Repressão ao pensamento crítico e à reivindicação social: na Colômbia existem 9.500 presos políticos e no mundo o número cresce com os golpes do Capital.
Imagem: Areito,/ Texto: Azalea Robles
A depredação do meio ambiente e da humanidade é inerente ao mesmo
sistema. O capitalismo é um sistema baseado no monopólio das riquezas em poucas
mãos, em detrimento das maiorias cada vez mais empobrecidas. Por isso, o
capitalismo precisa de forças repressivas cada vez mais agressivas e as prisões
se agigantam da mesma maneira que os bolsos dos exploradores. As leis
repressivas se ajustam às necessidades da espoliação do grande capital e o uso
do exército, da polícia ou, inclusive, do paramilitarismo vai de encontro ao
aumento da exploração. ‘É preciso reprimir
os descontentes e expulsar de suas terras os que habitam áreas cobiçadas pelas
multinacionais’ é a máxima que rege a máquina repressiva.
Na atualidade, num mundo sem contraposição aos gigantes imperialistas, a
voracidade capitalista renova suas expedições coloniais, com a única finalidade
de aprofundar a extorsão contra os povos e o planeta. Seu cinismo é tal que apelida
suas invasões de ‘bombardeios
humanitários’ e batiza os mercenários pagos por suas agências como ‘os rebeldes’. Ao mesmo tempo, os
verdadeiros rebeldes de outros países são chamados de “terroristas”.
A mesma ganância capitalista promove cortes e transforma em pedaços o ‘estado de bem estar’ dos países
capitalistas europeus para beneficiar os bancos privados, aumentando a miséria
das maiorias excluídas, despossuídas, exploradas, pisoteadas. Já não há ‘necessidade’ de salvaguardar uma
máscara de ‘estado de bem estar
capitalista’ ou de ‘democracia’,
dado que já não existe a alternativa da URSS como exemplo tangível para os
povos. O grande capital e seus governos levam vários anos desmontando o ‘estado de bem estar’, enquanto enganam
os povos com urnas nas quais não se elege o essencial. Agora, o golpe final.
Nos países do mundo que ainda sofrem o neocolonialismo, os povos se
levantam contra a voracidade capitalista. Eles lutam diariamente contra o
monstro e seus bombardeios, contra o monstro e suas leis, contra o monstro e
seus tanques de pensamento, contra o monstro e sua exclusão social... Os povos
se armam de esperança.