Intercâmbio Humanitário: um assunto mundial
Talvez seja tarde demais para a oligarquia colombiana. Mas o trabalho de formiguinha das FARC, com clareza referencial sobre os objetivos propostos, no final se impôs. O mundo sabe não só que o adjetivo de “terroristas” é uma grande mentira, como também sabe que aquele de “narcotraficantes” não passa de “um ladrão gritando pega ladrão”.
O Intercâmbio Humanitário transcendeu as fronteiras colombianas e já é um assunto mundial.
Apesar das mentes doentes que fizeram tudo o possível para detê-lo, impossibilitá-lo.
Mas o trabalho de formiguinha das FARC, com clareza referencial sobre os objetivos propostos, no final se impôs. O mundo sabe não só que o adjetivo de “terroristas” é uma grande mentira, como também sabe que aquele de “narcotraficantes” não passa de “um ladrão gritando pega ladrão”.
Hoje o mundo sabe que existem prisioneiros em poder das FARC e sabem também que existem lutadores populares e guerrilheiros nos cárceres – masmorras – colombianas. Mas também sabem que as FARC têm com prisioneiros três militares espiões estadunidenses – capturados quando foi derrubado o avião em que faziam espionagem eletrônica - , e que nas prisões estadunidenses existem dois guerrilheiros das FARC, Simón e Sonia.
O mundo sabe que os dois guerrilheiros farianos padecem sob condições sub-humanas de detenção. Com luzes acesas 24 horas por dia, sem comunicação, proibição de visita, de receber livros, revistas, etc. E sabem também as duras condições que vivem os prisioneiros do regime em poder das FARC.
E por tudo isso o mundo se mobilizou. Entendem que é imprescindível o Intercâmbio Humanitário como forma de avaliar os sofrimentos dos prisioneiros. Por isso se mobiliza a Venezuela bolivariana de Chávez – ali ao lado está Piedad Córdoba-; a Nicarágua sandinista de Daniel Ortega, a França de Sarkozy – e de Ingrid Betancour, de nacionalidade francesa também-; a Cuba de Fidel e o PCC, o Equador de Correa, a Bolívia andina de Evo Morales, a Argentina dos Kirchner e também do ‘Pelusa’, Diego Armando Maradona; o Brasil mestiço de Lula; Espanha, Suíça, Itália, enfim, mais e mais países.
Porém paradoxalmente está por fora Álvaro Uribe Vélez, o presidente colombiano. E está por fora por vontade própria. Ele prefere auto-excluir-se para servir ao seu amo. E se algum dia chegar a estar nessa imensa corrente que quer o Intercâmbio Humanitário será quando seu amo, Bush, lhe diga que se integre.
Mas quer queiram, quer não, o Intercâmbio Humanitário é um assunto mundial, como serão os diálogos por alcançar a Paz na Colômbia mediante uma saída política ao conflito interno, o qual pretende ser inviabilizado pela oligarquia e o governo mafioso de Álvaro Uribe Vélez. Um conflito interno que deixou mais de 70.000 mortos, tem razões suficientes para buscar uma saída diferente da guerra, porque os governos oligárquicos já fizeram a guerra contra o povo e não lhes trouxe resultado, pelo contrário, cresce a fortaleza das FARC e do povo em seu conjunto.
Mas a participação dos governantes da Colômbia no Intercâmbio Humanitário, nos diálogos por uma saída política ao conflito interno colombiano, talvez, será apenas quando seu amo gringo lhes diga para que participem. Não antes. Ou talvez queiram quando já for demasiado tarde.
Foto: Manuel Marulanda e a rainha da Jordânia na zona do Caguán. Tirada por Dick E.