"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Organizações civis e Parlamento Europeu rejeitam TLC

por Adital

Autoridades estão reunidas, desde segunda-feira (4), em Bruxelas, para a Terceira Rodada de Negociações do Tratado de Livre Comércio (TLC) entre União Europeia, Perú, Colômbia e Equador. Considerado como um Tratado para ajudar na abertura de mercado entre países europeus e andinos, o TLC é visto com preocupação por organizações da sociedade civil dos dois lados.

No último dia 29 de abril, foi realizada uma audiência convocada pela Comissão Internacional da Euro-câmara, juntamente com a Delegação para as relações com os países andinos, entidades da sociedade civil e sindical. O encontro foi para alertar o Parlamento Europeu sobre as consequências de aprovar o TLC com a Colômbia.

Para o Parlamento Europeu, o atual processo de negociação do TLC está preocupado apenas em abrir mercado, negligenciando, assim, aspectos importantes da realidade dos países andinos, como a situação de pobreza e de direitos humanos vivenciados na Colômbia, por exemplo.

Os parlamentares opuseram-se contra o TLC, pois consideraram que a União Europeia deve exportar, em primeiro lugar, valores básicos, como os direitos humanos e, para isso, não deve negligenciar a atual situação vivida na Colômbia.

Essa também é uma visão defendida por organizações da sociedade civil e do setor sindical colombiano. Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Tarcisio Mora, no país, ainda opera a política de extermínio do movimento sindical. A média dos últimos 23 anos é um assassinato de sindicalista a cada três dias.

Entretanto, a falta de cumprimento dos direitos humanos na Colômbia não segue apenas em relação aos movimentos sindicais. De acordo com o delegado indígena Javier Sánchez, do povo Sicuani em Vichada, os ataques aos povos indígenas também está aumentando. Somente nos três primeiros meses deste ano, 50 indígenas foram assassinados e 3.000 foram deslocados. "Entre 2002 e 2008, 2.253 indígenas foram assassinados na Colômbia", acrescentou.

Além da negligencia em relação aos direitos humanos, outros aspectos da realidade mundial também não são levadas em consideração no atual processo de negociação do Tratado.

Organizações da sociedade civil das duas regiões ainda alertam para a falta de transparência com os povos indígenas; a negligência das atuais crises econômica, alimentar e climática; e a ameaça à soberania econômica e à redução dos instrumentos políticos dos países andinos para estimular um desenvolvimento local sustentável.

A notícia encontra-se em Adital.