"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Na Colômbia cresce número de homicídios de trabalhadores sindicalizados




Os sindicalistas colombianos voltam a denunciar a violência a que estão submetidos os trabalhadores e trabalhadoras sindicalizados no país. "Lamentamos informar que os homicídios e os atentados contra trabalhadores sindicalizados na Colômbia aumentaram neste ano que está terminando (...). Do dia 1º de janeiro até a data de aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, o Sistema de Informação dos Direitos Humanos da Escola Nacional Sindical (SINDERH, na sigla em espanhol), registrou pelo menos 26 homicídios de trabalhadores sindicais, 13 tentativas de assassinato, 149 ameaças, 28 casos de perseguição e 13 de prisões arbitrárias”, informou a Escola Nacional Sindical (ENS).


De acordo com levantamentos da ENS, em 2013 foram quatro casos a mais de assassinatos e mais seis de tentativas contra a vida dos sindicalistas do que no ano passado. Os últimos homicídios ocorreram uma semana antes da data comemorativa do dia 10 de dezembro. As vítimas eram dirigentes da Federação Nacional dos Servidores Públicos (Fenaser).


Outro fator preocupante, segundo a ENS, é que cerca de 90% dos crimes cometidos são direcionados às lideranças sindicais. De 229 casos registrados, 208 foram contra esses líderes. Desses casos, nove foram de assassinatos e 12 tentativas. Além disso, preocupa também o fato de que houve 18 ameaças coletivas contra grupos sindicais, "o que comprova a existência de uma violência antissindical”.


Casos


No último dia 04 de dezembro, o recém nomeado diretor da Fenaser e docente das Universidades ‘Libre’ e ‘Simón Bolívar’, Carlos Edmundo Garcíaherreros, levou um tiro no peito. As autoridades associaram o caso a uma tentativa de assalto, versão que foi posta em dúvida pelo presidente da Fenaser, Raúl Gómez.


Outro caso foi o do diretor da comissão do sindicato da Sindenorte, Pedro Alejandrino Campero, que também fazia parte de um grupo musical. Ele foi atraído por um falso contrato de apresentação e morto a tiros dentro de seu carro. Além dele, um segundo integrante do grupo também morreu e o outro que estava no carro ficou ferido.


De acordo com Raúl Gómez, há rumores sobre uma lista de sindicalistas que estão marcados para serem assassinados por grupos paramilitares.
Fonte: Adital