Vietnã e Argentina comemoram em Buenos Aires aniversário da morte de Ho Chi Minh
Fonte: ABN
Buenos Aires, 20 de novembro. No 40 º aniversário da morte do Tio Ho, destacadas personalidades argentinas junto ao embaixador do Vietnã naquele país, realizaram um amplo fórum de reflexão sobre Ho Chi Minh, o pai fundador da República do Vietnã.
A agência vietnamita relatou em pormenores das atividades efetuadas.
Um dos debates reconheceu as contribuições excepcionais do presidente Ho Chi Minh à causa da libertação dos povos oprimidos do mundo assim como sua diáfana moral revolucionária que contribuíram para a vitória popular.
Personalidades acadêmicas e intelectuais argentinos, entre outros, participaram da mesa-redonda organizada pela Embaixada do Vietnã e pelo Instituto de Cultura Argentino-vietnamita (ICAV) por ocasião do 40º aniversário da morte do líder vietnamita e no cumprimento de seu testamento.
Ao inaugurar o evento, o embaixador do Vietnã, Thai Van Lung, considerou-o como um fórum para que os amigos vietnamitas e argentinos possam intercambiar opiniões e reflexões sobre a vida, obra e exemplo de Ho Chi Minh, símbolo mundial da liberdade e independência.
Em sua apresentação, Poldi Sosa Schmidt, presidenta do ICAV analisou o ambiente para o desenvolvimento pessoal e o caminho de luta revolucionária do Pai da Pátria vietnamita – carinhosamente chamado por seu povo como o tio Ho – e sublinhou que a moral de Ho Chi Minh foi a motivação fundamental que lhe permitiu deixar um legado extraordinário para o seu povo e ao mundo.
Por sua vez, o Presidente de Honra do Partido Comunista da Argentina, Fanny Edelman, homenageou o criador do Partido Comunista do Vietnã, que ao aplicar com criatividade as teses marxista-leninistas liderou a luta pela liberdade e pela reunificação do seu país à vitória final.
A veterana ativista recordou suas emocionantes visitas ao Vietnã nos anos 70, quando viu de perto a luta que destacou os valores humanos e políticos de um povo humilde, que escreveu com seu sangue uma das maiores façanhas da história contemporânea.
Ao interpretar os valores do Tio Ho em seus testamentos sobre a unidade, a juventude, a conjugação entre o desenvolvimento econômico e o cultural e a amizade internacional, o advogado Rodolfo Caffera Kramer, presidente do Clube Alemão, reafirmou que cada vietnamita leva em seu coração aquela tocha e luz que Ho Chi Minh acendeu nesse histórico legado.
Por sua parte, o vicepresidente do Instituto de Planejamento Estratégico (EPI) da Argentina, Pascual Albanese, ressaltou a poderosa influência da figura de Ho Chi Minh. "O Vietnã de hoje é o herdeiro legítimo do legado histórico de Ho Chi Minh", afirmou.
Para toda uma geração argentina no final dos anos 60 e início dos 70, a palavra Vietnã, mais do que o nome de um país, era o símbolo da dignidade de um povo, graças à luta pela libertação nacional liderada pelo Tio Ho, acrescentou.
O professor e doutor em História, Pablo Pozzi, da Universidade de Buenos Aires, que se considera parte da chamada "Geração do Vietnã", destacou a claridade e a dialética das conhecidas obras de revolucionários do Vietnã como Truong Chinh, Le Duan, Vo Nguyen Giap, e, especialmente, de Ho Chi Minh.
O tio Ho é a mais clara expressão da revolução vietnamita e mundial, e como tal transformou a história, disse, acrescentando que, apesar de sua morte, há quatro décadas, vive em cada pessoa que sofre com a opressão de seres humanos.
Por sua vez, a apresentação da professora de história Ema Burmester, da Universidade Nacional de Mar del Plata, exaltou a prioridade da educação no pensamento de Ho Chi Minh, base dos sucessos atuais da educação no país do Sudeste da Ásia.
Um documentário sobre a vida e obra de Ho Chi Minh foi projetado durante o encontro, cujos palestrantes – incluindo destacados professores da Universidade de Belgrano, da capital portenha – analisaram a influência do Tio Ho na literatura, nas artes e na vida cotidiana dos vietnamitas, bem como seu papel como propulsor dos direitos humanos.