IETI, PÉ GRANDE, CHUPACABRAS E BIN LADEN
Por: Arturo Alejandro Muñoz
Fonte : Aporrea 07/05/11
Barack Obama incluiu a Osama Bin-Laden na interminável listagem de mitos físicos cujos corpos nunca foram vistos. E que nunca o serão. Mas o afroamericano que hoje dirige os EUA não é confiável nem acreditável.
SEGUNDO CONTOU OBAMA, o processo de assassinato durou quarenta minutos. Consumado o crime, o cadáver de Osama Bin-Laden foi recolhido pelos “Rambos” da marinha dos EUA, colocado em um helicóptero e jogado ao mar.
Há duvidas razoáveis que apontam para a reestruturação de uma armação – mais uma – por parte do governo norteamericano, já que há alguns anos, quando um violento terremoto assolou o Afeganistão, o governo da França (ou melhor, o principal serviço de inteligência gaulês) assegurou que Bin-Laden tinha morrido vitima do sismo, informação que foi compartida por outros governos europeus e asiáticos, hoje aliados dos EUA. Washington afirma que isso era uma falácia, e que a única verdade é a mencionada por Barack Obama.
Durante uma década, os EUA e seus aliados culparam a Bin-Laden de quanto estrupício e tragédia ocorriam no planeta. Contavam com um bode expiatório – uma espécie de inocente útil – que lhes permitia esconder suas verdadeiras intenções sob o disfarce da democracia e da paz. Criaram um mito, uma lenda... e tal qual acontece com os mitômanos, finalmente o manobrável povo norteamericano acabou acreditando nela, sofrendo e fugindo de uma sombra falaz.
Washington, o Pentágono e a CIA criaram o homem de barba, o misterioso líder que, há décadas, encabeçava a resistência afegã diante da invasão soviética. Se alguém se surpreender com isso, ficara espantado quando souber que Osama Bin-Laden viveu longos anos em Nova Iorque como estudante de intercambio. Não há duvidas de que ali foi “entusiasmado” pela Central de Inteligência para colaborar com o ocidente em detrimento dos interesses soviéticos na região.
De volta ao oriente, Bin-Laden foi escolhido pelo estabelecimento político-militar dos EUA para liderar a resistência à invasão de uma já decadente URSS. Washington armou Bin-Laden... instruiu-o, treinou-o, deu-lhe asas e apoio. Faltou pouco para que o inefável Congresso gringo o premiasse com uma medalha ao mérito. O problema veio mais tarde, quando os ianques decidiram que o Afeganistão, sem os soviéticos, deveria contar com a presença e a "administração" norteamericana que, desajeitadamente desejava ocidentalizar um país do oriente. Não houve êxito.
Pior ainda, o ex-aliado virou rebelde e exigiu assuntos que resultavam escandalosos para Washington: independência, soberania, livre comércio, petroleo de e para os afegãos? “O que pensam esses esfarrapados barbudo fedorentos, islâmicos, homens das cavernas do século XIII?”. Assim sugiu o novo Bin-Laden. E virou o inimigo, o terrorista, o assassino, o louco, virou um perigo para a paz mundial, virou o anticristo... e foi – segundo os norteamericanos e israelenses – todas essas coisas e muito mais.
Veio o ataque às Torres Gêmeas e a partir desse momento, a “criação” norteamericana se torna um “perigo mundial”. Devia ser assassinado, atirar na sua cabeça, despedaça-lo em mil pedaços, jogar seus restos mortais no Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho ou ao Mar Báltico, em qualquer um deles... mas, por nenhum motivo, capturá-lo vivo para que o mundo exiguisse um julgamento em um tribunal internacional, uma vez que implicaria que o planeta descobriria como o tal Bin-Laden fora um bom parceiro dos EUA – pela obra e graça dos EUA.
Barack Obama decidiu que era preferivel alimentar a velha lenda e transformá-la em mito. Bin-Laden, então, foi incorporado à listagem de personagens como o Chupa Cabras, o Pé Grande, o Abominável Homem das Neves, o monstro do Lago Ness, Drácula e outros seres de ficção (ou talvez reais) de semelhante figura. E o presidente dos Estados Unidos fez a encenação da sua vida ao se emaranhar em explicações que aumentaram as razoáveis duvidas sobre as montagens propiciadas e efetuadas por instituições ianques ao redor do planeta.
Dessa forma, Barack Obama se transformou no político menos confiável de todo o mundo, pois, definitivamente, demonstrou que somente se trata de um afroamericano mentiroso, duas caras e sipaio de seus amos saxões.
Como confiar na palavra de um individuo que se contradiz absolutamente em tão curto espaço de tempo? Assim que os SEALS da marinha dos EUA executaram a Bin-Laden, referindo-se ao líder árabe e ao atentado às Torres Gêmeas, Obama – como mensagem ao mundo islâmico – disse em rede nacional: “Equivocaram-se os terroristas, porque nos, os americanos, NUNCA ESQUECEREMOS”.
Mas quando esteve no Chile, convidado por Sebastián Piñera, sobre os assassinatos e sangrentas violações dos direitos humanos cometidos pelas ditaduras militares na América Latina, muito relaxado disse: “Há que esquecer o passado”.
Por isso, para Washington, para a CIA e para os aliados como Zapatero, Berlusconi e Sarkozy, é muito melhor alimentar o mito para esconder a verdade. Depois de tudo, nenhum mito pode derrubar um governo, nem dar morte a um genocida.
arturoalejandro90@gmail.com