Obama exige a libertação imediata dos presos políticos em Cuba. Mas não para os de Guantánamo!
Jean-Guy Allard
Rebelião
O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu hoje, 26 de fevereiro de 2011, a libertação “imediata e incondicional” de presos políticos em Cuba, ao completar o primeiro aniversário da morte do criminoso cubano Orlando Zapata, transformado em “mártir” pelas suas próprias agências. Não proferiu sequer uma palavra sobre os torturados pelo Pentágono, sequestrados há anos no campo de concentração de Guantánamo, em território cubano ilegalmente ocupado.
Um ano antes da morte de Zapata, a CIA já tinha tudo pronto para mediatizar sua morte, que seus próprios serviços converteram em “dissidente” e cujo suicídio por greve de fome fora também programado pela CIA. O coro dos diversos órgãos de “informação” da Agência e do Departamento de Estado gerou, instantaneamente, assim como a declaração “presidencial” de hoje - a publicação em milhares de informativos de imprensa de toda uma série de intervenções cujas características revelam um plano de propaganda bem planejado.
O New Herald, de Miami, que a CIA utiliza como carro chefe neste tipo de operação, juntamente com o espanhol El Pais e das agências EFE e AFP, dirigiu os ataques, recorrendo a todas as organizações subsidiadas pela USAID que estavam preparadas há tempos para este golpe mediático.
Em um comunicado distribuído pela Casa Branca, Obama afirmou ontem que “o sofrimento do povo cubano não passa despercebido e os EUA permanecem decididos”. Omitiu informar que seu governo, cinicamente, mantêm o bloqueio genocida que, durante décadas, pretende sufocar a Cuba soberana pela fome e as privações.
Enquanto difama a Cuba, Obama não fez nenhum comentário pelas dezenas de milhares de trabalhadores fraudados que, em diferentes estados da União, se manifestam para exigir o respeito aos seus direitos fundamentais violados pelos políticos da ultradireita que levam o país ao fascismo.
Prefere continuar apoiando os seus serviços de “diplomacia pública”, criados por Otto Reich sob Ronald Reagan, que se dedicam a difamar e desinformar, a serviço das grandes corporações e bancos fraudulentos que garantir o financiamento da sua chegada à Casa Branca.