"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Cano: Uirbe é uma cabeça de ponte dos planos criminosos contra a Venezuela

ANNCOL

Afirma o Dirigente do Movimento Bolivariano, Alfonso Cano, em sua saudação ao Congresso da Coordenação Continental Bolivariana. “Álvaro Uribenão apenas justificou efusivamente a aventura no Iraque e abriu as fronteiras da Colômbia para as tropas gringas para que agissem militarmente contra a insurgência revolucionária, como se presta ao apel de ser cabeça de ponte dos criminosos e inaceitáveis planos de Washington contra a República da Venezuela”, destaca em sua missiva enviada para a ANNCOL.

A seguir a íntegra da saudação:

Os bolivarianos colombianos saudamos com entusiasmo a realização do Segundo Congresso da Coordenação Continental Bolivariana, como uma nova passagem na reflexão coletiva sobre as monumentais contribuições do Libertador à luta pela soberania de nossos povos e sua vigência no contexto atual e que, certamente, produzirá diretrizes continentais para as ações antiimperialistas e por justiça social, nos objetivos de construir a Pátria Grande que desate integralmente o potencial latino-americano e caribenho em benefício dos mais amplos setores de nossa região.


O esforço que implica em tornar real este Segundo Congresso, será plenamente recompensado se dele conseguirmos extrair as verdades e ensinamentos que proporcionam as pequenas e as grandes lutas cotidianas de nossos povos por suas reivindicações econômicas, sociais e políticas no atual momento, marcado pela máxima pressão do capital sobre todos os que criam riquezas com seu trabalho, verdadeiros prelúdio de novas crises no ciclo da exploração capitalista que estamos obrigados a analisar e calibrar para orientar oportuna e acertadamente em benefício da causa popular.

O imperialismo norte-americano, principal inimigo de nossos povos, aumenta sua agressão. Ante a crescente atitude unitária que percorre a região, a Casa Branca estimula suas práticas neocoloniais buscando novos e mentirosos argumentos para a intervençãoapoiada em seus títeres, como Álvaro Uribe, que não apenas justificou efusivamente sua aventura no Iraque e lhe abriu as fronteiras para as tropas gringas para que agissem militarmente contra a insurgência revolucionária, mas que também se presta ao papel de ser cabeça de ponte dos criminosos e inaceitáveis planos de Washington contra a República da Venezuela.


O ideário bolivariano, transbordante de justiça social, patriótico, transparente no manejo da coisa pública e absolutamente conseqüente com uma prática que respalda sua concepção, é nosso guia para enfrentar a guerra total declarada contra o povo por aqueles que representam a filosofia e os interesses do grande capital e da fazenda feudal que sobrevive na Colômbia.


Estamos certos de que as grandes maiorias do país e do continente, nos encontraremos no pensamento de Bolívar, no de San Martín, no de Martí e no de tantos outros visionários da liberdade.

A partir das cordilheiras colombianas, recebam nossa saudação de compromisso bolivariano carregado de desejos pelos melhores êxitos do Segundo Congresso.

Até a vitória,
Alfonso Cano.

Pacocol/ANNCOL


A direção executiva nacional da Juventude Comunista Colombiana – JUCO – anunciou que acionará juridicamente a Revista SEMANA e exigirá dessa publicação uma retificação de uma informação tendenciosa em que se pretende envolver esta organização juvenil com a Socialista Noruega (SU, em sua sigla norueguesa), bem como outras organizações de colombianos exilados na Europa com atividades guerrilheiras.

Bogotá. A direção executiva nacional da Juventude Comunista Colombiana – JUCO – anunciou que acionará juridicamente a Revista SEMANA e exigirá dessa publicação uma retificação de uma informação tendenciosa em que se pretende envolver esta organização juvenil com a Socialista Noruega (SU, em sua sigla norueguesa), bem como outras organizações de colombianos exilados na Europa com atividades guerrilheiras.
Assim informou Claudia Florez, secretaria geral da organização de jovens comunistas, que expressou sua indignação pela nova enganação orquestrada por um meio de comunicação da família Santos, muito bem posicionada juntos às elites do poder.

O artigo intitulado “A frente européia das FARC”, publicado na edição nº 1346, diz textualmente: “também existem algumas organizações onde prevalece entre seus membros, o idealismo romântico, o mesmo que levou a Tanja Nijmeijer – a guerrilheira holandesa (ver quadro) – a unir-se as FARC. Um exemplo claro é a Juventude Socialista Norueguesa (SU, por sua sigla em norueguês). SU é criticada por ter um programa de intercâmbio estudantil com as Juventudes Comunistas da Colômbia (Juco). Essa organização enviou representantes que tomaram parte das chamadas ‘audiências preliminares’ das FARC na época de Caguán. Ali entraram em contato com a Juco. Desse momento em diante, se acusa a organização norueguesa e a colombiana de terem construído um ponte para o trânsito de europeus para a Colômbia e vice-versa, com o fim de apoiar as FARC.

…SEMANA visitou as instalações da SU e encontrou um grupo de jovens que dizem que seu único objetivo é trabalhar pela justiça social na Colômbia. Em conversa com SEMANA, a encarregada para a Colômbia da SU, uma norueguesa que atualmente escreve uma tese de mestrado sobre os jovens deslocados, explicou os propósitos de seu trabalho: ‘Nos consideramos agentes externos da situação colombiana, observadores; por esta razão, nosso papel é o de denunciantes: denunciamos assassinatos de estudantes universitários, denunciamos as ações das Águias Negras contra líderes estudantis e sindicais e condenamos os desatinos do processo de paz com os paramilitares’.” Isto, segundo Claudia Florez, é material mentiroso que busca desprestigiar as duas organizações juvenil e a deterioração das magníficas relações mantidas durante uma década.

O papel nefasto que exercem os meios massivos de comunicação, cujos interesses são os mesmos da direita oligárquica recalcitrante que governa a Colômbia, os leva a publicar este tipo de sandice, destaca a dirigente da Juventude Comunista.

Considera que é uma nova tentativa da direita que se expressa na Revista SEMANA, de desprestigiar as organizações juvenil e estudantis, especialmente nos dias que antecedem a grande marcha mundial em reconhecimento das vítimas do terrorismo de Estado, que terá lugar em diferentes cidades em 6 de março.

O artigo é parte da perseguição oficial contra a esquerda

Considera que isto está nos marcos de um novo ataque contra nossos quadros dirigentes e militantes. Esse artigo é perigoso, já que há poucos dias foi assassinado o companheiro Aliro Quiñónez na fronteira entre Arauca e o Estado de Apure. São vários os companheiros presos e deslocados. É a perseguição contra todos os membros da oposição que estão denunciando as barbáries do terrorismo de Estado e o fracasso da política de “Segurança Democrática” do presidente Álvaro Uribe Vélez. “É o prosseguimento das provocações e do extermínio contra o Partido Comunista Colombiano e a União Patriótica, essa política criminosa da direita não tem cessado na Colômbia”, afirmou Florez.

Esperamos que o comitê editorial tenha em conta os esclarecimentos e a exigência que faremos sobre a mencionada informação e que se inclua nossa retificação com o mesmo desdobramento que a fez o autor, Camilo Jiménez, suposto correspondente de SEMANA em Berlim.

Mas, se queremos deixar claro ante a opinião pública nacional e internacional, especialmente ante as organizações juvenil e estudantis do planeta, com as quais mantemos cordiais e frutíferas relações e ação pela justiça social e pelo acordo humanitário com a solução política do conflito colombiano, responsabilizamos ao governo do presidente Álvaro Uribe Vélez e aos membros da família Santos por qualquer situação que se possa apresentar contra a integridade física de nosso dirigentes e militantes no país, enfatizou.

A JUCO iniciou uma série de denúncias de todos os tipos sobre este caso, obtendo dos movimentos juvenis e da comunidade internacional a solidariedade e o respaldo ante o que qualificam como mais uma mostra do corte feitos às liberdades democráticas e a falta de garantias para os setores da oposição que se expressam a partir dos movimentos juvenil e universitário.

É inaceitável que os meios de comunicação como El Diario, El Tiempo e a revista SEMANA, publiquem trabalhos supostamente investigativos, sem apresentar as provas e se entreviste todas as fontes, menos a nós, que estamos abertos a expor nossas opiniões e pontos de vista, indicou Claudia Florez.

Lembrou que os porta-vozes da família Santos, a través do jornal El Tiempo, há alguns meses, publicaram outra informação mediante a qual se envolvia a JUCO como criadora da “Coluna Teofilo Forero das FARC” da qual exigimos que esclareça e se aponte as fontes, coisa que nunca fizeram.

Finalmente, destaca que a direção nacional da JUCO acredita que esta é uma manobra a mais, bem calculada pela inteligência militar, para diminuir o trabalho dos jovens revolucionários integrados no interior do Polo Democrático Alternativo – PDA.

Comunicado da Rádio Café Stéreo

Rádio Café Stéreo/ANNCOL



Por traz da publicação da Revista Semana de uma suposta investigação por seu “correspondente em Berlim”, intitulado “A Frente Européia das FARC”, e devido aos constantes ataques de que somos objeto pelos diferentes meios de desinformação colombianos feito por pseudo jornalistas a serviço da guerra e de funcionários do governo fascista, fazemos os seguintes esclarecimentos.

Essas acusações buscam pavimentar o caminho para fazer com que o governo sueco, de onde se transmite Rádio Café Etéreo, ordem o fechamento de nossa Rádio, criando um ambiente que dificulte nosso modesto trabalho de denúncia contra um regime narco-paramilitar que constrói um Terrorismo de Estado que deixou mais de 70 mil assassinados pelas forças militares-narco-paramilitares, por meio de massacres, desaparecimentos e execuções extra-judiciais.

Esse mesmo Governo, que tem como política exportar sua política de “segurança democrática”, formando um exército narco-paramilitar sob o extravagante nome de “milhões de amigos”, que realizam tarefas de espionagem dos exilados políticos que discordam do governo. Tais políticas nos fazem recordar o “Plano Condor” e outras planos e outros planos feitos pelas ditaduras fascistas de Pinochet e do Cone Sul.

A Rádio Café Stéreo é uma emissora da Associação Jaime Pardo Leal, organização de colombianos exilados por motivos políticos, cuja maioria dos seus membros da União Patriótica e do Partido Comunista Colombiano, que tiveram de ir para o exílio para proteger suas vidas, ameaçadas pelos terroristas do Estado, que há 40 anos aterrorizam o povo colombiano.

Em várias ocasiões temos esclarecido que nem a Associação Jaime Pardo Leal, nem a Rádio Café Etéreo, somos organizações ligadas as FARC-EP, organização político-militar que respeitamos, por serem parte do grande conflito colombiano, que defendem os interesses populares. Pensamos que as FARC, ao lado da ELN, lhes devem reconhecer o status de beligerancia se isso ajuda na busca de uma solução política ao conflito social e armado que vivemos os colombianos.

Queremos deixar muito claro que Rádio Café Etéreo não é uma rádio imparcial. Somos uma rádio parcial ao lado do povo colombiano. Estas acusações não nos farão calar e não tomaremos uma linguagem ou posição pró-uribista, para com isso buscar a absolvição dos Terroristas de Estado, tal como tem feito muitos jornalistas e alguns personagens da política colombianas a quem lhes dá calafrios, tremores e contorsões quando lhes fazem estas acusações.

Para nós, sermos qualificados de membros das FARC não é nenhuma ofensa. Ao contrário, seria elogio. Mas o fato é que, simplesmente, não somos membros dessa respeitável organização político-militar colombiana.

É muito grande a lista de meios de desinformação e de jornalistas que se arrastam aos pés do regime fascista, que conseqüentemente enganam o povo e que tem feito este tipo de acusações: El Diário e El País de Cali, El Espectador de Bogotá, a Rádio W e agora a Revista Semana.

Também são conscientes seus diretores, que acusam as FARC-EP de terríveis atos que eles sabem se tratar de montagens elaboradas pelos escritórios de imprensa do exército de ocupação e que são entregues aos colombianos repetindo milhares de vezes sob o preceito de que uma mentira repetida se converte em verdade. Este falso preceito assusta a política de “esquerda” desnutridos ideologicamente, a algumas personagens não muito claras ideologicamente e a comunidade internacional, que não tem outro meio para conhecer a verdade do que acontece na Colômbia, a não ser pela Rádio Café Etéreo.

Também é bastante grande a lista de jornalistas honestos que por não se deixarem utilizar pelo regime mafioso, são obrigados a sair do país, assim como uma longa lista de assassinados.

Para nomear os últimos jornalistas obrigados a sair do país, temos Freddy Muñoz, William Parra, Gonzalo Guillén e Holmam Morris. Devemos recordar que talvez o primeiro jornalista obrigado a exilar-se por causa da “Segurança Democrática”, foi o jornalista Fernando Garavito, por atrever-se a contar ao país as relações com a máfia do homem que aspirava a presidencia da república, cargo que hoje ostenta, apesar das denúncias.

A estes jornalistas lhes dissemos que os microfones da Rádio Café Etéreo estão abertos para eles e suas denúncias e os chamamos para que juntos, por este meio, exerçamos a profissão de informadores que nossos “colegas” na Colômbia, por medo ou por cumplicidade, não o fazem, se colocando a serviço de um prometo guerreirista que só beneficia a poucos em prejuízo da grande maioria dos colombianos.

Aos que na Colômbia se acham verdadeiramente comunicadores sociais, os chamamos a denunciar as constantes violáceos e aberrações que se cometem contra o povo colombiano utilizando nosso meio de comunicação.

Fazemos um chamamos à reflexão, para que se não podem exercer a profissão com a idoneidade que se deve, que saiam do país, mas que não se arrastem a posições tão humilhantes como as que tem cegados alguns “jornalistas” como Juan Gusanin, Julio Sánchez ou Dario Arismendi.

As organizações de colombianos exilados, os chamamos a não se deixarem intimidar e a redobrar seu trabalho de denúncia.

Aos meios de informação internacionais, os chamamos a expressar seu apoio aos jornalistas colombianos que não tem se prestado para enganar ao povo colombiano, assim como expressar sua solidariedade com Café Etéreo e seu repúdio aos pseudo informadores que por uns poucos dólares tem vendido suas consciências.


Assinado:
Cecília Calero
Presidente da Associação Jaime Pardo Leal.
Miguel Suares
Diretor da Rádio Café Stéreo



E-mail: info@ajpl.nu

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A mudanza de objetivos da marcha de 06 de março

ANNCOL



A marcha do próximo 06 de março convocada pelas vítimas do Terrorismo de Estado – e por ninguém mais – é para protestar nas ruas e praças do mundo contra os crimes de lesa humanidade cometidos pelo Estado, seus agentes e/ou seus sócios narco-paramilitares. E nada mais.

Eu já havia advertido a Comissão Internacional de Justiça e Paz em um documento que a ANNCOL e outros meios alternativos acabam de publicar. O objetivo do regime Narco-paramilitar, sua falsa imprensa, seus bispos, seus aliados ocasionais “democráticos contra-insurgentes” do Pólo Democrático Alternativo – os neo-furibistas -, ao não poder impedi-la, então é mudar sinuosamente seus objetivos, para acabar de confundir os colombianos.

Esse é o sentido da ambígua declaração política que acaba de emitir a direção do Pólo Democrático Alternativo em sua página web, que convoca democraticamente seus seguidores a marchar contra a violência “venha de onde vier”. Que em incomensurável covardia lhe agregam outras “razões” assimétricas para tentarem equiparar as cargas ante as exigências de quem pratica o Terrorismo de Estado, o regime narco-paramilitar de Uribe Vélez, e assim passar agachado diante do inimigo de classe do povo colombiano.

Não senhores! As vítimas do Terror de Estado temos muito claro, - a a diferença da má intenção do senador Petro e seus seguidores, conhecidos como neo-furibistas, que ao que parece tomaram definitivamente a direção desse movimento político -, temos muito claro o que significa a Violência Política Ilegal e Ilegítima exercida por um Estado internacionalmente reconhecido e constituído para garantir todos os Direitos de seus cidadãos, e que sob nenhuma circustância pode igualar-se com a violência, e acrescentá-la o apelido de política – exercida ao arrepio das leis desse Estado.

A violência em geral, vagamente qualificada, em vagos comunicados, não pode seguir sendo justificada por mais tempo com o critério religioso-feudal de boa ou má: De violência de Satanás e violência de Cristo Rei. Não senhores! Não é a mesma a violência de Papai Noel ao dar chicotadas em seus cervos para que transportem rapidamente seu trenó ao destino; à ordem estatal do cmomandante geral do narco-para-exército colombiano, Carlos Castaño, de executar em um só dia 1.000 civis desarmados por serem “amigos” ou “colaboradores” da guerrilha e atirar seus corpos em valas comuns, ou desaparecer com eles em rios e mares colombianos, em resposta demente porque as FARC lhe atingiram uma nádega e a nudez do paramilitar foi preservada porque foi resgatado por um helicóptero das Forças Armadas Colombianas.

Não é o mesmo que desalojar 4.000.000 de camponeses para roubar-lhes 6.400.000 hctáres. Extrminar 5.000 militantes da União Patrótica. Assassinar indefesos 120.000 civis acusados de ser “gerrilheiros vestidos de civis”. Enterrá-los em 3.200 valas comuns. Mutilar e torturar como motosseras 1476 pessoas. Desaparecer com 15.000 seres humanos; 2.500 sindicalistas, 1.700 indígenas, 990 defensores dos Direitos Humanos. Realizar 967 “falsos positivos”. Fusilar 3.665 pessoas “protegidas pelo Estado”. Criminalizar 2.700 prisioneiros políticos.

Exilar 3.700 dirigentes políticos reconhecidos. Não é o mesmo que das uma punhalada no amante, violar sexulamente uma menina de 6 anos, ou espancar o vizinho porque se suspeita que seja homossexual. Não senhores! São violências diferentes de diferentes origens e com diferentes motivações humanas, que não podem ser equiparadas com o enganoso e perverso argumento petrista, de que toda violência tem que ser rechaçada venha de onde vier, por que é muito má. Se assim fosse seria então necessário exigir a pena pelos crimes que o M-19 cometeu em sua vida guerrilheira, ao qual pertenceu o Sr. Petro e outros que hoje gozam de cargos políticos com a licença do regime narco-paramilitar.

Em boa hora o narco-fascismo governante na Colômbia e seu suporte da CIA, acreditando-se muito seguros do que lhes diziam as pesquisas, convocaram a marcha contra-insurgente de 4 de fevereiro. Recorreram à luta das ruas como o fizeram seus mestres Hitler e Mussolini. Mas como lhes ocorreu no Iraque, os dados da CIA se demonstraram falsos, e agora devem enfrentar a resposta popular. Não contaram cim sua astúcia. Então como não podem evitar a tomada de consciência popular, recorrem à mudança dos objetivos da marcha de 06 de março.

A marcha de 06 de março dentro da multiplicidade da sociedade colombiana, será um múltiplo testemunho de massas nas ruas, contra o Terrorismo de Estado narco-paramilitar que há muitos anos governa a Colômbia, e mostrará o profundo desejo do povo colombiano pela Verdade, Justiça e Reparação integrais. Também servirá para mostrar que os colombianos necessitam e querem um novo país em Paz e com Justiça Social.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Em defesa da paz na Colômbia

A paz na Colômbia, há muito, deixou de ser apenas um objetivo a ser alcançado, para tornar-se uma necessidade imediata. E nesse sentido, toda a pressão internacional, de todos os setores comprometidos com as causas populares, em qualquer parte do mundo, torna-se essencial.


É nesse rumo, que a ANNCOL - Brasil, juntamente com diversas entidades, partidos, movimentos e demais organizações e personalidades comprometidas com a luta dos povos no mundo, lançam o presente manifesto, relacionado à Jornada Mundial Pela Paz na Colômbia:

06 DE MARÇO DE 2008
JORNADA MUNDIAL PELA PAZ NA COLÔMBIA


Há mais de 43 anos o povo colombiano grita ao mundo por sua dor e seu sofrimento. Há anos o sofrimento do povo deste país-irmão vem sendo abafado pelos grandes grupos econômicos que controlam governos e a grande imprensa que, em sua guerra ideológica baseada em mentiras e falsos acontecimentos, deixa a nós brasileiros e ao mundo de costas para o resto da América Latina. Porém a realidade desmente o que dizem os grandes veículos de comunicação (e os chamados "mídias de referência").

Cada vez mais os povos de todo o mundo se levantam contra o Terrorismo de Estado, o militarismo e o narco-paramilitarismo que assola a Colômbia e ameaça a paz em toda a nossa América Latina e o Caribe.

As súplicas do povo colombiano por Paz com Justiça Social, Soberania e Dignidade ecoam por todos os cantos do globo e encontram terreno fértil em muitos lugares, onde infelizmente não está incluída a própria Colômbia.

O conflito está evidente aos olhos de qualquer um que procure enxergar a realidade. Apesar disso, o governo colombiano insiste em negar a existência de um conflito armado em seu país, mesmo gastando 22,2 bilhões de pesos anualmente em sua guerra suja, um percentual do PIB ainda maior que a nação mais militarizada do planeta. Planejada e coordenada pelos Estados Unidos, principal beneficiário da guerra e do tráfico de drogas, os males que afligem a Colômbia, afundam o país no caos e na pobreza com uma dívida humanitária impagável, com incalculáveis vidas desperdiçadas por um câncer que já sugou a vida de pelo menos 300 mil de seus cidadãos.

Nesse jogo de interesses com origem nos Estados Unidos, o maior e mais destrutivo império de todos os tempos, o presidente Álvaro Uribe Vélez se contrapõe a qualquer gesto humanitário que possa levar ao Intercâmbio Humanitário (a troca de prisioneiros), passo fundamental para por fim ao sofrimento de tantas famílias colombianas e estrangeiras, fundamental para que se iniciem, concretamente, as conversações de Paz.

Não há saída militar para o conflito. Os que jogam contra a paz e a solução política para esse conflito que provoca tanto sofrimento aos nossos irmãos colombianos são os que lucram com a guerra e a utilizam para proteger os seus negócios sujos do tráfico de drogas, da corrupção e do assalto ao povo daquele país. A procura por uma saída política para o conflito armado na Colômbia é a única alternativa concreta para esse povo tão bravo e lutador.

De todas as formas, aqueles que estão comprometidos com a guerra, tentam deter o avanço dos embaixadores da paz no país. O mandatário da República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez Frías, e a senadora Piedad Córdoba, que não poupam esforços pela paz na Colômbia e no continente, foram descaradamente sabotados em suas gestões pelo regresso dos detidos ao seio de suas famílias.

Somente com amplo apoio internacional os clamores do povo que anseia pela paz serão ouvidos nos elegantes salões da Casa Branca e da Casa de Nariño, garantindo um futuro para a paz. O povo colombiano clama pelo fim dos desaparecimentos forçados, das ameaças, dos desalojamentos forçados, das execuções extrajudiciais e dos massacres aos povos desse país, desde os camponeses e indígenas aos jovens militantes urbanos e líderes sindicais e populares. São mulheres, homens e crianças, mais de 300 mil vítimas inocentes, cujo sangue foi derramado para garantir os privilégios dos criminosos que se encastelam no poder.

É com muito orgulho e um forte sentimento de solidariedade, que o povo do Brasil ergue-se em defesa dessa causa justa, para dizer um basta à violência e exigir que o governo colombiano escolha o caminho do diálogo, da solução política para o conflito, ao invés das ameaças, dos bombardeios, da obediência aos interesses estadunidenses.

Levantamo-nos para exigir que o governo colombiano opte pela vida ao invés da morte, pela verdadeira democracia onde o soberano seja o povo, ao invés de uma ditadura fascista. Ao invés da Guerra, clamamos por outra realidade possível, por uma Colômbia em Paz com Justiça Social, uma Colômbia Digna e Soberana.

Chega de massacres!
Chega de guerra!
Pelo Intercâmbio Humanitário!
Por uma saída política para o conflito!






Assinam o presente manifesto:









JPT/RJ - Juventude do Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro








Casa da América Latina
UNE - Combate ao Racismo


UEE/RJ - Direitos Humanos

Fórum de DCE´s/RJ

Movimento dos Sem Teto - RJ

CAM - Centro Acadêmico Marinoni - Entidade dos Estudantes de Direito da Faculdade Opet - Curitiba

Movimento Mãos a Obra

CasLa - Casa Latino-americana






Mais assinaturas estão sendo incorporadas ao presente manifesto, entre parlamentares, diretores de entidades como a UNE, sindicatos, centrais sindicais, militantes dos direitos humanos, dentre outros.






Para assinar o presente manifesto, entidades e pessoas, podem enviar seu apoio para anncol.br@gmail.br






COMUNICADO DO ESTADO-MAIOR CENTRAL DAS FARC

  1. A liberação dos ex-congressistas Luis Eladio Pérez, Gloria Polanco, Orlando Beltrán e Jorge Eduardo Gechen Turbay, é mérito da persistência humanitária e da sincera preocupação pela paz na Colômbia por parte do Presidente Hugo Chávez e da Senadora Piedad Córdoba.
  2. Esta liberação é a mais contundente manifestação de que a humanidade pode mais que a intransigência. Agora deve acontecer o despejo militar de Pradera e Florida por 45 dias, com presença guerrilheira e a comunidade internacional como garantia, para discutir com o governo nesse espaço, a liberação dos guerrilheiros e dos prisioneiros de guerra em poder das FARC.
  3. A liberação pelas FARC desses quatro congressistas tem lugar em meio a uma gigantesca operação bélica –que desprezando a vida dos prisioneiros- tenta seu resgate militar à sangue e fogo. Nessas circunstâncias, um desenalce fatal será responsabilidade do governo da Colômbia.
  4. Nossa vontade para chegar a um acordo de troca com o governo está demonstrada na liberação unilateral que fizemos de 304 militares e policiais capturados em combate, de Clara Rojas e Consuelo de Perdomo, dos quatro congressistas e os policiais de Putumayo, entre outros. Em contraste, o governo da Colômbia – exceptuando a liberação de Rodrigo Granda- não fez nada além de manipular a opinião com a libertação de supostos guerrilheiros, encabeçados pelos mesmos dois ou três agentes da inteligência, aos que sempre recorre como atores desavergonhados, segundo a circunstância.
  5. Queremos agradecer ao Presidente Hugo Chávez por seus esforços pela troca de prisioneiros de guerra e pela paz na Colômbia. Sua gestão e a da Senadora Piedad Córdoba, deve ser rodeada pelos familiares dos prisioneiros de guerra e por todos. Sua valorosa posição de considerar as FARC como Força Beligerante, está no caminho correto, porque remove inamovíveis e dinamiza a busca por uma solução política ao profundo conflito social e armado que a Colômbia vive. A essa imensa maioria que marchou, não contra as FARC, mas contra a violência, pelo intercâmbio humanitário e a paz, nosso reconhecimento e exaltação em prosseguir seus esforços pela concretização de tão justa causa.

    Secretariado do Estado Maior Central das FARC

COMUNICADO DE LAS FARC

1. La liberación de los ex congresistas Luis Eladio Pérez, Gloria Polanco, Orlando Beltrán y Jorge Eduardo Gechen Turbay, es el logro de la persistencia humanitaria y de la sincera preocupación por la paz de Colombia del Presidente Hugo Chávez y de la Senadora Piedad Córdoba.

2. Esta liberación es la más contundente manifestación de que puede más la humanidad que la intransigencia. Ahora debe seguir el despeje militar de Pradera y Florida por 45 días, con presencia guerrillera y comunidad internacional como garantes, para pactar con el gobierno en ese espacio, la liberación de los guerrilleros y de los prisioneros de guerra en poder de las FARC.

3. La liberación por las FARC de estos cuatro congresistas tiene lugar en medio de un gigantesco operativo bélico –que despreciando la vida de los prisioneros- intenta su rescate militar a sangre y fuego. En estas circunstancias, un desenlace fatal, será responsabilidad del gobierno de Colombia.

4. Nuestra voluntad para llegar a un acuerdo de canje con el gobierno está rubricada en la liberación unilateral que hiciéramos de 304 militares y policías capturados en combate, de Clara Rojas y Consuelo de Perdomo, de los cuatro congresistas y los policías del Putumayo, entre otros. En contraste, el gobierno de Colombia –exceptuando la excarcelación de Rodrigo Granda- no ha hecho más que manipular a la opinión con la liberación de supuestos guerrilleros, encabezados por los mismos dos o tres agentes de la inteligencia, a los que siempre recurre como comodines desvergonzados, según la circunstancia.

5. Queremos agradecer al Presidente Hugo Chávez sus desvelos por el canje de prisioneros de guerra y la paz de Colombia. Su gestión y la de la Senadora Piedad Córdoba, debe ser rodeada por los familiares de los prisioneros de guerra y por todos. Su valerosa posición de considerar a las FARC como Fuerza Beligerante, está en el camino correcto, porque remueve inamovibles y dinamiza la búsqueda de una solución política al largo conflicto social y armado que vive Colombia. A esa inmensa mayoría que marchó, no contra las FARC sino contra la violencia, por el intercambio humanitario y la paz, nuestro reconocimiento y exhortación a proseguir sus esfuerzos por la concreción de tan justa causa.

Secretariado del Estado Mayor Central de las FARC

Márquez: 60 anos de prisão... para os três norte-americanos

“O governo colombiano e a Casa Branca deviam pensar em não colocar mais obstáculos à troca humanitária com condenações como esta, que afinal de contas equivalem a 60 anos de prisão na selva para os três norte-americanos em poder das FARC. Foi uma tentativa vã de chantagearnos e pressionarnos. As absurdas sentenças proferidas contra Sonia e Simón...”, afirma Iván Márquez para a ABP Notícias.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

E continua o tema do Intercâmbio


José María Carbonell

O Intercâmbio Humanitário segue sua marcha vitoriosa. Porque não há outra opção.
Então, o regime narco-paramilitar colombiano pretende freia-lo, ou impedi-lo.

Tem sido feitas manobras no intuito de relegar o Intercâmbio Humanitário à segundo plano, mas ele, como uma realidade real num país em guerra, se recusa a isso e, num piscar de olhos, levanta a cabeça e diz: “aquí estou”.
Inventaram a da marcha do 4 de Fevereiro. Lógico, já que o governo precisa trocar as pilhas
O povo colombiano quer a Paz. Foi isso que disseram os populares que a assistiram (os outros eram oligarquitos furibistas e narco-paramilitarizados). Que será o que igualmente dirão os que assistirão à marcha do 6 de Março. Igualzinho. Paz, Paz, queremos Paz!

É nas marchas que temos sentido e notado: Seja no 4 de Fevereiro ou no 6 de Março, a discussão sobre o Intercâmbio Humanitário e a Paz está vivíssima.
O que fazer para impedi-lo, para evitá-lo?
Não é possível.
Não enxergam que é um sentimento do povo? E que a voz do povo é a voz de Deus?
Não me venham agora dizer que não se sabem desta máxima?
Bem, se não a conhecem, volto a repeti-las, para que aprendam:
A voz do povo é a voz de Deus.
Ou se preferirem: a voz de Deus é a voz do povo.

Por isso, ao esforço do Comitê da Cruz Vermelha da França, se somou a presença, desde hoje, do chanceler da França para sondar a situação do Intercâmbio do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o qual segue mostrando que tem a chave para o tema, com o enfraquecido e enfermo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez (dizem tratar-se de uma virose – ou seria mal olhado? Que não seja outra coisa mais perigosa e na moda).
É isso também o que se demonstra no interesse de Lula e de Cristina sobre o tema.

E então, por que Uribhitler não quer o intercâmbio?
Por que ele é um cabeça-oca. Tem o cérebro assim de tão pequenininho.
Não, não. Eu não quero repetir como o qualificou – não sem razão - Hebe de Bonafini, uma das mães da plaza de mayo, que agora já são avôs pelo passar dos anos: “A cabeça de merda de Uribe”. Essa é a percepção que Uribe produz em tão respeitável senhora, que representa toda uma instituição de luta em defesa de seus familiares desaparecidos – assim como nossos familiares.

Então Uribhitler, que deveria ser Uribvidela, se apega com teimosia infantil: ‘ah, purqui nu quelo’. Ele não está nem aí com a sorte dos prisioneiros e de seus familiares.
É que é sem sentimentos. É perverso, como o são alguns meninos.
Nem tampouco se lhe importa um tostão a sorte dos três militares gringos que acreditaram que contra a guerrilha era ‘veni, vidi, vici’, o que quer dizer: tomamos o café da manhã, montamos no avião, localizamos onde estão os guerrilheiros, regressamos e levamos os relatórios aos militares para que eles possam capturá-los. Ou seja, os gringuinhos acreditaram que os soldados guerrilheiros eram galinhas mortas e acabaram vendo que os índios sul-americanos converteram-se em índios valentes.

Entrementes Uribhitler, em sua perversidade, ataca os exilados políticos colombianos.
Lembrou que Jorge Noguera Cotes (o ‘bom garoto’ do DAS que dormiu em seu apartamento), quando era diretor do DAS, deu uma declaração dizendo quem eram os ‘embaixadores das FARC’ e assinalava que o trabalho de ‘Comissão Internacional das FARC’ era realizado por companheiros do PCC e outras organizações de esquerda, refugiados políticos em países estrangeiros. Vale dizer: Brasil, Costa Rica, Canadá e países europeus.
Falsidade das falsidades. Tudo é pura invenção, mentiras e montagens da policia secreta colombiana.

Agora a ‘inteligência militar’ volta a recitar a mesma cantilena, mas a coloca com novo título: “A frente européia das FARC”. Um conto da carochinha, que é parte do novelão das ‘redes de apoio’ às FARC pelo mundo.
Diante disto, e se tudo isso for verdade, eu me pergunto: As FARC estão ou não estão derrotadas?
Porque, em verdade, eu escuto todos os dias as mesmas coisas: que é o início do fim das FARC; que 20 mil soldados do Plano Patriota estão para entrar pela retaguarda das FARC; que 10 mil soldados marcham contra Cano, que dizem estar no canyon das Hermosas; que foi capturada uma rede de ‘apoio logístico’ às FARC; que a companhía de Tulio Varón foi dizimada; que foi capturada uma rede que financiava as FARC. Enfim; algo está meio ‘empanado’ - para recuperarmos expressões arcáicas, como nos pede a Real Academia – fazendo esses militares verem as coisas como as veem os ‘pinguços’ dos filmes.

Mas quando o tema volta e se repete, volta e se repete, e volta e se repete, já não há como não começar a perceber que é falso.
Daí eles se saem com o conto de que ‘o câncer’ está matando Manuel Marulanda, já que não podem matá-lo eles mesmos, que é o que mais tem desejado desde 1964.
Sim, o regime colombiano nunca quis capturar Manuel Marulanda, mas sim o matá-lo, assassiná-lo.Como eles não o podem matar, rezam aos seus santos e demônios para que a mãe natureza lhes faça este pequeno favor.

E assim segue a vida, vivendo sua real realidade...
Enquanto isso, as FARC estão libertando àqueles prisioneiros em seu poder que estão com a saúde debilitada, em um ato de humanitarismo que todo o mundo valorizou e agradeceu.
O Intercâmbio Humanitário está agora a esperar a desmilitarização dos municípios de Pradera e Florida para o ‘toma lá, dá cá’, o ‘toma tú os teus’ que ‘eu me vou com os meus’.

Fará o governo dos Estados Unidos o movimento decisivo no xadrez do Intercâmbio?
Algo parece estar se formando, pelo que se pode entender nas recentes declarações de Mr. Brownfield.
Oxalá. Oxalá. É o pedido de todos nós, os colombianos que ansiamos e amamos a Paz.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Um país decomposto

Domínico Nadal/ANNCOL


Eu escutei essa expressão de um político oligárquico faz alguns anos. E assim tem estado a Colômbia desde então. Creio que estava assim desde muito antes que ele o dissera. Só que agora é pior. A decomposição é por conta de um regime narco-paramilitar, terrorista.

Acabam de condenar os militares que deram ‘materile-lile-ron’ aos policiais em Jamundí. Não foram julgados os de Guaitairilla. Dizem que se está investigando os ‘falsos positivos’ de J.M. Santos com os oficiais que colocavam bombas em seus companheiros com a licença da ‘inteligência militar’. Tampouco os militares dos ‘falsos positivos’ de camponeses feitos passar como ‘guerrilheiros abatidos em combate’, que são camponeses normais e existem casos em que são incapacitados. Tampouco o caso de crianças assassinadas por militares, dizem que em fogo cruzado em enfrentamentos com a guerrilha, quando todo o mundo sabia – e sabe – que por ali não há guerrilha. Também está o caso da tortura dos soldadinhos em Honda, e a muitos policiais que terminam suicidando-se.

Também está o escândalo das ‘chupadas’ de telefones. Oficiais que gravaram sem ordem – e assim havia sido com orden – a dirigentes da oposição, defensores de direitos humanos, sindicalistas, presos, e até ao governo. É a espionagem que, assim como ‘todos os caminhos do narco-paramilitarismo conduzem a Uribe’, assim ‘todos os caminhos da espionagem conduzem a J.M Santos’.

Pelo lado do narco-paramilitarismo tudo está ficando na mais absoluta impunidade. Há que se dizer que esses personagens são assassinos, delinqüentes sem contemplação. Por exemplo, o chamado “Jorge 40” – ‘chave’ de Jorge Noguera Cotes, ex-diretor do DAS-, dizem que Carlos Castaño, depois que as FARC lhe furou uma nádega em Paramillo, deu a ordem para assassinar 1.000 pessoas. 1.000 mortos, 1.000 pessoas assassinadas a sangue frio. E o dizem com enorme frescura. Como se fosse contar vantagem. Aí se entende que os familiares das vítimas exijam justiça verdadeira.

Segundo a Procuradoria são entre 10 mil e 31 mil as vítimas dos narco-paramilitares (que são mais, indubitavelmente). Em cifras incompletas ANNCOL estima cifras de mais de 70 mil mortes producidas pelo Terrorismo de Estado desde 1964 até 2006. E se segundo a Procuradoria são 31 mil vítimas do narco-paramilitarismo, quem são os responsáveis pelas outras? Quem tem assassinado 39.000 colombianos?

Indubitavelmente os responsáveis pela outra parte do aparato de repressão estatal.

E Hernán Giraldo – com a enorme perversidade que caracteriza os criminosos -, sai a dizer que os cadáveres não poderão ser recuperados porque eles praticaram o que se conhece como ‘desaparecer desaparecidos’. Desenterrar os mortos produzidos por eles e jogá-los ao mar, nos rios, etc.

Mas se fosse pouco, a anterior Controladoria falava em 3.500 milhões de pesos perdidos diariamente. Em mãos de quem? De políticos e narco-paramilitares. E o país está decomposto em todas as esferas.

70% da população na pobreza (ainda que o governo reconheça apenas 49,59%, cifra que está acima dos 35% em média que diz ter a região segundo a CEPAL).

2,5 milhões de crianças vítimas do trabalho infantil.

2,3 milhões de crianças que não vão à escola.

17 a cada mil de taxa de mortalidade infantil (Cuba, um país pobre com dificuldades pelo Bloqueio, tem 5,2 a cada mil).

A população colombiana vive situações angustiantes na Saúde, que nem sequer a tutela lhe garanta uma atenção digna.

O desemprego passou há muito dos 15% ainda que o governo diga que é de 11%, e segue aumentando.

13 milhões de pessoas não têm acesso ao serviço de água potável (em pleno século 21!).

20 mil crianças morrem por ingerir água não adequada ao consumo humano.

Mais de 2,5 milhões não têm moradia.

E como se fosse pouco, por conta do ‘escândalo’ da narco-para-política uribista, as instituições estatais têm mostrado que tão ‘decompostos’ estão. 17 congressistas presos, 52 vinculados à investigação. O que tem decomposto dos chamados Partidos Uribistas. E os juízes? E os militares? E os empresários? E o presidente?

Em um país ‘decomposto’ os administrador está ‘decomposto’, está ‘doente’ – dizem que de uma ‘virose’ (desde dezembro? Uma ‘virose’ não deveria durar tanto) -. Mas o que tem adoecido é a bílis rebotada por não poder mostrar um ‘positivo’ na promessa que fez aos gringos e a alguns colombianos. Derrotar as FARC. E inventam coisas como que sabem em ‘onde estão’ os retidos pelas FARC. E aplicam a máxima dos namorados separados: “se não é minha, de ninguém!”. Por isso que matar os retidos pelas FARC.

O que demonstra a total incapacidade que tem ‘decomposto’ o país.




domingo, 24 de fevereiro de 2008

O governo de Uribe Vélez mente ao mundo


ANNCOL

“A pesar de que o governo do presidente Uribe anunciou que “outorgaria garantias” para a Mobilização de 6 de março, convocada em homenagem às vítimas de crimes de Estado, realiza a mais brutal ofensiva militar contra comunidades campesinas em resistência, em várias regiões do país, com a qual está gerando um ambiente de hostilidade no país”, denuncia o Comitê Permanente de Direitos Humanos.

Uribe e todos os seus ministros enchem a boca falando de garantias para a mobilização pela dignidade de seis de Março. De dentes para fora. Os fatos denunciados demonstram o contrário ao largo amplo do país. Aterrorizando ao povo colombiano e macartizando a seus líderes para que não saiam a pronunciar-se. Puro Terrorismo de Estado enaltecido a partir dos grandes meios de comunicação. As provas sobram.

Bombardeios no Cañón de las Hermosas. “Há uma semana se realizam operações militares de terra arrasada em cânon de lãs hermosas, município de Chaparral, Tolima. Continuam bombardeando e metralhando diversos setores do extenso e agrícola cañón, acabando com a fauna, a flora e colocando em grave perigo os camponeses. A incomunicabilidade é absoluta, se desconhecem os resultados das intensas operações. Os militares restringem o ingresso de alimentos e medicamentos”.

Paramilitares no Sul de Bolívar cometendo homicídios. E isso que o senhor em sua recente visita à Europa, de boca cheia, disse que os paramilitares que ele recebeu das mãos de Andrés Pastrana os havia desmobilizado. Aqui uma prova de sua mentira. “Segundo informações recebidas, um grupo de vinte homens armados que se identificaram como “Águias Negras”, instalaram um reforço sobre a estrada de San Pablo – Santa Rosa del Sur (Bolívar), a apenas cinco minutos da corregedoria de Santo Domingo, desde as 8 até as 9 da manhã de 18 de fevereiro de 2008. Ali interceptaram o veículo da Associação de Produtores de Cacau do Sul de Bolívar (Aprocasur) em que viajavam Miguel Daza, coordenador da Aprocasur e membro do Andas, e John Martinez, motorista da Aprocasur. Logo que foram retirados à força do veículo, foram torturados e assassinados”.

E assim sucessivamente por todo o território nacional. No Bajo Ariari, em Tarazá, em Mesetas, em TAME, em Nariño, etc.

Tudo isso porque o povo está desacreditado de Uribe e sua quadrilha criminosa. Seguramente milhões de colombianos se mobilizarão nesse dia.

Os retidos correm um imenso risco

ANNCOL


Nem troca nem intercâmbio, tem aceitado concretizar o presidente Uribe Vélez. Agora se acrescenta que tampouco facilita uma entrega unilateral. Grave situação para os prisioneiros de guerra em poder das FARC e suas famílias ansiosas para poder vê-los novamente.
O ocorrido ontem na visita do enviado de Sarkozy, Bernard Kouchner, chanceler francês, explica em grande medida os planos do regime colombiano. Resgate violento sem mprtar-se em nada com a vida dos prisioneiros nem a pressão internacional.

Uribe pulou de seus aposentos, onde estava recolhido em razão de uma ‘virose’, quando escutou a palavra Chávez na boca de Bernard. “Não senhor chanceler, não é o momento de falar da Venezuela”, repreendeu Uribe à proposta do governo da França de ampliar a esfera de países amigos, França, Suíça e Espanha, com Cuba e Brasil mais a continuidade da Venezuela.

Faz alguns dias, segundo as FARC, a Espanha intercedeu em favor de Bogotá, movimento ‘diplomático’ que terminou com sua desqualificação e confiança na direção desta grande organização insurgente.

A vida destas pessoas em cativeiro repousa nas mãos do regime uribista. Ou senão perguntemos às viúvas dos onze deputados mortos por mercenários.

Aí está a coletiva de imprensa dada pelo ministro da Defesa, J. M. Santos, na qual ‘informava’ que a ‘Inteligência Militar conhecia o sítio no qual estão três dos quatro’ retidos em poder das FARC, e para arrematar disse que ‘Gechem está a 15 minutos dali’. Esta conferência de imprensa é muito suspeita já que o ministro Santos é especialista em ‘falsos positivos’, ‘propaganda negra’ e ‘distorções’. Provavelmente na hora da conferência de imprensa já se estaria adiantando o resgate militar para assassinar os retidos em poder das FARC.

Em sendo assim, será um crime a mais que se anota à camarilha embutida na Casa de Nariño, com o agravante que não são apenas os 11.282 colombianos filhos do povo assassinados fora de combate, senão que sua irracionalidade o leva a atacar sua própria classe.

‘Anotem-se a ele’ diremos se confirmar-se nosso doloroso palpite.




Marques: Enquanto houver conflito haverá prisioneiros

ANNCOL


A troca de prisioneiros de guerra foi convertida na Colômbia em passo inicial para um processo de paz. Como Uribe não a quer, haveremos de fazê-la com outro governo, porque a paz tem que abrir caminho nesta Colômbia em chamas. Enquanto houver conflito, haverá prisioneiros.

Se o Congresso tivesse aprovado a lei permanente de troca que sugeriu há algum tempo Manuel Marulanda Vélez, não haveria prisioneiros de guerra.

Se Uribe tivesse dado um instante de trégua a seu obstinado envio de tropas para Pradera e Florida, não estaríamos hoje falando em troca humanitária. Esta devia ocorrer faz 5 anos... e não estaríamos lamentando hoje os desenlaces fatais precipitados pela irracionalidade do resgate militar a sangue e fogo.

ANNCOL para conhecimento de todos os seus leitores e agências de notícias:

Leia a entrevista na íntegra em: Entrevista com o comandante Iván Marquez

ANNCOL Notas


ANNCOL/Juan Carlos Vallejo




Lêem-nos e acreditam em nós

ANNCOL é o meio escrito mais lido pela narcodemocracia colombiana, segundo fontes oficiais que pediram o anonimato.
Desde generais, passando por bispos, ministros e jornalistas a serviço da grande imprensa, a ANNCOL tem se constituído em fonte obrigatória de consulta até para trabalhos escolares em colégios e universidades. Mas nem tudo fica na Colômbia. A ANNCOL também é fonte de consulta para governos e cidadãos estrangeiros que querem conhecer a realidade colombiana. Em que pesem os ataques tecnológicos com que têm ‘derrubado’ várias vezes a página web e as constantes acusações falsas e injustas, a ANNCOL segue. A ANNCOL não se cala.


Ouvem-nos e acreditam em nós

Também atiram pedras contra a Rádio Café Stéreo (escrevemos com seu nome original e sem aspas). Mas as ondas de rádio da dignidade não se detêm. Quem faz a Rádio Café Stéreo é a voz dos que não possuem voz, como dizia Jesús Maria Valle Jaramillo, ao referir-se ao trabalho dos defensores dos direitos humanos. Por essa simples e plana razão, a Rádio Café Stéreo segue no ar.
Disse Eduardo Galeano: “Ao fim e ao cabo, como bem diz o velho provérbio, são as árvores que dão frutos as que recebem as pedradas”.


Bula das FARC – EP

Resiste em aceitar a cavernosa Igreja Católica colombiana que não é bem vinda como “mediadora”, porque nunca foi neutra. Seu histórico acompanhamento das elites e acirrada defesa do status quo, lhe tem passado a conta.
Quem foi que se negou a rezar uma missa pela alma de Bernardo Jaramillo? Por rádio, televisão e jornais, Raul Reyes tem manifestado que com sua atitude, tanto o governo espanhol como a Igreja Católica “se auto excluíram”. Mas a igreja disse que quer uma comunicação oficial. Rara e suspeita insistência. No en tanto, as FARC – EP estão escrevendo uma bula.


Testemunho contra congresista

- Eu Quero denunciar que é certo que a congressista mentiu.
- Senhora, todos os congressistas mentem, por isso e para isso então aí. Mas se quer fazer uma denúncia procure pela Procuradoria. Mas não procure agora. Não sabe que hora é aquí? É madrugada!
- Não, não. Se procuro a Procuradoria me matam. Não vê que eu estou na Colômbia?
- Ah, caramba! Como você se chama?
- E você acha que vou dar meu nome para que me matem?
- Senhora, como faço sem seu nome?
- Veja, eu só quero dizer que essa negra branqueada e operada do nariz – que se continuar assim não vai ter onde colocar os óculos – renega sua raça. Essa negra apresentou um atestado médico dizendo que lhe operariam o joelho. Isso não é verdade. Era para prestar exames na Universidade de Nova Iorque.
- Como assim? Que renega sua raça negra? Lesionada do joelho uma mulher que não se ajoelha a nada? Universidade de Nova Iorque? Você está falando de Piedad Córdoba?
- Não señor! De Gina Parody! – E pirou-.


“Muito inteligentes”

Todo o mundo sabe onde estão as FARC – EP, os prisioneiros de guerra e os civis: Na Colômbia! Onde mais? Mas diziam que na Venezuela? Bem, parece que quem não sabia era o narcogoverno colombiano e seus narco-paramilitares.
A “grande notícia” do sinistro Juan Manuel Santos, não passa de uma descoberta de água morna. O problema não era saber onde estavam, mas quando e como se dará o Intercâmbio Humanitário. Tampouco era estranho que os pilotos e aviões dos Estados Unidos estivessem operando na Colômbia. O fazem desde o bombardeio a Marquetália e às FARC – EP aqui.


Vietlombia

Dito por uma fonte castrense de alto calibre, em uma reunião social que lhe fizeram quando pediu baixa: “Aqui vêem os militares gringos, nos dão ordens, gritam conosco, nos batem na cara e nada acontece. Se dão ao luxo até de requisitar um um militar que companhava o presidente Uribe, perante todos os meios de comunicação do mundo e nada disse ainda. Nos vemos humilhados e nos têm humilhado ao extremo. Todos os dias vejo o meu país como o Vietnam. Nos meteram nessa guerra e nos deixaram sozinhos quando já não havia forma de ganhar o que já estamos perdendo”.


Uma igreja Latino-americana para os Latino-americanos

Se por uma confusão de saias – seu divórcio de Catarina de Aragão para casar-se com Ana Bolena – Enrique VIII apoiou e defendeu o Cisma da Reforma Protestante, já é hora que por dignidade se levante a América Latina e rompa com a perigosa, elitista e conspiradora Igreja Católica de Roma. A partir da Teologia da Libertação podemos construir uma Igreja dos Latino-americanos e para os Latino-americanos. Não há necessidade de nomear Papas senão um grande bispo Latino-americano, que possa na verdade conduzir o povo por um caminho verdadeiro de solidariedade e esperança. E por isso correto acabar com o infame celibato. Estas e outras inquietudes se ventilam no Congresso Mundial sobre a “Teologia da Libertação: Tempo de uma nova igreja para a América-latina” no Brasil. Todos convidados.


Internet 2

Uma das grandes invenções do ser humano, depois de Deus, tem sido a Internet. Este fabuloso sistema de comunicação, que nasceu nos Estados Unidos em 1958 como arma militar sob o projeto ARPA (Advanced Research Projects Agency) para combater o avanço russo no espaço após o lançamento de Sputnik, acabou se tornando um artigo da cesta familiar. Já o serviço de internet faz parte gastos básicos em muitos lugares do mundo, como a água, a energia, o gás, o telefone, etc.
A exceção de Alvin Toffler, que predisse o nascimento de uma super-autopista de informação que derrubaria as fronteiras internacionais (como faz a internet), o que lhe custou que o qualificassem de louco e excêntrico, ninguém imaginou que este sistema fosse sair das mãos de seus próprios criadores.
A internet é enorme e incontrolável por hora. No entanto, já se fala em internet 2. Um sistema com maior velocidade mas com maiores controles e sob uma estrita supervisão dos criadores do primeiro. Por isso, como diz o povo, é melhor o mal conhecido que o bom por conhecer.



Enlace original

Outra vez E-5

Dick Emanuelsson/ANNCOL

Carta aberta do reporter Dick Emanuelsson à revista Semana

18-02-2008 / Os terroristas provocadores do Estado colombiano não se cansam. O Departamento de inteligência E-5 do exército municia, facilita e entrega aos meios de comunicação “Idiotas Úteis” (IU) que colocam de lado os princípios jornalísticos (se é que ainda lhes restavam alguns) para formar fila frente aos seus comandantes e apresentar aos consumidores deste cozido de frios um relato que confirma que existe uma Frente Européia das FARC.

Eles têm merecido a honra de figurar outra vez nas colunas dos meios de comunicação dos magnatas Santodomingo, Santos e Ardilas Lüles. O “jornalista oculto” da Semana, sob o título “A guerrilheira holandesa em DVD?” [1] diz o seguinte sobre um filme que se produziria nas selvas colombianas:

“O trabalho será realizado, à cargo das Farc, por um documentalista chileno radicado na Holanda que se faz chamar Ivan van der Boer. O roteiro teria sido aprovado por 'Raúl Reyes'. As ligações da guerrilha para sua pós-produção na Europa, também neste caso, permanecem as habituais: um correspondente suéco chamado Dick Emmanuelson, que trabalhou na Colômbia por mais de 20 anos e é co-fundador da Anncol, estabelece os contatos com a imprensa europeia e coordena a produção do documentário na Europa.

De onde Semana desencavou isso?

A verdade é que entro em contato semanalmente com pessoas que dizem ser jornalistas e que querem ir para a selva para fazer reportagens com a guerrilha. Por ter feito algumas reportagens na selva durante os quase 30 anos em que cubro a Colômbia, há quem acredite automaticamente que uma coisa leve a outra e, por ingenuidade ou por interesses mais obscuros, me escrevem.

É entre eles, por meus 30 anos de experiência de Colômbia, que se encontram os “colegas” do E-5 (alguns dos melhores jornalistas colombianos, que venderam sua alma jornalística deixando-se comprar por alguns milhões de pesos do Estado Militarista).
Eu faria o mesmo se eu fosse Uribe.
É claro! Fazer inteligência em meio a oposição tanto na Colômbia como no exterior.
No entanto Uribe não está só. O mesmo fez o fascista Pinochet através de suas embaixadas. Até que colocou bombas em Buenos Aires e Washington, matando o general constitucionalista Carlos Pratt e o ex-ministro de defesa chileno Orlando Letilier, respectivamente.

O problema que a inteligência colombiana tem comigo é que este jornalista manteve-se fiel aos princípios dos estatutos da federação sindical dos jornalistas suecos, SJF, os quais versam que um jornalista SEMPRE tem que atuar com as cartas na mesa. Por aí será intocável. Desta forma, eu jamais tive algo à esconder em meu trabalho de cobertura como repórter por TODA a América Latina.

Nunca ocultei ter sido um dos fundadores da Anncol, no ano de 1995 (tarefa de tempo livre que larguei em 1999, em virtude de todas as ameaças que sofri).
Por que o esconderia?
O motivo da criação de uma agência alternativa e ANTAGÔNICA aos erros de conteúdo dos meios pro-governamentais colombianos era, justamente, dar uma visão da realidade colombiana que NÃO ocultava os interesses por detrás dos massacres, que não ocultava a arremetida anti-sindical contra os trabalhadores e o sindicato de Bavaria executado pelo patrão de Bavaria, da Caracol, de Cromos E de Semana, reunindo 90% dos operários sindicalizados, o senhor Mario Santodomingo.

Quando os meios mencionados realizaram uma reportagem ou entrevistas com os dirigentes, operários e trabalhadores de Bavaria durante seus 71 dias de heróica greve em 2000-2001?
Esta pergunta é difícil e pesada?
Claro, por que só há uma resposta, que é a de que o seu Patrão não lhes deu permissão de tocar no assunto. Ele não somente é dono de Bavaria, senão é dono também da sorte de Vocês, Senhores(as) da revista Semana.

O que se confirma agora, com a publicação na revista Semana de que eu sou uma espécie de “aranha” entre o Secretariado das FARC e a imprensa européia, é que essa inteligência militar está interceptando os correios eletrônicos.
Nenhuma surpresa. Efetivamente fui contatado por um suposto jornalista holandês que dizia ter aval de Raúl Reyes para fazer um vídeo com a guerrilheira holandesa.
Respondi-lhe com a pergunta lógica de que, se ele tinha aval de Raúl Reyes, por que recorrer a mim? E aqui acabou o assunto.
Sou demasiado velho para cair em semelhantes arapucas criadas pelos E-5 e que agora são publicadas pelo Departamento IU da revista Semana.

Dizem na revista Semana que estou a mais de 20 anos na Colômbia e me colocam
descaradamente uma placa na frente acusando-me por tal
tarefa!
Que vergonha deveriam ter, redatores de Semana!
Publicaram uma
denúncia pública não confirmada contra mim, mas se esqueceram do princípio do
direito a réplica.
Ou seu Patrão não a permite?

A dois anos
atrás me encontrei, num evento na América Central, com a jornalista Martha (não
lembro de seu sobrenome) da revista Semana e trocamos cartões de
visita com telefone e correio eletrônico assim como trocamos algumas
experiências na Colômbia como repórteres.
Sua colega foi cordial e amável,
mas o que não entendo é: por que não aproveitaram esses dados para contatar-me,
para que eu pudesse dar a minha versão sobre a acusação dos agentes do E-5?
Inclusive Martha, em seu regresso a Bogotá, me forneceu umas fotos do
arquivo de fotos da revista Semana, publicadas pela revista numa reportagem
sobre a tortura, por parte de seus comandantes, de que foram vítimas os soldados
em Tolima e que resultou na demissão do comandante das FF.MM.
E assim se
colabora entre os jornalistas, ajudando-nos mutuamente, não que tenhamos que
sempre compartilhar as mesmas idéias, mas sim que nos ajudamos para facilitar o
trabalho.


Noutra ocasião, a inteligência militar acusou a emissora Café Stéreo de ser um “órgão radial das FARC”. E como eu também colaborava com esta emissora, ofereci ao senhor Ricardo Calderón, editor de Semana, duas reportagens: a primeira era sobre a verdadeira emissora das FARC, Voz de Resistência do Bloco Sul [2], de onde foi-lhes permitido publicar um verdadeiro furo de reportagem, já que a gerente desta emissora era, ou é, Lucero Palmera, esposa de Simón Trinidad e, certamente, também guerrilheira. A entrevistei em 2005, quando estive por lá durante uma semana.
Quando algum repórter da Semana pôde fazer semelhante reportagem?

A segunda reportagem [3] era sobre os estúdios da Café Stereo de Estocolmo, entrevistando ao diretor Miguel Suárez. Mas o senhor Calderón, depois de pensar alguns dias, recusou a oferta.

Agora os editores de Semana se dedicam a publicar rumores, indícios baratos e manipulados, enterrando para sempre os princípios para o exercício do jornalismo.

Não me surpreende, já que, como dizem os venezuelanos, na Colômbia se instaurou um regime onde os meios de comunicação se tornaram porta-vozes, ao estilo do nazista Goebbels.

Sei que nem todos os jornalistas colombianos estão de acordo com isso, é só o que faltava!
Muitos estão fartos de um regime laboral aonde nem sequer os deixam criar um singelo e humilde sindicato, que poderia trabalhar para baixar a jornada de trabalho, a qual, muitas vezes, chega a 12-14 horas por dia, das 8 estabelecidas segundo a lei.
Para o jornalista colombiano não existem os verdadeiros direitos trabalhistas e sindicais. Como conseqüência, não existem os direitos humanos, já que os direitos trabalhistas são direitos humanos. Lembram, senhores de Semana, que a um par de anos atrás os colegas da Caracol Radio tentaram criar seu sindicato e foram TODOS despedidos pelo magnata Santodomingo?

Ou que a gerência da RCN é cúmplice com a impunidade do exército, que matou dois companheiros da RCN quando cobriam a saída pelas Escarpas, depois de ter levado os onze deputados à montanha.
Já se passaram quase seis anos e nada, absolutamente nada, de julgar aos assassinos que estavam no helicóptero que os matou com armas Ponto 60, muito menos publicam uma só linha em suas mídias.

Assim é o regime de Uribe, que no fundo não é muito diferente dos outros governantes, por que é o mesmo Estado terrorista que faz um século declarou guerra a seu próprio povo.

E aí estão os que lhe servem: o Departamento E-5 e o IU, os Idiotas Úteis.

Atenciosamente:
Dick Emanuelsson

. . .que está fazendo as malas para amanhã ir à Venezuela para investigar a infiltração dos paramilitares colombianos em território venezuelano.

[1] “La guerrillera holandesa en DVD?
http://www.semana.com/wf_InfoArticulo.aspx?idArt=109423

[2] La Voz de la Resistencia transmite 'desde el ojo del huracán del Plan Patriota', '¡Sí, esta sí es una emisora de las FARC!' Por: Dick Emanuelsson (especial para ARGENPRESS.info)* (Fecha publicación:13/06/2005) http://www.argenpress.info/notaold.asp?num=021617

[3] La inteligencia militar acusa Café Stereo de Estocolmo de ser una emisora oficial de las FARC en el exterior. Por Dick Emanuelsson, junio 2005. http://www.elcorreo.eu.org/esp/article.php3?id_article=5430

Quem ataca a Uribe Vélez?

ANNCOL

Todo mundo se pergunta qual ou quais “chucham” a Uribélez. Quem se atreve a “atacar” a Casa de Nariño, símbolo de todo a sordidez na Colômbia.

Porque são tantos os inimigos que tem e fez Álvaro Uribe Vélez em sua mafiosa e paramilitarizada vida, que qualquer pessoa com o mínimo poder poderia ser.

Por um lado poderiam ser os gringos, porque já se cansaram de seu “títere” e procederão a descabeçá-lo sem contemplações, como fizeram com Manuel Noriega no Panamá. Razões, têm de sobra. Está na “lista Bush” com o número 82. Suas relações com os narco-paramilitares são de sociedade, de pertencimento. Tampouco lhes cumpriu com o resgate dos três militares espiões em poder das FARC. Nem via militar, nem muito menos via “diplomática”. E também porque não lhes cumpriu nem com derrotar as FARC, nem com atacar a Venezuela. Nem neutralizar o papel protagonista de Chávez. Nada.

Porém, poderiam ser também os militares que o têm na mira. Recordem que durante a administração Uribhitler foram descabeçados mais de 25 generais, aos quais impediu o desfrute da “época de ouro” de um general, na qual “se enchem” os bolsos. Nunca nenhum governo mandou ao “quarto de san alejo” a tantos generais. E isso não se lhe perdoarão... tenha certeza!
Poderiam ser, não faltava mais, seus sócios chefes do narco-paramilitarismo. Sabido que os Mancuso, os Castaño, os Ernesto Báez, os Jorge 40, os Hernán Giraldo, todos ou cada um deles por separado é/são capaz(es) de matá-lo eles mesmos ou mandá-lo matar. Por menos mataram os chefes narco-paramilitares, “nada pessoal”, claro, são coisas do “business are business”.
Os que, sim, não cremos que queiram matá-lo são as FARC. Porque não poderiam encontrar as FARC-EP uma pessoa mais chamborreirona que Uribhitler. Imagino como se ririam dos chiliques histéricos que fazem os funcionários governamentais. Começando por Uribhitler. Se se descabela por um escrito de ANNCOL – que não é guerrilha nem terrorista – todo o “corpo se lhe decompõe” com a insurgência guerrilheira. Não cremos, então, que as FARC queiram “chuchá-lo”. Não, há que buscar por outro lado.

E inventam coisas inverossímeis. Como “A frente européia das FARC”. Ou a “rodada de apoio logístico às FARC”. Embustes que se não fosse por desembocarem na “pistolagem”, “execução extrajudicial”, etc, o que dariamos seria uma bem sonora gargalhada. Porém, não. Toca-nos sorrirmos e colhermos essas ameaças da “inteligência” militar-narcoparamilitar com seriedade, porque tudo obedece a uma campanha bem orquestrada de perseguição fascista, narco-paramilitar, ao estilo hitleriano ou pinochetista, que pretende castigar aos “esquerdistas” exilados na Europa e outros países, já que se lhes escaparam na Colômbia.

Então, qualquer pessoa pode ter “chuchado” a Uribhitler. Porém, poderia ser também alguém “muito, muito” próximo de seu entorno. Que lhe está produzindo a “virose” que leva um mês de estar padecendo. Que pode ser o mesmo que produziu a “labirintite” de épocas passadas e que parece o Dr. Santiaguito e a Doutorinha – linda ela -, lhe curaram. Porque o Dr. Ternura, não, não. Esse não cura nem um catarro. Ou poderia ser alguém que sempre lhe está envenenando a alma, como José-Obdulio.

Enfim, pobrezinho. Só lhe fica de apoio Linita. Porém, é sabido que “nenhum se enterra com o morto. Se acaso o acompanha até o cemitério”. Por isso, vai ter que cuidar-se, porque tem o inimigo dentro. Gringos, militares, narcoparamilitares, todos a uma vão por ele.

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Aos IU de Semana.com / Declaração Pública

ANNCOL

Para conhecimento de nossos leitores, ANNCOL facilita este espaço ao cidadão europeu Ivan vd Boer, e replique sobre um escrito do senhor Camilo Jiménez, “correspondente” de Semana-Colômbia nestas latitudes.
***

Meu nome político é Ivan vd Boer – (Ivan o campesino) e quero entregar uma mensagem aos idiotas úteis (IU) da revista Semana em sua máquina de fazer e fabricar mentiras que tergiversam e/ou distorcem a realidade a seu bel-prazer http://www.semana.com/wf_InfoArticulo.aspx?IdArt=109424 porém que, felizmente, existe a contraversão dos fatos, o chamado princípio no exercício do jornalismo e se conta com espaços como ANNCOL para fazer escutar nossa voz.

Por isso, a seguir declaro:

Sou documentarista comprometido com o fenômeno político e social da América Latina e sua grande tarefa de construção do socialismo; aclarado isto, digo...

Aos mal chamados jornalistas e/ou correspondentes – IU da revista Semana – que não lograrão jamais dimensionar ou entender por arte revolucionária aquele que nasce da realização conjunta do artista e seu povo unidos por um objetivo comum, a libertação das classes dominantes-oligarcas que tanto dano, morte e dor causam a nossos povos latino-americanos, e é neste processo de constante luta frontal contra regimes totalitários onde se forja a voz da resistência junto ao povo trabalhador, profissionais, estudantes e campesinato como agentes motivadores da ação, neste processo está diretamente envolvido o criador documentarista, comprometido com as lutas sociais do continente.

Rechaço categoricamente vossas declarações infames, que são voadores de luzes (cantos de sereia) para os incautos de sempre, pasto de consumo da elite pequeno- burguesa, que é incapaz de ser motor da história.

E cito textualmente vossas declarações...

...”Eillen” está colaborando com a realização de um documentário sobre as Farc, com o que esta guerrilha esperar recuperar sua imagem na Europa, após o forte golpe que lhes assestaram os diários da holandesa.

Outra mentira mais dos IU revista Semana e servis carniceiros da inteligência militar colombiana disfarçados de pseudo correspondentes e jornalistas ancorados na Europa em seu claro afã de prejudicar a realização de uma produção filme documentário. Aclarar que tanto os IU de Semana e o jornal fascista – El Tiempo – se têm destacado em manipular e denegrir a imagem da guerrilheira Eillen e sabido é que os paramilitares genocidas colombianos a ela lhe querem fazer desaparecer.

Direi claro e forte, Eillen não colabora com a realização de nenhum documentário com saída de mercado na Europa, menos o Comandante Raúl Reyes aprovou roteiro algum, de fato, não existe tal roteiro, já que sou eu o responsável direto da primeira etapa de reportagem em território insurgente como enviado especial de Nova http://www.novatv.nl/, produção que tem logrado com êxito por parte de uma equipe de profissionais holandeses e onde Vocês IU revista Semana não poderão ter espaço algum.

Por outra parte, mente descaradamente e elucubra a Sra. Liduine Zumpolle em suas declarações aos IU revista Semana, o realizador não tem contato algum com a guerrilheira holandesa e, é mais, Zumpolle vê na realização de um futuro filme uma máquina panfletária de comunicação posta a serviço das Farc-EP; a Sra. Zumpolle deveria informar-se antes de emitir este tipo de declarações, porém, desde logo, não lhe interessam, em absoluto, quais são as motivações da equipe de produção de Nova ou dos pais de Tanja Nijmeijer.

Talvez seria interessante desmascarar o trabalho desta Sra. Zumpolle nos Países Baixos e de seu apoio aos reinseridos do EPL que se tornaram agentes do DAS com um nome que se chamou Os Comandos Populares, que se converteram em paramilitares, também escondeu na Holanda a Bernardo Gutiérrez, um desertor das Farc, que desmobilizou ao EPL. Em concreto, a Sra. Zumpolle apóia a desmobilização social dos povos e sua desorganização.

...Segundo a diretora da Fundação Apoio Reconciliação Colômbia e experta holandesa Liduine Zumpolle, “Tanja está obrigada a colaborar nesse documentário, já que é uma condição para o julgamento; por duas razões: porque, como estrangeira, exigir privilégios ante a guerrilha é muito difícil e porque todos sabem muito bem o valor que terá a utilização de seu discurso na Europa”.

Devo insistir que, em vosso claro afã de tergiversar e não dar valor à palavra, os IU revista Semana se têm esmerado em sondar os labirintos ocultos dos mal chamados jornalistas e/ou correspondentes, que não são mais que servis títeres à disposição da inteligência militar da Colômbia. Tanja Nijmeijer não está obrigada a nada, com referência à sua participação num filme documentário sobre sua vida, e mais, como realizador tenho sabido do interesse de outros realizadores holandeses em produzir um filme sobre a guerrilheira holandesa.

...O documentário mostrará a “Eillen” dando testemunho de suas experiências (agora positivas) nas Farc, da validade da luta desta guerrilha e um relato do caminho que seguiu para ingressar na organização. Para Zumpolle, se trata, sem dúvida, de um “vídeo de propaganda para publicidade internacional”.

Outra mentira mais e falta grave de rigor jornalístico, é claro que os IU revista Semana não reconhecem uma avaliação crítica distinta, o grande crítico finalmente é a opinião pública, que não necessita “mediadores que o defendam e o interpretem”, como se empenha a Sra. Zumpolle.

...Por encargo das FARC, o trabalho será realizado por um documentarista chileno radicado na Holanda, que se faz chamar Ivan van der Boer. O roteiro foi aprovado por “Raúl Reyes”. As pontes da guerrilha para sua pós-produção na Europa, também neste caso, permanecem as habituais: um correspondente sueco com o nome de Dick Emmanuelson, que leva trabalhando na Colômbia mais de 20 anos e é co-fundador de Anncol, estabelece os contatos com a imprensa européia e coordena a produção do documentário na Europa.

Por razões de segurança e conhecendo suas formas carniceiras subservientes a Inteligência militar colombiana, optei por colocar bem resguardado meu nome real; ademais, as Farc-EP não encarregaram direta ou indiretamente nenhum trabalho de produção audiovisual sobre Eillen. Não existem nexos diretos ou pontes relacionadas com as Farc-EP em pós-produção, uma invenção mais de sua falsária máquina de montar mentiras, como costumam os IU revista Semana.

...Segundo o analista César Castaño, um conhecedor das andanças da guerrilha na Europa, se trata de um procedimento regular: “Isto é algo como o sucedido no filme “Guerrilha Girl”, de produção dinamarquesa; as Farc põem o dinheiro, porém usam um terceiro que desenvolva o trabalho, pois lhes representa uma maior credibilidade”.

Finalmente, quero deixar claro ao analista que não pode haver comparação alguma com outras produções e a determinação de produzir um filme sobre a vida guerrilheira de Eillen é uma determinação pessoal e livre, o processo está em marcha, queira-se ou não, junto ao direito irrenunciável de um povo que tem empreendido o caminho de sua definitiva independência para o socialismo e a Pátria Grande, que um povo que tem cultura é um povo que luta, resiste e se liberta.

Ivan vd Boer – Países Baixos
Amsterdam 20F - 2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Os idiotas úteis da Inteligência Militar colombiana


A revista Semana, em sua última edição [17.fev.08], publica um artigo intitulado “a frente européia das FARC”, de Camilo Jiménez, um reconhecido provocador e agente da “Inteligência” Militar, que ganha sua pobre vida vadiando pelas embaixadas que tem Uribihtler na Europa, buscando supostos enlaces da guerrilha, para acusá-los de terroristas e montar-lhes na Colômbia processos contra eles.

Em sua última “investigação”, publicada na reconhecida gazeta semanal do grupo espanhol Prisa e que gerencia um senhor de sobrenome Samper, a empreende contra os residentes colombianos nos países da Comunidade Européia, a maioria deles exilados e, portanto, com sua situação legal bem definida; tratando de “vinculá-los” com as FARC para acusá-los como terroristas.

Tudo porque expressam opiniões diferentes às dos meios de alienação massiva e de propaganda, que tem montado o regime narco-fascista de Uribe Vélez e que Jiménez chama, com sua enviesada inteligência, “notícias proFarc”. Tudo porque não seguem como cordeiros os ditados unanimistas do regime narco-paramilitar de Álvaro Uribe Vélez.

Utiliza o reconhecido método policial de desinformação e de “guerra suja”, de escrever um parágrafo com uma afirmação verdadeira, seguido por um parágrafo mais abaixo, com outra afirmação falsa, de maneira que os leitores não podem nunca formar uma opinião completa e contextualizada da notícia real. Realidade que mostra que esta técnica de macarthização leva ao assassinato dos contraditores políticos do regime narco-paramilitar uribiano.

Diz que um articulista chamado Horacio Duque, a quem a fiscalização colombiana lhe montou um processo judicial e tem encarcerado (certo), é um membro da ANNCOL (falso); quando a verdade é que o Sr. Duque é um reconhecido membro do Partido Liberal, com altas responsabilidades políticas na Comissão Ideológica do liberalismo durante as campanhas presidenciais do Samper Pizano e de Horacio Serpa, e quem se caracterizou por ser um crítico radical do governo de Uribe Vélez. O Sr. Duque, ocasionalmente, enviava suas opiniões a ANNCOL e a outros meios alternativos para que fossem publicadas, coisa que esta agência realizou dentro de sua concepção ampla de publicar o que na Colômbia se constitui num delito.

Igualmente, lança sua asquerosa diatribe contra a Juventude Comunista (JUCO), organização juvenil colombiana que tem batalhado de mil maneiras contra os regimes ditatoriais colombianos e, por isso, assassinaram a muitos de seus membros.

A revista Semana recolhe, com muito prazer, a bili hedionda de Jiménez, da mesma maneira que El Espectador recolhe a do zamuro Yamhure, quem ainda escreve sobre a carniça que tragou quando esteve como agente militar na Embaixada da Colômbia na Suécia espionando aos exilados colombianos; sem dar-se conta de que os países europeus respeitam até as últimas conseqüências a liberdade de imprensa, coisa que não sucede na Colômbia e, que por mais que se autodenominem prestigiosos meios de comunicação colombianos e escrevam sobre “supostos vínculos terroristas” de residentes legais na Comunidade Européia, ali deverão comprovar com provas concretas, reais e objetivas, não com montagens ou pré-fabricados, dita vinculação e que, em nenhum dos casos, será por um delito de opinião.

Esta dolorosa experiência fascista de estabelecer o delito de opinião, satanizar e, logo após, executar aos opositores, foi aprendida com muito sofrimento e sangue pelos velhos e novos europeus, e esta razão que não entendem pessoas pagadas e interessadas como Jiménez, o zamuro Yamhure ou seus patrocinadores, que os europeus se solidarizam ou apóiam aos meios alternativos de opinião que na Europa estabeleceram “legalmente” os exilados colombianos sobreviventes do Terrorismo de Estado, com o objetivo de denunciá-lo ante o mundo e mostrá-lo como a cicatriz humana que é, sem que isto constitua delito nenhum, senão que, pelo contrário, estas denúncias sejam vistas como um aporte à luta pela Democracia e pela Paz no mundo.

Porém, isto é muito elevado para enviesados carniceiros como Jiménez, o Zamuro, ou os “ingênuos” diretores dos meios que os utilizam. Que na mesma revista falam de “tolerância”, porém, no entanto, publicam artigos como o de Jiménez, que mostra às claras sua cara. De todas as maneiras, a redação de ANNCOL se permite recordar-lhes que, em todos os casos, sempre deverão ter presente que em qualquer país da Comunidade Européia se deve comprovar, mediante um devido processo e com provas objetivas reais e controvertíveis, suas caluniosas e macarthistas acusações. Do contrário, não passará de ser um gasto de pólvora em Zamuro.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O que se esconde por trás da pressa em privatizar a ISS a qualquer preço?

Jorge Enrique Robledo/ANNCOL


Os 10,8 bilhões de pesos que administrava o Seguro Social são a pilhagem atrás da qual vão os tubarões da privatização, afirmou o senador Jorge Enrique Robledo ao rechaçar a liquidação da ESE Rita Arango decretada pelo governo na sexta-feira, 15. A medida foi posta em prática com uma imensa operação policial que cercou as clínicas e impediu a entrada dos trabalhadores.

As três clínicas da ESE Rita Arango cobrem 167 mil usuários nos departamentos do Eixo Cafeteiro e reúnem quase mil trabalhadores, que ficaram no desemprego ou verão suas condições de trabalho deterioradas. É a quinta ESE que o governo liquida nos últimos doze meses. As outras são a José Prudencio Padilla, da Costa Atlântica, a Rafael Uribe, de Antioquia, Córdoba e Chocó, a Policarpo Salavarrieta, de Cundinamarca, Boyacá, Tolima, Huila, Meta e Caquetá, e a Luis Carlos Galán, de Bogotá.

Com cinismo, o ministro Palacio afirma que com a medida se busca “melhorar a qualidade dos serviços”, apesar de saber que o objetivo é vender ao melhor pagador a infra-estrutura das clínicas. A agressividade com a qual se faz a privatização da saúde ficou clara nas liquidações das ESE do Seguro Social, onde quase dois milhões de usuários e uns 3.000 trabalhadores são deixados praticamente à deriva.

O congressista do Pólo Democrático chamou os três milhões de usuários do Seguro, aos trabalhadores e à cidadania a repudiar a privatização do ISS e a defender a saúde pública, cuja liquidação definitiva é uma das metas que se propôs o governo do presidente Uribe Vélez.

Oficina de Imprensa, Senador Jorge Enrique Robledo

http://www.moir.org.co/



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Força Aérea bombardeia e metralha povoados em Tame

ANNCOL


A Agência Prensa Rural informa que “Segundo informam os correspondentes da Associação Campesina de Arauca, na sexta-feira, 15 de fevereiro, às 15 horas, os povoados de Laureles e El Milagro estavam sob o bombardeio e disparos de aviões e helicópteros da Força Aérea Colombiana e do Exército Nacional.

…De acordo com informações da Associação Campesina de Arauca (ACA), populares dos povoados de Laureles e El Milagro, da jurisdição deste município, denunciaram a presença das aeronaves nesta tarde e solicitaram a ajuda desta organização para prestar o devido apoio às comunidades atingidas.

…No município de TAME, especialmente em sua zona rural, tem sido o epicentro do Plano Colômbia na região e as operações militares ali têm sido de particular intensidade com a implementação da chamada política de ‘Segurança Democrática’ do atual governo, com a qual se tem incrementado as violações aos direitos humanos e se tem afetado principalmente as comunidades camponesas da região.

…Preocupa que estas ações militares indiscriminadas afetem a população civil, e se teme por desaparecimentos. Em abril de 2007 se haviam denunciado operações similares em povoados de Tame e Arauquita”.

Saiba mais em http://prensarural.org/spip/spip.php?article1046

Fidel não aspira nem aceita cargo algum

ANNCOL

O Comandante em Chefe e Presidente de Cuba, Fidel Castro Ruz, anunciou nesta terça que “não aspira nem aceitará” novamente os cargos que honrosamente tem ocupado durante 49 anos à frente da gloriosa Revolução Cubana.

“Meu desejo foi cumprir meu dever até o último fôlego. É o que posso oferecer”, declarou Fidel.

“Lhes comunico que não aspiro nem aceitarei – repito – não aspiro nem aceitarei, o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante em Chefe”, afirma o líder cubano.

“Era incômoda minha posição frente a um adversário que fez todo o imaginável para desfazer-se de mim e em nada satisfazê-lo”, disse o Comandante.

“Não me despeço de vocês. Desejo apenas combater como um soldado das idéias. Seguirei escrevendo sob o título “Reflexões do companheiro Fidel”. Será uma arma a mais no arsenal com o qual se poderá contar. Talvez minha voz seja ouvida. Serei cuidadoso”, destacou.

A notícia foi recebida com tranquilidade e maturidade política pelo povo cubano. Quam não a recebeu tão tranquilamente foram os setores anti-cubanos. A ladainha da imprensa internacional é que ‘Cuba deve democratizar-se’, e na continuação entrevista dois ‘dissidentes’ cubanos os quais têm mostrado o ‘povo’ que mobilizam e que sabem que a Revolução Cubana continuará.

Por ser um documento histórico, transcrevemos textualmente a carta do comandante:

“Queridos compatriotas:

Les prometí el pasado viernes 15 de febrero que en la próxima reflexión abordaría un tema de interés para muchos compatriotas. La misma adquiere esta vez forma de mensaje.

Ha llegado el momento de postular y elegir al Consejo de Estado, su Presidente, Vicepresidentes y Secretario

Desempeñé el honroso cargo de Presidente a lo largo de muchos años. El 15 de febrero de 1976 se aprobó la Constitución Socialista por voto libre, directo y secreto de más del 95 por ciento de los ciudadanos con derecho a votar. La primera Asamblea Nacional se constituyó el 2 de diciembre de ese año y eligió el Consejo de Estado y su Presidencia. Antes había ejercido el cargo de Primer Ministro durante casi 18 años. Siempre dispuse de las prerrogativas necesarias para llevar adelante la obra revolucionaria con el apoyo de la inmensa mayoría del pueblo.

Conociendo mi estado crítico de salud, muchos en el exterior pensaban que la renuncia provisional al cargo de Presidente del Consejo de Estado el 31 de julio de 2006, que dejé en manos del Primer Vicepresidente, Raúl Castro Ruz, era definitiva. El propio Raúl, quien adicionalmente ocupa el cargo de Ministro de las F.A.R. por méritos personales, y los demás compañeros de la dirección del Partido y el Estado, fueron renuentes a considerarme apartado de mis cargos a pesar de mi estado precario de salud.

Era incómoda mi posición frente a un adversario que hizo todo lo imaginable por deshacerse de mí y en nada me agradaba complacerlo.

Más adelante pude alcanzar de nuevo el dominio total de mi mente, la posibilidad de leer y meditar mucho, obligado por el reposo. Me acompañaban las fuerzas físicas suficientes para escribir largas horas, las que compartía con la rehabilitación y los programas pertinentes de recuperación. Un elemental sentido común me indicaba que esa actividad estaba a mi alcance. Por otro lado me preocupó siempre, al hablar de mi salud, evitar ilusiones que en el caso de un desenlace adverso, traerían noticias traumáticas a nuestro pueblo en medio de la batalla. Prepararlo para mi ausencia, sicológica y políticamente, era mi primera obligación después de tantos años de lucha. Nunca dejé de señalar que se trataba de una recuperación "no exenta de riesgos".

Mi deseo fue siempre cumplir el deber hasta el último aliento. Es lo que puedo ofrecer.

A mis entrañables compatriotas, que me hicieron el inmenso honor de elegirme en días recientes como miembro del Parlamento, en cuyo seno se deben adoptar acuerdos importantes para el destino de nuestra Revolución, les comunico que no aspiraré ni aceptaré- repito- no aspiraré ni aceptaré, el cargo de Presidente del Consejo de Estado y Comandante en Jefe.

En breves cartas dirigidas a Randy Alonso, Director del programa Mesa Redonda de la Televisión Nacional, que a solicitud mía fueron divulgadas, se incluían discretamente elementos de este mensaje que hoy escribo, y ni siquiera el destinatario de las misivas conocía mi propósito. Tenía confianza en Randy porque lo conocí bien cuando era estudiante universitario de Periodismo, y me reunía casi todas las semanas con los representantes principales de los estudiantes universitarios, de lo que ya era conocido como el interior del país, en la biblioteca de la amplia casa de Kohly, donde se albergaban. Hoy todo el país es una inmensa Universidad.

Párrafos seleccionados de la carta enviada a Randy el 17 de diciembre de 2007:

"Mi más profunda convicción es que las respuestas a los problemas actuales de la sociedad cubana, que posee un promedio educacional cercano a 12 grados, casi un millón de graduados universitarios y la posibilidad real de estudio para sus ciudadanos sin discriminación alguna, requieren más variantes de respuesta para cada problema concreto que las contenidas en un tablero de ajedrez. Ni un solo detalle se puede ignorar, y no se trata de un camino fácil, si es que la inteligencia del ser humano en una sociedad revolucionaria ha de prevalecer sobre sus instintos.

"Mi deber elemental no es aferrarme a cargos, ni mucho menos obstruir el paso a personas más jóvenes, sino aportar experiencias e ideas cuyo modesto valor proviene de la época excepcional que me tocó vivir.

"Pienso como Niemeyer que hay que ser consecuente hasta el final."

Carta del 8 de enero de 2008:

"...Soy decidido partidario del voto unido (un principio que preserva el mérito ignorado). Fue lo que nos permitió evitar las tendencias a copiar lo que venía de los países del antiguo campo socialista, entre ellas el retrato de un candidato único, tan solitario como a la vez tan solidario con Cuba. Respeto mucho aquel primer intento de construir el socialismo, gracias al cual pudimos continuar el camino escogido."

"Tenía muy presente que toda la gloria del mundo cabe en un grano de maíz", reiteraba en aquella carta.

Traicionaría por tanto mi conciencia ocupar una responsabilidad que requiere movilidad y entrega total que no estoy en condiciones físicas de ofrecer. Lo explico sin dramatismo.

Afortunadamente nuestro proceso cuenta todavía con cuadros de la vieja guardia, junto a otros que eran muy jóvenes cuando se inició la primera etapa de la Revolución. Algunos casi niños se incorporaron a los combatientes de las montañas y después, con su heroísmo y sus misiones internacionalistas, llenaron de gloria al país. Cuentan con la autoridad y la experiencia para garantizar el reemplazo. Dispone igualmente nuestro proceso de la generación intermedia que aprendió junto a nosotros los elementos del complejo y casi inaccesible arte de organizar y dirigir una revolución.

El camino siempre será difícil y requerirá el esfuerzo inteligente de todos. Desconfío de las sendas aparentemente fáciles de la apologética, o la autoflagelación como antítesis. Prepararse siempre para la peor de las variantes. Ser tan prudentes en el éxito como firmes en la adversidad es un principio que no puede olvidarse. El adversario a derrotar es sumamente fuerte, pero lo hemos mantenido a raya durante medio siglo.

No me despido de ustedes. Deseo solo combatir como un soldado de las ideas. Seguiré escribiendo bajo el título "Reflexiones del compañero Fidel" . Será un arma más del arsenal con la cual se podrá contar. Tal vez mi voz se escuche. Seré cuidadoso.

Gracias, Fidel Castro Ruz

18 de febrero de 2008

5 y 30 p.m.”