"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

OS NÃO DO GOVERNO COLOMBOIANO

-->

    01. Pela vocação de paz que sempre nos tem animado a manter a porta do diálogo aberta, atendemos o chamado do Presidente Juan Manuel Santos para explorar uma possibilidade de entendimento. As FARC propuseram que o s diálogos fossem desenvolvidos na Colômbia, de cara ao país. O governo disse NÂO!
    02. Solicitamos que ao Camarada Simón Trinidad lhe fosse possibilitado fazer parte da Delegação de Paz, pensando em que seu aporte e enorme experiência e sua vacação no âmbito da reconciliação, seriam de suma utilidade para o entendimento entre as partes. O governo disse: NÃO!
    03. Propormos o cessar bilateral de fogo para suscitar no país um ambiente de tranquilidade que permitiria um avanço mais dinâmico das conversações de Paz. O governo disse: NÃO!
    04. Propormos que se não era possível o cessar de foto, assináramos um tratado de regularização da guerra. O governo disse: NÃO!
    05. Convidamos ao Ministro de Agricultura a dialogar para esclarecer as propostas que em matéria agrária estão sendo desenvolvidas em paralelo à Mesa de diálogos. O governo disse: NÃO!
    06. Convidamos ao Ministro Pinzón e ao General Navas a que de maneira serena analisar a necessidade de um cessar de fogo e hostilidades, ou em seu defeito, um Tratado de Regularização da Guerra. O governo disse: NÃO. Seu Ministro de Defesa acrescentou que não falaria com bandoleiros, porém a insurgência continua dialogando com porta-vezes governamentais em A Havana.
    07. Ao contrário da visão do governo que que qualifica de “bochinche” a presença do povo na Mesa de Conversações, propormos possibilitar a plena participação cidadã em todos os momentos do processo. O governo disse: NÃO!

    08. Propormos a realização de uma Assembléia Nacional Constituinte como mecanismo refrendário que ponha ao Constituinte Primário como protagonista máximo de um Novo Contrato Social de Paz e justiça social. O governo disse: NÃO!

    09. Já são demais os estridentes NÃO do governo a todas nossas iniciativas em favor da Paz da Colômbia. Para completar, o povo colombiano tem escutado através dos meios de comunicação a reiterada ordem governamental de arreciar a guerra, que estranhamente agora se faz acompanhar de queixas pelas consequencias enquanto nos chama de cínicos.

Mas, quem tem institucionalizado o conflito armado e a guerra suja na Colômbia? Quem é o vitimário nessa confrontação que despoja o camponés desde o ano de 1940? Quem exterminou a Uniâo Patriótica? Quem tem realizado os massacres ou crimes de lesa humanidade que eufemisticamente são chamados de “falsos positivos”?
Diante da escalada da guerra comandada pelo governo, desde nossa legítima resistência, nossa insistência é que escalemos os intentos por alcançar a Paz e fazer uma grande campanha para proteger a Mesa de Conversações, entendendo que é preferível dar-lhe tempo suficiente a uma iniciativa de diálogo, que perpetuar a injustiça e a guerra sem outra opção.

DELEGAÇÃO PAZ DAS FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS DA COLÔMBIA, EXÉRCITO DO POVO (FARC-EP).