Para as guerrilheiras que se encontram nas prisões do regime
Julho de 2012
Fonte: www.abpnoticias.com
Por Alexandra “La
Holandesa”
Recebam uma saudação muito especial e um abraço
revolucionário desde as selvas da Colômbia, lembrando que aqui, pensamos em
vocês, nos momentos culturais, quando analisamos as notícias, com freqüência
aparece o tema de superlotação e maltrato nos cárceres da Colômbia e todos nos desconfiamos
(e alguns com certeza) que a situação de vocês não é fácil. Enorme é a
admiração que despertam de vocês em mim e em todos os guerrilheiros das
FARC-EP.
O inimigo
de classe desenrola uma grande ofensiva contra-insurgente e reacionária em todo
o país, e temos sentido. É cada vez mais evidente que a luta das FARC-EP é uma
luta contra o império ianque, com sua tecnologia de ponta e seus dólares,
porém, sei que hoje em dia já nenhum colombiano, nem sequer a classe governante
pode negar que não foi apanhada desprevenida. É uma luta de David contra Golias
e as FARC-EP podem sentir orgulho de ter feito resistência a ofensiva mais
longa na história da Colômbia: o Plano Colômbia e o Plano Patriota.
Vocês,
desde seus focos de resistência, que são as prisões da Colômbia, não se
deixaram intimidar nem amedrontar com o inimigo, mesmo que estejam nas mãos
deles, e isso é de admirar. O ânimo nunca é constante, cada um tem seus altos e
baixos, que são próprios do ser humano. O importante é não deixar que ninguém
nos manipule a moral. Penso que a moral deve ser nutrida diariamente, algo
assim como dar água a uma planta para que não morra. O inimigo trata de
bombardear a moral por todos os lados, oferecendo benefícios, planos de
reinserção, buscando sempre os lados mais fracos das guerrilheiras: a família,
os filhos, etc. (me lembrei de uma propaganda de rádio que escutei recentemente
insinuando que as guerrilheiras que aceitasse a reinserção, ficariam mais
bonitas, pois receberiam cosméticos para o rosto, ou algo assim. Até aonde
chega o absurdo, não?
Alimentemos nossa moral sempre
com as lembranças que teremos de cada um de nossos inesquecíveis chefes, do
camarada Manuel, o Mono, o camarada Alfonso... e muito mais. Mas também com os
documentos que eles deixaram, que representam nossa linha político-militar que
faz que todos, onde quer que estejamos, marchemos na mesma direção: até a
tomada do poder para o povo. Aqui sentimos a ausência deles. Eram
verdadeiramente homens singulares que só podem ser substituídos pelo esforço
coletivo e redobrado de todos os guerrilheiros e guerrilheiras das FARC-EP.
Recordo que
minha querida Mariana Paez, em ocasiões, me dizia que a mulher guerrilheira é
feita de uma madeira muito fina, especial. Nós devemos honrar a memória dela e
de outras muitas guerrilheiras caídas em combate e ser umas lutadoras
incansáveis, um exemplo para milhões de mulheres no mundo que são exploradas e
humilhadas pelo sistema. Com altura e decisão vamos enfrentar qualquer
situação, por mais difícil que seja.
Camaradas:
Adiante! Para trás nem para pegar impulso!
Um abraço fariano,
Aelxandra