"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os tentáculos da espionagem dos EUA no Chile



Por: HUGO GUZMAN R.
(Publicado em “Punto Final”, edição Nº 726, 7 de janeiro de 2011)
www.puntofinal.cl

Na moderna e protegida estrutura de aço e cimento que serve de sede à embaixada dos EUA no Chile, na Avenida Andrés Bello, com o rio Mapocho nas costas e a torre Titanium e o luxuoso Intercontinental Hotel pela frente, funcionam vários escritórios que servem à espionagem norteamericana. Possuem infraestrutura de informática e telecomunicações bem como tecnologia para trabalhos de inteligência. Possui um grupo de funcionários especializados em compilar informação sensível sobre o Chile e planificar e coordenar operações.

Nesse edifício opera o DEA (Agência Antidrogas dos EUA), o FBI/Legal Attaché
(Bureau Federal de Investigação, Adido legal), o Grupo Militar, um escritório de segurança, o ONR (de Investigação Naval), o Instituto de Segurança Regional e, camuflada, a “estação CIA” em Santiago. Todas são entidades da “comunidade de inteligência” dos EUA, estabelecidas em território chileno. Formalmente, a Constituição chilena e as leis chilenas não limitam o seu âmbito de operações no país.

Dessas dependências, textos criptografados ou protegidos como Secret, Top Secret ou Confidencial, saem relatórios e analises sobre questões e episódios da realidade chilena que, a julgar por investigações do Senado estadunidense e revelações da mídia (como o caso recente do WikiLeaks) incluem avaliações sobre pessoas e organizações locais.

A atividade de espionagem norteamericana no Chile é protegida pelo manto do combate ao terrorismo, combate ao narcotráfico e proteger a segurança dos EUA. É assim que o Ministério do Interior, o Ministério da Defesa, as Forças Armadas, a Policia de Investigações (PDI, que copiou a imagem corporativa do FBI adotando siglas, tipografia e cores análogas para sua imagem) e Carabineiros, mantêm laços com os escritórios do DEA, FBI, o Grupo Militar e a CIA no Chile.

O encarregado do escritório do DEA é o agente Sean Waite e pelo FBI, o agente Todd Porter. Liseli Pennings é a adida de Segurança e o adido de Defesa é o capitão de navio Ronald Townsend. À frente da pasta de aeronáutica está o coronel Nelson Johnson e da pasta militar, o coronel Frank Wagdalt. O comandante do Grupo Militar é o coronel Marc Stratton.

Em um texto da embaixada, intitulado Nosso propósito, afirma que “a cooperação bilateral na fiscalização e no cumprimento da lei ajuda-nos a combater o terrorismo, o narcotráfico e as atividades criminosas. Os sólidos laços militares existentes contribuem para a estabilidade regional, melhoram a interoperabilidade com as forças armadas dos EUA e reforçam a capacidade do Chile para participar em missões de manutenção da paz e outras operações de segurança”.


Escritórios que espionam

De acordo com a legislação norteamericana, o FBI encarrega-se da segurança nos EUA. Portanto, presume-se que os agentes dessa agência que trabalham no Chile deveriam limitar o seu trabalho àquilo que tenha a ver com “ameaças” contra a segurança de cidadãos ou bens norteamericanos. Mas isso está longe de se cumprir, pois por sua parte a CIA realiza trabalhos de inteligência em outros paises e não só defende e protege os interesses dos EUA (dos governos da vez e das grandes corporações), mas se materializa através de operações contra presidentes, governos, empresas, organizações políticas e sociais e contra grupos terroristas. São bem conhecidas suas operações no Chile, Guatemala, Nicarágua, México, Venezuela, Bolívia assim como na Ásia, África e Europa, que tem motivado investigações do Senado norteamericano. É ampla a documentação sobre a ação da CIA no golpe de Estado de 1973 no Chile.

O chamado Grupo Militar é a representação do Comando Sul, entidade das forças armadas norteamericanas que desenvolve os planos doutrinários e operacionais para a América Latina e Caribe. Este escritório organizou a ida de mais de cem militares chilenos para a Escola das Américas, na Geórgia, para um treinamento que o ministro da Defesa do Chile, Jaime Ravinet, disse ser “muito importante”. Nessa escola também foram preparados em contrainsurgência milhares de militares da região.

O Gabinete de Segurança Regional (RSO), segundo documentos dos EUA “é responsável pela segurança do pessoal norteamericano que trabalha nas embaixadas e consulados dos EUA ao redor do mundo”. É “o braço encarregado da segurança e cumprimento da lei do Departamento de Estado. Cada escritório é administrado por um agente especial de segurança diplomática, que serve como consultor especialista em assuntos de aplicação da lei e de segurança para o embaixador dos EUA”.

O RSO no Chile analisa material de inteligência e informação para estabelecer ações de espionagem com a finalidade de proteger a embaixada e o consulado, “organiza e treina a polícia estrangeira e oficiais de segurança para combater o terrorismo, assessora os norteamericanos sobre segurança no exterior, compartilha informação de segurança com o setor privado norteamericano”. Uma atividade pouco conhecida no Chile.

O ONR, ou Escritório de Investigação Naval tem a função de promover programas de investigação, ciência e tecnologia entre as Marinhas. Chama a atenção o “privilégio” que o Chile goza com essa agência, já que esta tem representações somente em Londres, Tókio, Austrália, Cingapura e...Santiago!

As mensagens que essas agências de inteligência, policiais e militares, elaboram, assim como documentos e analises, tem como prioridade alimentar os computadores do Departamento de Estado, do Pentágono, do Departamento de Justiça, do Comando Sul, do Centro Nacional de Luta Antiterrorista, da Agência Nacional de Segurança e, eventualmente, do Departamento do Tesouro.

Em um relatório sobre terrorismo divulgado pelo governo dos EUA, assinalava que “os EUA estão fortalecendo as alianças regionais e transnacionais, a fim de combater efetivamente as atividades terroristas”. Nisso inclui-se o Chile, onde há sinais de que as agências de espionagem dos EUA não botaram somente as mãos.


Operações encobertas no Chile

Há casos recentes que revelam – não em todo seu alcance – as operações da inteligência norteamericana no Chile.

De acordo com o revelado pelo WikiLeaks, o ex-ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, pediu ao então embaixador norteamericano ajuda em inteligência sobre grupos mapuches. O funcionário respondeu que “o FBI já está coordenando com os Carabineiros” para detectar movimentos dos indígenas (ver PF Nº 725). A informação serviu para que organizações e meios de comunicação de organizações mapuches para lembrar que faziam denuncias desde 2008 e que agentes estavam percorrendo a cidade de Temuco e as comunidades indígenas, assessorando os Carabineiros e a PDI.

No caso do paquistanês Saif Khan, que foi inocentado das acusações, houve uma coordenação irregular (segundo denuncia de seus advogados) entre o FBI e a PDI para acusá-lo e criar uma atmosfera de “atividade terrorista”, envolvendo na trama até a Al Qaeda. O ex-chefe do FBI no Chile, Stanley Stoy, teve que renunciar a sua imunidade diplomática, testemunhar no caso e deixar o país. Um episódio de clara subordinação da PDI ao FBI se produziu quando, estando o cidadão paquistanês detido na embaixada sem que, formalmente, o acusassem de algo, a equipe de investigação, formada pelo chefe do FBI, invadiu o domicilio de Saif Khan.

Sabe-se que no Chile opera uma “estação da CIA”. O jornal El Mercúrio reconheceu, em 19 de dezembro passado, os “históricos laços do Chile com o FBI e a CIA” e que existe um “representante” da CIA no país, “ainda que seu cargo na embaixada não está oficialmente explicitado dessa forma”. Os agentes da CIA costumam trabalhar na Assessoria Política da embaixada ou na USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional).

A CIA esteve por trás das investigações sobre cidadãos estrangeiros no Chile, suspeitos de terrorismo. Seus agentes também costumam compilar, direta ou indiretamente, informação política e sensível em conversas com políticos, militares e empresários chilenos.

Das atividades dos EUA com órgãos policias chilenos, refletem uma série de episódios recentes. Funcionários de Carabineiros e da PDI participaram de uma conferência sobre o controle de drogas no Brasil, organizada e patrocinada pelo DEA. A isto se acrescenta a participação de promotores de justiça e policiais em um curso de treinamento em técnicas antiterroristas realizado pelo FBI na Virgínia, no contexto do Programa de Assistência Antiterrorista que o governo dos EUA promove. Na mesma linha, o Ministério Público chileno pediu apoio ao FBI no “caso bombas”.

Vários órgãos de imprensa divulgaram que a Equipe de Reação Tática Antidrogas (ERTA), da PDI, teve influência direta e conexão com a formação e experiência do DEA e FBI. Também se soube da participação de membros do Grupo de Operações Especiais (GOPE), dos Carabineiros, em atividades rotuladas de “exercícios de comando”, realizados pelos norteamericanos.

Em meados de 2010, o Ministério do Interior aderiu à Rede de Intercâmbio de Informações em Linha (LEO), do FBI. Assinaram o acordo o então chefe do Bureau em Santiago, Stanley Stoy (ligado ao caso do paquistanês) e a Subdiretora da Divisão de Segurança Pública, Constanza Daniels. O nível de colaboração das autoridades chilenas com os órgãos dos EUA é tal, que os norteamericanos disseram que o Ministério do Interior “é a primeira e única agência governamental não policial no mundo que foi convidada pelo gabinete de ligação do FBI” para fazer parte da LEO, à qual tem acesso os Carabineiros e a Promotoria Nacional.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Obama exige a libertação imediata dos presos políticos em Cuba. Mas não para os de Guantánamo!


Jean-Guy Allard
Rebelião


O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu hoje, 26 de fevereiro de 2011, a libertação “imediata e incondicional” de presos políticos em Cuba, ao completar o primeiro aniversário da morte do criminoso cubano Orlando Zapata, transformado em “mártir” pelas suas próprias agências. Não proferiu sequer uma palavra sobre os torturados pelo Pentágono, sequestrados há anos no campo de concentração de Guantánamo, em território cubano ilegalmente ocupado.

Um ano antes da morte de Zapata, a CIA já tinha tudo pronto para mediatizar sua morte, que seus próprios serviços converteram em “dissidente” e cujo suicídio por greve de fome fora também programado pela CIA. O coro dos diversos órgãos de “informação” da Agência e do Departamento de Estado gerou, instantaneamente, assim como a declaração “presidencial” de hoje - a publicação em milhares de informativos de imprensa de toda uma série de intervenções cujas características revelam um plano de propaganda bem planejado.

O New Herald, de Miami, que a CIA utiliza como carro chefe neste tipo de operação, juntamente com o espanhol El Pais e das agências EFE e AFP, dirigiu os ataques, recorrendo a todas as organizações subsidiadas pela USAID que estavam preparadas há tempos para este golpe mediático.

Em um comunicado distribuído pela Casa Branca, Obama afirmou ontem que “o sofrimento do povo cubano não passa despercebido e os EUA permanecem decididos”. Omitiu informar que seu governo, cinicamente, mantêm o bloqueio genocida que, durante décadas, pretende sufocar a Cuba soberana pela fome e as privações.

Enquanto difama a Cuba, Obama não fez nenhum comentário pelas dezenas de milhares de trabalhadores fraudados que, em diferentes estados da União, se manifestam para exigir o respeito aos seus direitos fundamentais violados pelos políticos da ultradireita que levam o país ao fascismo.

Prefere continuar apoiando os seus serviços de “diplomacia pública”, criados por Otto Reich sob Ronald Reagan, que se dedicam a difamar e desinformar, a serviço das grandes corporações e bancos fraudulentos que garantir o financiamento da sua chegada à Casa Branca.

O Pentágono enlouqueceu com minha aproximação ao socialismo

Por José Manuel Zelaya Rosales*

Ontem, 17 de fevereiro, em um ato obrigado pela ação heróica do povo hondurenho, o Congresso ratificou as reformas feitas ao artigo constitucional referentes à participação cidadã através do plebiscito e o referendum, com o que reconhecem o direito do povo a ser consultado em temas de interesse nacional, e o crime de lesa pátria cometido em 28 de junho de 2009 mediante o golpe de Estado Militar que rompeu a ordem democrática do país.

Enquanto isso o povo hondurenho teve que esperar 30 anos, e sofrer um sangrento Golpe de Estado para que alguns políticos hondurenhos aceitaram que o poder emana do povo e ninguém pode limitar o soberano, a estes últimos lhes tomou apenas 19 meses da grosseira tese da sucessão constitucional ao reconhecimento pleno e a validação da tese que sustentava a enquete abortada pela força.

Esta iniciativa hoje ratificada pelo Congresso Nacional igual que a enquete da quarta urna que realizava minha administração, estava amparada na Constituição e na Lei de Participação Cidadã aprovada em nossa administração pelo próprio Congresso Nacional.

Novamente se renovam os argumentos em favor da nossa causa e se desnuda a responsabilidade criminal da Corte Suprema de Justiça, que violou todos os preceitos constitucionais, jurídicos e princípios morais, ao condenar-me sem julgamento e sem delito: acusaram-me de traição à pátria por pretender fazer, o que estes políticos fazem hoje; alguns que disseram que se violava a lei, hoje pelo efeito milagroso da pressão popular esqueceram o que fizeram e o que disseram. Nunca se apagará da história que fui tirado por um contingente militar, que metralhou a minha casa, tudo por praticar a democracia em Honduras.

O golpe de estado, produto de uma conspiração foram atos planejados e executados torpemente que seguem sendo condenados por todos os países da terra.

Agora o Presidente Lobo deve nos esclarecer se quer fazer justiça e terminar com a impunidade deste golpe de estado. Os argumentos só obedeceram a uma argúcia Jurídica, para deter minha aproximação ao socialismo; que enlouqueceu à direita norte-americana, ao pentágono e às elites mais vorazes do nosso país que atacaram com sanha ao povo que quer construir sua democracia; já fizeram o processo de ratificar a reforma, agora lhes corresponde retificar o crime.

Compatriotas, nossa missão é continuar avançando com a razão na mão; é hora de exigir a
convocatória a uma Assembléia Nacional Constituinte, ampla, includente, justa, soberana e originária para cumprir com nossa responsabilidade histórica frente às novas gerações.

* Presidente Constitucional 2006-2010
Coordenador Geral Frente Nacional de Resistência Popular
Santo Domingo, 18 de fevereiro de 2011

Versão em português: Raul Fitipaldi, para Desacato e RPCC.

Número de chacinas cresceu 40% na Colômbia

Quadrilhas vinculadas a ex-grupos paramilitares da Colômbia causaram um aumento de 40 por cento no número de chacinas ocorridas no ano passado na Colômbia, disse na quinta-feira o representante de direitos humanos da ONU no país, Christian Salazar. Ativistas de direitos humanos, funcionários públicos e civis foram alvejados.
Vários grupos armados ilegais, inclusive ex-paramilitares que deveriam ter sido desmobilizados e desarmados, estão envolvidos no narcotráfico na Colômbia, maior produtor mundial de cocaína.

Novos "bandos criminais", conhecidos pela sigla "bacrims", têm aparecido para preencher o espaço deixado por cartéis da droga desmantelados em ações militares. Salazar disse que os bacrims "não foram os únicos" responsáveis pelo aumento nas chacinas, mas "têm muito a ver com isso."

"Além disso, esses grupos têm o poder de corromper e se infiltrar no Estado ... são uma forte ameaça ao Estado de direito", disse ele a jornalistas.

Citando dados do governo, o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas informou que pelo menos 179 pessoas foram mortas em 38 chacinas no ano passado. Em 2009, foram 139 vítimas em 27 massacres.

Fonte: vermelho.org

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O caso Assange e a infinita hipocrisia do imperialismo dos EUA

Julian Assange, (na foto com sua advogada Jennifer Robinson) fundador do WikiLeaks, site que expôs as vísceras imundas da diplomacia estadunidense, corre o risco de ser extraditado pela Justiça britânica para a Suécia. Dali, ele pode ser enviado aos Estados Unidos, cujo governo supostamente democrático liderado por Barack Obama tem a intenção de condená-lo por espionagem, o que pode resultar até em pena de morte.

A acusação que pesa sobre Assange não pode ser considerada séria. O homem é suspeito de manter relações sexuais sem usar camisinha, o que é considerado crime na Suécia, país hoje governado por uma coligação de direita, fiel aliada do império.

Pretexto

O fundador do WikiLeaks, perseguido como um grande meliante internacional (colocaram até a Interpol no seu encalço), sustenta que é inocente e classifica as acusações de mero pretexto para atingir o polêmico site que criou.

O processo “é uma injustiça”, conforme Assange. “Nunca pude apresentar a minha versão da história", disse em entrevista coletiva. Seu assessor jurídico, o professor da Universidade de Harvard Alan Dershowitz, denunciou a hipocrisia daqueles que, neste momento, exigem liberdade de imprensa “em países como o Egito e Irã. Portanto, teremos de deixar claro que não podem medir com dois pesos e duas medidas e limitar o uso dos novos meios quando afetam aos interesses dos EUA”.

As correspondências reveladas pelo site criaram grandes constrangimentos para os EUA, pois mostram que a diplomacia imperial não tem nada a ver com a retórica da Casa Branca em defesa da “democracia” e dos “direitos humanos”.

Assange e o WikiLeaks prestam um grande serviço à democracia e aos povos na medida em que contribuem para escancarar as verdadeiras razões que orientam a política imperialista. Os fatos revelados têm mais força que os argumentos dos críticos para desmascarar o império. Daí o ódio da Casa Branca.

Espionagem ou jornalismo?

Aquilo que o WikiLeaks faz não tem nada a ver com espionagem. É só bom jornalismo. Os segredos revelados não ameaçam a integridade física de ninguém, mas têm a virtude de expor a infinita hipocrisia dos chefões do imperialismo e seus lacaios pelo mundo, que infelizmente não são poucos.

O que se nota, por parte do governo sueco e dos EUA, é um atentado à liberdade de imprensa e ao jornalismo que merece ser considerado sério ou ético. O silêncio cúmplice da mídia capitalista e das entidades patronais (como a Sociedade Interamericana de Imprensa – SIP) diante desta ofensiva antidemocrática é emblemático.

Conspiração do silêncio

Os fatos desta novela reacionária são noticiados secamente por esta mídia, que se julga a referência do bom jornalismo. Evitam-se maiores comentários. O tema não frequenta os editoriais, embora seja possível fisgar argumentos a favor das justificativas esgrimidas por Washington, sugerindo que a opinião pública não tem o direito de ser informada sobre o verdadeiro caráter da diplomacia imperialista e deve confiar cegamente na retórica enganadora da Casa Branca, que simula a defesa dos direitos humanos, da democracia e da liberdade de imprensa.

O ex-presidente Lula criticou com razão a conduta desses meios de comunicação, que no Brasil constituem monopólio de quatro ou cinco famílias capitalistas (Marinho, Frias, Civita e Mesquita). “Não vi um ato em defesa do fundador do WikiLeaks”, disse, enquanto ainda estava à frente Presidência da República, numa referência irônica à mídia hegemônica. Pois é. Imaginem se o sueco fosse caçado não pela CIA, Interpol ou Barack Obama, mas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A conversa seria outra.

Fonte: vermelho.org

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

APÓS ENTREGA DAS COORDENADAS, IMEDIATO CERCO DO EXÉRCITO. “NEM QUE FOSSEMOS BOBOS”, AFIRMOU ‘CHUCKY’

Fonte: Anncol


Com estas acusações das FARC deve ficar clara uma coisa: não se pode confiar nem um pouco sequer na oligarquia colombiana, nem no que diz ou no que faz.

A seguir a transcrição do comunicado.


Comunicado

A Coluna Gabriel Galvis das FARC-EP informa à opinião pública nacional / enviado por resistência-colombia.org


1 – Lamentavelmente, no dia de ontem, como resultado das difíceis condições climáticas, não foi possível concluir a entrega unilateral de todos os prisioneiros de guerra anunciada pelas FARC-EP.

2 – A partir do momento em que foi anunciada a libertação unilateral dos prisioneiros Major Solórzano e cabo Salim San Miguel, estes permaneceram na mesma área proposta para a sua liberação.

3 – Desmentimos categoricamente as afirmações do Sr. Eduardo Pizarro, no sentido de que os prisioneiros tenham sido transferidos, no último minuto, do departamento de Tolima para o de Cauca, fato que pode ser corroborado pelos próprios prisioneiros, uma vez que eles sejam liberados.

4 - A partir do momento em que se anunciou a liberação do Major Solórzano e do cabo San Miguel, os locais determinados nas coordenadas (todas dentro dos limites do departamento de Valle e Cauca) foram literalmente tomados pelo exército e os combates não cessaram, fato que também pode ser corroborado pela população civil e pelos próprios prisioneiros uma vez liberados.

5 - Reiteramos nossa disposição de manter a palavra empenhada e liberar, quando o governo quiser, ao Major Guillermo Solórzano e ao cabo Salin San Miguel, uma vez que sejam reiteradas as garantias acordadas nos protocolos.

Companhia Gabriel Galvis das FARC-EP.

Montanhas da Colômbia, 14 de fevereiro de 2011

Audiência pela Verdade no estado do Putumayo, na Colômbia.

Impressionantes testemunhas das vítimas sobre violações de seus direitos por parte do Exército e outras autoridades da Região.

Ao redor de 850 campesinos, indígenas, afro-descendentes, estudantes, entre outros, chegaram ao município de Puerto Asís desde diferentes regiões do departamento (estado) de Putumayo, com o fim de participar, durante os dias 11 e 12 de fevereiro na Audiência cidadã pela verdade "A crise Humanitária conseqüência do Plano Colômbia".

O evento foi convocado pelo Movimento Nacional de Vítimas de Crimes de Estado, o Comitê Permanente pelos Direitos Humanos -CPDH-, a Mesa Departamental de Organizações Sociais, Indígenas, Campesinas e Afro-descendentes, a Corporação Yurupari, Fensuagro, o Coletivo de Advogados “José Alvear Restrepo”, entre outras organizações. Participaram, também, a Senadora do Polo Democrático, Gloria Inés Ramírez e, os Deputados Federais do mesmo Partido, Iván Cepeda e Hernando Hernández; delegadas da do Ministério Público, entidades de investigação, vigilância e controle, organizações internacionais, um representante da ONU, Brigadas Internacionais de Paz e a Generalitat do Governo de Cataluña.

Os paramilitares (bandos criminosos apoiados pelo governo) tentaram impedir a preparação e realização da Audiência. Vejamos. Em 5 de fevereiro foi assassinado em uma rua de Poroto Asís o docente CARLOS AYALA, afiliado ao Sindicato de Professores do Putumayo, e o dia 11, homens desconhecidos invadiram a vereda “Dios Peña“, localizada no Município de San Miguel, na qual assassinaram (degoladas com facão) as camponesas LUZ MARINA ROA ALFONSO, de 59 anos de idade e LUZ MERY ROA ROA, de 35 aos, Vice-presidenta da Junta de Ação Comunitária dessa vereda e, a menina SORITH JULIET ALFONSO ROA de tão só 5 anos, também degolada e decepadas suas mãos. Igualmente, assassinaram com arma de fogo dois dos três trabalhadores que estavam conversando nesse momento com as senhoras. O terceiro trabalhador conseguiu fugir.

A Audiência recebeu dolorosos testemunhas e denuncias sobre a grave situação dos Direitos Humanos e o Direito Internacional Humanitário, por parte de pessoas que moram nas diversas regiões do Departamento (estado). Destacamos a testemunha de uma menininha de apenas quatro anos. Uma de suas perninhas foi impactada por um projétil de fuzil disparado desde um helicóptero do exército quando lançava bombas e disparava metralhadoras contra as casas dos camponeses indefesos. Desde sua inocência a menina diz à juiz que recebeu sua testemunha: "...desde um helicóptero o exército matou meu pezinho". Apesar das denuncias, todo continua ainda na mais absoluta impunidade.

Os participantes escutaram as vítimas dos Planos Colômbia e Patriota bancados pelo governos dos EUA e da Colômbia entre os anos 2002 e 2006. Foram 37 testemunhas e 390 denuncias sobre execuções extrajudiciais, desaparições, detenções arbitrárias, ameaças de morte, torturas, deslocamentos, bombardeamentos e metralhamento, assalto de casas dos camponeses. Todo isso realizado pelo exército. Concluída a Audiência, os parlamentares presentes e porta-vozes dos Direitos Humanos, acompanhados pelo doutor ALONSO OJEDA AWAD, delegado da Defensoria do Povo visitaram o cemitério de Porto Asís e verificaram a existência de numerosas covas com cadáveres de pessoas enterradas como desconhecidas, ou NN.

De igual forma, pessoas que chegaram dos municípios de Orito, Mocoa, San Miguel, La Hormiga, assim como de povoados que ficam na fronteira com o irmão país do Equador denunciaram a difícil situação que vivem por causa das pulverizações da folha de coca sem respeitar no mais mínimo os plantios de arroz, cacaueiro, milho e cana de açúcar, que ficam completamente destruídos. Também, denunciaram a brutalidade e a violência exercidas pelo exército, a polícia e os paramilitares em toda a região; a indesejável presencia das empresas transnacionais que exploram de forma indiscriminada os recursos naturais, gerando um impacto ambiental criminoso, até, e inchando as condições de miséria da população pobre.

Fica nas mão do governo, a Promotoria e demais autoridades investigar esses fatos horrorosos e apresentar os resultados sobre a verdade do acontecido, assim como reparar os danos causados a milhares de vítimas que vivem na miséria e abandono oficial no Putumayo.

(Com informação de Voz edição 2577)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ex-paramilitar revela relação de Uribe e atual vice com grupo

O ex-comandante de um dos blocos das forças paramilitares da Colômbia, Pablo Hernán Sierra, também conhecido como Alberto Guerrero, que já esteve à frente da Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), disse em entrevista recente, a partir da prisão de segurança máxima de Combita, que sua organização arrecadava fundos para o agora ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010). Ele relata reuniões que envolveram também o atual vice-presidente Angelino Garzón.

Em entrevista concedida nesta segunda-feira (21), Sierra disse que nas eleições presidenciais de 2002 a AUC, organização hoje dissolvida, realizou um leilão de gado para arrecadar fundos para beneficiar Uribe. Segundo o ex-paramilitar, o então candidato presidencial estava presente nesse evento, que reuniu centenas de milhões de pesos colombianos (moeda local) para a sua campanha. Ele acrescentou ainda que seu bloco das AUC foi responsável por fornecer as medidas de segurança necessárias para Uribe.

Em outro trecho da entrevista, Pablo Hernán Sierra conta que presenciou reuniões do comandante paramilitar Ernesto Báez com Luis Carlos Restrepo (conselheiro da Paz de Uribe). Desta mesma reunião participou um emissário do então governador de Valle del Cauca, Angelino Garzón (atual vice-presidente da Colômbia), além do senador Elmer Arenas, vários prefeitos e um bispo.

Sierra contou que o aval para que traficantes como "Los Mellizos" (em português, “os gêmeos”) fossem classificados como paramilitares não foi dado pelo Ministério da Defesa, mas por Restrepo, em troco de benefícios econômicos: “quem dava o aval não era o Ministério Defesa. Os integrantes desse ministério foram os mediadores, mas o aval foi dado por Luis Carlos Restrepo, e para que Luis Carlos Restrepo desse esse aval, beneficiou-se economicamente, isso não foi grátis", afirma Sierra.

Morte encomendada por Uribe

O ex-comandante da AUC revela que presenciou conversas a respeito da morte de Vicente Castaño, que teria sido assassinado como “um favor que Don Berna fez ao senhor Presidente Álvaro Uribe Vélez".

Vicente Castaño foi líder da AUC. Ele foi acusado de assassinar seu próprio irmão, Carlos Castaño, que fora líder do mesmo grupo. Vicente teria morrido em 17 de março de 2007 em uma propriedade localizada entre os municípios de Nechí, Antioquia e Ayapel; em Córdoba, no norte do país. As informações seriam de uma testemunha classificada pelo governo da Colômbia como de alta credibilidade.

Don Berna, ou Adolfo Paz, como é conhecido Diego Fernando Murillo Bejarano, assim como os demais, é ex-líder da AUC. Ele começou a trabalhar para o Cartel de Medellín e se tornou o braço paramilitar do grupo. Tornou-se o terceiro na cadeia de comando da AUC e um jogador-chave durante o processo de paz em Santa Fé de Ralito (Córdoba), entre sua organização e o governo da Colômbia, até que ele foi acusado por um tribunal de ser responsável pela morte de um deputado. Em seguida, ele escapou de Santa Fé de Ralito e se entregou às autoridades quatro dias depois.

Réu incofesso

O senador Luis Elmer Arenas admite que está sendo investigado pela Corte Suprema por manter relações com paramilitares e alega que as declarações contra si são parte de uma extorsão. Entretanto, negou-se a dar uma resposta oficial às perguntas feitas pela reportagem.

Esta não é a primeira revelação pública que vem à luz sobre os vínculos de Uribe e de seus seguidores políticos com o paramilitarismo. Durante o seu mandato, sucederam-se escândalos a respeito das ligações de parlamentares que fizeram parte do governo de coalizão com os grupos de extrema-direita, casos eufemisticamente conhecidos na Colômbia como "parapolítica".


Com apoio de vermelho.org

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O plano da OTAN é ocupar a Líbia

O petróleo se converteu na riqueza principal, nas mãos das grandes multinacionais ianques; através dessa energia dispuseram de um instrumento que acrescentou consideravelmente seu poder político no mundo. Foi sua arma principal quando quiseram liquidar facilmente a Revolução cubana, mal se promulgaram as primeiras leis justas e soberanas em nossa Pátria: privá-la do petróleo.

Alicerçada nessa fonte de energia teve seu desenvolvimento a civilização atual. A Venezuela foi a nação deste hemisfério que maior preço pagou. Os Estados Unidos se tornaram nos donos das enormes jazidas com as que a natureza dotou esse irmão país.

Ao finalizar a Segunda Guerra Mundial, começou a extrair maiores volumes de petróleo das jazidas do Irã, bem como das da Arábia Saudita, Iraque e os países árabes situados em torno destes países. Estes passaram a ser os fornecedores principais. O consumo mundial foi se elevando até a quantia fabulosa de aproximadamente 80 milhões de barris diários, incluídos os que são extraídos do território dos Estados Unidos, aos que posteriormente se somaram o gás, a energia hidráulica e a nuclear. Até começos do século 20, o carvão tinha sido a fonte fundamental de energia, que tornou possível o desenvolvimento industrial, antes que se produzissem bilhões de carros e de motores consumidores de combustível líquido.

O esbanjamento do petróleo e do gás é associado a uma das maiores tragédias, ainda não resolvido no absoluto, que a humanidade está sofrendo: a mudança climática.

Quando a nossa Revolução triunfou, Argélia, Líbia e Egito ainda não eram produtores de petróleo e boa parte das quantiosas reservas da Arábia Saudita, Irã, Iraque e os Emirados Árabes, ainda estavam por serem descobertas.

Em dezembro de 1951, Líbia se converteu no primeiro país africano a atingir a independência, depois da Segunda Guerra Mundial, tendo sido seu território palco de importantes combates entre as tropas alemãs e as do Reino Unido, que deram fama aos generais Erwin Rommel e Bernard L. Montgomery.

Mais de 95% do território líbio é desértico. A tecnologia permitiu descobrir importantes jazidas de petróleo leve, de excelente qualidade, que hoje atingem 1,8 milhão de barris diários e abundantes depósitos de gás natural. Essa riqueza lhe permitiu atingir uma expectativa de vida que chega quase aos 75 anos, e o mais alto ingresso per capita da África. Seu rigoroso deserto é situado acima de um enorme lago de água fóssil, equivalente a mais de três vezes a superfície de Cuba, questão que lhe permitiu construir uma ampla rede de tubagens condutoras de água doce que se estende pelo país todo.

A Líbia, que tinha um milhão de habitantes ao atingir a independência, hoje conta com algo mais de seis milhões.

A Revolução líbia teve lugar no mês de setembro do ano 1969. Seu líder principal foi Muammar al-Khadafi, militar de origem beduína, quem ainda muito jovem se inspirou nas ideias do líder egípcio Gamal Abdel Nasser. Sem dúvida, muitas de suas decisões estão associadas às mudanças que se produziram na altura em que, tal como no Egito, uma monarquia fraca e corrupta foi derrocada na Líbia.

Os habitantes desse país têm tradições guerreiras milenares. Fala-se que os antigos líbios fizeram parte do exército de Aníbal quando este esteve prestes a liquidar a antiga Roma com a força que cruzou os Alpes.

Pode-se ou não concordar com Khadafi. O mundo foi invadido por todo o tipo de notícias, empregando, especialmente, a mídia. Será preciso esperar o tempo necessário para conhecermos com rigor, o quanto há de verdade ou mentira. Ou uma mistura de fatos de todo tipo que, em meio do caos, se produziram na Líbia. O que para mim se torna evidente é que ao governo dos Estados Unidos não lhe preocupa minimamente a paz na Líbia e não vacilará na hora de dar à OTAN a ordem de invadir esse rico país, talvez em questão de horas ou em breves dias.

Aqueles que com pérfidas intenções inventaram a mentira de que Khadafi se dirigia à Venezuela, tal como fizeram na tarde de domingo 20 de fevereiro, receberam hoje uma digna resposta do ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, quando expressou textualmente que "fazia votos porque o povo líbio encontre, no exercício de sua soberania, uma solução pacífica a suas dificuldades, que preserve a integridade do povo e da nação líbia, sem a ingerência do imperialismo..."

Da minha parte, não imagino o líder líbio abandonando o país, eludindo as responsabilidades que lhe imputam, sejam ou não falsas em parte ou na totalidade.

Uma pessoa honesta sempre reagirá contra qualquer injustiça que seja cometida contra qualquer povo do mundo, e o pior disso, neste instante, seria guardar silêncio diante do crime que a OTAN se prepara para cometer contra o povo líbio.

A chefia dessa organização bélica quer fazê-lo com urgência. É preciso denunciar isso!


Fidel Castro Ruz

21 de fevereiro de 2011


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Há mais de 46 anos estão “matando” as FARC-EP


Fonte : ANNCOL

As mil e uma mortes do lendário comandante-em-chefe, Manuel Marulanda foram registrados na memória coletiva da luta do povo colombiano. Cada presidente, cada novo Ministro da Defesa tomava posse prometendo a morte de guerrilheiro heróico. Todos, sem exceção, anunciaram a nova morte de uma gloriosa declaração de vitória, acreditando que com sua morte também morreria a guerrilha marquetaliana. Mas todos fracassaram e em cada morte anunciada, e poucas horas depois desmentida, se esfumaçava a efêmera vitória do regime que sonhava em acabar com a resistência do povo em armas.

Chucky Santos, com o rosto iluminado com a volupia da morte, anuncia que estão perto do comandante Cano. Santos, sendo fiel à sua estirpe e dando uma linha de continuidade histórica ao sonho oligárquico, acredita que matando comandantes insurgentes acaba-se com a insurgência. A oligarquia acredita que matando comunistas acabam com as idéias comunistas, ou que matando pobres se acaba com a pobreza.

A oligarquia aprende. As FARC-EP não são um adversário conjuntural que aparece ou desaparece diante do primeiro revés militar ou contrincante efêmero, de acordo com o eterno desejo de marketing político. Não, as FARC-EP são um sujeito político incrustado na história recente e presente do povo colombiano. Apesar dos cantos de sereia da oligarquia, toda vez que esta se ve no espelho da sua própria barbárie, encontrará um insurgente fariano que lhes lembrará, como em um eterno retorno, que o povo colombiano pede justiça social, democracia, reforma agrária.

O sonho da oligarquia está em contradição com as aspirações do povo colombiano. Chucky Santos fala como se fosse o portador da imortalidade. Ele esquece que as oligarquias também morrem, os regimes excludentes e despóticos caem no dia em que o povo sentir vontade.

As FARC-EP têm demonstrado que a sua bússola é a dialética e que compreendem que a história é feita por homens sob condições que não controlam, a insurgência colombiana sabe que enfrenta uma oligarquia mafiosa e criminosa, arrogante diante do povo e submissa-lacaia diante dos seus amos do Norte. As FARC-EP, como a matéria, não se destrói, se transforma, se adapta, aprendem e voltam a aprender para que o sonho oligárquico continue sem ser realidade.

“Não temos pressa”, dizia o velho Marulanda em uma entrevista, pode ser em dez, vinte ou cinqüenta anos, “se não for-mos nós mesmos, são todos esses rapazes que estão ali”, disse apontando para a guerrillera, que em posição de continência confirmou que o nosso sonho não está à venda.

A paz com justiça social é possível, lutemos por ela, No 11.

A seguir os resultados dos enfrentamentos entre as FARC-EP e as Forças Militares da Colômbia do 11 ao 18 de fevereiro de 2011, segundo os meios de comunicação nacionais e internacionais.

Mais uma semana e os combates aumentam, o número de mortos das partes enfrentadas é preocupante, nenhum colombiano com um mínimo de sensibiliadade social pode permanecer tranqüilo diante essa situação. É urgente que as partes enfrentadas em uma mesa de diálogo busquem uma solução política ao conflito que ensangüenta o país.

11/02: FARC combaten contra os paramilitares do bando chamado “los rastrojos” no estado do Cauca: 13 mortos.

http://www.caracol.com.co/

13/02: FARC entregam a Piedad Córdoba outro prisioneiro de guerra, o policial Carlos Alberto Ocampo.

http://www.informador.com.mx

14/02: Ataque das FARC ao Exército em Tibú, Norte de Santander: ao menos 2 soldados mortos.

http://www.radionacionaldecolombia.gov.co

14/02: Emboscada das FARC com explossivos à patrulha da Armada perto de Puerto Leguízamo, estado do Putumayo: pelo menos 2 militares mortos, 4 feridos e vários desaparecidos.

http://www.diariohoy.net

15/02: Morrem 6 guerrilheiros das FARC em combates com o Exército no estado de Caldas.

http://www.europapress.es

16/02: Ataque das FARC contra uma barreira policial em Ituango, estado de Antioquia: 1 praça ferido.

http://www.rcnradio.com/

16/02: As FARC entregaram a Piedad Córdoba o major da Polícia, Guillermo Solórzano, e ao cabo do Exército, Salín Sanmiguel.

http://www.andina.com.pe/

16/02: Ataque das FARC à Polícia em Quibdó, capital do estado de Chocó: 2 uniformizados mortos.

http://www.caracol.com.co

18/02: Durissimos combates entre as FARC e tropas da contra-guerrilha do Exército no Cañón de las Hermosas, estado do Tolima: pelo menos 6 militares feridos.

http://www.elintransigente.com

18/02: Piedad Córdoba anuncia a iminente difusão de uma carta do Comandante em Chefe das FARC, Alfonso Cano, sobre possíveis soluções políticas para conflito social e armado colombiano.

http://noticias.univision.com

Las FARC realizaram a entrega unilateral de seis prisioneiros de guerra à Senadora Piedad Córdoba. Dessa forma seis famílias tiveram a felicidade de se re-encontrar com seus seres queridos.

Porém, a resposta do governo não foi a melhor. Pior ainda a atitude dos grandes meios de comunicação, que em lugar de apoiar a entrega unilateral desses cidadãos, se dedicaram (como sempre) a desrespeitar a guerrilha. Por su parte o governo intensificou os operativos militares. E uma pergunta fica no ar: A quem beneficia a guerra?

A propósito das Bases Militares na Colômbia

Apesar do falho da Corte Suprema, Estados Unidos continua instalando bases militares.


Em Leticia, capital do estado de Amazonas, na Colômbia, sediada na fronteira com Brasil está sendo construída uma Base para as Forças Armadas.


A população manifesta que essa Base será utilizada também pelo Exército dos Estados Unidos.


Na área onde está sendo construída têm destruído casas e plantios, ademais, os indígenas e os camponeses estão sendo enxotados de suas terras.


É uma situação difícil, que foi constatada em dezembro passado por um grupo de estudantes da Universidade Nacional, sede Leticia.


Salima Cure

estudante universitária.


Fonte: Comitê de Solidariedade ao Povo Colombiano.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

ALBA CONDENA REPETIDA INGERÊNCIA DE INSULZA EM ASSUNTOS INTERNOS VENEZUELANOS



fonte: TeleSUR

A Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), condenou neste sábado a atitude do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que repetidamente tenta interferir nos assuntos internos da Venezuela. Mais recentemente, em uma greve estudantil liderada por estudantes da direita.

Através de um comunicado, a organização multiestatal expressou que observa “com perplexidade como o Secretário Geral da OEA utiliza sua função parar contribuir com a estratégia de uma minoria política venezuelana, que insiste em negar a existência de institucionalidade democrática na Venezuela”.

Nesse sentido, a ALBA reiterou que “a Secretaria-Geral de uma organização internacional regional é uma instituição a serviço dos Estados-Membros e, de nenhuma maneira, um árbitro ou tribunal no qual devem se tratar assuntos da vida política interna”, e portanto, convoca a Insulza a se manter à margem dos assuntos que as nações, de forma soberana e independente, podem resolver internamente.

“Os países membros da ALBA, e especialmente aqueles que também são membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), exigimos ao Secretário-Geral da OEA que cesse seus ataques contra o governo venezuelano e que respeite a institucionalidade democrática da Venezuela”, diz o texto.

Por sua vez, o organismo também exortou aos demais países do bloco para reagir “diante o que constitui um retrocesso perigoso para os tempos em que a OEA foi instrumento do intervencionismo e do colonialismo em nosso continente”.

A declaração ocorre no contexto de declarações pronunciadas nesta sexta-feira por Insulza que, embora disse que “nunca interviria nos assuntos internos da Venezuela”, também admitiu que “muitas vezes” solicitou permissão para visitar o país sulamericano por causa dos protestos de 13 estudantes.

Diante estas declarações, o chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, afirmou que nunca recebeu tais solicitações e também reiterou que a greve de fome realizada pelos estudantes, “não é um assunto internacional, mas uma questão que deve ser resolvida na Venezuela”.

“Se (José Miguel) Insulza (secretário da Organização dos Estados Americanos, OEA) tivesse que resolver todas as reivindicações que fazem os estudantes, trabalhadores ou professores, de um ou outro setor seria impossível. Estes são assuntos internos que os venezuelanos devem resolver”, declarou o chanceler.

Por seu turno, o embaixador da Venezuela na OEA, Roy Chaderton, em entrevista exclusiva para TeleSUR, também criticou Insulza e afirmou que “o Governo Bolivariano continua chamando os 13 estudantes para o diálogo” para resolver o conflito da greve pelos canais internos.

“Nós não estamos falando de conflitos ou disputas, mas de coisas que estão sendo feitas pelos canais internos, a participação da OEA não teria cabimento”, disse ele.

Segundo os manifestantes, esta greve visa defender os direitos de políticos, entre os quais Jose “Mazuco” Sánchez, que foi condenado por suas ligações com o assassinato de um funcionário da Direção de Inteligência Militar (DIM), e a ex-Juíza Maria Lourdes Afiuni, processada por crimes de corrupção passiva, abuso de poder, facilitação para a evasão e conspiração.

O grupo de ativistas de extrema-direita Juventude Ativa Venezuela Unida (Javu), que coordena os protestos, foi acusado de provocar atos de violência em várias passeatas convocadas pelos grupos conservadores venezuelanos.

Nesta quinta-feira, os dirigentes da greve se reuniram com autoridades governamentais para discutir o caso e, embora não se especificaram os pontos discutidos, o ministro do Interior e Justiça, Tarek El Aissami, disse que a reunião foi muito positiva.

“Vamos manter uma comunicação direta com estes jovens”, e ratificou a vontade de diálogo por parte do governo venezuelano.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FARC-EP libertou de forma unilateral seis prisioneiros de guerra em homenagem e desagravo a Piedad Córdoba.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo -FARC-EP- libertaram, em uma semana, seis prisioneiros de guerra que foram entregues em diversas regiões do país a Piedad Córdoba, presidenta do Movimento Colombianas e Colombianos pela Paz e aos representantes da Cruz Vermelha Internacional.


Essa libertação, sem contraprestação alguma, pode ser considerada como um gesto claro por parte desse Movimento Guerrilheiro, que indique sua vontade política de buscar um diálogo de cara ao país, que abra as comportas a um Acordo de Paz justo e duradouro.


O Brasil, mais uma vez, participou diretamente na libertação de prisioneiros de guerra na Colômbia, com uma equipe de 22 militares e dois helicópteros do Exército.


Piedad (na foto fala com Fidel Castro) foi injustamente afastada de seu cargo de Senadora pelo governo. Ela tem lutado e continua lutando pela solução política do conflito. A Paz com justiça social é sua principal bandeira de luta.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os guerrilheiros capturados vivos são torturados e assassinados com crueldade pelo Exército



Fonte: Tribuna Popular

Em 22 de janeiro passado, tropas da Terceira Divisão do Exército e unidades “especiais” da Divisão Aerotransportada, tentaram cercar uma posição nossa, no município de Caloto, norte do departamento de Cauca.

Nessa operação, as tropas governamentais capturaram a camarada Jennifer, uma jovem e aguerrida indígena da etnia Páez, que militava há anos nas fileiras guerrilheiras e que estava ferida.

Os chamados “heróis da pátria” do exército, A TORTURAM até a morte, esfaquearam seu belo rosto e seu peito rebelde como as montanhas de Cauca e tentaram cortar sua língua – como querendo silenciar os gritos de justiça do povo. Assim o confirmam os sinais de humilhação que encontramos em seu corpo quando, no meio dos combates, conseguimos recuperar.

Também confirmam os fatos os depoimentos de moradores da zona que viram a brutalidade com que os soldados tratam os combatentes feridos em combate.

Essa é a essência das Forças Militares que se acostumaram a atropelar o povo, defendendo os interesses dos ricos e dos seus mestres do norte.

As tropas oficiais se encontraram com a resistência de guerrilheiros e guerrilheiras, que com menos tecnologia e meios técnicos, mas com o moral de combate elevado, reagiram conseguindo resgatar os corpos de dois guerrilheiros mortos e expulsando os soldados do local, causando-lhes grande números de baixas, como mostrado no seguinte boletim de guerra:


Boletim de guerra:

22 jan 2011

Às 05h30, forças especiais da Terceira Brigada do Exército colombiano, combinadas com um pelotão de assalto da Força Aérea, composto de oito helicópteros, metralharam e desembarcaram soldados em um acampamento, localidade de Los Chorros, município de Caloto, departamento de Cauca, onde ocorreram combates terrestres que resultaram em:

Baixas inimigas: 16 soldados mortos, incluindo um capitão, um tenente e um sargento, além de seis feridos.

Combateu-se com a Força Aérea durante 12 horas, deixando quatro helicópteros danificados; O combate se deu contra helicópteros armados, dois aeronaves ‘Marrano’, dois Tucanos e dois caças Kfir; o reforço desembarcou nas localidades de Porvenir e Guatada.
Baixas próprias: uma guerrilheira e um guerrilheiro foram mortos; um guerrilheiro capturado.

Material perdido: três fuzis e um rádio HF.

Material recuperado: um fuzil de assalto R-15 com mira telescópica.

Nota: - O exército fuzilou um morador local, que foi vestido com roupas camufladas para fazê-lo passar como guerrilheiro.

- A guerrilheira morta foi capturada viva, torturada e posteriormente assassinada.

Da nossa parte, não renunciaremos, ficaremos firmes na luta pela Nova Colômbia, com o moral revolucionário alto e o compromisso sincero para com uma paz justa e o bem-estar das maiorias.

PELOS NOSSOS MORTOS, NEM UM MINUTO DE SILÊNCIO, MAS TODA UMA VIDA DE COMBATE!!!

JURAMOS VENCER E VENCEREMOS!!!


Sexto Frente Hernando Gonzales Acosta

Montanhas de Cauca

Fevereiro, 2011

A rebelião revolucionária no Egito

Após 18 dias de uma dura batalha, o povo egípcio conquistou um objetivo importante: derrubar o principal aliado dos Estados Unidos no seio dos países árabes. Mubarak oprimia a saqueava seu próprio povo, era inimigo dos palestinos e cúmplice de Israel, a sexta potência nuclear do planeta, associada ao belicoso grupo da Otan.

As Forças Armadas do Egito, sob a direção de Gamal Abdel Nasser, havia lançado pela janela um rei submisso e criado a república que, com o apoio da União Soviética, defendeu sua pátria da invasão franco-britânica e israelense de 1956 e preservou a posse do Canal de Suez e a independência de sua nação milenar.

O Egito possui por isso um prestígio bastante elevado no Terceiro Mundo. Nasser era conhecido como um dos líderes mais destacado do Movimento de Países Não Alinhados, tendo participado de sua criação junto a outros conhecidos dirigentes da Ásia, África e Oceania, que lutavam pela libertação nacional e pela independência política e econômica das antigas colônias.

O Egito sempre gozou do apoio e do respeito de tal organização internacional, que reúne mais de cem países. Precisamente neste momento, o país preside o movimento pelo período que lhe corresponde de três anos. O apoio de muitos de seus membros à luta que seu povo realiza hoje não tardará a chegar.

Que significado tiveram os Acordos de Camp David e porque o heróico povo da Palestina defende de forma tão árdua seus direitos mais vitais?

Em Camp David — com a mediação do então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter —, Anwar el Sadat, então presidente do Egito e o primeiro ministro de Israel Menahem Begin assinaram os famosos acordos entre o Egito e Israel.

Conta-se que participaram de conversações secretas durante 12 dias e em 17 de setembro de 1978 assinaram dois acordos importantes: um referido à paz entre Egito e Israel e outro relacionado com a criação de um território autônomo na Faixa de Gaza e Cisjordânia, onde Sadat pensava — e Israel conheci e compartilhava da ideia — que seria a sede do Estado Palestino, cuja existência, assim como a do Estado de Israel, a Organização das Nações Unidas determinou em 29 de novembro de 1947, no que era o então mandato britânico da Palestina.

Após árduas e complexas negociações, Israel aceitou retirar suas tropas do território egípcio do Sinai, embora tenha rechaçado categoricamente a participação naquela negociação de paz dos representantes da Palestina.

Como produto do primeiro acordo, no prazo de um ano Israel reintegrou o território do Sinai ao Egito, ocupado em uma das guerras árabe-israelenses.

Por causa do segundo, ambas as partes se comprometiam a negociar a criação do regime autônomo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A primeira compreendia um território de 5.640 quilômetros quadrados e 2,1 milhões de habitantes. A segunda, 360 km² e 1,5 milhão de habitantes.

Os países árabes se indignaram com aquele acordo que, como julgavam, o Egito não tinha defendido com suficiente firmeza e energia um Estado Palestino, cujo direito a existir havia sido centro as lutas livradas durante décadas pelos estados árabes.

A reação foi tão indignada que chegou ao extremo de romperem relações com o Egito. Dessa forma, a Resolução das Nações Unidas de novembro de 1947 foi apagada do mapa. A entidade autônoma jamais foi criada e assim se privava aos palestinos do direito de existir como estado independente, do qual se deriva a interminável tragédia que se vive e que deveria ter sido solucionada há mais de três décadas.

A população árabe da Palestina é vítima de ações genocidas: as suas terras são roubadas ou, nas regiões desérticas, privadas de água e as casas são destruídas com escavadeiras. Na faixa de Gaza, um milhão e meio de pessoas são sistematicamente atacadas com projéteis explosivos, fósforo e as conhecidas granadas de fragmentação. O território da Faixa de Gaza está bloqueado por terra, ar e mar. Por que se fala tanto dos acordos de Camp David e não se menciona a Palestina?

Os Estados Unidos fornecem anualmente os armamentos mais modernos e sofisticados para Israel, pelo valor de bilhões de dólares. O Egito, um país árabe, foi convertido no segundo receptor de armas americanas. Para lutar contra quem? Contra outro país árabe? Contra o próprio povo egípcio?

Quando a população exigia respeito por seus direitos mais elementares e a renúncia de um presidente cuja política consistia em explorar e saquear seu próprio povo, as forças repressoras treinadas pelos Estados Unidos não vacilaram em disparar contra ela, matando centenas de pessoas e ferindo milhares.

Quando o povo egípcio esperava explicações do governo de seu próprio país, as respostas vinham de altos funcionários dos órgãos de inteligência ou do governo dos Estados Unidos, sem respeito algum para com os funcionários egípcios.

Por acaso os dirigentes dos Estados Unidos e seus órgãos de inteligência não conheciam uma só palavra dos colossais roubos do governo de Mubarak?

Antes de que o povo protestasse em massa na praça Tahrir, nem os funcionários do governo, nem os órgãos de inteligência dos Estados Unidos diziam uma só palavra sobre os privilégios e roubos descarados de bilhões de dólares.

Seria um erro imaginar que o movimento popular revolucionário no Egito obedece teoricamente a uma reação contra as violações de seus direitos mais elementares. Os povos não desafiam a repressão e a morte nem permanecem noites inteiras protestando com energia por questões simplesmente formais. Eles fazem isso quando seus direitos legais e materiais são sacrificados sem piedade de acordo com as exigências insaciáveis de políticos corruptos e dos círculos nacionais e internacionais que saqueiam o país.

O índice de pobreza afetava a imensa maioria de um povo combativo, jovem e patriótico, agredido em sua dignidade, sua cultura e suas crenças.

Como poderiam ser conciliadas o aumento incessante dos preços dos alimentos com as dezenas de bilhões de dólares que são atribuídos ao presidente Mubarak, aos setores privilegiados do governo e da sociedade?

Não basta agora que sejam conhecidos os números da fortuna, é necessário exigir que ela seja devolvida ao país.

Obama está afetado pelos acontecimentos egípcios, age ou parece agir como dono do planeta. A questão do Egito parece ser assunto seu. Não para de falar com líderes de outros países.

A agência efe, por exemplo, informa: “... falou com o primeiro ministro britânico, David Cameron; o rei Abdalá II da Jordânia e com o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, islâmico moderado".

"... o governante dos Estados Unidos avaliou a 'mudança histórica' que impeliu os egípcios e reafirmou sua admiração pelos seus esforços...".

A principal agência de informação americana, AP, transmite declarações dignas de atenção:

"Os Estados Unidos pede governantes no Oriente Médio com inclinação ocidental, amistosos com Israel e dispostos a cooperar com a luta contra o extremismo islâmico, ao mesmo tempo que protejam os direitos humanos".

"…Barack Obama defende uma lista de requisitos ideais impossíveis de satisfazer após a queda dos aliados de Washington no Egito e na Tunísia em revoltas populares que, segundo especialistas, se propagarão na região".

"Não existe perfil com esse currículo de sonho e é muito difícil que apareça um pronto. Em parte se deve a que, nos últimos 40 anos, os Estados Unidos sacrificaram os ideais nobres dos direitos humanos, que tanto defendem, em troca da estabilidade, a continuidade e o petróleo em uma das regiões mais voláteis do mundo".

" 'O Egito não voltará a ser o mesmo', disse Obama na última sexta-feira, depois que celebrou a saída de Hosni Mubarak".

"Mediante seus protestos pacíficos, os egípcios 'transformaram seu país e o mundo'", disse Obama.

"Enquanto ainda persiste o nervosismo entre vários governos árabes, as elites encasteladas no Egito e na Tunísia não deram sinais de que estejam dispostas a ceder poder nem a vasta influência econômica que tiveram".

"O governo de Obama insistiu que a mudança não deveria ser de 'personalidades'. O governo americano tomou essa posição desde que o presidente Zine el Abidine Ben Ali fugiu em janeiro de Túnis, um dia depois que a secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, advertisse os governantes árabes em um discurso no Catar que sem uma reforma, os alicerces de seus países 'afundariam na areia'".

As pessoas não se mostraram muito dóceis na Praça Tahrir.

A Europa Press narra:

"Milhares de manifestantes chegaram à praça Tahrir, o epicentro das mobilizações que provocaram a renúncia do presidente do país, Hosni Mubarak, para reforçar os que continuam no local, apesar das tentativas da Polícia Militar de desalojá-las, segundo informou a cadeia britânica BBC."

"O correspondente da BBC que estava na praça cairota assegurou que o Exército está demonstrando indecisão diante da chegada de novos manifestantes..."

"O 'núcleo duro' (...) está situado em uma das esquinas da praça. (...) decidiram permanecer na Tahrir (...) para assegurar-se que todas as suas exigências sejam cumpridas".

Independente do que ocorra com o Egito, um dos problemas mais graves que enfrenta o imperialismo nesse instante é o déficit de cereais, que abordei na Reflexão de 19 de janeiro.

Os Estados Unidos emprega uma parte importante do milho que cultiva e um alto índice de sua colheita de soja para a produção de biocombustíveis. A Europa, por sua vez, emprega milhões de hectares de terra com essa finalidade.

Por outro lado, como consequência da mudança climática originada fundamentalmente pelos países desenvolvidos e ricos, está se criando um déficit de água doce e alimentos incompatível com o crescimento da população, a um ritmo que a conduziria a 9 bilhões de habitantes em apenas 30 anos, sem que a Organização das Nações Unidas e os governos mais influentes do planeta, depois das fracassadas reuniões de Copenhague e Cancun, tenham advertido e informado o mundo dessa situação.

Apoiamos o povo egípcio e sua valente luta por seus direitos políticos e pela justiça social.

Não estamos contra o povo de Israel, estamos contra o genocídio do povo palestino e a favor de seu direito a um Estado Independente.

Não somos a favor da guerra, mas sim a favor da paz entre todos os povos.

Fidel Castro Ruz, Havana, 21h14 de 13 de fevereiro de 2011


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CHOCADOS? DE TOLIMA A CAUCA SÃO POUCOS MINUTOS!



ANNCOL Telesur / - MM

O representante do Governo da Colômbia, Eduardo Pizarro, anunciou que nesta segunda-feira será quando se tomará uma decisão sobre a liberação de Salim Sanmiguel e Guillermo Solórzano, depois de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) forneceram coordenadas erradas sobre a localização de os reféns.

“O governo nacional cumpriu, não atuo militarmente, nem houve missões aéreas, facilitou todo o trabalho necessário para a libertação destes colombianos”, disse Pizarro.

Sabe-se lá quantas agências de inteligência foram deslocadas para essas áreas, bastiões históricos das FARC, que sem dúvida são os que melhor conhecem a atitude trapaceira de Bogotá.

Segundo o representante do Executivo, o grupo armado entregou coordenadas diferente do lugar onde se encontravam Sanmiguel e Solórzano e, quando a caravana humanitária chegou eles não estavam lá, pois tinham sido transferidos para o departamento de Cauca (sudoeste).

“Apesar do cumprimento do Governo Nacional, as FARC cometeram um ato que nos choca, hoje as FARC entregaram coordenadas no departamento de Tolima (centro), os helicópteros foram para este lugar e acontece que, supostamente, não se encontravam no departamento de Tolima, mas no departamento de Cauca”.

“Essa conduta das FARC nos causou surprsa, ficamos incomodados e nos preocupa muito”, acrescentou Pizarro.

Diante a situação, o Governo Nacional vai avaliar, nesta segunda-feira, que aconteceu no processo deste domingo, e só então tomará uma decisão a respeito.

“O Governo Nacional vai avaliar o que aconteceu com todas as pessoas que participaram neste processo frustrado e amanhã tomará uma decisão sobre as futuras libertações”, disse.

Em uma breve declaração da capital do país, Bogotá, Pizarro informou que, nesta segunda-feira, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) lhe entregará, para sua avaliação, os dados de uma nova área para concretizar a libertação dos uniformados, que poderia ser no departamento de Cauca.

“Amanhã, o CICV vai entregar ao Governo as coordenadas de uma nova área que pode ser no departamento de Cauca e será avaliado”, enfatizou.

“Em primeiro lugar, o Governo tem cumprido o acordo. Em segundo lugar, chama a atenção o não cumprimento das FARC e o terceiro é que o Governo está comprometido e amanhã avaliará e tomará decisões sobre isso”, concluiu.

Por outro lado, a defensora dos direitos humanos, Piedad Córdoba, através do seu Twitter disse: “Não vou dar declarações, o Governo Nacional de Juan Manuel Santos explicará os fatos. Estou certa de que em breve os veremos livres”.

Minutos antes, Córdoba tinha postado: “Obrigado amigos por ser tão pacientes e compreensivos com as últimas libertações, em relação aos canais regulares será declarado desde o âmbito oficial”.

ALTO COMANDO MILITAR EGÍPCIO TEM SEDE EM WASHINGTON

Por Laerte Braga


O marechal Mohamed Hussein Tantawi, presidente do Supremo Conselho Militar do Egito e sucessor de Hosni Mubarak é parte da brutal ditadura contra a qual os egípcios se levantaram e obedece a Washington.

O ex-ditador não renunciou à “presidência da república”. Nem ele e nem o general Omar Suleiman, o “vice-presidente”. Na quinta-feira Mubarak discursou em rede nacional de televisão dizendo que permaneceria no poder até as eleições de setembro e na sexta, surpreendendo aos próprios revoltosos deixou o poder.

Entre quinta e sexta-feira o marechal Tantawi conversou cinco vezes por telefone com o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates. A última conversa foi após o pronunciamento de Mubarak e Gates disse ao marechal Tantawi que para manter a “ordem” e evitar o “caos” era necessário que Mubarak e Suleiman saíssem.

Quando se extrai um tumor maligno, ou a cirurgia remove o tumor e seu entorno, ou o tumor permanece vivo. Nada muda, apenas a sensação de mudança. É o que está acontecendo no Egito.

O governo provisório (pelo menos por enquanto, pode virar definitivo) vai afrouxar aqui e ali, mas só nos adereços, e as mudanças pretendidas pelos egípcios vai depender das ruas e da oficialidade jovem das forças armadas, fator decisivo na decisão dos EUA que determinaram ao marechal Tantawi o afastamento de Mubarak e Suleiman.

O alto comando militar egípcio tem sede em Washington e os velhos generais e marechais que comandam as forças armadas não diferem em nada de Hosni Mubarak, ele próprio, um marechal.

De uma certa forma o que vai acontecer é uma incógnita. Os próximos dias serão decisivos para a luta popular e a oficialidade jovem (muitos aderiram aos rebeldes na Praça da Libertação e isso foi vital para a decisão dos norte-americanos, o temor de uma rebelião dentro das forças armadas, o medo de perder o controle).

E transcendem ao Egito. Manifestações contra o governo ditatorial da Argélia estão sendo reprimidas de maneira violenta pela ditadura naquele país. No Iêmen o povo se levanta contra o governo e há indícios claros de insatisfação na Jordânia.

Chegam até a Israel, onde parte da população começa a perceber que os governos que sucederam a Rabin (assassinado por um fanático judeu logo após o acordo de paz assinado com Yasser Arafat) têm um caráter ditatorial e colocam em risco a segurança do país. Em Tel Aviv já acontecem manifestações pela paz com os palestinos, tanto quanto, líderes de movimentos de direitos humanos e pela paz são presos e condenados. Silenciados.

Se você acerta um lobo com um golpe não fatal o lobo se torna muito mais perigoso e apavorante que antes do golpe. É o caso dos EUA e toda a sua extensa rede de terror espalhada pelo mundo.

Imerso numa crise na qual se percebe o declínio do império, escora-se num arsenal bélico capaz de destruir o mundo quantas vezes for preciso para manter a democracia cristã e ocidental do deus mercado.

Não é uma nação, apenas um conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. E cada vez mais os norte-americanos vão se revelando um povo doente e fanático em sua imensa maioria.

Em Bruxelas, Bélgica, discutem um sistema antimísseis que cria um escudo protetor em toda a Europa e pretendem obter a concordância da Rússia, vale dizer, sua capitulação à OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE – braço terrorista do conglomerado na Europa.

A ressurreição do nazismo foi anunciada pelo primeiro-ministro da principal colônia do conglomerado no velho mundo, David Cameron. Falou em fim do multiculturalismo. A existência, coexistência e convivência entre diferentes. Pacífica e harmoniosa.

O que se viu na Praça da Libertação foi um povo sem preconceitos, cristãos e muçulmanos lutando e rezando em comum pelo fim da barbárie.

E a barbárie está em Washington, em Tel Aviv, em países árabes governados por ditadores, na Europa colonizada e cercada de bases militares do conglomerado terrorista por todos os lados.

Neste sábado, em Roma e várias cidades italianas, milhares de cidadãos vão às ruas para mostrar sua indignação com o primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, uma reedição esfarrapada do Duce. A grande chacota do mundo, mas que cumpre à risca o papel que lhe cabe nesse espetáculo determinado pelos EUA. Não por outra razão é um dos donos de um império midiático.

Quem pensa que GLOBO, FOLHA, VEJA, etc. existem só no Brasil se engana. Os terroristas do conglomerado, desde a derrota militar no Vietnã aperfeiçoaram e aumentaram o controle da mídia em quase todos os países do mundo. É o arsenal da mentira repetida à exaustão até que vire “verdade”.

Em Argel o ditador colocou nas ruas policiais (via de regra recrutados entre assassinos como fazia Mubarak) e militares (que em quase todo o mundo, Brasil inclusive, se atribuem o monopólio do patriotismo na versão de Samuel Jackson, “o último refúgio dos canalhas.”

O Comitê de Segurança Nacional da Câmara de Deputados do conglomerado EUA/ISAREL TERRORISMO S/A, numa audiência na quarta-feira, nove de fevereiro, deu seu aval à ordem do presidente branco – disfarçado de negro – Barack Obama, para que o imã Anwar al-Awlaki, seja assassinado pelos “serviços secretos”. É acusado de pertencer a Al Qaeda e ser “mais perigoso que Osama bin Laden.

O imã nasceu no Novo México, nos EUA, é filho do atual ministro da Agricultura do Iêmen e acusado de vários “crimes de terrrorismo”. O espírito democrático, cristão e ocidental de Obama entende que deva ser assassinado em nome da liberdade e outras coisas mais, no fundo, para não atrapalhar os “negócios”.

O deus mercado exige sacrifício de mortais comuns que se oponham ao uso de tênis de marca, ao consumo de sanduíches Mcdonalds, se recusem a assistir as tevês do grande irmão, ou ouvir a suas rádios e ler seus jornais e revistas. A aceitar a ordem suprema e despirem-se da condição de humanos. Mortos vivos.
O que egípcios – cristãos e muçulmanos – mostraram ao mundo é que é possível sair da escuridão e enxergar o sol. É claro que a luta não termina na saída de Mubarak, é mais ampla e estende-se às nações de todo o mundo.

No terceiro dia do julgamento do pedido de extradição de Julian Assange feito pela antiga Suécia – importante base do conglomerado na Europa – o juiz Howard Ridlle pediu mais tempo para decidir se aceita ou não o pedido.

A falta de provas dos crimes imputados a Assange, responsável por revelar através do WIKILEAKS toda a podridão e terror do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, deve ter sido o motivo. Vão tentar encontrar formas de entregar Assange a Suécia para que no curso normal de uma ação criminosa ele possa ser levado aos EUA e julgado. Corre o risco da pena de morte. De qualquer forma, para extraditá-lo vão precisar de muitos coelhos e muitas cartolas.

O último ministro das Relações Exteriores do Brasil (o atual é funcionário do Departamento de Estado do conglomerado), Celso Amorim, em entrevista telefônica a CARTA MAIOR – mídia limpa, sadia – afirmou que “as revoluções populares que o mundo assiste agora especialmente na Tunísia e no Egito, acontecem em países considerados amigos do Ocidente que não eram alvo de nenhum tipo de sanção por parte da comunidade internacional”. E fulminou – “isso mostra que a posição daqueles que defendem sanções contra o Irã é equivocada”.

O que chamam de chanceler brasileiro atualmente, Antônio Patriota, prepara-se para um encontro com Hilary Clinton no dia vinte e três. Vai sem sapatos e submisso, doido para ganhar uma cadeira permanente num conselho denominado de segurança. A instância maior das Nações Unidas, onde cinco países têm o direito de veto a qualquer proposta que contrarie seus interesses.

Quer o status e o direito de dizer amém.

Mohamed Hussein Tantawi, o marechal egípcio que assumiu o governo daquele país é só um nome. Poderia ser David Cameron, Sílvio Berlusconi, o primeiro-ministro sueco, Antônio Patriota, poderia ser José Sarney, por exemplo, que guarda com Hosni Mubarak e Omar Suleiman os mesmos cabelos pintados, provavelmente com tintura importada/doada pelo conglomerado (percepção do deputado Chico Alencar).

É por aí que o Egito e os egípcios transcendem a si próprios e se estendem por todo o mundo.

A luta pela sobrevivência do ser humano não será ganha em shoppings e nem diante da telinha inebriado com o BBB. Mas nas praças e ainda não terminou para os egípcios e nem começou para muitos povos.

É de sobrevivência. A suástica está em marcha, viva e feroz, no conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, no discurso de David Cameron, um dos porta-vozes da barbárie.

Por trás daquele discurso vazio e sem sentido de Obama na sexta-feira após a saída de Mubarak, o que existe de fato é o cinismo da estupidez e da violência do conglomerado. Palavras ocas para fora e ordens de assassinato para dentro.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

América Latina se une para enfrentar o império

Em quase todos os países da América Latina, e também aqui no Brasil, houve celebrações, atos políticos e manifestações nas representações diplomáticas da Venezuela, comemorando os doze anos do fi m do neoliberalismo naquele país com a vitória eleitoral de Hugo Chávez e a derrota do governo repressor de Andrés Carlos Perez.

A vitória do desconhecido coronel da reserva Hugo Chávez não foi uma vitória pessoal ou fruto de marqueteiros de aluguel. Sua conquista foi o coroamento de diversas lutas sociais na Venezuela a partir do caracazo, em que a população se levantou contra o neoliberalismo e pagou o preço de milhares de mortos, número até hoje desconhecido.

Em outros países da América Latina, como aqui no Brasil, pipocaram centenas de lutas localizadas, algumas mais massivas e outras mais radicais, que vai desde as manifestações de Seatlle, o levantamento Zapatista, as realizações dos Fóruns Sociais Mundiais, às revoltas contra a privatização da água, energia elétrica etc. em quase todos países de nosso continente.

O resultado deste processo de resistência ao neoliberalismo se transformou em vitórias eleitorais, em que foram eleitos diversos governos antineoliberais e anti-imperialistas.

Chávez representa essa virada. A partir de sua vitória eleitoral e do processo que se iniciou na Venezuela, como a chamada revolução bolivariana, o povo daquele país passou a mobilizar-se permanentemente por um novo modelo de desenvolvimento, que resolva de fato seus problemas. E tivemos também mudanças signifi cativas em quase todos os países da América Latina.

O império estadunidense levou um susto e teve que recuar. Sofreu uma derrota política estratégica ao não conseguir impor o projeto da Alca, que submeteria nossas economias a seus interesses. Outras pequenas vitórias de nossos povos se seguiram.

Depois veio a crise do sistema capitalista, a partir de 2008, que abalou as bases da economia dos EUA. E, como consequência dessa crise, a vitória eleitoral de Obama, um político democrata, de origem afrodescente e com vínculos em lutas sociais de Chicago, que conseguiu derrotar a candidata do sistema Hilary Clinton.

Sua eleição despertou curiosidade e esperança entre os pobres dos EUA e entre as forças progressistas do continente.

Mas o tempo passou e as forças do capital foram retomando sua verdadeira cara. Na política externa, comandada pela derrotada Hilary Clinton, nenhuma mudança. Ao contrário: mais soldados no Afeganistão, no Haiti (apesar do terremoto), mais provocações em todo mundo a partir de suas basesmilitares.

Passada a expectativa, finalmente o presidente Obama retoma seu verdadeiro papel de coordenador político dos interesses econômicos do império e suas empresas.

Num discurso contundente, virulento e imperialista, no Congresso estadunidense, reafi rma perante a imprensa de todo mundo e seu povo a vontade política de recuperar os interesses do império estadunidense e de impor, a qualquer custo, seus interesses frente aos demais povos. Todo mundo deve seguir trabalhando, usando o dólar, para manter a melhoria e o bem-estar apenas dos que vivem nos EUA. As empresas dos Estados Unidos devem reassumir o controle dos mercados e a primazia sobre as demais empresas. O dólar deve continuar regendo os destinos do mundo. Eles usam a maquininha de pintar papel de dinheiro, e os povos do mundo se obrigam a curvar-se para pagar a conta.

Triste papel esse. Agora assumido formalmente.

E as consequências já começam a serem sentidas na tentativa de salvar o regime corrupto e ditatorial de Mubarak no Egito. Assim como tiveram a petulância de enviar o secretario do tesouro para pressionar a presidenta Dilma a fim de que se afaste da China, para que não tenha política externa independente e volte aos braços dos interesses estadunidenses.

Certamente, teremos ainda duros anos de luta pela frente. Pois o império começa a retomar a ofensiva, depois das derrotas sofridas com a ascensão de Chávez.

Felizmente a América Latina trata de unir-se cada vez mais para enfrentar o império. Já está marcada para a primeira semana de julho de 2011 a fundação, em Caracas, da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), que vai sepultar a OEA e reunir todos os países do continente com exceção dos EUA e Canadá. A Celac será um importantíssimo instrumento para enfrentar a sanha imperial de recolonizar o continente.

Fonte: Brasil de Fato