"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 14 de setembro de 2013

As dez empresas que mais lucram com as guerras

Por laRepublica.es 

O Instituto de Pesquisas da Paz de Estocolmo (SIPRI) resume em seu anuário de 2013, as vendas mundiais de armas e serviços militares das 100 maiores empresas de armamento e equipamento bélico para o ano 2011. O volume de vendas destas empresas foi de US$ 465.770 bilhões em 2011, o que representa um aumento de 14%. Desde o ano 2002, as vendas das 100 maiores empresas produtoras de armas e equipamento bélico aumentaram em 60%, o que confirma que estas empresas estão longe de sofrer os impactos da crise finananceira que tem abalado o mundo.

Destas 100 empresas narradas pelo anuário do SIPRI, as dez primeiras obtiveram vendas no valor de US$ 233.540 bilhoes, ou seja, os 50% obtidos pelo tootal das Top Cem. Nenhum setor econômico cresceu tanto como a indústria de armamento, o que demonstra um entusiasmo demencial pelas guerras. Já destacamos antes os perigos que envolve o lucrativo negócio da guerra  e o informe detalhado do instituto sueco confirma nossas suspeitas. Este Instituto deveria pedir contas a essa Academia, também sueca, que concede o Nobel da Paz, principalmente por entregar o prêmio a alguém que valida o orwelliano mundo de a guerra é a paz.

Um mundo demencial

Se existe algo demencial e irracional no fato de que as fábricas de armamento obtenham mais lucros do que qualquer outro setor industrial, há também o fato de que é uma insanidade profunda que isto não seja informado publicamente. As fábricas de armamento, originárias do setor privado, absorvem parte importante dos orçamentos públicos. Ou seja, é o contribuinte, mais uma vez, o principal financiador dos senhores da guerra. Um gasto que somente com as cem primeiras chega a US$ 500 bilhões anuais. E agora que está na moda a tecnologia dos drones (aviões não tripulados) não é de se estranhar que 7 das 10 primeiras empresas operem o espaço aéreo. Muito menos é estranho que destas 100 empresas, 47 sejam dos Estados Unidos. As empresas norte-americanas se apropriam de 60% das vendas totais de armamento produzido pelas Top Cem. Daí a correlação entre dívida pública e gasto militar que estabelecemos há alguns anos para compreender o problema da dívida pública dos EUA. Estas são as primeiras 10 empresas da lista no ranking 2011 (os dados entre parêntesis correspondem ao ranking 2010).

1 (1). Lockheed Martin (EUA) Armaçãode mísseis e espaço aéreo. Vendas de US$ 36.270 bilhões em 2011. Lucro líquido: US$ 2.655 bilhões. 123.000 empreados (132.000).
2 (3). Boeing (EE.UU.) Aviões, eletrônica, mísseis, espaço aéreo. Vendas de US$ 31.830 bilhões. Lucro líquido de US$ de 4.018 bilhões. 171.700 empregados (160.500).
3 (2). BAE Systems (Reino Unido) Aviões, artilharia, mísseis, veículos militares. Navios. Vendas de US$ 29.150 bilhões. Lucro líquido de US$ 2.349 bilhões. 93.500 empregados (98.200).
4 (5). General Dynamics (EE.UU.) Artilharia, eletrônica. Vendas de US$ 23.760 bilhões. Lucro líquido de US$ 2.526 bilhões, 95.100 empregados (90.000).
5 (6). Raytheon (EE.UU.) Mísseis, eletrônica. Vendas de US$ 22.470 bilhões. Lucro líquido de US$ de 1.896 bilhão. 71.00 empregados (72.400).
6 (4). Northrop Grumman (EUA) Aviões, eletrônica, mísseis, barcos de guerra. Vendas de US$ de 21,390 bilhões. Lucro líquido de 2.118 bilhões. 72.500 empregados (117.100).
7 (7). EADS (UE) Aviões, eletrônica, mísseis. Vendas de US$ 16.390bilhões. Lucro líquido de US$ 1.442 bilhão. 133.120 empregados (121.690).
8 (8). Finmeccanica (Itália) Aviões, veículos de artilharia, mísseis. Vendas de US$ 14.560 bilhões. Lucro líquido de US$ 902 milhões. 70.470 empreados (75.200).
9 (9). L-3 Communications (EUA) Electrônica. Vendas de US$ 12.520 bilhões. Lucro líquido de 956 milhões. 61.000 empregados (63.000).
10 (10). United Technologies (EUA) Aeronaves, electrônica, motores. Vendas de US$ 11.640 bilhões. Lucro líquido de US$ 5.347 bilhões. 199.900 empregados (208.220).

Estas cifras confirmam que a guerra é um dos melhores negóios para alguns países e, inclusive, submetem à prova as receções e as crises financeiras. E embora obtenham importantes ganhos, também criam desemprego. O grande problema é que necessitam se alimentar a cada dia de novas guerras, por isso é preciso inventá-las. O que fariam estas empresas se houvesse paz? Este é o motivo pelo qual todas as guerras se baseiam no engano e na manipulação das massas, como as armas químicas de destruição massiva de Saddam Hussein, que há dez anos tornaram possível aos EUA invadir o Iraque, diante da complacência de todo o mundo. Isso se repetirá outra vez?