"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 9 de setembro de 2007

Exigência de solução popular dada a incapacidade da oligarquia colombiana

O argumento acima é mostra da irrefutável necessidade e vigência da luta armada na Colômbia, pois, ainda que os disparates dos porta-vozes do generalato colombiano sobre as fantasmagóricas “repúblicas independentes” ou “territórios liberados” ressoem longe das cidades, na política colombiana, diante da impossibilidade oligárquica de uma solução negociada para o conflito, o que impera é a tomada do Poder total, não parcial nem na longínqua selva como apregoa a enganadora “Segurança democrática”. Escreve Torremlinos.


Manuel Marulanda é o guia das Farc rumo à Casa de Nariño!


[Melquizedec Torremolinos]


Dirigido sob um modelo neoliberal, capitalista e de mercado; não existem sinais, que após o estágio neoliberal e na etapa post-capitalista na qual transitamos, que a oligarquia capitalista, latifundiária e grileira, tenha lugar na Colômbia. São chamados de “Os Sem Futuro”, sendo não só academicamente colocado.


A política mundial apregoa que os movimentos de libertação nacional se identifiquem no seu próprio campo e território. Ou seja, a comunidade mundial não aceita que o Fedayin atue em Paris. Não tolera que islâmicos preguem nos U.S.A.; não permite que o Talibã esteja presente na Europa; nem que o sionista incursione em outros paises. As práticas terroristas do Estado colombiano de perseguir, assassinar e capturar dissidentes políticos, em armas ou não, que se encontram no exterior, ficam nuas e evidentes. A idéia da insurgência colombiana, especialmente reiterada pelas FARC-EP, de não atuar fora do território colombiano, deixa sem fundamentos os rótulos de “terroristas” usados insistentemente pelo regime colombiano, o Império e seus aliados.


A essência da narcoparapolítica e dos falsos positivos, subtrai credibilidade à “inteligência” do governo colombiano. É uma fonte de informação contraditória para o Departamento de Estado por um lado e demais paises interessados em continuar a derrota dos Direitos Humanos na Colômbia.


O teimoso regime do Mini-Führer aplica o mesmo efeito publicitário tanto em nível nacional como internacional, convencido de que, por exemplo, o último escândalo montado contra os dirigentes sindicais que participaram de encontros sindicais no Equador e aos quais acrescentaram a mentira de que foram como representantes da Insurgência colombiana no exterior, não deixa efeito residual. Façam o favor! Com estas bravatas assassinaram a seis mil ativistas políticos, lideranças populares e sindicais. Fazem incursões nos Estados venezuelanos fronteiriços, assassinando exilados políticos. Também é assustadora a quantidade de colombianos que o narcoparamilitarismo enterra, entre as comunidades de colombianos ali assentados. Um povo como o venezuelano, que aprendeu da sangrenta experiência colombiana e consegue a conquista do Poder Popular sem ações armadas (pelo menos por enquanto) está curvado e comovido pelo alto índice de assassinatos de colombianos no eixo fronteiriço Colômbia-Venezuela. Para piorar, ativistas venezuelanos e ONG’s compilam informações sobre a localização de valas comuns nas quais repousam centenas de cadáveres de cidadãos venezuelanos no baixo Catatumbo, produto de massacres das hostes do Sr. da Motoserra, Salvatore Mancuso, vizinho, grileiro laranja e beneficiário legal do NarcoParaPresidente Uribe.


PERSISTÊNCIA NA TROCA OU ACORDO HUMANITÁRIO.


É impossível que a comunidade internacional possa continuar o jogo da oligarquia fascista encarnada pelo Mini-Führer. Os prisioneiros dos insurgentes têm o mesmo destino dos presos políticos nas prisões colombianas e do Império. A barulhenta, vaidosa e esquizofrênica intervenção do Mini-Führer na Praça de Bolívar, respondendo a vaias e impropérios contra ele, demonstra que a solução não está ao seu alcance. O regime do Mini-Führer não tem capacidade para exigir a entrega incondicional dos restos mortais, nem dos detidos. Muito menos em se esquivar de uma saída histórica e solução definitiva para o conflito colombiano. Tanto ele como seus conselheiros sabem que sentar-se à mesa na busca da solução política na Colômbia começa pela negociação civilizada rumo ao Poder Popular. A Nova Colômbia é a materialização das profundas e revolucionárias mudanças das quais surgirão necessariamente novas forças armadas, um modelo de propriedade com função social, como a aplicação de uma estrutura estatal de Poder Popular. O grau de intensidade da aplicação de um modelo de economia socialista, o imporá o desenvolvimento dialético de esse novo poder. Por isso fundamos o futuro e resenhamos os Sem Futuro.


Enquanto isso os Meios de Alienação de Massa continuarão idiotizando a opinião pública nacional. Outra coisa é que personagens como Luis Garzón se junte aos chefes do regime e exija condutas unilaterais à Insurgência. Está em jogo a sorte dos presos políticos e guerrilheiros na Colômbia e nos USA. As mesmas circunstâncias objetivadas pelo desenrolar dos fatos e pelas deploráveis mortes de prisioneiros no cativeiro ultrapassam as fronteiras nacionais e é tema de peso político internacional. A incapacidade do governante oligárquico para resolver o assunto se verá assistida pelo cenário internacional. Não haverá lugar para intervencionismos em assuntos internos da Colômbia; mas estará no juízo popular e de opinião popular, necessariamente, se o tratamento dado aos três mercenários norte-americanos, sejam membros da CIA, DEA ou Missionários da Boa Vontade, não seja obstáculo para que a Troca ou Acordo Humanitário aconteça e a diplomacia Insurgente consiga negociar diretamente com o Império “três por dois”.


A NOCIVA EXTRADIÇÃO DE COLOMBIANOS


Ao nos opormos, por princípio, à extradição de colombianos, denunciamos a extradição de colombianos como instrumento jurídico internacional de política contra-insurgente. Destaque-se que o movimento Insurgente não internacionalizou o conflito e que o Estado colombiano ao fazê-lo, não foi para obter vantagens.


O ataque político e jurídico no sistema prisional norte-americano se acirra contra os membros das FARC-EP. E mesmo sem provas, profere uma primeira sentença contrária. A dignidade política do combatente colombiano não permite mentiras nem comparação com narcotraficantes. Diante disso, a sorte dos três prisioneiros norte-americanos ficaria condicionada à dos guerrilheiros colombianos nos USA, pela submissão do vassalo Presidente.


A PRESENÇA DOS USA NO CONFLITUOSO TERRITÓRIO COLOMBIANO


Como o Poder, a ideologia capitalista e a hegemonia do Império estão em jogo na Colômbia, não poderíamos subestimar a presença de mais de 800 assessores militares do exército norte-americano, que se deslocam pelo território colombiano com total exercício militar pleno, como “Pedrinho anda pela sua casa”. O fato mais recente é a gestão do oficial do exército dos USA, Sargento Harry Dickenson, em Cúcuta, que na presença do governador de Norte de Santander, Morelli Navia, doou à XXX Brigada do para-exército colombiano, comandada pelo Coronel Paulino Conrrado Gámez vinte e três veículos Hammer para que façam incursões na região de Catatumbo. Em Cúcuta, sabidamente sede social do paramilitarismo, cujo prefeito, Ramiro Suarez Corso, é investigado por assassinato como membro ativo de grupo paramilitar. Também o Governador Morelli Navia, foi eleito pelos fraudulentos e ensangüentados votos do paramilitarismo Uribista, sob a batuta de Mancuso e sobre o esquife do sacrificado opositor ao cargo de governador, TIRSO VELEZ, da União Patriótica. Os veículos são para agredir o povo colombiano e venezuelano da fronteira. Chegam no momento da “campanha” eleitoral em que se denuncia a participação aberta de elementos paramilitares com aspirações de continuar no governo paramilitar de Uribe. Isto se constitui numa afronta e é possível sim permitir eleições no eixo fronteiriço colombiano-venezuelano, sob o impávido olhar da opinião internacional. O oficial do exército imperial está violando a soberania nacional colombiana.


Tudo isso são argumentos irrefutáveis necessidade e vigência da luta armada na Colômbia, pois, ainda que os disparates dos porta-vozes do generalato colombiano ressoem sobre as fantasmagóricas “repúblicas independentes” ou “territórios liberados” o mais distante das cidades, na política colombiana, diante da impossibilidade oligárquica de uma solução negociada para o conflito, o que impera é a tomada do Poder total, não parcial nem na longínqua selva como apregoa a enganadora “Segurança democrática”.



Enlace original