"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Chávez: Oposição venezuelana busca criar violência y desestabilização

Chávez assegura que “a oligarquia” está usando, nos protestos, grupos que “não se atrevem a encarar”, para prejudicar a nação venezuelana e provocar a sua desestabilização. Relembrou a morte de dois jovens da cidade andina de Mérida, vitimas das violentas manifestações por parte da oposição na semana passada.

Fonte: Telesur


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assinalou que a oposição venezuelana, na sua luta para prejudicar a imagem da revolução que o país vive, volta a “cavalgar” sobre uma suposta ausência de liberdade de expressão, com o objetivo de criar um clima de desestabilização e violência na nação.

“O argumento que mais se escuta na madrugada é que o Governo impede e restringe a liberdade de expressão e de pensamento (...) O problema não está ali, todos sabemos”, disse o mandatário venezuelano nas suas costumeiras linhas dominicais.

O chefe de Estado convocou a população venezuelana a não cair em provocações. “Não façamos o jogo a um grupo empresarial da comunicação e a seus aliados que estão buscando um pretexto para fustigar a tranquilidade nacional”.

“O problema de fundo radica em que a oligarquia quer entender a liberdade, única e exclusivamente como o principio que garanta suas próprias vontades: na medida de seus privilégios e interesses particulares. Assim foi demonstrado em 12 de abril de 2002, quando chutou a Constituição e arrasou até com o menor vestígio de legalidade”, enfatizou Chávez.

O mandatário venezuelano reiterou diante desta situação que é necessário que os movimentos revolucionários do país desatem uma batalha na defesa da paz e da tranquilidade do povo venezuelano.

“Confesso que vivi”

Neste domingo, o presidente Hugo Chávez faz uma analise em sua coluna dominical sobre a irracional “oposição” venezuelana, e conclama os estudantes revolucionários a se manter nas ruas para enfrentar “a quem pretenda incendiar nossas cidades”.

No 195° aniversário do assassinato do general José Félix Ribas, herói e mártir da nossa emancipação, o presidente da República, Hugo Chávez, em sua coluna dominical, faz uma analise sobre a irracional “oposição” venezuelana, e convoca à “presença viva e ativa dos estudantes revolucionários nas ruas que deve converter-se num muro de contenção que dissuada e neutralize aqueles que pretendem incendiar nossas cidades”.

A seguir, o conteúdo das “Linhas de Chávez”, deste domingo 31 de janeiro de 2010:


Em 31 de janeiro de 1815, foi perpetuado um dos crimes mais horrendos de nossa história. Hoje comemoramos o 195° aniversário do assassinato do general José Félix Ribas: herói e mártir da nossa emancipação. Relembremos que, no fim de 1814, a Segunda República entrou em agonia. Nada podia deter a avalanche popular liderada por José Tomas Boves: a independência não havia encarnado, naquela época, como causa social.

A adversidade estava viva em Ribas desde a fatal encruzilhada de Urica (5 de dezembro deo 1814) e a heróica mas inútil tentativa de resistir em Maturín (11 de dezembro de 1814). “O vencedor na Victória”, como foi batizado pelo próprio Bolívar, com a sua saúde minguada, fugiu para as selvas do Alto Lhano: foi delatado, capturado pelos realistas e conduzido a Tucupido. Lá foi executado com estrema crueldade. Ribas, impertérrito, suportou todo tipo de vexames.

Seu corpo foi, literalmente, desmembrado. Sua cabeça, frita em azeite, esteve pendurada na Porta de Caracas por muito tempo, para escarmento dos patriotas. Levava o chapéu da Frigia que sempre usou como símbolo da sua condição de revolucionário radical.

Mas a Revolução Bolivariana se encarregou de demonstrar que este caudilho não morreu em 31 de janeiro de 1815: Ribas vive! Está vivo na missão social educativa que leva seu nome; está vivo na memória e no amor do nosso povo. Vivo na vanguarda vai o vencedor de Niquitao, Los Horcones, Vigirima e La Victória! Vivo e comandando a batalha cotidiana pela nossa independência definitiva.

II

Numa amostra fidedigna de uma carência clara de agenda política, a irracional “oposição” venezuelana volta a cavalgar sobre a suposta ausência de liberdade de expressão no país com o afã de criar um clima de desestabilização e violência. Isto merece certa reflexão.

O argumento que mais se escuta na minguada protesta é que o Governo impede ou restringe a livre expressão do pensamento. Todos sabemos que o problema não está ai. Perguntem-se qualquer um de vocês, compatriotas, homem ou mulher, jovens que me leem: O que fazer quando uma emissora de televisão não quer cumprir a lei? Quando não se põe em consonância com a Lei de Responsabilidade Social no Rádio e Televisão?

O que fazer quando uma emissora pretende passar por internacional, com 94% de produção nacional, burlando a legalidade vigente? Por quê esta emissora não toma o exemplo de infinidade de sinais internacionais que diariamente são exibidas sem nenhum problema? Por que seus diretores não comparecem diante das entidades correspondentes e dão entrada na documentação necessária?

A justiça do país não pode funcionar de acordo com os caprichos do patronato midiático. Não podemos ser complacentes com a ilegalidade, nem com a violência desestabilizadora. Por isso digo ao povo venezuelano que não caia em provocações: não façamos o jogo de um grupo empresarial das comunicações e de seus aliados que buscam um pretexto para fustigar a tranquilidade nacional.

O problema de fundo radica em que a oligarquia quer entender a liberdade, única e exclusivamente como o princípio que garanta suas próprias vontades: a medida de seus privilégios e interesses particulares. Assim ficou demonstrado em 12 de abril de 2002, quando chutou a Constituição e arrasou até com o menor vestígio de legalidade.

Não senhores, entendam de uma vez, aqui há um Estado social e democrático, de direito e de justiça, que o povo venezuelano, legitimamente, está exercendo o pleno exercício da sua soberania. E o Povo, o Governo e as Forças Armadas Bolivarianas, em unidade indivisível, estão dispostos em fazê-lo respeitar. Não poderão com nós!

Nossa Constituição e nossas leis formam o caudal de um destino que nos envolve a todas e todos igualmente: aqui ninguém está por cima da lei e Estado já não está ao serviço, como já o esteve por cem anos, dos interesses e privilégios dos poderosos.

Na realidade e de verdade, os chefes da contrarrevolução não estão fazendo outra coisa que reeditar um formato que já conhecemos. Trata-se, mais uma vez, de enganar a certos grupos para que façam o que lhes mandam, usando-os, como carne de canhão, em protestos que não se atrevem a encarar.

Dói e é indigno ter que relembrar: já a responsabilidade criminal de setores apátridas nestes últimos dias custou à Venezuela a morte de dois jovens em Mérida. Dois assassinatos perpetuados por bandos em que a presença do paramilitarismo e do fascismo é evidente. Igualmente, foram feridos a tiros dois guardas nacionais bolivarianos, assim como agredidos e feridos numerosos policiais em várias cidades do país.

No fundo, o pretexto é o de menos: hoje é por causa de uma emissora de TV, amanhã pela insegurança e passado por sei lá o quê. Trata-se da mesma tentativa desestabilizadora de sempre: da mesma conspiração midiática. É o mesmo golpe interminável desde abril de 2002, agora enquadrado no contra ataque imperial.

Repito-o: diante desta situação, é necessário que nosso povo se desdobre em batalha, com o partido, os estudantes, a classe operária, os movimentos camponeses, as mulheres, todas e todos na vanguarda, com o fim de preservar a paz e a tranquilidade de todos os venezuelanos e venezuelanas: todos, isto é, incluindo aqueles que são adversários, porque nada está por cima da Pátria.

A presença viva e ativa dos estudantes revolucionários nas ruas deve se converter num muro de contenção capaz de dissuadir e neutralizar àqueles que pretendem incendiar nossas cidades. E não menos necessário é que a Revolução não perca a iniciativa e leve o ritmo do combate em todos os terrenos. Especialmente, no terreno midiático devemos tomar a ofensiva com todo o poder critico e criador da artilharia do pensamento.

III

A agenda política, econômica e social da Revolução Bolivariana teve um grande dinamismo nesta semana. Farei um esforço de síntese para tentar abordá-la.

Quero mencionar, em primeiro lugar, é o conjunto de nomeações nos altos escalões do Governo que anunciei ao país na terça-feira passada: Elías Jaua é o novo vicepresidente da República e continua no cargo de ministro do Poder Popular para a Agricultura e Terras. O general em chefe Carlos Mata Figueroa recebe a pasta do Ministério do Poder Popular para a Defesa e continua como titular do Comando Estratégico Operacional. Igualmente, Alejandro Hitcher passa a desempenhar o cargo de ministro do Poder Popular para o Ambiente.

Na quinta-feira 28 de janeiro, juramentei ao ministro do Poder Popular para a Ciência, Tecnologia e Industrias Intermediárias, Ricardo Menéndez, como vice-presidente para a Economia Produtiva. No mesmo, dia designei a Tania Díaz como presidenta de Venezuelana de Televisão. São cinco compatriotas que demonstraram vocação de serviço, capacidade de trabalho e compromisso a toda prova com a Revolução Bolivariana.

Em 26 de janeiro, a prestigiosa empresa italiana ENI e a nossa Pdvsa assinaram o acordo de constituição da empresa mista que desenvolverá o Bloco Junín 5 da bacia petrolífera do Orenoco, a maior reserva petrolífera do mundo. Contraria a tanta farsa midiática fica demonstrado, mais uma vez, que é mentira que não há condições nem segurança para investir na Venezuela.

Da maior relevância foi o I Encontro Produtivo Socialista do Fundo Bicentenário, realizado na quinta-feira 28 de janeiro. Com a instalação e ativação das mesas produtivas estamos dando um passo certo rumo a um transcendente objetivo da via venezuelana ao socialismo: superar nossa condição de país que vive de rendas; ser, na realidade e de verdade, um país cada vez menos dependente do petróleo.

Por isso, estamos convocando todos os venezuelanos e venezuelanas do boa vontade: a plena realização da Venezuela produtiva não admite a menor demora. Agora mesmo, enquanto escrevo, recebe a mensagem do ministro Ricardo Menéndez: “Comandante, as mesas produtivas superaram as previsões na região Central. Em Maracay devemos prorrogar até amanhã. 443 projetos hoje. 911 no total na região”. Respondo: “Rumo ao socialismo, tudo isso rumo ao socialismo”.

Quero destacar o belo ato de graduação da primeira turma de engenheiros e engenheiras especialistas em gás que se realizou em Lagunillas, estado de Zulia, na sexta-feira 29 de janeiro: são 161 compatriotas que formam uma verdadeira vanguarda de profissionais revolucionários. Eles são uma nova e poderosa razão para reafirmar que nossa Pátria tem o caminho aberto para converter-se numa potência na produção de gás.

Finalmente, parabenizo à equipe Leões de Caracas: foram coroados campeões de beisbol venezuelano de 2009-2010, depois de uma final disputadíssima em que lutaram durante sete jogos com os Navegantes de Magalhães. Desta vez o time do Magalhães não conseguiu: fato que nós, torcedores do Magalhães lamentamos. Mas agora, os Leões são a Venezuela: vamos, todos e todas, torcer para que conquistem o título na Série do Caribe que começa na próxima terça-feira na nossa bela Ilha de Margarita.

Da minha parte lhes digo: comprovei que, apesar dos quarenta anos transcorridos desde aqueles dias inesquecíveis das Barinas, em 1969, o Liceu O’Leary, os jogos de beisbol em La Carolina ou no parque La Federação, as conversas nos blocos da Rodríguez Domínguez e todo aquele tempo mágico que se converteu em lembranças, a paixão magalhânica está aqui, intacta, crepitando em cada jogada, em cada lançamento, em cada batida...

Agradeço aos Leões de Caracas, agradeço aos Navegantes de Magalhães, obrigado...Porque entre tanta atividade revolucionária e contrarrevolucionária, para cujo epicentro a vida me trouxe, me fizeram reviver aquelas antigas paixões, que logo converteram-se neste fogo patriota em que me “consumo prazerosamente”, como disse o profeta.

E com um sorriso, digo agora como o grande Pablo Neruda: “Confesso que vivi”.

De verdade, vivi!

Pátria socialista ou morte!

Venceremos!