"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A abstenção triunfou no circo eleitoral e tudo continua igual: a luta de massas continua!


Fonte: Anncol


Primeiras Impressões

Troca de mercadorias por votos na terra paramilitar de Córdoba, cedulas eleitorais marcadas, em Bucaramanga, ausência da juventude nas urnas, disturbios populares em Magdalena por fraude eleitoral, candidatos paramilitares nas grandes cidades, como em Medellin. Altos preços pagos por votos, segundo denucia do grupo de observadores da OEA. Tamanha era a desolação nas zonas eleitorais que um candidato de Villavicencio sofreu uma parada cardiaca ao ver a indiferença do eleitorado. Em Manilzales, diante da falta de água, o povo não quis votar. Em Cauca e Choco a polícia apreendeu 731 milhões em dinheiro para a compra de votos, imaginem quantos milhões circularam sem ser detectados.

O circo eleitoral terminou, e as pessoas ficaram em suas casa pensando no que comer amanhã, enquanto circulava a orgia de dinheiro para a compra de votos. O povo não se sentiu convidado para este circo, onde não se resolvem os problemas fundamentais do país e, pelo contrário, ficou demonstrado que estas disputas definem o mapa da distribuição do erário público e das formação de quadrilhas. Abstenção reinou, os votos brancos e nulos, que são outra forma de protesto imperaram. Alguns eleitores confirmaram-nós que rasuraram toda a cedula eleitoral.

O regime eleitoreiro novamente foi deslegitimado, especialmente quando o país soube que o sistema informatizado do Tribunal Eleitoral colocado passou a ser custodiado e controlado pelos orgãos de segurança gringos, o que mostra o nível de submissão do regime e sua incapacidade de manter um metro sequer da soberania nacional. Um dia antes do pleito, o regime anunciou que quem boicotasse o sistema de informatica do Tribunal Eleitoral está exposto a cometer um crime federal punível nos EUA. Que lambe botas!. Controlado o sistema do Tribunal pelos gringos, qualquer um pode manipular o sistema, manipulando os resultados das eleições em funçao dos interesses oligárquicos e em função dos interesses dos gringos.

As zonas eleitorais fecharam e agora começa a contagem, seja qual for o resultado, corresponde ao povo colombiano continuar a luta, a organização, construir a unidade e a luta de massas pela solução política e pela construção da nova Colômbia.

sábado, 29 de outubro de 2011

Convocatória das FARC: Não votar nos candidatos da oligarquia e do paramilitarismo



Fonte: Anncol


Aproxima-se o dia 30 de outubro e com ele a data das eleições para “representantes” dos órgãos colegiados das assembléias e conselhos municipais, prefeitos e governadores. Presume-se que nestas eleições, o povo elege os seus governantes e que estes governam em nome e por vontade dos governados.

Aparentemente, estas eleições são um evento democrático, onde se “renovam” as instituições e se elegem os “representantes” do povo.

Mas é necessário perguntar: Será que isso é realmente assim?

Será que esses “representantes”, como se costuma dizer, de fato representam o povo colombiano?

Será que o prefeito é de fato o representante dos interesses do município e o governador representa todos os seus governados?

Em nossa opinião e na de muitos outros colombianos, isto não é mais do que um dos mitos estatais com que se tenta esconder uma verdade contundente: que a “democracia representativa” é o governo da classe dominante e da classe que está no poder.

Pelo menos na Colômbia ninguém pode negar, primeiramente, que as eleições são fraudulentas e que seus resultados são espúrios, em segundo lugar, que a mal chamada “representação” exclui o povo do governo da nação e, em terceiro lugar, que a gestão pública sempre fica nas mãos de políticos testas-de-ferro, dos cartéis do narcotráfico, das máfias da corrupção, das máfias dos empreiteiros, das máfias paramilitares ou máfias que defendem os interesses das multinacionais estrangeiras e, novamente, das classes dominantes.

Nosso povo não pode permitir mais ser enganado. Com muito poucas e honrosas exceções de representantes de partidos e movimentos de esquerda, a verdade é que todos os representantes da coalizão governista, não são portadores de idéias nem de programas que beneficiam a nação, aspiram somente a obter posições. São eleitoreiros, nada mais do que empresas eleitorais.

Participam das eleições com a finalidade de obter uma cadeira ou um cargo público para enriquecer, ou para servir os interesses dos inimigos do povo. Um “honorável” senador e grande eleitor, resumiu para a posteridade em letras de pedra: “Uma única prefeitura é mais rentável que o tráfico de drogas”. Isso dá uma idéia do tamanho da corrupção na Colômbia.

Entre as muitas instituições podres, que na Colômbia servem de sustentáculo para este regime tão injusto das máfias e da oligarquia que mal governa o país, os Tribunais Eleitorais são um dos seus maiores expoentes, o clientelismo, fraudes, rixas, manipulação e engano através dos meios de comunicação, compra de votos, transporte de eleitores, uso documentos de identidade falsos e de pessoas já falecidas, violência da força pública e participação aberta do paramilitarismo (incluindo a participação vergonhosa de seus líderes desde a prisão), bem como a ausência de garantias para proporcionar uma verdadeira oposição ao regime político e ao estabelecimento, são os componentes que no fim acabam por determinar os resultados e não a vontade popular.

Toda essa podridão, desde sempre, não legitima os resultados, sejam eles quais forem. Esta é a realidade da qual são cúmplices a maioria dos dirigentes e partidos políticos participantes, os verdadeiros sabotadores do processo eleitoral, apesar de que, eles próprios e seus chefes empossados no aparelho de Estado, pretendem endossar à guerrilha revolucionária a sabotagem do processo, desviando o foco da atenção e enganando dessa forma à opinião pública.

Coerentes com esse raciocínio e conseqüentes com nossas propostas ao longo desta jornada pela democratização e libertação do nosso país, convocamos o povo colombiano a se abster. Persistir na mobilização das massas pela defesa de suas reivindicações e seus direitos e intensificar a luta para as mudanças das práticas políticas em nosso país.

E chamamos aqueles que decidiram participar, a não votar nos representantes dos partidos da oligarquia, inimigos do povo e os verdadeiros responsáveis pela, violência, corrupção e injustiça que assolam a Colômbia.

De nossa parte, respeitaremos a vontade cidadã de votar em quem se desejar.

Entretanto, impediremos a presença de candidatos reconhecidos do paramilitarismo em nossas áreas de influência e nos oporemos, por todos os meios, a qualquer candidato que utilize em suas campanhas, ou para apoiar candidatos dos partidos governistas, ao mesmo tempo que contribuiremos para a criação de mecanismos de controle popular que fiscalizem a gestão dos eleitos, de forma permanente.


Secretariado do Estado Maior das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, Outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Honra Reconquistada de Muammar al-Gaddafi

Por Mario Maestri*

Muammar Abu Minyar al-Gaddafi caiu combatendo na defesa da independência nacional de sua nação. Resistiu, cidade por cidade, quarteirão por quarteirão, casa por casa, até ficar encurralado com seus derradeiros companheiros e companheiras, feras indomáveis, nos poucos metros de terra líbia livre. Como dissera, enfrentou, até a morte, irredutível, a coligação das mais poderosas nações imperialistas ocidentais.

Ferido, foi preso, achincalhado, arrastado, torturado e, já moribundo, assassinado. Em torno dele desencadernava a canalha armada e excitada que se banqueteava, havia semanas, rapinando, executando, violando a população da cidade heróica de Sirte, arrasada por sua resistência à recolonização do país. Sirte, no litoral mediterrânico, com mais de 130 mil habitantes, éi sede de universidade pública, destruída, e do terminal do impressionante rio artificial que retirava as águas fósseis do deserto do Saara para aplacar a das populações e agricultura líbia.

Nas últimas cidades rebeldes, encanzinados franco-atiradores, homens e mulheres, jovens e adultos, foram calados com o arrasamento pela artilharia pesada dos prédios em que se encontravam. Estradas, portos, centrais elétricas e telefônicas, quartéis, escolas, creches, hospitais, aeroportos, estações televisivas e radiofônicas, a infraestrutura do país construída nas últimas quatro décadas, foi arrasada por seis meses de ataques aéreos, navais e missilísticos - mais de cinqüenta mil bombas! -, responsáveis por enorme parte dos talvez cinqüenta mil mortos, em população de pouco mais de seis milhões de habitantes.

A lúgubre paz dos cemitérios reina finalmente sobre a Líbia submetida.

Quarenta e dois anos após a conquista de sua independência nacional, a Líbia retorna ao controle neocolonial do imperialismo inglês e francês, que dividiram a hegemonia sobre o país após a 2ª Guerra, que pôs fim à dura dominação colonial da Itália fascista. Tudo é claro sob a vigilância impassível da hiena estadunidense.

Em 1969, o então jovem coronel Muammar, com 27 anos, chegava do deserto para comandar o golpe de jovens militares pela independência e unidade da Líbia, animado pelas esperançosas idéias do pan-arabismo de corte nacionalista e socialista. Do movimento surgiu um Estado laico, progressista e anti-imperialista, que nacionalizou os bancos, as grandes empresas e os recursos petrolíferos do país.

Quarenta e três anos mais tarde, Gaddafi cai simbolizando os mesmos ideais. Com sua morte, expia dramática e tardiamente sua irresponsável tentativa de acomodação às forças do imperialismo, empreendida após a vitória mundial da contra-revolução liberal.

Quem abraça o demônio, jamais dirige a dança! Foi o movimento de privatizações, de "austeridade", de abertura ao capital mundial, de apoio às políticas imperialistas na África, etc., sob os golpes da crise mundial, o grande responsável pela perda de consenso social de ordem que, no contexto de suas enormes contradições, realizara a mais ampla e democrática distribuição popular da renda petroleira das nações arábico-orientais.

Por décadas, ao contrário do que ocorria com tunisianos, argelinos, egípcios, etc. não se viu na Europa um líbio à procura de um trabalho que encontrava em seu país. Ao contrário, o país terminou como destino de forte imigração de trabalhadores da África negra subsaariana, atualmente maltratados, torturados, executados por membros das "tropas revolucionárias" arregimentadas pelo imperialismo, sob a desculpa de ser os "mercenários" de Ghadafi.

A intervenção na Líbia não procurou apenas recuperar o controle direto das importantes reservas petrolíferas pelo imperialismo inglês, francês e estadunidense. Objetivou também assentar golpe mortal na revolução democrática e popular do norte da África, mostrando a capacidade de arrasar implacavelmente qualquer movimento de autonomia real. Com uma Líbia recolonizada, espera-se construir plataforma de intervenção regional, que substitua o hoje convulsionado Egito.

A operação líbia significou também conquistas marginais, além do controle do petróleo, da disposição de sufocação da revolução democrático-popular árabe, da construção de plataforma imperialista na região.

Enormes segmentos da esquerda mundial, sem exceção de grupos auto-proclamados radicais, embarcaram-se no apoio de fato à intervenção imperialista, defendendo graus diversos da sui-generis proposta de estar com o "movimento revolucionário" líbio e contra o imperialismo que o criara e sustentara. Aplaudiam as bombas que choviam sobre o país, propondo que não sustentavam a intervenção da OTAN

Para não se distanciarem da opinião pública sobre o governo líbio e os sucessos atuais, construída pela tradicional subordinação e hipocrisia da grande mídia mundial, seguiram na saudação das forças "revolucionárias líbias", como se não fossem meras criaturas da intervenção imperialista, como demonstraram - e seguirão demonstrando - inapelavelmente os fatos! Os revolucionários líbios não avançaram um metro nos combates, sem o aterrador apoio aéreo e a seguir terrestre da OTAN. Em não poucos casos, também como fizera Gaddafi nos últimos tempos, procuram consciente ou inconscientemente acomodar-se à besta imperialista.

·
*Mário Maestri, 63, sul-rio-grandense, é professor do curso e do Programa de Pós-Graduação em História da UFF. maestri@via-rs.net

Fone: Pravda.ru e apoio do PCB

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A paz com justiça social é possível, lutemos por ela No 31

Por Juan Leonel Pérez.

O conflito colombiano é o mais cumprido de todos os ocorridos no Continente. A classe politica tem permitido que se prolongue, pois só pensa nos seus interesses econômicos: despojo de terras, mão de obra barata nas cidades, megaprojetos agroindustriais, palma africana, imensas plantações de banana, de frutais, grandes usinas hidroelétricas, petróleo, carvão , ouro, canal a nível pela região do Atrato, perto da fronteira com Panamá, etc.

Por atras do conflito vemos a mão suja do Império, seu interesse é geoestratégico, pois visa converter Colômbia em uma imensa base militar para desde ai agredir qualquer país que não se submeta a seus ditames. Um desses pode ser Venezuela por ter tido a ousadia de exercer soberania sobre seus recursos energéticos. A amizade que Juan Manuel Santos lhe oferece a Chávez é o beijo de Judas. Quando o império dê a ordem, não abrirá mão da intervenção militar, como passou no Equador em primeiro de março de 2008, onde assassinou a Raul Reyes, 24 guerrilheiros, um equatoriano e quatro mexicanos, quando se encontravam dormindo num campamento transitório.

O conflito tem-lhe custado ao povo colombiano mais de um milhão de mortos em 64 anos e por isso foi obrigado a se defender por meio da luta insurgente que não tem sido derrotada pelo império com seus planos de guerra, como o Plano Colômbia, Patriota e tantos outros

A semana que passou foi uma das mais trágicas. Vinte soldados morreram em dois dias, vidas que não lhe importam aos donos do poder, já que seus filhos não estão entre eles, que são filhos de operários, de camponeses, pois os filhos dos oligarcas jamais vão ao combate. Também, não se importam com a vida dos jovens guerrilheiros, chamados por eles de “terroristas”. De igual forma definem a sindicalistas, dirigentes indígenas, campesinos e estudantes.

Hoje mais do que nunca se necessita a paz para parar esse derramamento de sangue do povo colombiano.

A seguir, os resultados dos combates entre as forças governamentais e a insurgência das FARC e o ELN, segundo os meios de comunicação de Colômbia e o mundo, do 09 ao 23 de outubro de 2011.

09/10: E combates entre as FARC e o Exército no estado do Tolima, morreram um soldado e três guerrilheiros.
http://www.elespectador.com/noticias/judicial/articulo-304455-combates-entre-ejercito-y-farc-tolima-dejaron-un-soldado-muerto

10/10: Emboscada das FARC a comboio do Exército em Guachené, Cauca, deixa 7 militares mortos (2 deles suboficiais).
http://www.elpais.com.co/elpais/judicial/noticias/en-combates-mueren-soldados-en-zona-rural-caloto

16/10: Apesar dol incremento do pe de forza do Exército, continuam os combates das FARC no estado do Cauca.
http://www.elpais.com.co/elpais/judicial/noticias/violencia-en-cauca-herida-cicatriza

18/10: Guerrilheiros das FARC derrubaram uma torre de energia perto de Orito, no estado do Putumayo, deixando varios municipios sem eletricidade.
http://www.notisistema.com/noticias/?p=428349

18/10: FARC dinamita tramo do oleoducto Transandino no Putumayo.
http://www.notisistema.com/noticias/?p=428349

18/10: Duros combates entre as FARC e o Exército em zona rural de Puerto Caicedo, Putumayo: 3 soldados mortos, 2 feridos e um extraviado.
http://www.radiosantafe.com/2011/10/18/mueren-3-soldados-en-combates-con-las-farc-en-putumayo/

20/10: Foi morto o chefe da inteligencia da Policia em Mocoa, Putumayo.
http://www.caracol.com.co/noticias/regional/asesinado-el-director-del-servicio-de-inteligencia-de-la-policia-de-putumayo/20111020/nota/1565019.aspx

22/10: FARC assalta patrulha militar em Tumaco, Nariño: ao menos 10 militares mortos (entre eles dois suboficiais) e 6 feridos.
http://www.elcolombiano.com/BancoConocimiento/F/farc_golpeo_con_ataque_que_mato_10_militares/farc_golpeo_con_ataque_que_mato_10_militares.asp

22/10: Bomba provoca danos consideráveis na sede da campanha do candidato do partido da U para Prefeito do município de Miranda, Cauca.
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5jhIGtXEJ7WKg2JFVDe-sfhiZE-wQ?docId=1636344

22/10: FARC ataca com cargas explosivas o poliduto Petronorte em Teorama, Norte de Santander.
http://www.caracol.com.co/noticias/regional/las-farc-atacaron-el-poliducto-de-petronorte-en-teorama-norte-de-santander/20111022/nota/1566422.aspx

23/10: Ataque das FARC ao Exército perto de Tame, Arauca: 10 militares mortos (entre eles 1 oficial e 1 suboficial) e ao menos 3 feridos.
http://www.europapress.es/latam/colombia/noticia-colombia-diez-militares-muertos-tres-heridos-emboscada-farc-region-fronteriza-venezuela-20111023032727.html

Os presos políticos em Colômbia são mais de 8 mil, é urgente ser solidários com eles.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

REPUBLIQUETA BANANEIRA!

Vergonha das Nações Unidas da Colômbia

Republiqueta bananeira!


Renan Vega Cantor
Fonte: Rebelião



No inicio do século XX, o humorista e contador de histórias O. Henry, cujo nome era William Sydney Porter (1862-1910), inventou o termo República das Bananas ( Banana Republic) para destacar a entrega da soberania e da riqueza de um território para uma empresa estrangeira. Depois, este termo tem sido usado para se referir à prostração de um determinado país diante dos amos imperialistas do norte. O termo aplica-se com perfeição ao regime de Santos, que nem no campo da política externa, ou qualquer outro, difere do uribismo, como querem nos fazer acreditar. Não é difícil demonstrar que o ‘santismo’ vem assinalando com seus atos o fato de que somos uma Republiqueta Bananeira, como pode-se verificar com a posição tomada em relação à Palestina no seio da ONU, algo indigno e vergonhoso.


A JUSTIFICAÇÃO DOS CRIMES DE ISRAEL

O povo palestino tem sido violentamente expulso de seu território desde 1947, após uma duvidosa resolução da ONU que determinou a criação de dois estados: o da Palestina, cujos habitantes viviam na região desde tempos imemoriais, e Israel, formado pela diáspora judaica implantada a sangue e fogo nesse território. Desde a criação do Estado sionista de Israel, os palestinos tem sido expulsos de seus territórios e, atualmente, confinados em dois guetos a céu aberto após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Gaza e Cisjordânia, onde padecem aprisionados em uma estreita faixa de terra de 6.020 quilômetros quadradas, pouco mais de quatro milhões de pessoas, o que constitui uma das áreas mais superpovoadas do mundo. Esta população palestina é bombardeada e massacrada diariamente pelas forças armadas de Israel, com a cumplicidade e apoio direto desse bando de criminosos, liderados pelos Estados Unidos, que frequentemente costuma se autodenominar de “comunidade internacional”.

Os palestinos estão sofrendo uma limpeza étnica. Seus reduzidos territórios são ocupados por colonos judeus, e o Estado de Israel rouba-lhes a água, destrói suas casas e constrói um tenebroso muro da infâmia para impedir que os palestinos possam se mover livremente na terra que sempre foi deles, mas que agora está ocupada por uma potência colonial. Apesar de tudo isto, o povo palestino tem lutado heroicamente contra os criminosos sionistas criminal de Israel, apesar da indiferença de grande parte do mundo.

Como parte dessa resistência, o governo da Palestina ocupada decidiu apresentar diante da Assembléia Geral da ONU uma petição formal para ser admitido como membro dessa organização. Durante esta Assembléia, de 130 países deram o seu apoio a essa legitima aspiração do povo palestino, dentre eles a maioria dos países da América Latina, com exceção vergonhosa do México e da Colômbia, cujos governos são caracterizados pela sua abjeção para com os Estados Unidos e Israel.

A postura do governo colombiano de se opor ao reconhecimento do Estado palestino não só vai contra a tendência histórica, mas dá um respaldo não merecido a Israel, e legítima na prática os crimes que esse estado racista (sionista) comete diariamente nos territórios ocupados.

No caso de Juan Manuel Santos essa postura não é de estranhar, porque sempre expressou a sua admiração pelo Estado de Israel e disse que se sente orgulhoso que a Colômbia seja considerada o Israel da América do Sul. Ao mesmo tempo, entre o Estado colombiano e o de Israel estabeleceram-se estreitos vínculos econômicos e, especialmente, militares, que são evidentes na venda de armas e no assessoramento direto, embora raramente reconhecido, de estrategistas militares e mercenários israelenses com paramilitares colombianos. Esta aliança explica em grande medida a cumplicidade com o regime sionista por parte do Estado colombiano.


2. UM DISCURSO RECHEIADO DE MENTIRAS

No contexto acima referido, chega a ser tragicômica a justificativa de Juan Manuel Santos de se opor à inclusão da Palestina como um Estado membro da ONU. Em seu discurso de 21 de setembro de 2011, perante a 66 ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, Santos pronunciou uma série interminável de mentiras, o que, entre outras coisas, demonstra que no jornal El Tiempo aprendeu a ser um mitômano profissional. Nesse lamentável discurso afirmou que a Colômbia, cujo Estado e classes dominantes são peões incondicionais de Washington, é um país que acredita no multilateralismo, que além de ser falso é uma piada de mau gosto. Em seguida, ele afirmou que a Colômbia se comprometia a “fortalecer e aplicar os métodos de solução pacífica de controvérsias”, o que parece uma história de ficção científica porque, se em algum país do mundo não se aplica esse diálogo e a solução pacífica é na Colômbia, onde se vive, como se fosse necessário relembrar, uma guerra interna por mais de meio século. Com este fato real, uma personagem como Santos não tem a menor autoridade moral, além de responsável direto da repressão interna que suportamos neste país , para falar de diálogo e tem um caráter como o Santos, caso contrário, diretamente responsáveis pela repressão interna no país este urso a falar de diálogo e solução pacífica.

Para ressaltar tamanho cinismo, mais a frente Santos disse que “a Colômbia não só acredita na mediação e na solução pacífica, mas as tem praticado com sucesso”. É claro que se constituem em estrondoso êxito de Paz e um exemplo digno de ser imitado, um país no qual foram assassinadas 173.000 pessoas entre 2005 e 2010 por bandos (para)militares e onde as forças armadas cometeram mais de 3.000 assassinatos (falsos positivos), ao mesmo tempo em que Santos era ministro da Defesa!. Que amostra mais palpável de fraternidade e amor entre os colombianos têm demonstrado Santos e seu séquito!

Mais à frente vem a sua “contribuição fundamental” como “estadista” do embuste e da mentira, quando afirmou que “entre Israel e Palestina... pode se obter avanços se e somente se privilegiam o diálogo direto e a mediação eficaz ”. Ao que acrescentou uma peça antológica da pérfida política ao dizer que “imploramos às partes (Israel e Palestina) para retornar às negociações o mais rapidamente possível, porque este é o único, repito o único, caminho que leva ao que todos querem: dois Estados vivendo em paz e segurança”. Será que Santos acha que somos estúpidos? Como se não soubéssemos que Israel nunca quis dialogar com os palestinos e que tem utilizado as falsas negociações de paz para consolidar o roubo dos territórios ocupados, enquanto continua massacrando sem piedade a homens, mulheres e crianças. Aparentemente, Santos entende que pode haver um diálogo de igual para igual entre os chacais (Israel) e os cervos (os palestinos) e que os primeiros vão-se domesticar e virarão irmãos dos segundos por um ato de vontade pura, sendo que, durante 63 anos demonstraram ser inimigos de qualquer diálogo real e todos seus atos demonstram o sonho de reagir exterminando completamente os palestinos. Para Israel o diálogo é sinônimo de guerra, genocídio e destruição, e por isso são chamados nazi-sionistas. É difícil ouvir ou ler enormes disparates todos os dias como os de Santos na ONU, mais bem próprio da propaganda barata e sem sentido da pseudoliteratura da superação pessoal!

Para concluir, tal será a abjeção do governo colombiano por não apoiar o reconhecimento da Palestina, sob as ordens de seu amo imperial, os Estados Unidos, que até uma personagem pró-imperialista, como Oscar Arias, ex-presidente da Costa Rica, afirmou que votar contra a Palestina “implicava voltar aos velhos tempos em que tivemos uma política externa típica das Repúblicas Bananeiras da América Central, quando uma superpotência nos dizia o que deveríamos fazer e como deveríamos votar”. Essas palavras se aplicam ao pé da letra aos peões incondicionais México e Colômbia, as novas republiquetas bananeiras do nosso tempo, como evidenciado pelos mal chamados ‘Acordos de Livre Comércio’.

domingo, 23 de outubro de 2011

A paz com justiça social é possível, lutemos por ela, No 30

Por: Juan Leonel Pérez.

Quanto sangue derramado, quanta dor nas famílias de pessoas humildes, quanto despereço pela vida têm os governantes de nosso país . Não necessitamos da guerra, pois em uma mesa de diálogo podemos resolver os problemas que tem gerado o conflito.

Quantas vidas tem que perder ainda o povo colombiano para que o governo entenda que a vida militar não é o caminho?

Senhor presidente Juan Manuel Santos, se como diz em público, quer ser o homem da paz deve de imediato decidir-se a dialogar com a insurgência.

Só dessa forma salvaremos a vida de dezenas de soldados, guerrilheiros e pessoas da população que diariamente morrem.

Los democratas temos que exigir paz.

A seguir, os resultados da confrontação entre as forças governamentais e a insurgência, segundo a imprensa nacional do 25 de setembro ao 9 de outubro de 2011.

25/09: Enésimo ataque das FARC contra a multinacional petroleira Emerald Energy no estado do Caquetá, esta vez, foi alvejada una caravana de 15 caminhões cisterna escoltados pelo Exército.
http://www.eltiempo.com/justicia/escalada-de-las-farc-contra-la-petrolera-emerald-energy_10435292-4

26/09: FARC atacam simultaneamente as forças militares do regime em Caldono, Jambaló, Silvia, Suárez e Siberia, todos municípios do estado de El Cauca, dando de baixa a pelo menos 3 soldados (um morto e dois feridos), paralisando o transporte e provocando consideráveis danos materiais nas instalações inimigas.
http://www.elpais.com.co/elpais/judicial/noticias/farc-atacan-cinco-municipios-del-cauca-simultaneamente

27/09: Campo minado das FARC em Briceño, Antioquia: 1 suboficial e 2 soldados mortos.
http://www.caracol.com.co/noticias/judicial/murieron-tres-militares-tras-caer-en-campo-minado-en-briceno-antioquia/20110927/nota/1553534.aspx

28/09: Guerrilheiros do ELN dinamitaram tramo do poliduto Petronorte entre Teorama e El Tarra, Norte de Santander.
http://www.caracol.com.co/noticias/regional/miembros-del-eln-dinamitaron-una-infraestructura-petrolera-en-norte-de-santander/20110928/nota/1554622.aspx

29/09: Em combates entre as FARC e o Exército no estado de Nariño, morre um soldado.
http://noticias.terra.com.pe/internacional/latinoamerica/colombia-muere-militar-en-combates-con-farc-en-zona-fronteriza-a-ecuador,76401651756b2310VgnVCM20000099f154d0RCRD.html

30/09: Em ação das FARC em Saravena, Arauca, morrem dois policiais.
http://www.lafm.com.co/noticias/orden-p-blico/30-09-11/farc-asesinaron-dos-polic-en-saravena-arauca

01/10: Guerrilheiros das FARC queimam carreta-tanque na via Villavicencio-San José del Guaviare.
http://www.caracol.com.co/noticias/judicial/guerrilleros-queman-carrotanque-en-la-via-villavicencio--san-jose-del-guaviare/20111001/nota/1556040.aspx

04/10: Ação das FARC com explosivos em Florida, Valle del Cauca.
http://www.elcolombiano.com/BancoConocimiento/D/doble_atentado_de_farc_en_florida/doble_atentado_de_farc_en_florida.asp

05/10: Insurgentes das FARC atacam com morteiros e explosivos a base militar de Los Pinos, Cauca, e continuam combatendo desde há 10 dias contra as tropas do regime em Suárez, Cauca.
http://www.elpais.com.co/elpais/judicial/noticias/ataque-farc-ocasiono-desplazamiento-en-norte-del-cauca

05/10: Ataque das FARC contra patrulha militar em Arauquita, Arauca: 1 soldado morto e 3 feridos.
http://www.elcomercio.com/mundo/ataque-FARC Colombia_0_566943319.html

06/10: FARC hostiliza o Posto Policial em Caldono, Cauca: continuam os combates na região.
http://www.elcomercio.com/mundo/ataque-FARC-Colombia_0_566943319.html

08/10: Guerrilheiros das FARC atacam simultaneamente o Posto Policial e o Batalhão do Exército em El Tarra, Norte de Santander, provocando sérios danos materiais.
http://www.caracol.com.co/noticias/judicial/las-farc-hostigaron-al-ejercito-y-a-la-policia-en-el-tarra-norte-de-santander/20111008/nota/1559458.aspx

09/10: FARC incinera um ônibus sobre uma ponte entre Pitalito e Isnos, Huila.
http://www.lanacion.com.co/2011/10/08/%e2%80%98con-quema-de-bus-las-farc-querian-averiar-el-puente%e2%80%99/


Nos cárceres da Colômbia moram crianças que igual que suas mães são prisioneiros. O que pode esperar a sociedade quando eles crescerem?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

KHADAFI MORREU COMBATENDO COM DIGNIDADE E COERÊNCIA

Por Miguel Urbano Rodrigues

A foto divulgada pelos contra-revolucionários do CNT elimina dúvidas: Muamar Khadafi morreu.

Notícias contraditórias sobre as circunstâncias da sua morte correm o mundo, semeando confusão. Mas das próprias declarações daqueles que exibem o cadáver do líder líbio transparece uma evidência: Khadafi foi assassinado.

No momento em que escrevo, a Resistência líbia ainda não tornou pública uma nota sobre o combate final de Khadafi. Mas desde já se pode afirmar que caiu lutando.

A midia a serviço do imperialismo principiou imediatamente a transformar o acontecimento numa vitória da democracia, e os governantes dos EUA e da União Europeia e a intelectualidade neoliberal festejam o crime, derramando insultos sobre o último chefe de Estado legitimo da Líbia.

Essa atitude não surpreende, mas o seu efeito é oposto ao pretendido: o imperialismo exibe para a humanidade o seu rosto medonho.

A agressão ao povo da Líbia, concebida e montada com muita antecedência, levada adiante com a cumplicidade do Conselho de Segurança da ONU e executada militarmente pelos EUA, a França e a Grã Bretanha deixará na História a memória de uma das mais abjectas guerras neocoloniais do início do século XXI.

Quando a OTAN começou a bombardear as cidades e aldeias da Líbia, violando a Resolução aprovada sobre a chamada Zona de Exclusão aérea, Obama, Sarkozy e Cameron afirmaram que a guerra, mascarada de «intervenção humanitária», terminaria dentro de poucos dias. Mas a destruição do país e a matança de civis durou mais de sete meses.

Os senhores do capital foram desmentidos pela Resistência do povo da Líbia. Os «rebeldes», de Benghazi, treinados e armados por oficiais europeus e pela CIA, pela Mossad e pelos serviços secretos britânicos e franceses fugiam em debandada, como coelhos, sempre que enfrentavam aqueles que defendiam a Líbia da agressão estrangeira.

Foram os devastadores bombardeamentos da OTAN que lhes permitiram entrar nas cidades que haviam sido incapazes de tomar. Mas, ocupada Tripoli, foram durante semanas derrotados em Bani Walid e Sirte, baluartes da Resistência.

Nesta hora em que o imperialismo discute já, com gula, a partilha do petróleo e do gás libios, é para Muamar Khadafi e não para os responsáveis pela sua morte que se dirige em todo o mundo o respeito de milhões de homens e mulheres que acreditam nos valores e princípios invocados, mas violados, pelos seus assassinos.

Khadafi afirmou desde o primeiro dia da agressão que resistiria e lutaria com o seu povo ate à morte.

Honrou a palavra empenhada. Caiu combatendo.

Que imagem dele ficará na História? Uma resposta breve à pergunta é hoje desaconselhável, precisamente porque Muamar Khadafi foi como homem e estadista uma personalidade complexa, cuja vida reflectiu as suas contradições.

Três Khadafis diferentes, quase incompatíveis, são identificáveis nos 42 nos em que dirigiu com mão de ferro a Líbia.

O jovem oficial que em 1969 derrubou a corrupta monarquia Senussita, inventada pelos ingleses, agiu durante anos como um revolucionário. Transformou uma sociedade tribal paupérrima, onde o analfabetismo superava os 90% e os recursos naturais estavam nas mãos de transnacionais americanas e britânicas, num dos países mais ricos do mundo muçulmano. Mas das monarquias do Golfo se diferenciou por uma politica progressista. Nacionalizou os hidrocarbonetos, erradicou praticamente o analfabetismo, construiu universidades e hospitais; proporcionou habitação condigna aos trabalhadores e camponeses e recuperou para uma agricultura moderna milhões de hectares do deserto graças à captação de águas subterrâneas.

Essas conquistas valeram-lhe uma grande popularidade e a adesão da maioria dos líbios. Mas não foram acompanhadas de medidas que abrissem a porta à participação popular. O regime tornou-se, pelo contrário, cada vez mais autocrático. Exercendo um poder absoluto, o líder distanciou-se progressivamente nos últimos anos da política de independência que levara os EUA a incluir a Líbia na lista negra dos estados a abater porque não se submetiam. Bombardeada Tripoli numa agressão imperial, o país foi atingido por duras sanções e qualificado de «estado terrorista».

Numa estranha metamorfose surgiu então um segundo Khadafi. Negociou o levantamento das sanções, privatizou empresas, abriu sectores da economia ao imperialismo. Passou então a ser recebido como um amigo nas capitais europeias. Berlusconi, Blair, Sarkozy, Obama ,Sócrates receberam-no com abraços hipócritas e muitos assinaram acordos milionarios , enquanto ele multiplicava as excentricidades, acampando na sua tenda em capitais europeias.

Na última metamorfose emergiu com a agressão imperial o Khadafi que recuperou a dignidade.

Li algures que ele admirava Salvador Allende e desprezava os dirigentes que nas horas decisivas capitulam e fogem para o exílio.

Qualquer paralelo entre ele e Allende seria descabido. Mas tal como o presidente da Unidade Popular chilena, Khadafi, coerente com o compromisso assumido, morreu combatendo. Com coragem e dignidade.

Independentemente do julgamento futuro da História, Muamar Khadafi será pelo tempo afora recordado como um herói pelos líbios que amam a independência e liberdade. E também por muitos milhões de muçulmanos.

A Resistência, aliás, prossegue, estimulada pelo seu exemplo.

Vila Nova de GAIA, no dia da morte de Muamar Khadafi

--
Veja a Página do PCB – www.pcb.org.br

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EUA arma falso complô que “mataria” embaixador saudita em Washington e serviços de inteligência russo e chinês desmascaram plano da CIA e do FBI.

Por KATHARINA GARCIA ( Madri ) e PAOLO GRAZZIANI ( Roma ) – Correspondentes.

MIDIA SEM FRONTEIRAS – NY \ MADRI \ ROMA: 14.10.11 – Armado por um dos mais de vinte núcleos de operações especiais (conhecido como divisões para o trabalho sujo) espalhados pelo mundo, e coordenados pela CIA, Agência Central de Inteligência, e com objetivo de criar uma situação de desvituar e distrair a opinião pública norte americana para os problemas econômicos e sociais com os mais de 30 milhões de desempregados e três milhões de indignados nas ruas dos EUA protestando contra o capitalismo e contra Barack Obama, o governo estadunidesne tentou esta semana acusar o Irã de está por trás de um pseuso “atentado” que seria cometido contra o embaixador da Arabia Saudita naquele país. Posteriormente descoberto que seria uma montagem feita pelos serviços de inteligência norte americanos e agências de propaganda que trabalham para a CIA e o FBI e assim incriminar o regime iraniano.

Fontes da Inteligência russa e chinesa que não se indentificam, mas confirmam através de suas fontes extra-oficias na Europa afirmam que o pseudo atentado teria sido montado pela CIA e o FBI, ao que tudo indica combinado com o próprio governo saudita para incriminar o regime iraniano e assim iniciar uma campanha publicitária, paga pelo Pentagono e o Departamento de Estado para isolar Teerã no mundo arabe e tentar salvar o regime saudita cada dia mais isolado internamente com as diversas manifestações de opositores contra a monarquia ditatorial em Riad.

Em Teerã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, considerou falsa a afirmação do plano para assassinar o embaixador saudita em Washington e desmentiu veementemente esta noticia que chamou de "cenário pré-fabricado”. De acordo com o Departamento de Imprensa do Ministério do Exterior iraniano, a denuncia é mentirosa e a considerou infundada, afirmando que a difusão da noticia pelas autoridades dos EUA sobre a participação do Irã em atos terroristas em solo norte-americano, e que esses atos e tais truques estão desgastados e se baseiam em antigas políticas de hostilidade dos EUA e do regime sionista de Israel contra o povo iraniano. Que são um espetáculo cômico no sentido de criar cenários fantasmagóricos pelos inimigos do Islã no Oriente Médio, visando semear a desunião.

Ele ressaltou que os planejadores desses falsos cenários estão procurando criar a desunião e ajudar o regime sionista a sair de seu atual isolamento. O porta-voz salientou ainda que República Islâmica do Irã é um sistema baseado na moralidade e nos valores islâmicos e sempre alertou sobre a conspiração dos inimigos na região e que tais cenários repetitivos são apresentados quando a política dos EUA dentro do próprio país e na região está sendo seriamente ineficazes e enfrentando amplos protestos dentro e fora dos EUA. Ele concluiu que os laços entre o Irã e a Arábia Saudita são baseados pelo respeito mútuo em que estas falsas alegações não teriam qualquer efeito sobre a opinião pública de ambos os países.

O governo estadunidense ainda tentou envolver a Korea do Norte no espisódio, tentando criar problemas para seus dois principais inimigos no extremo oriente, no entanto um dos agentes do FBI que teria participado do complô se embriagou na vespera do anuncio da divulgação do plano por uma agência de publicidade e diversas empresas de propaganda e de noticias constantes na folha de pagamento da CIA e do próprio FBI, foi preso e na prisão falou a diversos outros policiais sobre o assunto. O que terminou criando problemas interno pelo vazamento do plano e simultaneamente o mesmo ter sido descoberto pelos serviços secretos russo e chinês através de informantes na Europa.

MIDIA SEM FRONTEIRAS – KG \ PG – 141011 – NY \ MADRI \ ROMA.

MÍDIA SEM FRONTEIRAS - Sucursal Brasil

- A maior rede de noticias do mundo - Abrangendo 150 países de todos os continentes - - 225 Agências de Noticias - 55 Redes de TV - 1.250 Jornais - 3.100 Rádios - 2.500 Sites -

midia.sem.fronteiras@gmail.com


--
Veja a Página do PCB – www.pcb.org.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

'Ocupa Wall Street é o movimento mais importante do mundo hoje''

Na quinta-feira, 06 de outubro, Naomi Klein compareceu, convidada, à Assembleia Geral de Nova York. A amplificação foi banida pela polícia. Não havia microfones. Num inesquecível gesto, a multidão mais próxima a Klein repetia suas frases, para que os mais distantes pudessem ouvir e, por sua vez, repeti-las também. Era o "microfone humano". O memorável discurso de Klein foi assistido por dezenas de milhares de pessoas via internet.

O sítio da revista Fórum, 07-09-2011 – com tradução de Idelber Avelar – reproduziu a fala da ativista..

Eis o pronunciamento.

Eu amo vocês.

E eu não digo isso só para que centenas de pessoas gritem de volta “eu também te amo”, apesar de que isso é, obviamente, um bônus do microfone humano. Diga aos outros o que você gostaria que eles dissessem a você, só que bem mais alto.

Ontem, um dos oradores na manifestação dos trabalhadores disse: “Nós nos encontramos uns aos outros”. Esse sentimento captura a beleza do que está sendo criado aqui. Um espaço aberto (e uma ideia tão grande que não pode ser contida por espaço nenhum) para que todas as pessoas que querem um mundo melhor se encontrem umas às outras. Sentimos muita gratidão.

Se há uma coisa que sei, é que o 1% adora uma crise. Quando as pessoas estão desesperadas e em pânico, e ninguém parece saber o que fazer: eis aí o momento ideal para nos empurrar goela abaixo a lista de políticas pró-corporações: privatizar a educação e a seguridade social, cortar os serviços públicos, livrar-se dos últimos controles sobre o poder corporativo. Com a crise econômica, isso está acontecendo no mundo todo.

Só existe uma coisa que pode bloquear essa tática e, felizmente, é algo bastante grande: os 99%. Esses 99% estão tomando as ruas, de Madison a Madri, para dizer: “Não. Nós não vamos pagar pela sua crise”.

Esse slogan começou na Itália em 2008. Ricocheteou para Grécia, França, Irlanda e finalmente chegou a esta milha quadrada onde a crise começou.

“Por que eles estão protestando?”, perguntam-se os confusos comentaristas da TV. Enquanto isso, o mundo pergunta: “por que vocês demoraram tanto? A gente estava querendo saber quando vocês iam aparecer.” E, acima de tudo, o mundo diz: “bem-vindos”.
Muitos já estabeleceram paralelos entre o Ocupar Wall Street e os assim chamados protestos anti-globalização que conquistaram a atenção do mundo em Seattle, em 1999. Foi a última vez que um movimento descentralizado, global e juvenil fez mira direta no poder das corporações. Tenho orgulho de ter sido parte do que chamamos “o movimento dos movimentos”.

Mas também há diferenças importantes. Por exemplo, nós escolhemos as cúpulas como alvos: a Organização Mundial do Comércio, o Fundo Monetário Internacional, o G-8. As cúpulas são transitórias por natureza, só duram uma semana. Isso fazia com que nós fôssemos transitórios também. Aparecíamos, éramos manchete no mundo todo, depois desaparecíamos. E na histeria hiper-patriótica e nacionalista que se seguiu aos ataques de 11 de setembro, foi fácil nos varrer completamente, pelo menos na América do Norte.
O Ocupar Wall Street, por outro lado, escolheu um alvo fixo. E vocês não estabeleceram nenhuma data final para sua presença aqui. Isso é sábio. Só quando permanecemos podemos assentar raízes. Isso é fundamental. É um fato da era da informação que muitos movimentos surgem como lindas flores e morrem rapidamente. E isso ocorre porque eles não têm raízes. Não têm planos de longo prazo para se sustentar. Quando vem a tempestade, eles são alagados.

Ser horizontal e democrático é maravilhoso. Mas esses princípios são compatíveis com o trabalho duro de construir e instituições que sejam sólidas o suficiente para aguentar as tempestades que virão. Tenho muita fé que isso acontecerá.

Há outra coisa que este movimento está fazendo certo. Vocês se comprometeram com a não-violência. Vocês se recusaram a entregar à mídia as imagens de vitrines quebradas e brigas de rua que ela, mídia, tão desesperadamente deseja. E essa tremenda disciplina significou, uma e outra vez, que a história foi a brutalidade desgraçada e gratuita da polícia, da qual vimos mais exemplos na noite passada. Enquanto isso, o apoio a este movimento só cresce. Mais sabedoria.

Mas a grande diferença que uma década faz é que, em 1999, encarávamos o capitalismo no cume de um boom econômico alucinado. O desemprego era baixo, as ações subiam. A mídia estava bêbada com o dinheiro fácil. Naquela época, tudo era empreendimento, não fechamento.

Nós apontávamos que a desregulamentação por trás da loucura cobraria um preço. Que ela danificava os padrões laborais. Que ela danificava os padrões ambientais. Que as corporações eram mais fortes que os governos e que isso danificava nossas democracias. Mas, para ser honesta com vocês, enquanto os bons tempos estavam rolando, a luta contra um sistema econômico baseado na ganância era algo difícil de se vender, pelo menos nos países ricos.

Dez anos depois, parece que já não há países ricos. Só há um bando de gente rica. Gente que ficou rica saqueando a riqueza pública e esgotando os recursos naturais ao redor do mundo.

A questão é que hoje todos são capazes de ver que o sistema é profundamente injusto e está cada vez mais fora de controle. A cobiça sem limites detona a economia global. E está detonando o mundo natural também. Estamos sobrepescando nos nossos oceanos, poluindo nossas águas com fraturas hidráulicas e perfuração profunda, adotando as formas mais sujas de energia do planeta, como as areias betuminosas de Alberta. A atmosfera não dá conta de absorver a quantidade de carbono que lançamos nela, o que cria um aquecimento perigoso. A nova normalidade são os desastres em série: econômicos e ecológicos.

Estes são os fatos da realidade. Eles são tão nítidos, tão óbvios, que é muito mais fácil conectar-se com o público agora do que era em 1999, e daí construir o movimento rapidamente.

Sabemos, ou pelo menos pressentimos, que o mundo está de cabeça para baixo: nós nos comportamos como se o finito – os combustíveis fósseis e o espaço atmosférico que absorve suas emissões – não tivesse fim. E nos comportamos como se existissem limites inamovíveis e estritos para o que é, na realidade, abundante – os recursos financeiros para construir o tipo de sociedade de que precisamos.

A tarefa de nosso tempo é dar a volta nesse parafuso: apresentar o desafio à falsa tese da escassez. Insistir que temos como construir uma sociedade decente, inclusiva – e ao mesmo tempo respeitar os limites do que a Terra consegue aguentar.
A mudança climática significa que temos um prazo para fazer isso. Desta vez nosso movimento não pode se distrair, se dividir, se queimar ou ser levado pelos acontecimentos. Desta vez temos que dar certo. E não estou falando de regular os bancos e taxar os ricos, embora isso seja importante.

Estou falando de mudar os valores que governam nossa sociedade. Essa mudança é difícil de encaixar numa única reivindicação digerível para a mídia, e é difícil descobrir como realizá-la. Mas ela não é menos urgente por ser difícil.

É isso o que vejo acontecendo nesta praça. Na forma em que vocês se alimentam uns aos outros, se aquecem uns aos outros, compartilham informação livremente e fornecem assistência médica, aulas de meditação e treinamento na militância. O meu cartaz favorito aqui é o que diz “eu me importo com você”. Numa cultura que treina as pessoas para que evitem o olhar das outras, para dizer “deixe que morram”, esse cartaz é uma afirmação profundamente radical.

Algumas ideias finais. Nesta grande luta, eis aqui algumas coisas que não importam:

Nossas roupas.
Se apertamos as mãos ou fazemos sinais de paz.
Se podemos encaixar nossos sonhos de um mundo melhor numa manchete da mídia.
 
E eis aqui algumas coisas que, sim, importam:

Nossa coragem.
Nossa bússola moral.
Como tratamos uns aos outros.

Estamos encarando uma luta contra as forças econômicas e políticas mais poderosas do planeta. Isso é assustador. E na medida em que este movimento crescer, de força em força, ficará mais assustador. Estejam sempre conscientes de que haverá a tentação de adotar alvos menores – como, digamos, a pessoa sentada ao seu lado nesta reunião. Afinal de contas, essa será uma batalha mais fácil de ser vencida.

Não cedam a essa tentação. Não estou dizendo que vocês não devam apontar quando o outro fizer algo errado. Mas, desta vez, vamos nos tratar uns aos outros como pessoas que planejam trabalhar lado a lado durante muitos anos. Porque a tarefa que se apresenta para nós exige nada menos que isso.

Tratemos este momento lindo como a coisa mais importante do mundo. Porque ele é. De verdade, ele é. Mesmo.

Para ler mais:
Falta de trabalho impulsiona movimento Ocupe Wall Street 
Os indignados ''ocupam'' os EUA 
Nasce um novo movimento social nos Estados Unidos 
Assim começou a ocupação de Wall Street 
Sindicatos dos EUA pegam carona em movimento 
Os indignados norte-americanos
'Indignados' de Wall Street fazem marcha 
Sindicatos engrossam protestos contra Wall Street 
''Ocupar Wall Street'' 
Os jovens revolucionários, do Cairo a Wall Street 
Protesto contra Wall Street chega a mais cidades americanas 
Para além dos partidos
   

sábado, 8 de outubro de 2011

8 DE OUTUBRO: DIA DO GUERRILHEIRO HERÓICO




Por que será que o Che
Tem este perigoso costume
De seguir sempre renascendo?
Quanto mais o insultam,
O manipulam
O atraiçoam
Mais ele renasce.
Ele é o mais renascedor de todos!
Não será por que Che
Dizia o que pensava e fazia o que dizia?
Não será por isso que segue sendo
tão extraordinário,
Num mundo onde palavras
e atos tão raramente se encontram?
E quando se encontram
raramente se saúdam
Por que não se reconhecem?

(Eduardo Galeano)


"A história não necessitou de que passasse o tempo para fazer-se lenda, agora me lembro da força profunda e bela que emanava, sem cessar, dentro deste homem. Tinha, recordo, um olhar como a alvorada: aquela maneira de olhar dos homens que creem".
Eduardo Galeano, 'CHE GUEVARA – Sierra Maestra: da guerrilha ao poder'

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Detidos membros da Federação de Estudantes Unversitários FEU-Colômbia

FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Comunicado à Opinião Pública Nacional e Internacional

Basta de perseguição, criminalização e repressão ao movimento estudantil colombiano!

Motivados por um profundo sentimento de indignação e preocupação, informamos à comunidade nacional e internacional que no de dia de hoje, 2 de outubro de 2011, e como consequência de inaceitáveis montagens jurídicas, foram detidos os companheiros Jorge Eliecer Gaitán, membro do Comitê Executivo Nacional da FEU e estudante da Universidade Surcolombiana, Omar Marín, estudante da Universidade da Amazonía e Camilo Escudero, também da Universidade da Amazonía.

Mais uma vez o governo nacional quer impedir o movimento estudantil de lutar em consonância ao seu férreo compromisso com a educação como direito, a solução política ao conflito social e armado e a consecução de uma paz com justiça social.

Estas afrontas se apresentam num momento histórico para o país, onde o movimento estudantil se levanta contra a Nova Lei de Educação Superior (reforma à Lei 30) do governo de Santos, que pretende privatizar e privar os colombianos da educação. A Federação de Estudantes Universitários (FEU-Colômbia) impulsionou a mobilização estudantil e a organização de grêmios estudantis ao longo da ampla geografia nacional.

Não duvidamos que a perseguição desatada também seja uma resposta à decisão de nossa organização e do conjunto do movimento estudantil colombiano de iniciar uma Greve Nacional Universitária, uma vez que o governo decidiu radicar a nova lei de educação ante o congresso. No entanto, ratificamos, sem vacilações, o compromisso organizativo de seguir aprofundando os processos de discussão e debate que nos permitem construir, de maneira democrática, um novo modelo de educação. Ratificamos que as bandeiras de unidade que hoje se encontram na Ampla Pauta Nacional dos Estudantes são garantia de vitória e certeza de um novo modelo de educação e de país.

Recentemente se levou a cabo o exitoso III Congresso da FEU-Colômbia com participação de mais de 3.000 estudantes de todos os cantos do país, numerosas delegações internacionais e importantes acadêmicos de reconhecimento internacional, que enxergam em nosso esforço e decisão uma oportunidade palpável para consolidar um novo modelo de educação, com um profundo sentido do público e em função da construção de um novo povo.

Sabemos que as forças obscuras e inimigas da paz não reconhecem e aceitam este histórico evento e, pelo contrário, viram suas baterias contra as expressões democráticas como a nossa, que são certeza e garantia da conquista de uma educação para a Segunda e Definitiva Independência: uma educação para a soberania.

Não é a primeira vez que nossa organização é vítima deste tipo de montagens jurídicas. Após a realização do II Congresso, no ano de 2008, se apresentaram as temerárias declarações da então diretora do DAS, María del Pilar Hurtado, – hoje fugitiva da polícia no Panamá –, que representaram ameaças de morte, assassinatos, exílios e perseguições. Não nos acostumamos jamais em sermos vítimas deste estado mafioso, porém perdermos a capacidade de assombro ante a ausência de garantias para exercer nosso direito constitucional ao protesto e à participação ativa nos rumos de nossa pátria. A repressão não possui limites, porém nossa resistência muito menos. Isso porque não só nos acompanha a histórica firmeza do povo colombiano como também a razão condensada na irrenunciável ideia de justiça social

Infelizmente, na Colômbia assistimos a paisagem lúgubre em que expressar posições claras frente a temas que são de interesse nacional, tais como a universidade como consciência crítica da nação e a construção da paz se convertem numa justificativa do Estado para a violação dos direitos humanos, a prisão e o aprofundamento da repressão contra os movimentos sociais em seu conjunto.

Sabemos que a perseguição não cessará, sabemos que o estado não cessará sua intenção de calar o pensamento crítico, sabemos que esta seguirá sendo a resposta às demandas da sociedade. Esta não é só uma opinião isoladaa. Sabemos disso porque, como parte do movimento social, temos vivido na própria carne o conflito, pois temos que chorar mortos e visitar presos ante um Estado fundador e cúmplice da tragédia que hoje nos afeta.

Talvez acreditem que, depois de tantos anos de sua atuação criminosa, nós colombianos tenhamos nos acostumados com suas negociatas jurídicas e notícias tendenciosas. No entanto, se equivocam se acreditam que as forças sociais se amedrontam com a prisão, se equivocam se acreditam que a Colômbia renunciará a ideia de justiça social e de ameaças. Elas nos convencem cada vez mais da necessidade de construir um novo país em paz, com justiça social – e antes de tudo – sem homens e mulheres presos por lutar.

Chamamos a comunidade nacional e internacional a solidarizar-se, em primeira instância, com nossos companheiros detidos e seus familiares, a pronunciarem-se contrários à perseguição e acusações sofridas pelo movimento estudantil e, em geral, aos movimentos sociais, a apoiar os companheiros da Amazônia e região Sulcolombiana, a defender o atual processo de mobilização que prepara a grande Greve Nacional Universitária e, em particular, os chamamos a solidarizarem-se com a FEU-Colômbia e, dessa forma, com os companheiros que hoje são vítimas da perseguição política e militar do governo de Juan Manuel Santos.

Convocamos a todas as organizações nacionais e internacionais, defensores dos direitos humanos e da sociedade colombiana em geral a exigirem junto a nós a liberdade imediata e sem condições de nossos companheiros.

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza

Com apoio do PCB

Veja a Página do PCB – www.pcb.org.br