Governo e Farc assinam acordo para pôr fim à guerra civil
Em acordo inédito, o governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram, nesta segunda-feira (27), em Havana, Cuba, um acordo para encerrar o conflito armado no país, que já dura quase 50 anos.
A
guerrilha deu diversas declarações de que busca uma
saída para a situação da Colômbia por meio
do diálogo. O conteúdo do acordo será revelado
em breve pelo mandatário colombiano, segundo informações
da TV multiestatal TeleSUR.
“Tudo
evolui muito bem e as conversas vão de vento em popa, segundo
os comunicados comuns” de ambas as partes, declarou à
agência AFP Jan Egeland, representante das Nações
Unidas na Colômbia.
As duas partes concordaram, no sábado (25), com a elaboração, no prazo de um ano e meio, de um novo projeto de sociedade que congregue as reivindicações das Farc, sem, no entanto, ser “radical”.
De Oslo a Havana
A realização formal das negociações está prevista para o mês de outubro na cidade de Oslo, Noruega. “De lá, os delegados do governo e da guerrilha se dirigirão novamente a Havana com a disposição de negociar até que se saia com a assinatura de um pacto de paz que ponha fim a quase 50 anos de conflito”, informou a TeleSUR.
Segundo o programa apresentado pelas autoridades colombianas, a viagem dos delegados à Noruega deverá incluir uma visita ao Storting (parlamento unicameral) onde participarão de um debate sobre a democracia participativa.
O diretor de informação da TeleSUR, Jorge Enrique Botero, ressaltou que o processo de paz começou a ser gestado em maio do ano passado, quando iniciaram-se conversas secretas em Havana, que contaram com o acompanhamento de Venezuela, Cuba e Noruega.
Ainda de acordo com a emissora, os arquitetos desse processo por parte das Farc foram o comandante guerrilheiro Mauricio, mais conhecido como El Médico, que sucedeu Jorge Briceño, conhecido como Mono Jojoy. Também participaram os rebeldes Rodrigo Granda, Marcos Calarcá e Andrés París.
Por parte do governo colombiano participaram do processo o atual conselheiro para a Segurança, Sergio Jaramillo; o ministro do Meio Ambiente, Frank Pearl e Enrique Santos Calderón, irmão do presidente, Juan Manuel Santos.
Primeiro passo para a paz
Em agosto de 2011, o então máximo chefe das Farc, Alfonso Cano, anunciou o desejo da guerrilha de empreender diálogos de paz que colocassem fim à guerra que a Colômbia vive há quase meio século.
Em vídeo publicado à época pela Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol) e enviado a todos os meios de comunicação, Cano lembrou Santos que em seu discurso de posse, prometeu deixar para trás “o ódio que havia caracterizado os oito anos do governo anterior”.
Em carta publicada em abril deste ano, a guerrilha ressaltou sua disposição ao diálogo com a ressalva de que “sentar-se a conversar não significa nenhum tipo de rendição e entrega. A reincorporação à vida civil implica e exige uma Colômbia diferente”. E ressaltam confiar que esta “é a vontade oficial. Assim, sem dúvida, poderemos entre todos desenterrar a paz", diz o texto.
Saída não é armada
Nesta segunda-feira (27), o Procurador Geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, afirmou que “a saída para o conflito colombiano não está na via das armas”.
No rádio, Montealegre reiterou que “a superação desse conflito de tantas décadas é por meio de um processo de paz” e ressaltou que “a paz é um dever e um direito constitucional”.
Da Redação do Vermelho, com agências
As duas partes concordaram, no sábado (25), com a elaboração, no prazo de um ano e meio, de um novo projeto de sociedade que congregue as reivindicações das Farc, sem, no entanto, ser “radical”.
De Oslo a Havana
A realização formal das negociações está prevista para o mês de outubro na cidade de Oslo, Noruega. “De lá, os delegados do governo e da guerrilha se dirigirão novamente a Havana com a disposição de negociar até que se saia com a assinatura de um pacto de paz que ponha fim a quase 50 anos de conflito”, informou a TeleSUR.
Segundo o programa apresentado pelas autoridades colombianas, a viagem dos delegados à Noruega deverá incluir uma visita ao Storting (parlamento unicameral) onde participarão de um debate sobre a democracia participativa.
O diretor de informação da TeleSUR, Jorge Enrique Botero, ressaltou que o processo de paz começou a ser gestado em maio do ano passado, quando iniciaram-se conversas secretas em Havana, que contaram com o acompanhamento de Venezuela, Cuba e Noruega.
Ainda de acordo com a emissora, os arquitetos desse processo por parte das Farc foram o comandante guerrilheiro Mauricio, mais conhecido como El Médico, que sucedeu Jorge Briceño, conhecido como Mono Jojoy. Também participaram os rebeldes Rodrigo Granda, Marcos Calarcá e Andrés París.
Por parte do governo colombiano participaram do processo o atual conselheiro para a Segurança, Sergio Jaramillo; o ministro do Meio Ambiente, Frank Pearl e Enrique Santos Calderón, irmão do presidente, Juan Manuel Santos.
Primeiro passo para a paz
Em agosto de 2011, o então máximo chefe das Farc, Alfonso Cano, anunciou o desejo da guerrilha de empreender diálogos de paz que colocassem fim à guerra que a Colômbia vive há quase meio século.
Em vídeo publicado à época pela Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol) e enviado a todos os meios de comunicação, Cano lembrou Santos que em seu discurso de posse, prometeu deixar para trás “o ódio que havia caracterizado os oito anos do governo anterior”.
Em carta publicada em abril deste ano, a guerrilha ressaltou sua disposição ao diálogo com a ressalva de que “sentar-se a conversar não significa nenhum tipo de rendição e entrega. A reincorporação à vida civil implica e exige uma Colômbia diferente”. E ressaltam confiar que esta “é a vontade oficial. Assim, sem dúvida, poderemos entre todos desenterrar a paz", diz o texto.
Saída não é armada
Nesta segunda-feira (27), o Procurador Geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, afirmou que “a saída para o conflito colombiano não está na via das armas”.
No rádio, Montealegre reiterou que “a superação desse conflito de tantas décadas é por meio de um processo de paz” e ressaltou que “a paz é um dever e um direito constitucional”.
Da Redação do Vermelho, com agências