"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A história da médica cubana que pediu asilo ao Brasil



A notícia de que a médica cubana Ramona Rodriguez abandonou o Programa Mais Médicos, do governo federal, por considerar as condições de trabalho inadequadas, agitou a imprensa e a Câmara dos Deputados, principalmente o gabinete da liderança do Democratas, deputado Ronaldo Caiado (GO).

A médica, que trabalhava no município de Pacajá, no Pará, alegou que resolveu sair do programa após descobrir que outros médicos estrangeiros contratados para trabalhar no Brasil ganhavam mais do que os médicos cubanos. Em entrevista à imprensa, no gabinete do deputado, ela anunciou seu pedido de asilo ao país.

No entanto, segundo o blog Tijolaço, os motivos da médica pedir asilo ao Brasil são outros e, na verdade, ela teria montado uma farsa para encontrar o namorado em Miami (EUA).

Veja a íntegra da matéria no blog, escrito por Fernando Brito:
A dra. Ramona Matos Rodrigues tem o direito de querer viver com o namorado em Miami.

Isso é um problema dela com as autoridades de seu país e não nos cabe, a brasileiros, darmos palpite sobre as regras cubanas de emigração, que, atualmente, só restringem a saída de médicos, cientistas e militares. Os Estados Unidos restringem a entrada em seu país e que, volta e meia, vemos cenas dantescas de dezenas de “chicanos” mortos ocultos em vagões de trem para tentar entrar no “eldorado” americano e ninguém diz que, com isso, ferem a liberdade de ir e vir.

Mas a Dra. Ramona não tem o direito de ilaquear a boa-fé do povo brasileiro montando uma história farsesca sobre as razões de sua tentativa de fuga para Miami.

A Folha, hoje, revela o suficiente da história para que compreendamos que, como disse Janio de Freitas, esta história “vá dar rumba”.

A Dra. Ramona se aproveitou da simpatia que lhe teve uma senhora, prestadora de serviços ao Mais Médicos, para encontrar acolhida em Brasília. Dizia sentir-se só e foi recebida por ela em sua casa, num rasgo de solidariedade.

Depois de um final de semana, como planejado, foi à embaixada americana pedir para ser “abduzida” àquele país, para surpresa da amiga que, então, disse que para isso sua casa não era abrigo.

Então a Dra. Ramona montou sua pequena farsa, com a ajuda providencial do deputado Caiado, que critica a “escravidão médica” de Cuba, mas é contra a abolição da escravatura “de peão” proposta na PEC do trabalho escravo.

Aí veio a cantilena sobre o “fui enganada”, etc., etc., etc…

A Dra. Ramona usou o Congresso e a imprensa brasileira como palco e plateia de seu “teatro”, sem nenhum pudor.

E os usou porque sabe que, neste país, existe um sistema de comunicação que a transformaria em “heroína” quando é apenas uma pessoa que mente por seus interesses, em lugar de proclamar e lutar por seus direitos abertamente.

O que, no Brasil, ninguém duvida, poderia ter feito.

Mas a Dra. Ramona foi contratada por nosso país para atender doentes, não para se portar como uma transtornada – que seja, concedamos a generosa possibilidade – por um amor na Flórida que a leve a mentir na sede do parlamento, diante de toda a imprensa.

Porque, para esta fila de “vistos” americanos, tem muito brasileiro na frente dela, que sequer vai receber os gordos subsídios que o governo americano dá aos médicos cubanos dispostos a expatriar-se.

Ao contrário, se pagassem metade do que paga o Mais Médicos, muitos médicos brasileiros estariam nessa fila, porque Miami. para eles, é lugar de gente.

Pacajás, no Pará, não.

Aliás, nada impediria o namorado da dra. Ramona, se é tão grande este amor, vir para cá.

Talvez o que o impeça seja, apenas, Miami.

Mas isso é um problema privado do casal.

E esse é o pecado imperdoável da dra. Ramona: transformar os seus quereres pessoais em um caso político em país alheio.

Fonte: Brasil de Fato

PS. Desde a quarta-feira (5), no início da tarde, havia essa informação. Como não havia confirmação, não publicamos. Correr o risco da mentira era agir sem dignidade. Coisa que a dra. Ramona não fez com a opinião pública brasileira.