Rafael Correa põe fim à publicidade na mídia comercial do Equador
Agência
ANDES- Segunda-feira, 30 de julho
Quito,
julho, 30
– O
governo não colocará mais publicidade nos meios mercantis COM FINS
LUCRATIVOS do país. Esse foi o anúncio que o presidente Rafael Correa
fez durante o Enlace Ciudadano 282.
O
presidente recordou que faz seis semanas instou os meios de comunicação que
fazem oposição ao governo a rejeitar voluntariamente a publicidade que
este divulga em seus espaços e páginas.
Nessa
ocasião, pediu aos canais de televisão, rádios e jornais que constantemente
questionam, sem fundamento, coisas como a suposta falta de liberdade de
expressão no país, que enviassem uma comunicação manifestando sua vontade de não
receber publicidade oficial.
Apesar do tempo transcorrido, essa comunicação não chegou e representantes dos
meios como El Comercio ou Ecuadoradio (Radio Quito), afirmaram que não conheciam
oficialmente o assunto.
Inclusive
o presidente da Associação Equatoriana de Editores de Periódicos, Diego Cornejo,
numa entrevista radiofônica, disse que os meios não enviarão nenhuma carta renunciando à
publicidade oficial porque “vai contra a lógica do negócio" e acrescentou que em
todo caso o governo pode fazer uso da opção de retirar seus anúncios.
O
presidente se mostrou satisfeito de que Cornejo tenha reconhecido publicamente
que os meios de comunicação são um negócio e sua lógica é fazer dinheiro e
aceitou a opção do governo de retirar a publicidade oficial dos meios
mercantilistas para ver se o fazem por convicção ou pelo negócio da
comunicação.
"Para quê vamos seguir enchendo os bolsos de meia dúzia de
famílias quando claramente nos dizem que antepõem seus negócios ao direito do
público de estar bem informado. Então, por quê com o dinheiro do povo
equatoriano vamos estar beneficiando esses negócios?”, insistiu
Correa.
Diante
disso, o governante indicou que efetivamente o Executivo fará uso dessa opção e
que nesse contexto determina ao Secretário Nacional de Comunicação, Fernando
Alvarado, que de agora em diante não se envie publicidade oficial aos meios
mercantilistas pois não temos por quê, com o dinheiro dos equatorianos,
beneficiar o negócio de seis famílias deste país.