pelos governos e povos do mundo, após 43 anos de sua captura e partida.
Guevara se encontrava na Bolívia junto do grupo que liderava para atingir seu ideal de justiça social, que defendeu ao longo de toda sua vida.
No final dos anos 60, o país andino era governado por uma ditadura militar chefiada pelo general René Barrientos, que havia chegado ao poder pela força.
O comandante se instalou, com um grupo integrado por cubanos, bolivianos, peruanos e argentinos, em uma região montanhosa do país sulamericano, muito próxima ao rio Ñancahuazú (sudeste da Bolívia). Uma única mulher fazia parte do grupo: Tania.
O tempo passado nas selvas bolivianas levou o Che a escrever grandes histórias. Depois de deixar Cuba e deslocar-se pelo Congo, por todos os lados lutou pelo movimento revolucionário. Convencido de que o povo era o único capaz de derrotar o império.
A Bolívia era um país estratégico para o Comandante Guevara, onde criou a guerrilha para irradiar a sua influência para os países da América do Sul.
Em vista de que o Che já era um modelo para jovens de todo o mundo, os militares bolivianos, aconselhados pela Agência Central de Inteligência (CIA), quiseram destruir o mito revolucionário e a única maneira foi assassinando-o.
O Che foi ferido na perna e, após ser capturado, foi aprisionado em uma escola em La Higuera, e fuzilado no dia seguinte, depois de meses de combates.
Ernesto Che Guevara deixou um vasto legado político e seu ideal socialista de unidade regional que ainda prevalece em todo o continente latinoamericano e se faz sentir no resto do mundo.
O líder guerrilheiro argentino transformou-se no símbolo da rebeldia e da esperança dos povos por um futuro de justiça e equidade. Foi um exemplo de humildade e humanismo.
Com o líder da Revolução cubana, Fidel Castro, Che foi bem sucedido em seu esforço de libertar à maior das Grandes Antilhas dos domínios da injustiça social e deram lugar a uma nova estrutura política do progresso nesse país.
Neste dia, uma série de atividades foram organizadas em Cuba e em outros países ao redor do mundo para relembrar o combatente argentino, incluindo a exibição de documentários em escolas e sindicatos, lançamento de livros, concertos e uma exposição de reconhecidos artistas naquele país.
Na última quinta-feira foi lançado o livro "O pensamento político de Ernesto Guevara”, da pesquisadora cubana Maria del Carmen Ariet, que estuda, analisar e aprecia com interessante senso histórico as origens da formação, desenvolvimento e integridade do pensamento de Guevara.
Camilo Guevara, filho do herói revolucionário, anunciou a realização de um documentário sobre a vida de seu pai, para mostrar ao mundo as muitas faces do homem, sob o título: Che, um homem novo.
“Tentamos apresentar não somente episódios da vida política e revolucionária, mas também a obra do Che, além da sua intimidade", disse Camilo Guevara em entrevista exclusiva com teleSUR.
Informou também que o trabalho de pesquisa compila o esforço de seu pai para mudar o mundo e exalta o seu lado mais humano como pai de família e marido.
“O Che foi um homem excepcional, para mim é a pessoa que reuniu os valores mais positivos que até ele chegaram e os devolveu a tempo de uma forma muito original, por isso continuará no tempo e será atemporal”, finalizou Camilo Guevara.