O PESADELO DOS CONTRAS ESTÁ DE VOLTA NA VENEZUELA
ANNCOL
Finalmente as altas lideranças da Venezuela entenderam depois de experimentar na própria carne, o que deveriam ter entendido a mais de 9 anos, quando inclusive ANNCOL denunciava: Que o Plano Colômbia / Andino começou no departamento de Putumayo, em 1997, mas que seria lentamente ampliado até abranger toda a região da Amazônia Andina, segundo os interesses do Império. Tomará que os dirigentes equatorianos, feridos desde o ataque em Sucumbimos, e que hoje está flertando com a máfia narcoparamilitar que governa a Colômbia, fique com a orelha em pé definitivamente. Já que o governo da Bolívia tem problemas de sobra com a desmembração que já está programada, e os governantes tendenciosos do Peru ou o semi-neutro Brasil por ora não correm riscos. Para eles fica a doce espera.
Perderam-se 9 anos de preparação política e ideológica efetiva dos povos Bolivarianos, mas como diz o ditado popular: "nunca é tarde para aprender e começar”.
Os estrategistas venezuelanos fazem planos gerais e constroem apressadamente jogos de guerra com sofisticados cenários adversos, a maioria pensando em guerras regulares onde o predomínio aéreo e eletrônico dos EUA é total, e que aumentará ainda mais após a instalação das sete bases gringas na Colômbia: Eles pensam em confrontos armados diretos com o Exército dos EUA, ou em conjunto com o exército fantoche da Colômbia.
Um porta-aviões em frente ao Golfo de Maracaibo apoiado a partir de bases em Curaçao e das bases gringo-colombianas da costa do Caribe, além de 30.000 de infantaria que tomariam a área estratégica do Golfo isolando o restante do território venezuelano, que sem Maracaibo cairia em poucos dias. Eles também constroem teatros de operações de média intensidade ao longo da fronteira com a Colômbia e, um terceiro panorama combinando os anteriores.
Mas a realidade que se percebe está mais de acordo com o que dizem os estrategistas colombianos, geralmente generais reformados como Bonet Locarno e Bedoya. Tudo parece estar mostrando que, em primeiro lugar será utilizado, até seu esgotamento, a via IRREGULAR na fronteira, muito semelhante aos CONTRAS utilizados na década de 80 do século passado com relativo êxito, contra a revolução sandinista na Nicarágua.
O ex-comandante das forças militares da Colômbia, general Manuel José Bonet Locarno já o anunciava pela rede de rádio Caracol.com (10/11/ 09):
- "A Venezuela não tem capacidade de comando e controle para enfrentar uma guerra regular, apesar dos gastos militares milionárias que tem feito. Não tem a experiência para operar tais equipamentos de combate eficientemente. Ao contrário, os militares colombianos têm mais de 50 anos de experiência em combates diários e conflito contra a guerrilha serviu para tornar operacional a Força Aérea e a Marinha, o que é fundamental num confronto com outra nação. Ele acrescentou que as autoridades colombianas têm experiência suficiente e mobilidade, o que é muito mais importante do que o nível dos equipamentos de combate que a Venezuela adquiriu e que ainda não sabe operar com toda a sua capacidade".
Também o especialista militar antiterrorista, John Marulanda, disse a Caracol que "o cenário mais provável de confronto seria o da fronteira onde poderiam surgir pequeno enfrentamentos com a mal equipada e mal treinada Reserva venezuelana".
Será que os estrategistas venezuelanos já perceberam que a informação e inteligência manipulada pelos militares colombo-gringos é maior do que se imaginava? Ou o que está acontecendo na realidade na fronteira Colômbia-Venezuela é o inicio concreto das ações militares gringo-colombianas, e que os apelos para discutir pacificamente e diplomaticamente as “diferenças” é o complemento de toda esta inteligência de combate?