60% DOS SINDICALISTAS ASSASSINADOS NO MUNDO SÃO COLOMBIANOS
Na passada quarta-feira, 24 de agosto a Conferedação Geral do Trabalho (CGT) da Colômbia, uma das quatro centrais sindicais que existem nesse país, denunciou o assassinato de 29 sindicalistas no decorrente ano de 2011, a maioria deles em zonas afetadas pelo conflito armado. O presidente da CGT, Julio Roberto Gómez, em declarações aos jornalistas reconheceu que as ameaças e ataques contra sindicalistas continuam.
As organizações trabalhistas responsabilizam pela maioria das ameaças e homicídios aos grupos paramilitares, que são mercenários criados pelo Estado colombiano e financiados pelo narcotráfico. No ano de 2005, durante o governo de Álvaro Uribe Vélez, os paramilitares iniciaram uma suposta desmobilização em troca de penas baixas de prisão (menos de 5 anos) por delitos contra a humanidade.
Em julho do ano de 2010 a Central Unitária de Trabalhadores (CUT) da Colômbia denunciou que 60% dos sindicalistas assassinados no mundo eram da Colômbia. Nos últimos 10 anos foram assassinados mais de 2.778 e foram cometidos mais de 11 mil atos de violência.
Esses fatos contradizem os discursos que afirmam que no governo do atual presidente da Colômbia Juan Manuel Santos há uma superação às violações dos direitos, melhora nos direitos trabalhistas e consolidação do desmantelamento dos grupos paramiliateres.
Com apoio da Agenda Colômbia
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