"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Obama, isolado, recua no ataque à Síria


Por Baby Siqueira Abrão 
Abandonado até mesmo pela OTAN em seu plano de atacar militarmente a Síria, pressionado por manifestações populares em todo o mundo e sem chão depois de os próprios "rebeldes" sírios terem assumido a autoria do mais recente ataque químico à população civil -- possivelmente com gás sarin, de uso proibido --, o presidente Barack Obama foi salvo pelo Congresso, que resolveu fincar pé na decisão de autorizar ou não o ataque ao país árabe -- o que, por sinal, significa apenas exigir o cumprimento da lei segundo a qual é o Congresso dos EUA que dá o sinal verde, ou o vermelho, para a realização de intervenções militares.
Obama esperava contar com a aprovação e o apoio material de seus parceiros de sempre para atacar a Síria. Mas o plano, tão caro a Israel e aos neocons sionistas que controlam o governo estadunidense, falhou. A verdade é que os EUA estão desacreditados internacionalmente. Ninguém mais leva a sério as justificativas do governo estadunidense para invadir nações e destruí-las depois da mentira sobre a existência de armas de destruição de massa no Iraque, motivo alegado para a intervenção militar naquele país (reforçada pelo ataque ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001, que a comunidade internacional sabe tratar-se de outra mentira, embora ainda silencie sobre isso).

Metido numa sinuca de bico, como já havíamos apontado aqui, Obama encontrou na lei de seu próprio país, que seu governo vem violando sistematicamente, uma espécie de boia de salvação. Por isso cedeu aos apelos do Congresso e vai aguardar que o legislativo decida se o país deve ou não iniciar mais uma guerra. Como deputados e senadores estão em recesso e só voltam ao batente em 9 de setembro, há tempo suficiente para Obama desistir da empreitada com base nas provas levantadas pela Comissão de Investigação da ONU -- que extra-oficialmente levam à conclusão de que o governo Assad não teve nenhuma responsabilidade no lançamento de gás sarin na população civil -- e na recente declaração de "rebeldes" e suas famílias de que o ataque foi perpetrado por eles, "involuntariamente".

Sob a batuta dos neocons sionistas, os EUA afundam cada vez mais em todos os sentidos, do econômico ao moral. Seu percurso para o estabelecimento de um Estado policial, fascista, foi cuidadosamente planejado pelos think-tankers cuja única pátria é o poder que o controle dos recursos naturais e energéticos do planeta lhes dará. Isso, claro, se chegarem lá. O caso Síria é ilustrativo de que a oposição ao domínio sionista da economia mundial, feito na base de ameaças nucleares e da força bruta.