O temor da palavra
Esse regime não quer que denunciemos seus crimes. Crimes praticados contra os filhos do povo desarmado. Porque o povo armado o está obrigando a negociar o Acordo Humanitário.
Os regimes totalitários temem mais que qualquer coisa, a palavra. Palavra que aqui equivale a dizer a verdade.
É a palavra que lança seus dardos certeiros contra as mentiras perpetradas pelo poder.
Poder que utiliza a mentira para se perpetuar e justificar seus abusos.
Abusos que têm resultado
Que têm produzido violações de direitos humanos que têm levado a uma crise humanitária sem precedentes na Colômbia e que no dia dos Direitos Humanos, temos que dizer com a voz mais alta. Durante os primeiros 4 anos de Uribe Vélez foram assassinados 11.282 colombianos ‘fora de combate’, informa o Observatório de Direitos Humanos.
Esse regime não quer que denunciemos seus crimes. Crimes praticados contra os filhos do povo desarmado. Porque o povo armado o está obrigando a negociar o Acordo Humanitário.
Na ANNCOL temos dito que sua proposta é ‘reciclada’. E que poderíamos dizer, se é a verdade, se tem até suas próprias ‘condicionantes’. ‘Os guerrilheiros não podem estar armados’, é uma delas, ‘A região de encontro só será observada pela igreja’, é outro. E isso sem que as FARC tenham dito nada.
Porém cada vez mais distante de alcançar seu objetivo, em desesperada histeria, é cada vez mais desnudado.
Esse regime mafioso e oligárquico quer nos homogeneizar para que caminhemos rumo a um humanismo que a história já deixou de lado.
Os regimes fascistas – e mafiosos – têm ‘horror’ à palavra. Por isso Uribe Vélez nos acusa de sermos ‘terroristas piores que os camponeses’. Mas a palavra é somente isso, a palavra. E a palavra só causa terror nos terroristas de verdade, verdade. Por isso ele nos odeia tanto.
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Sobre isso, Uribe respondeu que “é mais culpado um bandido da ANNCOL, do que um camponês guerrilheiro”. Afirmou que “eu, como juiz, a um bandido desses, o condenaria a uma sentença muito maior do que a um camponês que é enganado pela guerrilha”. Durante a sessão do conselho comunal avançado em Hispania, população do sudoeste antioquenha, o mandatário fez uma declaração pública àqueles que do exterior alimentam essa página na internet:
“A mim o que parece grave é existir uma página na internet desses senhores da ANNCOL a serviço do terrorismo. Os primeiros que deveriam estar na prisão são esses senhores da ANNCOL, porque eles se supõem que sejam profissionais. Alguns vivem na Europa e têm tido todas as oportunidades de vida”.
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