"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Cuba, Bin Laden e os tesouros do FBI




Iroel Sánchez
Fuente: http://lapupilainsomne.wordpress.com/2011/05/08/cuba-bin-laden-y-los-tesoros-del-fbi/

O jornal americano The Washington Post revelou, baseando-se em um funcionário que pediu anonimato, que a CIA mantinha uma casa de segurança com diversos agentes na instalação secreta operava uma rede de informantes paquistaneses e “outras fontes” com a finalidade de construir um “modelo de vida”, um retrato dos habitantes do local onde Bin Laden residia, e registrar sua atividade diária.

A informação revela que, apesar do “esforço extraordinário” realizado pela agência de inteligência dos EUA que, em dezembro – segundo o mesmo jornal – chegou a solicitar autorização ao Congresso dos EUA, para realocar dezenas de milhões de dólares; a atividade da CIA não conseguiu obter nenhuma fotografia nem uma gravação da voz do personagem que seria executado por um comando das forças especiais dos EUA.

Paralelamente, o The New York Times publicou que existe uma “crescente desconfiança” nos serviços de inteligência dos EUA e funcionários diplomáticos de que “alguém da agência de inteligência paquistanesa, conhecia a localização de Bin Laden e o ajudou a proteger”. O que por outra parte confirma que toda a operação da CIA em Abbotabad, referida pelo The Washington Post, ocorreu à margem das autoridades paquistanesas.

O Times também informa que o FBI e a CIA “reuniram rapidamente pequenos exércitos de analistas, técnicos e tradutores para estudar minuciosamente “cerca de 100 dispositivos de armazenamento USB, CDs e DVDs, junto com 10 discos rígidos de computador, cinco computadores e telefones celulares, assim como documentos em papel, muitos dos quais estão em árabe e outras línguas que precisam ser traduzidos. O Times se refere aos dados contidos nestas mídias como um “tesouro” de informações e finaliza sua reportagem citandou um funcionário que afirma que o FBI já segue um pequeno número de pistas relacionadas com a informação analisadas até o momento.

Mas nem sempre o FBI agiu dessa forma com os “tesouros” de informações relacionadas com o terrorismo. Este é o caso de “todos os relatórios, correspondências, memorandos, e-mails e outros documentos relacionados com uma reunião entre uma delegação do FBI e a Segurança do Estado cubano em Havana, em junho de 1998”. Estes materiais desapareceram dessa instituição, segundo resposta do senhor David M. Hardy, dos arquivos do FBI, ao pesquisador Stephen Kimber que solicitou, com base na legislação dos EUA, como material de pesquisa para um livro que está escrevendo. As autoridades cubanas entregaram naquela ocasião a uma delegação de sete oficiais do FBI que visitaram Havana, “quatro pastas com toda a informação, incluindo anexos, com registros de quarenta terroristas” que operam a partir do território dos EUA.

O que na realidade o FBI fez a partir daquele momento, foi encontrar os fios que levaram à captura,em Miami, daqueles que reuniam a informação para evitar atos terroristas contra Cuba desde os EUA, cujas vítimas superam as dos ataques às Torres Gêmeas de Nova York, com 3.478 mortos e milhares de feridos, dos quais 2.099 ficaram permanentemente incapacitados.

Desde Cuba nunca se executou ação violenta contra o território dos EUA, e os autores de atos terroristas como Luis Posada Carriles – assim como Bin Laden, um veterano da CIA que é responsável pela explosão em pleno vôo de um avião civil com 73 pessoas a bordo, entre outras coisas, que o classificam como o maior terrorista do hemisfério ocidental – que vivem tranqüilamente em Miami, sem ser incomodados pelas autoridades dos EUA.

A lógica de execução extrajudicial – que a Casa Branca acaba de aplicar no Paquistão – não tem cabimento nos valores da Revolução Cubana, mas o desempenho dos EUA na morte de Osama Bin Laden ilumina novamente o tratamento injusto sofrido pelos Cinco Agentes cubanos que apenas recolhiam informações que Cuba compartilhou de boa fé com as autoridades americanas, o acusador “tesouro” desaparecido dos cofres do FBI.

De qualquer forma, aproveitem esta frase do The New York Times : “alguém na agência de inteligência do Paquistaõ, conhecia a localização de Bin Laden e o ajudava a se proteger”, onde diz que diz ‘Paquistão’ coloque ‘Estados Unidos’ e onde diz ‘Bin Laden’ substitua por ‘Posada Carriles’ e teremos a chave do tesouro perdido pelo FBI.