A FARSA ACOMPANHADA POR FRAUDE SE CUMPRIU
ANNCOL
Essa é a história eleitoral colombiana. Bem que as FARC tinham razão ao conclamar o povo a não votar. Definitivamente são os que melhor interpretam as armadilhas e muros da oligarquia crioula e de Washington.
Passado o primeiro turno, com fraude, compra de votos, proselitismo paramilitar e militares com aquartelamento de primeiro grau, adornado com todos os tipos de crimes contra o legítimo direito de voto cidadão que se possa imaginar, e que há mais de 50 anos vem acontecendo na Colômbia com o nome de “Contenda Democrática”.
Prepararam um bufão para rivalizar e legitimar a farsa & fraude. Um neoliberal ordinário competindo com outro neoliberal de academia. Este último, sem a máquina e maliciosamente inflado pela mídia de massas e seus institutos de pesquisas. No fim perfurado para dissimular o pressuposto no dia de ontem.
O destaque, sem tentar dizer “do afogado sobrou o chapéu”. Quinze milhões de colombianos registrados e com direito a voto não votaram. Uma perigosa massa de descontentes que não deixará dormir ao sucessor de Álvaro Uribe Vélez.
Alguns reconheceram sua inconsistência, culpando os outros, com a história da Carochinha de que as “uvas estão verdes e o coração dos colombianos ainda não está aberto às mudanças sociais”. Nem sequer divulgaram os votos da chamada consulta interna da esquerda.
Em antecipação prepararam o caminho no interior do Polo para tirar da contenda ao professor Gaviria. O desprestigiaram e o criticaram sem consideração nem reparo até que, cansado das provocações e insultos, renunciou deixando seus partidários “ao Deus dará”. A oligarquia necessitava de um personagem que fosse moldável à imagem e semelhança do pós-uribismo alheio aos interesses populares. A fé que não o conseguiram. Se Gustavo Petro tem vergonha ipso facto deveria renunciar.
Simultaneamente, intensificaram a ofensiva militar contra as Farc, com toda a tecnologia gringa, dólares do tráfico de drogas, propaganda virtual 24 horas tentando demonstrar a destruição da insurgência. A ferocidade do estabelecimento contra as libertações unilaterais está relacionada com a campanha para silenciar a verdadeira oposição no país.
Os combates das últimas semanas sugerem o justamente o contrário. Uma guerrilha disposta a enfrentar, tanto no político e no militar, o novo governo. Não importando o que Washington imponha.
A tragédia colombiana deve ser estudada e assimilada. A União Patriótica foi massacrada na década de oitenta. Um projeto revolucionário proposto pelas FARC, produto dos acordos de La Uribe, no ano de 1984. Dirigido por um destacamento de homens de probidade e de coragem. Por isso os mataram.
Só nos resta dizer: A Nova Colômbia nem se constrói no narcopalácio nem nas latrinas do congresso. As ruas e as montanhas são nossas ao ritmo do povo organizado.