"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Frustrados

“Êxitos” que se transformam em amargura e frustração. Brigas entre Uribhitler - e Mario Montoya – Contra Santos e Freddy Padilla.
O que os leva à imensa frustração da relação entre “frustrados” e à luta entre o velho e o novo.



ANNCOL


A frustração do regime narcotraficante-paramilitar só cresce. É que, além das capturas diárias pela narco-parapolítica, continuam as da yidis-política, e assim a frustração de Uribhitler e Santos - que brigam com unhas, dentes e o resto do corpo pela pela vaga presidencial em 2010 - é aplicável o ditado popular “não há felicidade completa”, especialmente porque essas pessoas fazem da gestão mafiosa a sua marca pessoal e da mentira o seu jeito de governar.

Por conta da “operação xeque” encontram-se em “Xeque” e talvez daí se derive um “Xeque-Mate”, pois o partido já busca acabar com um oponente - o governo - astucioso, gatuno, chantagista. Principalmente porque todas as suas “operações” caem ao chão por seus próprios enredos. Todos sabem que do assassinato de Raúl Reyes e mais 20 pessoas - entre elas civis equatorianos e mexicanos - nasceu a maior crise diplomática que se tem conhecimento na história colombiana, ainda sem solução devido à galhardia do presidente equatoriano Rafael Correa, a quem dói a violação da soberania de seu país como doeria a qualquer patriota.

Por isso, o sabor amargo dos “sucessos” lhes retornam como um rápido bumerangue, acertando-os em cheio. Juan Mag-gne 'La Hiena' Santos protege o general Freddy Padilla (“protegidos” pelos gringos) para dizer que ambos não viram o “vídeo” completo, e o Uribhitler protege o general Mario Montoya para dizer que ambos também não viram, e mais, que não “toleram a mentira”. Assim estão delimitados os campos rivais. Sergio Fajardo intercede para dizer que Uribhitler “é inteligente e por isso não cogitará a reeleição”, evidenciando com isso quem precisa sair do caminho. Esse amargor nas palavras vai se tornando um mal maior que, dizem os que sabem, é a frustração. E todos sabemos que a “frustração” é a causa de uma série de problemas orgânicos que podem se manifestar, por exemplo, quando o doente fica 'out' em relação à realidade.

O ministro Santos está “frustrado” porque as FARC não cedem às suas provocações para que realizem um atentado contra ele. Por isso ele os inventa (isso é ficar 'out'). Inventa que pretendem matá-lo - “o que se deve, se teme” -, que querem matar o seu 'priminho', o 'Ladroño' [1], etc. Também o narcotraficante-paramilitar presidente Uribhitler, além de sua 'labirintite', nota-se que o estresse o tem carcomido e até mesmo a sua face é afetada, de modo que começaram a surgir manchas, talvez em manifestação de que algo anda muito errado nas glândulas supra-renais. O diagnóstico é do meu médico, e, ainda segundo ele, são as glândulas supra-renais que produzem os hormônios perpetuadores do estresse.

Essa história de estar frustrado parece extremamente contagiosa. Por isso dizem que “o medo é contagioso”. Caso pensem o contrário, basta perguntar a Bush Jr. por que a mídia terrorista colombiana - Paracol, RCN (Radio Caçadora Narcoparamilitar), a W (AUC), Semana, Cambio, etc - todos os dias diz que foi “frustrado um atentado em tal parte”, que foi frustrado “um atentado em outra parte”, que foi desmontado um plano terrorista em Bogotá, que foi “localizado um plano terrorista em uma escola” etc etc.

O governo todos os dias manifesta a sua “frustração” de que as FARC estejam escondidas, tranqüilas, organizando suas forças, provavelmente aguardando os melhores momentos para agir ou talvez à espera de um novo governo que tenha plena disposição para realizar o Intercâmbio Humanitário e de buscar uma saída política ao conflito social e armado que vive a Colômbia por culpa de uma oligarquia submetida aos interesses do império norte-americano.

Por outro lado, talvez as FARC estejam aplicando a “arte da guerra” de Sun Tzu, que diz em “a arte do engano” que uma força militar deve mostrar-se estar débil quanto mais forte estiver e que quando estiver forte deve agir de forma suficiente não para destroçar o inimigo, exterminando-o, mas para impor as suas idéias. Por isso estão tão frustrados os Uribhitler, os Santos e CIA narcotraficante-paramilitares. Simplesmente não podem com as FARC. E as FARC demonstraram que sabem disso, pois na verdade esse regime não sabe viver sem as FARC, mas as FARC podem sim viver sem ele. O velho necessita do novo para sobreviver, mas o novo sobrevive por si. Assim será quando a Nova Colômbia tornar-se uma realidade.

Enquanto isso o povo segue obstinado na construção de um Novo Governo que nos leve à Nova Colômbia por meio da luta do novo contra o velho e da luta contra a velha ordem. O novo sobrevive por si...
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[1] Nota do tradutor: Referência ao ex-ministro Fernando Londoño, cujo escândalo noticiamos em: http://anncol-brasil.blogspot.com/2007/04/o-ex-ministro-fernando-londoo-deveria.html