segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
domingo, 30 de dezembro de 2007
A morte do Libertador e seu labirinto
A ordem era simples e clara: Não deixe o Libertador sair com vida do território neo-granadino, pois corriam o risco de que sua espada voltasse a cavalgar pela América Latina. Bolívar vem “febril, pálido e grave”, caminha ao seu encontro definitivo com o boticário francês Próspero Reverand, que foi nomeado oficialmente seu médico, e previamente instruído pelo general venezuelano Mariano Montilla, inimigo declarado do Libertador desde sempre e partidário declarado do general venezuelano Paez, que está em guerra com o general Santander da Colômbia, para juntos destruir o projeto Bolivariano e ficarem cada um com sua “patriazinha”. Tembém vem rumo a Santa Marta, a galera de guerra Norteamericana ‘Grampus’, com o sirurgião militar Dr Night (Noite) à bordo.
Reverand (como agora sabemos), não era médico, apenas possuía alguns conhecimentos de cirurgia militar adquiridos na França e muitos, esses sim, sobre ingredientes farmacêuticos. Com isso montou um boticário particular para vender suas poções aos samários. No dia 01 de dezembro de 1830 examina o Libertador, olha seus olhos, vê seu semblante e diz para si mesmo, que o eminente paciente sofre de ‘uma convulsão’, então, de acordo com a orientação recebida, instaura o plano terapêutico: Pitadas de cantárida pulverizada, mesclada com arsênico, aplicados na nuca do paciente, pois a via oral é incerta e não pode controlá-la diretamente. O pó é absorvido pela pele, se sinergiza e não deixa muitas marcas. O boticário sabia que essa mistura magistral é conhecida desde a antiguidade romana, e que na idade média era o veneno utilizado pela família do papa Borgia e chamaram a “cantarela”. O apelidaram depois de pó da Toffana.
Pouco depois vem o cirurgião Norte-americano Night, examina o Libertador e diz a Reverand que sua palidez, seu estado febril correspondem a uma ‘anemia crônica’. O boticário insiste que era uma ‘convulsão’. Discutem, porém coincidem em duas coisas: Uma, que é uma doença ‘crônica’, ou seja, que o Libertador já havia começado a morrer faz tempo, quem sabe com ajuda das ‘curas arsenicais contra as queimaduras’ que o aplicaram vários médicos ingleses, o último foi Dr. Joly e a outra fundamental: Seguir com as pitadas na nuca. A razão ‘científica’ contra todos os conhecimentos médicos da época para tratar ambas as enfermidades e sobretudo, contra a realidade anatômica que ambos os cirurgiões conheciam muito bem; é um absurdo dizer que os líquidos perniciosos da cabeça (não dos pulmões), podem ser extraídos através da nuca com pitadas de cantárida. Nos 17 dias que o Libertador esteve nas mãos do boticário francês ; lhe aplica 8 vezes no total, inclusive sobre ferimentos abertos, com tal obstinação e persistência que o tornam ainda mais suspeito.
O cirurgião militar Norteamericano, seguro de que o Libertador não sairá vivo de Santa Marta, prepara a volta ao seu país e o navio de guerra yankee pouco depois desaparece misteriosamente para a história, no obscuro Triângulo das Bermudas. Enquanto na fazenda de Sanpedro alexandrino, o boticário francês redige 33 boletins sobre a evolução clínica do Libertador. Depois despedaça seu caráter, escreve e edita uma necropsia, onde descobre a razão: O Libertador morreu de anemia. Mas seu empirismo francês o entregou. Hoje, qualquer clínico geral pode nesses documentos escritos, constatar como os venenos aceleraram a morte do Libertador.
Para isso basta lê-los cautelosamente e agrupar seus símbolos e sintomas em dois grupos: 1- Urinários devido à uma intoxicação por cantárida: Urinas sanguinolentas seguidas de anemia, falha renal e insuficiência renal aguda. 2- Neurológicos e Gastro-intestinais, devidos à uma intoxicação por arsênico> letargia, confusão mental, delírio, inquietude extrema e coma. Vômitos, cólicas, diarréias, ‘estômago dilatado por um líquido amarelado, sem lesão’. Não descreve peritonite tuberculosa, mas sim pericardite; o Coração (apesar das cavernas pulmonares descritas), não sofreu nada particular, ainda que banhado por um líquido esverdeado contido no pericárdio’.
Duvido da confissão de Simon Bolívar ao bispo. E não acredito que tivesse clareza mental suficiente para ditar um testamento. Quem sabe o único instante de lucidez e realismo que o envenenamento lhe permitiu foi quando disse ao seu assistente mais próximo: - Como sairei desse Labirinto?
Não podia. Era um labirinto de 5 ângulos, ou pentágono, mais terrível e complicado que o deserto imaginado por Borges. Com escadas secretas, corredores e túneis fechados. Com portas que conduzem a cemitérios protegidos por muros impenetráveis e guardas armados de metralhadoras.
No dia 20 de Novembro de 1942, doze anos depois de sua famosa necropsia, Reverand com o olhar baixo e envergonhado, junto com o chefe político santanderista de Santa Marta, Manuel Ujueta, em uma tétrica exumação identifica o pó em que se tornou o Libertador. Joaquín Posada Gutiérrez em sua memória escrita (1865), deixa essa constância para a história: ‘o crânio serrado horizontalmente e a nuca cortada por ambos os lados obliquamente, os ossos da pernas e pés estavam cobertos por botas de campanha, a direita completa, a esquerda despedaçada. Ao lado de sua costela , pedaços de ouro deteriorado e listras de cor verde com metal oxidado, foram os únicos fragmentos de sua vestimenta que se encontraram; todo o resto havia se pulverizado’.
Como não estar de acordo com a identificação, esta sim científica, que fazem em Caracas os filhos de Bolívar, sobre os restos entregues pelo governo do general Santander ao governo da Venezuela? Porque não quere que se separe e se determine esse pó, se é arsênico do Labirinto, ou se é o verdadeiro pó sideral que nos ilumina e orienta? O que temem os Senhores do Labirinto, se o que brilha por luz própria não pode ser apagado?
enlace original: http://www.anncol.nu/index.php?option=com_content&task=view&id=127&Itemid=2
às 22:47
A luta política da insurgência colombiana
No cenário político colombiano se desenvolvem duas vertentes: Uma: a do desgoverno, decidido a esconder, desviar, dissolvendo todo o tipo de escândalos sem apontar para dentro da narco-para-política; explicando-se a essência do regime do Minifüher.
Aconteceram uma série de eventos cujos antecedentes atualizam a explicação da consolidação das castas dos cartéis mafiosos na direção do Estado colombiano; e a mais significativa delas é a relação ativista-familiar do Doctor Varito, como consequência do acionar de seu finado pai Álvaro Uribe Sierra em seu envolvimento no assassinato do então Procurador Rodrigo Lara Bonilla; assim como a descoberta da assinatura pessoal do obtuso “conselheiro” presidencial Obdulio Gaviria- primo-irmão do chefe criminal Pablo Escobar Gaviria, como pagamento para o executor do señor Cano, Diretor do jornal El Espectador.
Outra: a atividade política das Farc-ep, desenvolvida em torno da acertada decisão de seu gesto humanitário; acumulando o sentimento da opinião pública nacional e internacional e ficando muito bem situada diante dos movernos amigos pela consolidação da Troca Humanitária. Ou seja, ao contrário do que foi dito pelo regime narco-paramilitar na Colômbia, se acelera a opção do reconhecimento como força beligerante do movimento insurgente colombiano.
Só um tonto ou um louco para negar o caráter político da Insurgencia desde seu gênesis até sua atual consolidação. Basta só um fator de caracterização a respeito: a existencia da Plataforma de Luta para um Governo de Reconstrução e Reconciliação Nacional, que completou dez anos; como foi lançado pelo Plenário do Estado Mayor Central das Farc-ep das Montanhas da Colômbia, em novembro de 1997 e que se constituiu em um motor “Abrindo Caminho rumo à Nova Colômbia”.
O PAPEL DAS OUTRAS FORÇAS
A história política da social-democracia colombiana deve ser analisada sob um caráter dialético da luta dos contrários. De maneira que mediante uma hegemonia da extrema direita narco-paramilitar e terrorista de Estado com a aprovação do Império; se encontra o acionar armado da Insurgência ocupando todos os espaços da luta opositora ilegal na Colômbia.
Em um cenário de combinação das formas de luta –como sabiamente o proclama o Partido Comunista Colombiano há cinquenta anos- predomina pela crueldade do terrorismo de Estado e a guerra intervencionista do Imperio na Colômbia, a coreografia da luta armada.
Com um olhar podemos definir o papel da oposição legal ou da esquerda, para que possamos afirmar que no vértice dessa relação dialética se exige a identificação da social-democracia com as Plataformas de Luta da esquerda; ao contrário do que aconteceu em décadas anteriores em que a esquerda ia lado a lado com o liberalismo.
Isso não admite matizes. Por si só já é uma vergonha esses planejamentos que possam predominar uma tendência REFORMISTA no seio do Pólo Democrático Alternativo. Só de planejá-lo o dirigente Luis Garzón já se afasta dos programas para a Nova Colombia. Representa uma atitude maquiadora do atual estado das coisas na Colômbia.
Choca inclusive com a rota da social-democracia liberal e o coloca na corrente hegemônica da extrema directa. E como na política se jogam as sutilezas, ao afirmar o desvencilhado Prefeito da capital que ele não quer estragar a festa, mas que o Acordo Humanitário não acontecerá; expressa o sentimento de temor à avalanche de sucessos que terá o traste com sua prematura aspiração presidencial.
QUE FLAUTAS TOCAM A OPOSIÇÃO POLÍTICA LEGAL.
Assistimos na Colômbia a inércia da social-democracia e a esquerda legal. Uma possível causa do silêncio terrorífico imposto aos lutadores colombianos nas décadas de prática de genocídio político. Busquemos explicações, não justificativas.
Vale considerar que por conta das circunstâncias políticas atuais na Colômbia, expresso pessoalmente meu pensamento político sob o manto do pseudônimo, não me inibe ele para me referir aos dirigentes políticos da social-democracia liberal e da esquerda legal em sua tenaz e arriscada atitude de persistir na busca por profundas mudanzas nas estruturas do Estado e no exercício da política na Colômbia, em todo sentido.
Mas não elogio todos. Uma organização política de massas deve estar afinada com os acontecimentos que regem a vida política do país. Ainda que tantas coisas aconteçam na Colombia, nunca acontece nada. Isso não só contribui com o controle confucionista dos Meios de Alienação de Massa cultivado pela mentira e o medo predominantes, como também contribui com o abandono dos programas políticos do mínimo ao máximo, mantendo-os órfãos, diferente das aspirações do povo colombiano.
O terrorismo de Estado e o embate narco-paramilitar pretendem manter calado o anúncio do acionamento do movimento popular. Uma reivindicação para a mobilização popular como o tão falado Intercâmbio Humanitário esbarra na cumplicidade histórica da social-democracia e a esquerda legal no atual estado de desgoverno.
A Troca Humanitária debe ser lida como síntese e efeito do devaneio político na Colômbia. Rompe com o estigma, macarthismo e desinformação do agudo conflito colombiano. Demonstra diante do mundo a existência de presos políticos com permanencias de mais de trinta anos cumprindo injustas condenações. Demonstra diante do mundo a existencia de combatentes populares-guerrilheiros presos- tanto nas masmorras da Colômbia como nas do Imperio, como é o caso de Simón Trinidad e Sonia, acusados de comercializar cocaína para o Império; eles, de convicção ideológica comunista, por princípios contrários a um efeito próprio do capitalismo como é o narcotráfico. Estão lá por causa do ódio visceral do Câncer do Império.
À respeito, devo explicar ao filho da minha companheira que Câncer não é o que come cerebros. Remete à mitologia, o cachorro guardião das três cabeças, que no caso do Minifúhrer correspondem ao narcotráfico, outra ao paramilitarismo e a outra ao capitalismo. Foi o temible Hércules que deu conta do Câncer mandando-o à profundezas dos infernos.
Satisfaz a identificação que faz do Hércules atual que dá conta do Minifúhrer Câncer. O Intercâmbio Humanitário demonstra ao mundo que o intenso conflito colombiano ultrapassou as fronteiras e é objeto de atenção. O Intercâmbio Humanitário demonstra diante do genocídio político contra o partido de Esquerda, a União Patriótica; diante do crime seletivo contra dirigentes políticos, sindicais e populares; diante do imoral desalojamento interno de mais de quatro milhões de colombianos pela sangrenta reforma agrária que a violencia narco-paramilitar impôs ao campesinato colombiano; demonstra o Intercâmbio Humanitário, sobretodo, que a desposta da Insurgencia diante de tanta barbárie não foi a aplicação do Código de Hamurábi, de olho por olho e dente por dente. Demonstrou diante de seu povo e de todo o Mundo sua profunda convicção pelo respeito à vida.
Anos atrás, as ideologías pequeno-burguesas e anarquista, no seio do movimento armado popular, clamava pela resposta sangrenta ao exercício déspota da oligarquia colombiana e o Império. Afirmavam que não teriam postes suficientes na avenida que vai do centro ao aeroporto El Dorado de Bogotá para enforcar tantos mafiosos e criminosos oligárquicos.
Mas não. Teve, em contrapartida, que passar a sociedade colombiana pela resposta à retenção de pessoas com fins políticos por parte da Insurgencia. Nem dilema nem sofisma como tampouco dicotomía significa a anterior sustentação.
Tão macabro o padecimento de vítimas e familiares pelo crime seletivo e de massacres perpetrados pelo Terrorismo de Estado e o experimento oligárquico e do Imperio do narco-paramilitarismo; com o vergonzoso padecimento dos detidos por motivos políticos.
Dolorosa situação para as vítimas dessa pena, como para seus familiares. Mas a oligarquia assim o quis. Assim foi esculpido em pedra do altar da dor da familia colombiana, o padecimento dessa guerra civil pela qual transitamos.
Por isso o clamor da dirigência e movimento político da social-democracia liberal e esquerda legal clombiana, em asumir o papel histórico pela conquista de um Governo de Transição e Reconciliação Nacional que acabe com o flagelo do regime terrorista de Estado e seu apoio narco-paramilitar.
Em conclusão, o Intercâmbio Humanitário abra esse panorama rumo à saída política e definitiva pela Nova Colômbia.
enlace original: http://www.anncol.nu/index.php?option=com_content&task=view&id=126&Itemid=2
às 22:42
Rodrigues Chacín Deu novos detalles sobre a fase final da Operação Emmanuel
De Rádio Café Stéreo - Escrito por YVKE Mundial (Luigino Bracci Roa)
O Coordenador Especial da Operação Emmanuel, Ramón Rodrigues Chácin, deu declarações este domingo, às 14:15 hs., no Hotel Meliá, em Caracas, dando detalhes importantes sobre como se realizará a operação de resgate de três pessoas que seriam libertadas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) nas próximas horas.
Rodrigues Chapín foi enfático ao assinalar que ninguém tem as coordenadas enviadas pelas Farc sobre o local de entrega. No entanto, suas declarações apontam que a terceira fase da operação Emmanuel se desenvolverá da seguinte maneira:
O início da terceira fase: Ao receber as coordenadas, Rodríguez Chacin se deslocará imediatamente para Villavicencio, Colômbia, possivelmente num avião Falcon que lhe garantisse estar no local em umas duas horas e meia. Então, com autorização do Presidente Hugo Chávez, se iniciará a operação.
O momento: “Estimamos iniciar a operação assim que clarear o dia. Ao raiar o sol em Villavicencio sairemos para ter tempo o suficiente e necessário para finalizar a operação. Se tivermos que ir a diferentes heliportos, ou irmos a alguma vila, ou ir a duas, ou três vilas para buscar informações nas caixas postais que existam nesses lugares, o faremos e nesse mesmo dia temos a intenção de retornar.”
No en tanto, não está descartado que a operação possa de iniciar à tarde ou em horário noturno. Disse Rodríguez Chacín: “Temos a capacidade de trabalhar 24 horas por dia, temos todos os recursos para fazê-lo”. Indicou que as aeronaves venezuelanas MI-172 têm capacidade para vôos noturnos pelo que, se for necessário realizar uma missão noturna, se comunicaria à Cruz Vermelha desta situação e, garantindo-lhes a segurança, se partiria em horário noturno para cumprir a missão.
As coordenadas: É de se observar que as coordenadas que haverão de chegar possivelmente não serão as do ponto de liberação, mas de um ponto intermediário, por exemplo, um heliporto clandestino onde haveriam novas coordenadas, e talvez devam deslocar-se a um terceiro ponto. E talvez dali tenhamos que caminhar um trecho, “por medidas de segurança que são compreensíveis”, explicou.
Igualmente, Rodríguez Chacín disse que tem avaliado que não sejam coordenadas geográficas tradicionais, mas uma direção em um povoado ou em uma vila onde deva se solicitar a alguma pessoa que entregue os dados. “Tudo isso está previsto e consolidado, tenham certeza de que iremos conseguir.”
*
Por sua vez o chanceler Nicolas Maduro deu declarações às 15:35 hs. Deste domingo indicando que a operação poderia atrasar alguns dias. No entanto, confirmou que estão em contato permanente com a guerrilha e pediu aos jornalistas calma e paciência.
Sobre o aparente atraso no envio das coordenadas, recordou o ministro venezuelano Ramón Rodrigues Chacín que “no território colombiano existem operações militares e no meio dessas operações eles (as FARC) vão liberar os retidos. Não podem se comunicar por radio porque poderiam ser localizados.” Igualmente, indicou que os guerrilheiros necessitam planejar uma operação de retirada para evitar serem capturados por forças militares colombianas uma vez terminada a operação.
Diante da pergunta de um jornalista sobre a possibilidade de que os familiares passem o ano novo em companhia dos liberados, Rodríguez Chacín disse que seria irresponsável de sua parte assegurar isso. Pediu paciência, calma e cabeça fria aos profissionais de imprensa.
Sobre o ponto de retorno, será o Presidente Chávez que determinará uma vez que se recuperem os liberados. Mas garantiu que eles serão transportados ao território venezuelano para serem entregues aos familiares, que permanecerão em nosso país. Não posso especificar se eles continuarão em Caracas (neste momento estão hospedados no hotel Meliá) ou se irão para Santo Domingo ou outra base militar.
Explicou Rodríguez Chacín que a Colômbia tem dado total apoio à operação, em especial o Alto Comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, e lembrou que “não há um prazo para terminar a operação.”
Ramón Rodriguez Chacín foi ministro de Relações Interiores do governo do Presidente Hugo Chávez entre janeiro e abril de 2002. Quando ocorreu o golpe de estado em 11 de abril desse ano, uma comissão da polícia de Baruta e da Polícia de Chacao foi detê-lo em seu apartamento situado em Santa Fé, uma área de classe média alta do sudeste de Caracas.
Ali, um grupo de uns 200 vizinhos cercou o lugar. Aparentemente o prefeito do município, Henrique Radonski, ordenou retirá-lo pela entrada principal do edifício, onde estavam seus vizinhos, que gritavam insultos e o atacaram até que foi colocado na viatura. Uma de suas vizinhas gritava que “não ia permitir que um guerrilheiro se mudasse para seu lado”. Todos estes fatos foram transmitidos ao vivo por canais de televisão privados.
Logo depois do retorno do presidente Chávez ao poder, Rodrigez Chacín continuou em seu gabinete por algumas semanas e logo se retirou do cargo. Foi mediador para obter a libertação de Antonio Nagen e Richard Boulton, dentre outros seqüestrados por grupos ilegais colombianos.
às 20:17
Medidas de Uribe dificultam a entrega das coordenadas
Por Miguel Suárez/Rádio Café Stéreo
Ao mesmo tempo em que Uribe autorizou a operação Transparência, seu exército começou a tomar uma série de medidas que entravam o início da segunda fase da operação de transporte dos libertados unilateralmente pelas FARC-EP.
Segundo informou o reporter da Rádio Café Stéreo na região, divulgada a autorização as ações militares foram engrossadas ostensivamente e os bombardeios de tornaram mais intensos. No mesmo sentido havia se pronunciado dias antes a senadora Piedad Córdoba, que assinalou que as operações militares impediam a libertação dos retidos.
Ato contínuo a autorização, a cidade de Villavicencio foi literalmente militarizada e ao seu redor se formaram vários círculos de segurança, especialmente nos arredores do aeroporto de Vanguardia, coração da operação de libertação, além de estar repleta de agentes policiais e agentes disfarçados da inteligência.
Segundo informado, as coordenadas deveriam ser entregues por um emissário das Farc, na noite de sexta-feira no aeroporto de Villavicencio, ao capitão Ramón Rodrigues, chefe da “Operação Emmanuel”, o que se tornou impossível em razão do controle extremo que impede a entrada inclusive de jornalistas nacionais.
Temos informações de que estão sendo interceptadas todas as chamadas telefônicas da região, assim como as mensagens eletrônicas.
Outras medidas contrárias à entrega e que colocam em risco a vida dos guerrilheiros e dos prisioneiros, teriam sido decididas em uma reunião que teve nessa sexta o Comissário, Luis Carlos Restrepo com o General Freddy Padilla de Leon e os Altos Comandos militar e policial, na Base de Apiay, próxima ao aeroporto Vanguarda. Medidas que buscam tirar o maior proveito militar da entrega dos liberados.
“Esse é um problema de alta segurança”, contestou o general Malvin López Hidalgo, que foi chefe do Estado Maior na Venezuela, com experiência na área de inteligência, e “toda a responsabilidade recai em um oficial experiente como é Rodríguez Chacín, ainda porque está empenhada a palavra do presidente Chávez de aguardar um tempo prudencial depois que sejam entregues os prisioneiros, para que esses guerrilheiros possam se retirar.”.
Todas essas medidas que dificultam a entrega das coordenadas seriam a trava silenciosa de Uribe e do alto comando militar, firmes inimigos da troca.
Especula-se que ainda que demoradas, as coordenadas chegarão e a entrega seria realizada em um sítio muito próximo a Villavicencio onde haverá um grande contingente guerrilheiro.
às 00:45
sábado, 29 de dezembro de 2007
Felap – Federación Latinoamericana de Periodistas (Felaj) repudia ameaças contra o jornalista sueco Dick Emanuelsson
Emanuelsson, tal como expressa o colega Carmona, “está na mira do governo (da Colômbia) e dos paramilitares colombianos”, que insistem em vincular o jornalista sueco com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC-, abrindo assim caminho para qualquer possível represália. Inclusive, como afirma o próprio Emanuelsson, a sua possível morte por assassinato, logo tentariam dissimular com a fachada de suposto acidente.
Enquanto isso, porta-vozes do governo de Álvaro Uribe acusam o jornalista sueco como “agitador midiático a favor das FARC”, Emanuelsson adverte que desde o ano 2000 não vive na Colômbia e que as ameaças contra sua pessoa se intensificaram nestes dias, precisamente ao mesmo tempo em que era ameaçada a senadora Piedad Córdoba, decidida mediadora, junto do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, nos trabalhos do Acordo Humanitário que tem como outros atores a guerrilha colombiana e o governo de Uribe.
A FELAP repudia as ameaças e reclama às autoridades do governo da Colômbia para que se responsabilizem pela proteção do jornalista em questão e de todos os jornalistas deste país. Na Colômbia, vale destacar, foram assassinados nos últimos 20 anos mais de 120 jornalistas. Sendo a impunidade, como em outros países, o caldo de cultivo de repetidas ameaças e crimes.
Presidência FELAP
Buenos Aires, 27 de dezembro de 2008
às 18:18
Uribe e seus enxágües
Por Roberto Gutierrez
Uribe será lembrado tristemente como o célebre quadrilheiro que uma vez governou um belo país com a mira da pistola, envio de cocaína aos Estados Unidos e Europa, massacres, assassinatos seletivos, desaparecimentos, mentiras e extradições. Sustentado irresponsavelmente pelos grandes veículos de comunicação e seu Max Factor de cabeceira, a empresa Invamer Gallup.
O que vão dizer os diretores dos meios de comunicação, quando num dia não muito distante, Uribe e seus partidários estiverem diante dos tribunais de justiça para responder pelos crimes de mais de meio século? Atiçam a guerra contra seu povo, o envenenam contra Chávez, maltratam a história, distorcem o significado das palavras, adulam a matadores e torturadores e, como se nada tivesse acontecido, sem escrúpulos dizem que são ‘humildes informadores’ e, portanto ausentes de culpa.
Cabe-lhes toda. Não perambulam por montanhas, campos e cidades vestidos com roupa camuflada disparando tiros, mas desenvolvem uma guerra talvez pior, hertziana, 24 horas por dia, mostrando o ‘imostrável’, para benefício de 20 milionários, quão bela é ‘a segurança democrática’ e os êxitos do governante da vez.
Quem na Colombia não sabe que os narcos e seu negócio não foi removido nem um mínimo sequer? Que segue vivo, muito vivo, com outros atores e magos. Liquidaram Pablo, Gacha, disse uma vez ruborizado Gossain, ‘é que aqui se persegue o narcotráfico’. Besteira. O papel transitório destes ‘grandes senhores’ foi cumprido e os matam para enxaguar a imagem do regime de plantão.
Mais de 500 colombianos extraditados para os Estados Unidos. Fazem os meios de comunicação de Bogotá uma análise séria sobre o tema com investigações honestas? Não, contratam prostitutas da desinformação ‘sisudas’, bem pagas para embelezar para o povo colombiano com as enganações de que o regime da moda persegue e encarcera os narcos. Um narco gritando e outro ‘agarrando-o’.
Prende sim e extradita, sim. Prestam contas a quem? Aos cartéis e pequenos cartéis que não são de seu entorno e claro, como enxágüe de sua imagem, sacrifica a um ou outro de seus afetos como costume histórico da oligarquia colombiana. Truques velhos, para recordar outros, além dos dois acima mencionados, Efrain Gonzáles.
A farsa do Ralito da fé nestas artimanhas santanderistas que Uribé herdou e que terminariam num golpe com a construção de uma Nova Colômbia. E esta construção passa por um governo de Reconstrução e Reconciliação Nacional.
às 17:03
Os outros prisioneiros
Eles queriam que as FARC, em plena selva, com 20.000 soldados espalhados pela selva, perseguindo-os para matar a eles e aos prisioneiros, construíssem para os prisioneiros um hotel 5 estrelas ou um ‘Clube de Nogueira’. E que ainda os tratassem com luvas de seda. Mas as FARC não podem fazê-lo porque estas construções são dirigir, têm seu modo de operar.
A mídia burguesa – salvo uma resenha ‘jornalística’ – sempre publicam seus artigos sobre os guerrilheiros presos para mostrar o “poder de estado’, o ‘poder de coerção do estado’. E a eles pouco importa a violação de seus próprios preceitos constitucionais, de sua própria Constituição burguesa. Por isso sempre e para sempre, têm massacrado, assassinado seletivamente e desaparecido a força com milhares e milhares de colombianos. E logicamente a todos eles é aplicada a Tortura.
Somente quando os instrumentos utilizados para o genocídio – os narco-paramilitares, com suas figuras de ‘pistoleiros em motos’, o ‘assassino da motosserra’ e o “decapitador’ – tornam-se incômodos, ou pretendem apoderar-se do poder, aplicando o ‘saia você para deixar-me eu´, então reagem e fabricam um ‘processo de paz’.
Vemos que eles adiantam as campanhas pela liberação libertação de prisioneiros em poder das FARC, mas lhes ‘corre um fresquito’ quando há guerrilheiros extraditados para os Estados Unidos pelo governo de Álvaro Uribe. Muito menos lhes importa lhes importa as condições de tortura a que são submetidos Sonia e Simon Trinidad. E muitos outros prisioneiros na Colômbia.
Chama a atenção que a essa campanha se some o prefeito eleito de Bogotá, Samuel Moreno, que informou que foram colocados avisos, cartazes, etc., pela ‘libertação dos seqüestrados em poder das FARC’, mas por nenhum lado vemos que se levantam a lutar pela repatriação e libertação de Sonia e Simon Trinidad.
Um prefeito eleito pelo PDA, esquerda, deveria saber o que é a ‘neutralidade’, sobretudo quando a não neutralidade implica em apoiar o inimigo da classe de quem diz ser representante. Por que não colocar, por exemplo, a foto de Ingrid ao lado da de Sonia? Por que não colocar a foto de algum dos estrangeiros ao lado da de Simon Trinidad? Por que é mal visto pela oligarquia e pelo império estadunidense? Y para nós, o que importam eles se são os primeiros que sempre violam os direitos humanos dos colombianos... e de todo o mundo.
Agora bem, temos visto o estado dos prisioneiros populares é difícil. No entanto nenhum deles tem se queixado, têm assumido com muito valor a difícil situação que atravessam. Simon informou – não se queixou – as condições em que estava: uma luz de alta potência acesa 24 horas por dia, não podia falar com ninguém, não pode receber a imprensa, não pode estudar o idioma, uma cela de 2x2m, permissão para ‘ver o sol’ apenas 15 minutos por mês, etc., etc. Assim como Sonia. Assim como esteve Rodrigo Granda. E assim estão millares de mutadores populares. E como estão os sócios de Uribe? Felizes, delinqüindo a partir da prisão, agora inventando histórias como a de que o irmão do comandante das FARC opera ‘o negócio das drogas a partir da prisão’, enfim, novelas com o objetivo de justificar os seus sócios, que estão a dar risadas.
Em conseqüência, é nossa obrigação como imprensa alternativa mostrar essas grosserias. Sabendo que eles respondem a posicionamentos de classe. E que ao mostrarmos entramos na ‘lista negra’ dos inimigos do regime. Mas isto, na verdade, é o que menos nos preocupa, ao contrário, nos alegra. Porque como disse Dimitrov, o comunista búlgaro: “Se o inimigo do proletariado te elogia, pense nos erros que tem cometido”.
às 15:44
Um aumento miserável
Segundo os empresários seus os ganhos obtidos giram em torno de 105% a 150%, ao mesmo tempo em que propuseram um aumento de apenas 6% para o salário mínimo. Do restante eles mesmos se apropriam daquilo que é produzido pelos trabalhadores. É a mais-valia da qual nos falavam Marx e Engels, com a qual o capitalismo selvagem é mais visível na exploração dos trabalhadores.
É uma – outra – de para quem ‘administra’ Álvaro Uribe Vélez. Que fala de um bom funcionamento da economia, mas esta não se traduz em um aumento geral de salários. Como disse Chávez há alguns meses com todos os trabalhadores.
É o estado ‘comunitário’ – da comunidade dos empresários, ricos e narco-paramilitares -, o da (in)’segurança democrática’ e do Plano Colômbia – que já está em sua 3º fase (Consolidação) – sem que apresente resultados.
às 12:48
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Uribe Vélez, Chefe Máximo do narco-paramilitarismo na Colômbia
Departamento de Análises Sociais da Anncol.nu
Além disso, a grande mayoría, 80%, acredita que a Colômbia é governada por uma perigosa quadrilha narco-paramilitar (Esquadrões da Morte), da qual como chefe indiscutível se destaca com luz própria o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, pesquisa da ANNCOL.
Álvaro Uribe Vélez é o chefe máximo do paramilitarismo na Colômbia, assim se manifesta a imensa maioria, cerca de 80% dos internautas que responderam à pesquisa desenvolvida pela Anncol.nu entre os dias 20 e 27 de dezembro de 2007 em sua página na internet.
O mais chamativo resultado – 8 de cada dez pesquisados – é que Uribe Vélez tenha obtido uma vantagem tão considerável sobre seus protegidos e seguidores imediatos, dois declarados criminosos narco-paramilitares Salvatore Mancuso e ‘Don Berna’. Sobre o primeiro levou uma vantagem nada desprezível de 66% e do segundo 69%.
Observando os mesmos resultados e relacionando aos três membros do governo colombiano na consulta: Uribe Vélez (Presidente), José Obdulio Gaviria (Conselheiro Presidencial) e Juan Manuel Santos (Ministro da Defesa), descobrimos que cerca de 82 por cento da população internauta acredita que a Colômbia é governada por uma perigosa quadrilha paramilitar (Esquadrão da Morte), da qual como chefe indiscutível se destaca com luz própria o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, no que é seguido pelo número 82 de uma lista de narcotraficantes com um carma.
O apavorante desse resultado é que se Salvatore Mancusso e ‘Don Berna’ são capazes de executar os crimes mais atrozes de lesa humanidade contra indefesos camponees, mulheres e crianças – crimes confessados por eles mesmos -, então qual poderá ser o nível de crueldade do “chefe dos chefes” do narco-paramilitarismo colombiano, Álvaro Uribe.
Participantes na amostragem: 1256
às 18:14
Convidados ou Penetras
O papelão da administração Uribe no intercâmbio humanitário.
Dominico Nadal
A administração de Álvaro Uribe Velez não vê nada. Melhor dizer, não vê nem a mediação.
Bate una mesa onde se sentavam os presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frias e a senadora colombiana, Piedad Córdoba, com os guerrilheiros das FARC e seu ato de soberania acabou lhe saindo super caro
Sarkozy, vendo como eram as coisas, não aceitou deixar-se usar nem tampouco ser manipulado por um presidentezinho como o colombiano, e posteriormente a comunidade internacional e os familiares dos retidos em poder das FARC solicitaram aos mediadores que não os abandonassem.
Então o presidente Chávez e a senadora Córdoba, por iniciativa própria, decidiram continuar em seus esforços pela libertação dos retidos pelas partes. E continuam seus contatos com a guerrilha das FARC, já que era muito o que já haviam avançado e, por questões humanitárias – coisa que não entendem os fascistas mafiosos da Casa de Nariño -, era necessário retomar o conquistado.
E as FARC, compreendendo os esforços que faziam os mediadores, decidiram entregar-lhes dois retidos: Consuelo e Clara, mais o filho desta concebido com um guerrilheiro. Dois prisioneiros entregues sem nenhuma contrapartida.
O presidente anunciou una quarta-feira seu plano para receber os dois retidos e Emmanuel. Enviou uma missão ao governo colombiano, o que obrigou a uma reunião urgente entre o presidente colombiano, o chanceler e o comissário da paz. Dali saiu um comunicado curto, sem maiores explicações.
Tal comunicado não foi assinado pelo presidente da República da Colômbia, mas por seu chanceler. Poderia se perguntar se Uribe não o fez por uma questão de orgulho, mais um. Em um ataque de raiva e impotência. Outro ataque. De humilhação porque o estavam impondo. As FARC e os países amigos do Acordo Humanitário.
Ainda há outro detalhe no comunicado do governo colombiano. Parece que ali há um penetra entre os países que apóiam a gestão: Argentina, França, Equador, Cuba, Bolívia e Brasil. Me refiro a que ali se “infiltra” os tristemente famoso Comissionado da Paz da Colômbia, chamado o “Comissionado da Guerra”, Luis Carlos Restrepo, conhecido como o Dr. Ternura, mas ‘ternura’ com os narco-paramilitares.
Em nenhuma parte se lê ou se ouve na proposta de Chávez que o Comissariozinho colombiano devesse embarcar nas aeronaves. Sim acaso deveria acompanhá-los em Villavicencio. Mas dali em diante, são os delegados dos 7 países e a senadora Piedad Córdoba que devem viajar nas aeronaves. Por que razão?
Porque são ‘convidados de pedra’. A entrega das duas retidas e Emmanuel será feita apesar do governo colombiano, contra sua vontade e sentimento. São como convidados infiltrados em uma festa. Ademais, é sabido que o comissiariozinho diria em que zona ocorrera a entrega. E embora para as FARC isso pouco importe, os países devem atuar com cuidado para não serem usados pela administração de Uribe para repassar informações para a inteligência.
Ao final, não importa se na festa esteja algum penetra indesejável se ela for boa, bonita...
às 17:26
Ernesto Yamhure, uma ferramenta barata do Uribismo
Por Dick Emanuelson*
Yamhure vai ao ponto quando me ataca, porque sabe que não vai acontecer nada em razão da impunidade reinante na Colômbia.
O fato é que ele foi flagrado quando estava fotografando seus compatriotas exilados na Suécia, que exerciam o direito universal de realizar um protesto pacífico. Protesto que é permitido em Estocolmo, mas que seria punido com a morte na Colômbia.
As ameaças abertas de Yamhure a um correspondente estrangeiro como eu, permitidas pelo periódico El Espectador, deixam muito claro à opinião pública internacional o que passam os jornalistas e cidadãos comuns na Colômbia, que se atrevem a protestar ou denunciar o que ocorre com o governo do presidente Uribe.
A histeria e paranóia dos círculos governamentais na Colômbia são essencialmente contra a democracia. Usam, os uribistas, uma combinação entre as técnicas do líder nazista Goebbels, “se esculpires suficientemente uma pedra ao final estará molhada” e o anticomunismo dos manuais do senador estadunidense Joseph McCarthy.
É essa tática que tem utilizado o AGENTE 000, ex-chefe da inteligência militar (sob o olhar do “Primeiro Secretário”) da embaixada colombiana em Estocolmo, Ernesto Yamhure, para obter êxito em sua estratégia nos países nórdicos, de silenciar a oposição colombiana e todas aquelas pessoas e organismos questionam a política de guerra de Uribe.
No mesmo dia em que o El Espectador avaliza nova ameaça de morte a este jornalista por parte do senhor Yamhure[1], o jornal enloda a memória de seu próprio ex-diretor, Guillermo Cano Isaza, assassinado pelo Cartel de Medelin.
Cano foi assassinado porque não e dobrava às ameaças de Escobar e seguiu exigindo o direito de livre expressão e por isso o mataram. Foi muito ousado.
O curioso é que agora se descobre que “pessoas muito amigas” de José Obdulio Gaviria – primo de Pablo Escobar Gaviria e assessor político de Uribe – através de seu irmão, sacaram os cheques com que pagaram os pistoleiros que mataram Cano.
“Escorregadio mensageiro do secretariado”
No sábado, 15 de dezembro, El Espectador deu outra vez espaço ao señor Yamhure para que escrevesse que eu sou um “coordenador da agitação midiática a favor das FARC na Europa e ‘embaixador’ desse grupo terrorista”.
Ocorre que nem vivo nem trabalho na Europa desde 2000, mas sim na América Latina, continente em que faço a cobertura em tempo integral como jornalista. É bastante divertida essa contradição de Yamhure.
“Esta semana soubemos que um grupo de sindicalistas dinamarqueses anunciaram a doação de dois mil dólares para as FARC. Esta operação ilegal, suponho, foi coordenada e instigada por Emanuelsson, como me pôde confirmar uma fonte de altíssima credibilidade”.
Que capacidade a minha, encontrar-me na América Latina e ao mesmo tempo coordenando doações para a guerrilha das FARC, de sindicalistas do outro lado do planeta.
“Ele não é um jornalista. É um escorregadio mensageiro do secretariado (órgão máximo das FARC-EP). Se disfarça de repórter que publica suas notas em pasquins e em meios eletrônicos que não contam com recursos para lhe pagar algum salário”.
Não diga! Pasquins? Minhas reportagens sobre a maioria dos países latino-americanos, que cubro desde 1980 para o jornal sueco FLAMMAN (fundado em 1904) são de conteúdo social e político.
Também colaboro com o semanário Libetación e MANA (Malmó, Suécia), Argenpress (Buenos Aires), Punto Final de Chile, no diário Dagblet Arbejderen (Dinamarca), o semanário LO-Tidningen, da central de trabalhadores sueca, LO, com uma tiragem de quase 100,000 exemplares e de vez enquando publicam também no Rebélion (Espanha) e no centro do (Eje del Mal), a agencia de notícias independente ANNCOL, a que tanto temem, mas que lêem diariamente, Uribe, Yamhure, os militares, os paramilitares colombianos e eus asseclas. Não em vão têm tratado de tentar removê-la do cyber-espaço, mas ela continua lá, firme como um carvalho.
Não há “nenhum agente secreto”?
“Lamentavelmente, nossa política externa prevê o uso de agentes secretos capazes de encontrar os terroristas que conspirem contra o Estado no outro lado do oceano. Que bom serua que, com efeito, se pudesse identificar os agitadores do estilo de Emanuelsson para poder prendê-los quando tentarem entrar na Colômbia.”
Quem estava atuando como agente secreto no cargo de Primeiro Secretário da embaixada da Colômbia em Estocolmo era o senhor Yamhure. Por isso foi tão grave que o surpreendesse tirando fotografias de exilados colombianos. Esse trabalho é ilegal em países onde existam verdadeiras democracias e respeito pelos direitos das pessoas de protestar. Também, ninguém acredita na história de que na Colômbia não existam “agentes secretos”, quando existem 3,5 milhões de agressões, segundo o Ministério da Defesa, onde o presidente Uribe possui um organismo pessoal que se chama DAS (Departamento Administrativo de Segurança) que é a Polícia Política Secreta e onde seu braço direito, o ex-chefe do DAS, Jorge Noguera, entregava listas com nomes de sindicalistas que seriam assassinados pelos matadores a serviço do Estado, ou seja, os paramilitares ou agora chamados “forças desmobilizadas” para que não respinguem em seu chefe e principal benfeitor, o presidente Uribe.
Confissão da parte: Yamhure confirma a coordenação da inteligência
Disse o AGENTE 000 Yamhure, que “Emanuelsson era um dos conjurados” quando chegou ao porto de Estocolmo o navio da marinha colombiana “Gloria”, em julho de 2005.
“Se teve conhecimento a través de um membro da colônia colombiana, que os foragidos planejavam tomar de assalto o navio”.
Pois o mesmo Agente 000 confirma que teria um informante, “um membro da colônia colombiana”, portanto ele coordenava a inteligência a partir da embaixada através da “Rede de 100.000 amigos da Colômbia no exterior”, uma das primeiras atitudes da administração uribista quando assumiu a presidência em agosto de 2002. As acusações sobre “a tomada do Gloria” só podem ser explicadas pelo desespero de Yamhure aonde está “com o traseiro descoberto”.
O fato é que foi flagrado quando estava fotografando seus compatriotas exilados na Suécia, que exerciam o direito universal de realizar um protesto pacífico. Protesto que é permitido em Estocolmo, mas que seria punido com a morte na Colômbia.
“Opiniões de Yamhure são pessoais”
Disse Yamhure que a seu lado estava “uma importante funcionária do governo sueco que sabia das intenções dos terroristas”. Mas ocorre que as ameaças e mentiras publicadas em 15 de dezembro no El Espectador foram objeto de um confronto entre a chancelaria sueca e o embaixador da Colômbia em Estocolmo, onde o diplomata da Colômbia no Reino sueco lavou as mãos dizendo que as “opiniões de Yamhure são pessoais”. Quer dizer, nem mesmo seu velho patrão defende Yamhure de suas perigosíssimas acusações contra mim, o eurodeputado Jens Holm, a colônia colombiana em exílio (a Associação Jaime Pardo Leal) e a Rede Colombiana na Suécia.
Yamhure me acusa de ser a raiz de todo o mal e que meu chefe pessoal é o “comandante Raul Reyes”. Tenta misturar cifras e dados para confundir e criar uma incerteza em todos os setores que de uma ou outra maneira me conhecem por todo o meu trabalho jornalístico através de longos anos, e onde se encontram milhares de artigos, textos e reportagens sobre a Colômbia e a América Latina.
Ameaças de prisão
E para coroar sua atividade criminosa, me ameaça dizendo:
“Todavía está em tempo de desmobilizar-se, delatar os seus camaradas, acolher-se da lei de justiça e paz e cumprir sua condenação em algum dos centros de reclusão a que serão enviados os chefes das AUC.”
Com razão que a embaixada colombiana em Estocolmo não quer saber publicamente de um personagem sinistro como Yamhure, pois por trás dele podem estar não só o DAS, as AUC, o E-5, como também uma quantidade de psicopatas que acreditam que ao assassinar opositores ou jornalistas que apenas cumprem seu trabalho, considerando-os como “guerrilheiros vestidos de civis”, se “faz à pátria um favor”.
Tenho coberto o conflito colombiano durante 27 anos e acreditava que se havia entendido as razões de seu caráter armado. Quando a morte quase penetra o corpo de alguém, é quando esse alguém se dá conta da dimensão deste. As ameaças abertas de Yamhure contra um correspondente estrangeiro como eu, permitidas pelo jornal El Espectador, deixam muito claro à opinião pública internacional o que ocorre com os jornalistas e cidadãos comuns na Colômbia que se atrevem a protestar ou denunciar o que acontece com o governo do presidente Uribe.
Poderia ir à Colômbia para continuar cobrando as notícias sob pena de cair morto por balas assassinas dos que pensam e atuam como Yamhure?
Agora entendo os camponeses de Cundinamarca na década de sessenta, quando viram as cabeças que os fazendeiros haviam colocado como troféis daqueles camponeses que se atreveram a gritar as palavras “Reforma Agrária!”. Foram eles, os de Marquetália, os milhares de camponeses perseguidos, os que estavam na luta legal por uma nova e melhor Colômbia. Foram eles que se armaram para a justa defesa de suas vidas. Assim nasceram as FARC, segundo os mesmos historiadores colombianos. Agora, mais do que nunca, os entendo.
Autocensura ou morte
Existem pouquíssimos jornalistas colombianos que se atrevem a relatar e descrever a realidade em seu país. A maioria é vítima de sua própria autocensura, um assunto que tocou um desses excelentes jornalistas colombianos: Alfredo Molano Bravo.
Em uma crônica de 7 de novembro de 2005, pontuou, baseando-se em uma investigação especial do Comitê Para a Proteção de Jornalistas (http://www.cpj.org/), organização independente que tem sede em Nova Iorque e que vela pela liberdade de imprensa no mundo, que que foi apresentado por Chip Mitchell:
“Entrevistas com dezenas de jornalistas demonstram como os meios de comunicação e os repórteres em todo o país se autocensuram... Em certas ocasiões uma notícia confirmada é eliminada, em outros casos, os jornalistas que investigam são assassinados ou presos, ou se vêm forçados a fugir”.
Morano sublinha que “a afirmação não é, supostamente, do agrado do Governo, embora Uribe em sua tônica habitual o ratifique, ao pedir aos meios de comunicação um “autocontrol”. O escritor colombiano cita outro exemplo, desta vez do vice-presidente Francisco Santos que, embora sendo co-proprietário do jornal El Tiempo como seu ex-diretor, não vacila em suas exigências ao comunicadores sociais.
“Em razão de um ataque das FARC contra o Exército, o vice-presidente afirmou que os meios de comunicação ‘criaram uma caixa de ressonância aos feitos terroristas que, sem dúvida, foram mais eficazes que a própria utilização de explosivos’”. A irresponsável declaração é idêntica, em essência, ao que disse em relação a minhas colunas de opinião, Carlos Castaño (q.e.p.d.) na Revista Semana há alguns anos atrás: “Molano nos tem causado mais prejuízos que a própria guerrilha”. Foi uma das razões que me obrigaram ao exílio”, adverte Molano.
E se compararmos essas declarações, Uribe, Santos, Castaño, com as do Agente 000, Ernesto Yamhure no El Espectador, podemos dizer que Yamhure me ameaça abertamente. Por que autocensura? Porque, como escreve Molano, “trinta jornalistas consagrados já tombaram na última década e a grande maioria por crimes que permanecem na mais absoluta impunidade”.
É dizer, Yamhure vai ao ponto quando me ataca, porque sabe que não lhe vai acontecer nada com a reinante impunidade da Colômbia.
“A Policía e o Exército redigem as notas informativas”
E por que ameaçam? Porque, como cita Molano, o que se procura esconder são “as violações contra os direitos humanos, é o conflito armado, a corrupção política, o narcotráfico e os vínculos de funcionários com grupos armados ilegais”.
A natureza do que se quer esconder fala da origem e sentido dos crimes e pressões que impõem a mordaça “voluntária”.
E a liberdade de expressão?
“Pesa contra a liberdade de expressão o fato de que – sobretudo nesse governo – deveriam alertar ao país? O controle crescente da informação por ordens públicas por parte do executivo. São a Polícia e o Exército as instituições que no fundo redigem as notas informativas”, menciona Molano e cita Jorge Otero, do semanário Cuarta Opinion de Montería, pergunta: “Se atacarem a brigada XI, temos que nos calar porque segundo o Governo isso nunca aconteceu?”
E o outro exemplo e, talvez, o mais contundente: “Adonai Cárdenas do El País de Cali disse sobre os 12 mortos de Buenaventura (19/04/2005):
Os jornalistas se inteiraram rapidamente sobre o que os paramilitares haviam feito, ‘todo o bairro sabia o que havia ocorrido, mas não podíamos publicar por medo... só se pôde publicar o que informa a polícia””.
E essa é a imprensa escrita que hoje na Colômbia tem perdido muitos leitores. Mas a televisão tem um peso muito mais forte, mas está sob um controle absoluto, sustenta Ignácio Gómez, do Noticias Uno: “Cada dia é mais extensa a rede de emissoras regionais que possuem o Exército nacional e a Polícia”; cobrem quase todo o país e opinam – dão a descrição sobre o divino e o humano.
E conclui Molano: “Naturalmente, desde seu mais puro interesse corporativo. A militarização não é apenas territorial, se amplia e se aprofunda na arte mais sensível da democracia, a liberdade de expressão.”
Ernesto Yamhure é somente um instrumento nesse mundo de mentiras e meias verdades da mídia colombiana. É uma ferramenta barata de Uribe. E isso e seu contexto podem verificar os leitores.
*Dick Emanuelsson é jornalista sueco, na América Latina desde 1980.
[1] http://www.elespectador.com/elespectador/Secciones/Detalles.aspx?idNoticia=19263&idSeccion=25
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às 13:43
Liberação de prisioneiros de costas para a segurança democrática
... e esta tem sido uma constante nos últimos governos que ocorreram na Colômbia. Os planos Colômbia, patriota e o cacarejado consolidação demonstraram claramente a ênfase na saída militar do regime, com a premissa de levar a insurgência de cadeira de rodas à uma mesa de negociações, para que negocie rendida, renunciando assim às mudanças que o país necessita. A oferta do governo é clara, desmobilização da insurgência à troco de táxis, consulados e uma ou outra bolsa ou posto burocrático.
Apesar dos recursos públicos mal gastos nessa empresa sem sentido que é a guerra, apesar da Parapolítica, da falta de ética de nossos governantes, das privatizações de todas as empresas públicas, da corrupção que existe desde o âmbito local e regional ao nacional, apesar de todo o terrorismo de Estado e apesar de todo o impensável, a liberação de prisioneiros se impõe como um imperativo ético. A liberação de prisioneiros se impôs na agenda política da América Latina, apesar das conspirações que surgiram no Palácio, desde Washington. Nenhum lacaio de sete pés soube/pôde impedir que a insurgência tomasse a iniciativa e propusesse, fazendo boa política, que todos se impusessem o Intercâmbio Humanitário.
Aí está, como um exemplo que corre o mundo, agora nas tvs a cabo internacionais, a vontade política da insurgência que no meio das campanhas de guerra impôs uma saída cívica, que o governo tentou sabotar até o último minuto, com a militarização de Villavicencio e com mais de 20 mil soldados mobilizados por ar, mas e terra para torpedear a entrega unilateral de prisioneiros. Aí está o abraço de uma avó em seu neto, demonstrando que quando há vontade política tudo é possível, inclusive o impossível.
Este acontecimento, apresentado pela imprensa burguesa como uma amostra a mais do tesão uribista, o que na realidade demonstra a tremenda debilidade do regime. A agenda política da liberação de prisioneiros não cabia na segurança democrática, pois os gestos humanitários contradizem o espírito e a filosofia Uribista, que é a guerra e somente a guerra.
Esta liberação tem vários protagonistas, muito obrigado à todos eles, o tesão da negra Piedad Córdoba, somado ao espírito bolivariano que corre nas veias desse cara nascido em Barinas e que preside a irmã República Bolivariana de Venezuela; Hugo Chávez Frias e assim, sem mais nem menos, a insurgência, mais viva politicamente que nunca, mais insurgente e austera que jamais antes, e outro protagonista , escondido entre a multidão, mas importante perdedor: os cultuadores da guerra, dessa vez perderam, perderam de jeito, porque se impôs a sensatez que é uma das qualidades da inteligência.
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às 12:39
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Caladinho, mete a mão o gato...
... e pronto, aí está o dano. A cagada já está feita. O mal é que, com sua caca, seu ato parece repugnante e esconde as mãos, ou as tira de fininho.
E o gato sempre atua assim. É instintivo, nunca racional. Sempre deve esperar que “Frajola” trata de comer o “Piu-piu” e o tire de sua jaula. Ele é traidor, sem-vergonha, mimado. E para fazê-lo recorre à ardis, à malfeitorias. É parte de sua essência, uma parte irrenunciável, assim se comporta como uma “beleza” de “gatinho”.
Ele fala, manifesta sua ‘amizade’, jura e promete que será fiel e mal vira a esquina e o trai, abrindo sua bocarra para engolí-lo.
O ‘gatinho’ nosso se mostra sempre comportado, dizendo que ‘não há operações militares’, mas ordena baixinho a seus subordinados –os generais e narco-paramilitares- que sigam as operações na fronteira, porque assim ‘matamos dois coelhos com uma só cajadada’: encontramos os prisioneiros e lhes matamos, e colocamos os ‘grupos’ de assassinos para-militares ao país vizinho –governado por Chávez-. Que entrariam para reforçar os 3.000 que já estão ‘infiltrados’ lá, matando colombianos exilados, funcionários estatais e desestabilizando esse país.
A natureza de ‘Frajola’ é de psicopata e sociopata. O característico é sua enorme perversidade, que lhe soam aos ouvidos como uma ‘inteligência superior’. Ainda existem alguns de pouca capacidade intelectual, que pretendem aproveitar-se da megalomania de ‘Frajola’ e lhe dizem o que ele quer ouvir, mas é para que lhe paguem com fundos do PNUD. E são herdeiros do Cartel de Medellín.
Mas ‘Frajola’ sempre encontra que o pare. É o ‘cachorro’ guardião da casa, enorme, forte, quem sempre defende o “Piu-piu”. Cada vez que pega o ‘Frajola’ lhe dá uma surra homérica. Escurraçado e acabado, como ele merece. Por mais que corra, o cachorro sempre o alcança, como as FARC e o “Frajola”.
Por mais que tente sair de fininho, o cachorro sempre ganha. Sempre. “Frajola” acredita que dessa vez sairá como com os 11 deputados do Valle. Os quais mandou assassinar, com subordinados que nunca deram as caras, subordinados com cara de ‘hiena’. Mas as manifestações voltaram como um bumerangue. As pessoas já não aceitam mais.
Quer impedir à todo custo a liberação de Emmanuel, Clara e Consuelo. Mas a sabedoria do cachorrinho amigo do ‘Piu-piu’ – as FARC- e a ‘vivência’ de Chávez, o deixaram mais uma vez nu. Hoje ou amanhã triunfarão os bons desejos de milhões de pessoas.
Por enquanto, ‘Frajola’, segurando o bigode, guarda um suspeito silêncio...
às 22:23
Intercâmbio Humanitário e Mediação Pedagógica
Ela se mostra imperiosa nesses momentos em que os canais entre as partes enfrentadas estão aparentemente fechados, mas bem selados dizem alguns.
Uma Mediação Pedagógica que tem como meta desaprender o aprendido durante anos e anos de confrontação. Essa idéia de que em um ‘encontro’ com o outro devemos chegar abertos, dispostos a escutar e com a alma cheia de bons presságios. Porque chegar com as mesmas teses, com os mesmos ‘intocáveis’, com os mesmos prejuízos é uma grande perda para os colombianos.
Temos dito que nessa tarefa de “Mediação Pedagógica, é imprescindível ficarmos a par dos planejamentos da Biopedagogia do professor Francisco Gutierrez, da teoria do caos de Prigogine, do pensamento complexo de Edgar Morin, da biologia do amor e a teoria da auto-poesia de Maturana e Varela, das teorias educativas de Gallegos Nava, assim como resgatar os saberes ancestrais de nossos indígenas e do pensamento de vanguarda na Colômbia e América Latina, para irmos formando um conjunto que nos compense dos mais de 500 anos de cegueira acerca de nós mesmos e aprendermos mutuamente, para desenvolver corretamente essa Mediação Pedagógica para a Paz dos colombianos que realmente desejam a paz para viver a vida em paz”. [1]
Por isso é justo analisar a posição das partes para ver claramente em que momento nos encontramos.
O Governo
Na reflexão anterior [2], definimos que a posição governamental era uma típica visão cartesiana-newtoniana, simples e simplista, e concluímos que era a visão mais apegada à si mesma.
Ela é claramente visível. O uso dos ‘intocáveis’ são a sua essência. Todas as razões argumentadas são ‘razões de estado’ e em nome delas vale tudo. A desqualificação do contrário também faz parte dela , assim como o ato de mentir para os mediadores – ou usá-los-, enviando-os à tarefas que o governo já sabia de antemão que não iriam dar frutos porque o governo assim o havia decidido.
O envio dos mediadores para fazerem o papel de ridículos teve um custo e esse custo tem se manifestado plenamente. Os mediadores ficaram limitados apenas como seres humanitários, bondosos, enquanto o governo colombiano é exatamente o contrário, tanto para a opinião pública nacional como para a internacional. Uma medida do anterior é o concerto ‘Acende uma luz pelo Intercâmbio e a Paz na Colômbia’ realizado na Venezuela, com a assistência de milhares e milhares de pessoas e a ‘manifestação pelo Intercâmbio’ em Bogotá, a qual contou apenas com a assistência de 1.500 pessoas, porque os colombianos identificaram este chamamento com o governo.
Assim, cumpriu-se o previsto. Diante da mediocridade governamental, a leviandade de não propiciar o Intercâmbio, os países interessados –Venezuela, França, Equador, Bolívia, Brasil, Argentina, Nicarágua e os europeus Suíça e Espanha- praticamente formaram um Bloco Pró-Intercâmbio e pouco a pouco vão se impondo sobre o governo nacional.
O governo colombiano se esqueceu que não há ‘razão de estado’ mais poderosa que o amor com que se deve defender uma vida. Uma vida, mesmo que seja uma só, significa todo um mundo, e ela mostra o humanismo, ou a falta dele, em um governo. Isso o governo terá que aprender-quem sabe com Sarkozy- que uma vida vale qualquer esforço e vale a pena ir a qualquer lugar para defendê-la e deve ser um governo altamente democrata, verdadeiramente humanista, o primeiro a fazê-lo. O desprezo total pela vida, pela sorte dos prisioneiros, entre os quais se encontram funcionários estatais e membros da classe política colombiana, é o que evidencia o governo colombiano, e nesses momentos terá que aprender o quanto vale realmente UMA VIDA.
A inflexibilidade mostrada pelo governo se converte aqui em uma dificuldade e quase impossível efetuar com ele uma Mediação Pedagógica. Mas devemos continuar tentando.
As FARC
As FARC têm demonstrado que se adequam muito bem à um mundo de incerteza. Na realidade elas vivem em uma incerteza total. Hoje aqui, amanhã ali; amanhecer em um lugar e anoitecer em outro, variabilidade que nos dá uma idéia do caos que é sua vida. Mas dizer caos não é dizer desordem, desse caos surge uma ordem que norteia todas as suas ações.
Uma investigadora da Soborna de Paris demonstrou que as FARC mudaram –complementando- sua linguagem com cada Processo de Paz que teve, o que nos demonstraria sua maleabilidade, sua capacidade de adaptação. Seu conhecimento se enriqueceu nos Processos de Paz e prova disso foi o imenso laboratório de Paz em que converteram o Caguán. Ali vimos guerrilheiros que iam se aprimorando à medida em que faziam suas tarefas e suas Audiências Públicas, uma vez que iam ensinando aos líderes cívicos, negros, indígenas, grêmios, etc, quais eram suas propostas e visões. E sua sobrevivência a tantos planos militares, os Planos Colômbia, Patriota e Consilidação, são os últimos, só demonstrariam um enorme conhecimento do ‘inimigo’. Quem sabe por isso o respeito com que se referem à ele. Apesar dessa capacidade de adaptação, o que observamos é que seus princípios continuam intocados, ligados às suas doutrinas, o marxismo-leninismo e o bolivarianismo.
Essa flexibilidade fazem deles uns candidatos excelentes para guiar essa Mediação Pedagógica para a Paz, no entanto com o governo é extremamente difícil, enquanto todos esperávamos que fosse o contrário. Não se entendo como o governo se mostra intransigente, enquanto as FARC seria a que aportava aqui a novidade. Por isso os vemos tranqüilos nesse assunto. A televisão mostrou líderes guerrilheiros com muito caráter, íntegros, renovados e com alegria de viver a vida. Algo realmente chamativo para a opinião.
Quem sabe o aspecto negativo seja o dos tempos. As FARC viveram outros tempos e não os tempos do mundo atual. Eles provém da sua extração campesina que está muito ligada aos tempos da Mãe-Terra, a qual estão muito ligadas às FARC, ainda que nos últimos anos tenha se nutrido de muitos jovens da cidade. Mas a Terra é tudo para as FARC, é seu teto, sua camuflagem, sua provisão de refúgio e alimentos. E a Mãe-Terra tem seus tempos, os quais as FARC seguem muito bem.
Por culpa do tempo vimos funcionários do governo alterados, impacientes, pelos tempos das FARC. Mas eles sempre me fazem recordar o provérbio de alguns povos africanos: “O homem branco tem relógios para medir o tempo, mas nunca tem tempo para si mesmo”.
Por tudo isso, a Mediação Pedagógica seria facilmente aceita pelas FARC e utilizada como um recurso em sua atividade.
Clara, o guerrilheiro e Emmanuel.
Clara e a concepção de Emmanuel nos deixa um ensinamento de que é possível na Colômbia a reconciliação. Ela, da chamada classe política, acostumada à todas as comodidades, vive a dureza de seu cativeiro e em determinado momento apesar da vida difícil na montanha, na selva, seu coração lhe dá uma força vital para amar um guerrilheiro e conceber um filho entre os dois.
Haverá prova mais sublime de reconciliação entre os colombianos que conceber um filho do ‘inimigo’? Que sentimento predominou ali: o amor, a biologia? Eu acredito que acima de tudo está o amor e os pseudo-sociólogos apelaram para explicações como a “Síndrome de Estocolmo” e a da “violação consentida”. Os que dão essas explicações vivem apegados à uma quantidade de marcos, conceitos teóricos, ‘buracos negros’, que impedem de ver algo bem diante de seus narizes. Eles nunca sentiram o amor, o verdadeiro amor, a manifestação sublime da vida, e quem sabe o que sentem está mascarado pelo véu da mediocridade.
Por sua parte o guerrilheiro sente esse amor que o leva a desafiar tudo, até os regulamentos de sua organização e está disposto a pagar o preço. E cede à sanção correspondente por haver violado as disposições e as orientações, aplicadas por um superior hierárquico não sem a compreensão de que “quando o assunto é amor a razão não tem vez”. Além do mais, a falta do filho quando não esteja, quando este se for com sua mãe, será uma dor e um bálsamo ao tempo. Dor por sua ausência, bálsamo por tê-lo.
Emmanuel por sua vez, dadas as condições, desfrutada do calor materno de algumas horas ao dia e o resto ficava com as “mães substitutas”, as guerrilheiras, que cumpriam cabalmente a tarefa encomendada. E uma criança na guerrilha é assunto raro, estranho, estranhíssimo. Além do mais o sentimento materno está presente em todas as guerrilheiras. Por isso, acredito eu, braços e amor maternal é o que tem sobrado à Emmanuel em seus quatro anos de existência.
Iniciou-se uma história de amor e reconciliação que apenas começou e não sabemos qual será seu final. Apenas desejamos em nosso coração que tenha um final feliz para todos.
[1] La salud desde la dimensión autopoiética. H. Vanegas. 2006
[2] El imperativo de una mediación pedagógica para la paz en Colombia, H. Vanegas. 2006. Ver en http://deorumars.blogspot.com/2006_08_01_archive.html
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às 21:36
As Farc cumpriram
às 12:24
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Governo da Colômbia dá autorização
O governo colombiano é obrigado a aceitar a proposta de resgate de Clara e seu filho e Consuelo.
A Casa de Nariño emitiu um curto comunicado autorizando as aeronaves propostas pelo presidente Hugo Chávez a voar na Colômbia, com emblemas da Cruz Vermelha claramente visíveis, além de nomear o Comissário da Paz, Luis Carlos Restrepo, como delegado pelo governo da Colômbia, quem acompanhará os delegados dos países amigos do Acordo Humanitário.
Inicia-se, então, o processo de entrega dos prisioneiros. Ressaltamos que o governo não teria alternativa, já que ao não autorizar o vôo das aeronaves, estaria optando pela entrega clandestina dos três prisioneiros em poder das FARC, o que causaria mais prejuízos à maltratada imagem internacional de Álvaro Uribe Vález.
É ainda, um ressonante triunfo das FARC que impuseram, com sua ação, esta entrega como um ato de desagravo ao Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frias e à senadora colombiana, Piedad Córdoba.
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às 19:02
Presidente Chávez anuncia fórmula para liberação dos 3 prisioneiros das FARC
O presidente Chávez destacou o respeito pela soberania colombiana e solicitou autorização. Agora depende de Bogotá.
Em uma coletiva de imprensa que se realizou no Palácio Presidencial de Miraflores, o presidente venezuelano, Hugo Chávez Frias, anunciou que o único detalhe que falta para a realização da liberação dos três prisioneiros em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) é a autorização do governo da Colômbia.
“Rodolfo Sanz, vice-chanceler para a América Latina, deve estar ingressando na Chancelaria de Bogotá neste momento para entregar este documento (pedindo a autorização)”. No momento em que a referida autorização seja dada e com a participação de emissários de sete países, se iniciará uma caravana de aviões com símbolos da Cruz Vermelha para realizar a operação humanitária.
Chávez explicou que seis países se mostraram interessados em enviar emissários que participarão como testemunhas da operação: Argentina, França, Equador, Cuba, Bolívia e Brasil.
O Presidente Chávez explicou que se optou por fazer a entrega de forma absolutamente transparente. “Não queremos uma entrega clandestina, porque estaria sujeita a muitos imprevistos. Queremos que o mundo saiba o que está a ocorrer, com alguns detalhes de segurança. Queremos transparência.”
Come feito, na coletiva de imprensa foram dados amplos detalhes da operação. Ramón Rodriguez Chacín, que trabalhou como ministro de Relações Internas no governo de Chávez até o ano de 2002, será quem a coordenará. Serão usadas as bases venezuelanas de La Fria e Santo Domingo (estado de Apure) como ponto de partida das aeronaves venezuelanas, as quais chegariam no aeroporto de Villavicencio, no território colombiano.
De lá, as aeronaves partiriam para um ponto desconhecido, que será indicado pelas FARC no momento da decolagem. Igualmente, uma vez que seja feita a entrega, se coordenará um tempo suficiente para que os membros das FARC possam retirar-se sem riscos para os mesmos.
O Presidente também indicou que respeita a soberania colombiana e que está disposto a discutir qualquer parte do plano. Pede celeridade; afirma que, caso o Presidente Uribe dê a autorização esta noite, amanhã poderiam se iniciar as operações e os prisioneiros poderiam estar em território venezuelano amanhã mesmo.
Se esperava que Clara Rojas, seu filho Emmanuel e Consuelo González de Perdomo fossem postos em liberdade antes ou durante o natal e, tanto na Colômbia como na França, onde vivem os filhos da franco-colombiana Ingrid Betancourt, ocorreram atos de solidariedade nas últimas horas.
Ainda, de acordo com declarações da Senadora Piedad Córdoba nesse final de semana, as persistentes operações militares na Colômbia em diversos pontos da fronteira com a Venezuela impediram que se pudesse concretizar a entrega, o que o governo colombiano nega taxativamente.
Fonte: YVKE Mundial
às 16:39
Agora tudo depende de Bogotá
Acaba de anunciar, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez Frias. “Tudo pronto com sete países colaborando” afirmou na Casa de Miraflores em Caracas.Sou movido apenas por razões “humanitárias”, destacou Chávez em sua coletiva de imprensa transmitida a todo o mundo.
Dispositivos em vários pontos da Venezuela, de uma “caravana aérea”, estão prontos para resgatar os libertados pelas FARC, Clara, seu filho Emmanuel e Consuelo.
Agora tudo depende de Uribe Vélez, se autoriza a operação de resgate, nas palavras do presidente venezuelano.
Enlace original
às 15:44
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Operações militares impedem a entrega dos libertados
Quer dizer que as vidas de Emmanuel, Clara e Consuela correm um grave perigo.
Era o mínimo que podíamos esperar do regime uribista. Bogotá nunca falou com seriedade e transparência sobre o tema do Intercâmbio Humanitário ou a Troca de prisioneiros. O doutor “ternura” o confirma em entrevista a um jornal da cidade de Cali: “se me seqüestram, que minha família não fique escrevendo cartas pedindo a pela minha libertação, que as Forças Militares o façam o seu trabalho”, com isso ele quis dizer ‘que resgatem à sangue e fogo’. Tamanha valentia, certamente pensa da mesma forma que o ministro ‘Chambacú’ e o ajudante desse último, o raso ‘Pinchao’.
Em declarações ontem, dia 22 à ABN (Agência Bolivariana de Notícias) a senadora Piedad Córdoba manifestou: “Se tem uma coisa que joga totalmente contra é o fato de que há muitas operações militares na Colômbia, e não os vão suspender, e isso pode atrasar até que haja condições que não vão contra a integridade e segurança dos reféns”.
Até o sangue frio de evitar o retorno imediato dos despojos mortais. Onze cadáveres dos deputados tiveram que esperar desnecessariamente horas de dor e sofrimento para suas famílias pela indolência premeditada do governo colombiano.
Não deixa de chamar a atenção, porque Uribe e seus porta-vozes na mídia, diariamente, difundem a frase: “exigimos as provas de sobrevivência dos seqüestrados”. Evidente que esta estratégia midiática está associada à inteligência militar das Forças Militares da Colômbia e os mercenários estadunidenses espalhados por todo o território nacional.
Quer dizer que as vidas de Emmanuel, Clara e Consuela correm um grave perigo.
às 13:44
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Felicidades a todos!
Mas este ano, neste fim de ano, teremos um bom motivo. As FARC anunciaram a libertação de Emmanuel, Clara e Consuelo. Conhecemos a seriedade da organização guerrilheira e o respeito à palavra empenhada. Por isso esperamos confiantes em que novamente saberão burlar os golpes rasteiros dados contra o Acordo Humanitário.
Quem forçou o fracasso neste fim de ano, é exatamente o governo de Álvaro Uribe Vélez, como em todos os anos. As forças militares-narcoparamilitares levam adiante uma operação de rastreamento em toda a fronteira com a Venezuela a fim de encontrar os prisioneiros que serão libertados. Apesar das nuvens no céu: aumento de apenas 6% nos salários, desemprego, subemprego. Assim os colombianos se endividaram para levar algum presente a seus filhos e para divertir-se um pouco.
Este fim de ano está marcado pela esperança. A esperança de mais de 37 milhões de colombianos em que a situação mudará, melhorará. E a esperança está posta nas FARC, no PDA, nas manifestações por melhorias salariais, por emprego, por moradia, por educação, por saúde. Na luta!
Nossa palavra de alento para os prisioneiros em poder das partes, mas muito espcialmente para os lutadores populares em poder do regime. Muito, mauito especialmente para Simon e Sonia. E vai nossa palavra também para os lutadores do povo que, combinando de forma acertada todas as formas de luta, enfrentam um regime assassino como o colombiano.
Saúde, povo colombiano!!!
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A equipe ANNCOL-Brasil, complementando a mensagem original da ANNCOL, aproveita para deixar a palavra de agradecimento e felicitações a todos os povos do mundo, a todos os lutadores populares, aos povos em luta e a todos aqueles que, através deste espaço, têm acompanhado o sofrimento e a luta do povo colombiano e de vários povos do mundo.
às 11:32
Mais ações de guerra contra o povo
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Segundo o documento chamado ‘Política de Consolidação da Segurança Democrática (PCSD)’ –que segundo o diário El Tiempo ‘será a bússola que guiará a atuação do Ministério da Defesa em matéria de segurança durante o restante do mandato presidencial’ – o governo continuará com o aumento do “Pé de Força” e segundo eles mesmos disseram “um dos aspectos nos quais se dará mais ênfase será o de ocupar os espaços deixados pelos grupos paramilitares desmobilizados, aumentando a capacidade de combate dos batalhões e brigadas”.
Com isso demonstra que o narco-paramilitarismo é parte substancial do projeto contra-insurgente adiantado mediante o Plano Colômbia, o qual tem sofrido cortes de mais de 100 milhões de dólares, embora a maior parte dos recursos sejam destinadas para a área militar do Plano.
Ainda se anuncia que o gasto em Defesa passará de 1,1 bilhão de pesos em 2007, para 3,4 bilhões em 2008. O chamado ‘imposto de guerra’ será cobrado até 2010, mas nesse próximo ano ele será triplicado e os setores que o pagam já estão protestando vez que pressionará as finanças públicas e agudizará o défcit comercial (que voltou a crescer em 2006 depois de 8 anos).[1]
É visível que os gastos de guerra avançam sobre os orçamentos de outras áreas da economia. Isso é claro ao se observar o orçamento da educação, saúde e serviços públicos (saneamento, moradia, etc.). Se a isso acrescentarmos que no Plano Colômbia foram gastos, desde o ano 2000 até 2006, mais de 30 bilhões de dólares, podemos ver para onde conduz a política belicista de Álvaro Uribe Vélez.
Isso também demonstra que o maior esforço de financiamento do Plano Colômbia (fase Colômbia, Patriota e agora Consolidação), estão vindo da Colômbia (mais de 90%) e seus beneficiários são os Estados Unidos e a oligarquia que assassina os camponeses, indígenas, trabalhadores, mulheres, crianças, todo o povo colombiano.
Definitivamente, os ‘clarins da guerra’ seguem soando contra o povo.
[1] Ver o gasto militar: pressão nos gastos do Estado. Portfólio.
às 10:41
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Rastros de sangue e vigília de morte
O exercício do poder da oligarquia tradicional-mafiosa é um exercício violento. Essa violência deixou sua marca. Seus rastros de sangue por todos os cantos do país. Uma vigília de morte.
E com sua sapiência e estatura moral lembra aos seus assassinos porque se entrega a vida como ele o fez.
Álvaro Uribe Vélez deve renunciar por pertencer ao Cartel de Medellín.
Álvaro Uribe Vélez deve renunciar porque suas duas eleições foram fraudulentas.
Álvaro Uribe Vélez deve renunciar porque os narco-paramilitares com seus narco-dólares e suas armas impuseram seu “triunfo eleitoral”.
Álvaro Uribe Vélez deve renunciar porque participou em renuniões com os narco-paramilitares, um exemplo, o encontro em San Angel (Magdalena) com “Jorge 40” e seu posterior encontro com Diomedes Díaz (porque não conseguiram encontrar com “Poncho” Zuleta).
Álvaro Uribe Vélez deve renunciar porque seu governo é o mais corrupto na história da Colômbia.
Álvaro Uribe Vélez deve renunciar porque ele mesmo confessou ter acabado com a vida de oito supostos guerrilheiros do EPL.
Álvaro Uribe Vélez deve renunciar porque é um personagem perverso, um psicopata.
E assim que renuncie, chamamos a todos os colombianos a construir um Governo de Reconciliação e Reconstrução Nacional que busque uma saída política ao conflito interno colombiano e leve a Colômbia rumo à Nova Colômbia, em Paz com justiça social, liberdade, independência e soberania nacional.
às 11:24
Uribe é um lacaio do Império
É a opinião da grande maioria dos entrevistados por Anncol. A pergunta “Por que Uribe Vélez dispensou Piedad e Chávez?”, durante os dias de 29 de novembro à 20 de dezembro de 2007, teve os seguintes resultados segundo as respostas dos internautas:
A maioria, de um total de 1326, opina que Álvaro Uribe dispensou Piedad Córdoba e Hugo Chávez como mediadores para um Acordo Humanitário entre as partes em conflito por Ordens de Washington, significa que a agenda política do governo colombiano é imposta pelos E.U.A.
Um em cada quatro entrevistados manifesta que Uribe o fez para colocar uma nova cortina de fumaça na Parapolítica. Quatro de cada dez pensam que Uribe acabou com o trabalho de Chávez como mediador para sabotar o triunfo de Chávez no dia 02 de dezembro.
Chama a atenção que uma esmagadora porcentagem da população entrevistada, cerca de 75 por cento, opina que a agenda política do governo de Uribe Vélez, tanto em política interna como externa, está vinculada às diretrizes que lhe são impostas pela Casa Branca.
Tornando-se claro, como foi comprovado segundo as respostas da imensa maioria dos entrevistados, que não existe por parte do governo colombiano nenhum tipo de dignidade patriótica nem de respeito pela soberania da Colômbia, pelo contrário, uma condição de súdito e lacaio do Império.
enlace iriginal: http://www.anncol.nu/index.php?option=com_content&task=view&id=102&Itemid=9
às 11:01