"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Resposta ao Cônsul da Colômbia em Milão.




[Do correspondente de ANNCOL na Itália.]

Na noite do último dia 25 de julho, em Milão, foi escrita outra importante página de solidariedade internacionalista para com a luta do povo colombiano.

Num fracassado evento de manipulação e tergiversação da realidade colombiana, promovido em Roma e Milão pela embaixada uribista na Itália com a colaboração de algumas obscuras “personalidades” italianas (na maioria pessoal de Berlusconi), fez-se ouvir uma vez mais a voz da condenação inapelável ao regime fascista colombiano.

O embaixador mafioso Sabas Pretelt, digno comparsa dos paramilitares Jorge Noguera Cote e Luis Camilo Osório, ex-cónsul e ex-embaixador da Colômbia na Itália respectivamente, fez lobby durante meses para montar o circo nas duas mais importantes cidades desta península.

Levando em conta que a enxurrada propagandística, astutamente facilitada pelo canal nacional de televisão Rete 4 do direitista Berlusconi, foi consistente e duradouro mas o seu resultado foi ridículo. As “manifestações” tinham sido convocadas “contra os violentos que seqüestram”, numa tentativa descarada – similar à que Uribe fez com as marchas na Colômbia em 5 de Julho último – de mobilizar a opinião pública contra a insurgência. Mas o tiro sai pela culatra.

Em Milão particularmente, apenas duas dúzias de pessoas atenderam o chamado da embaixada, entre as quais muitas nem sabiam realmente porque estavam ali; como em outras ocasiões, os mesquinhos diplomatas uribistas tentaram convocar os colombianos residentes na Itália insistindo na “colombianidade”, no “sentimento patriótico” e outras palavras de ordem vazias e preparadas no mesmo estilo.

Mas aconteceu o que os assessores do consulado não tinham previsto nem calculado: um grande grupo de jovens, entre italianos, colombianos e outros latino-americanos, adentrou no lugar da quermesse da mentira abrindo uma grande faixa que dizia: “NÃO AO RESGATE A SANGUE E FOGO, SIM À TROCA DE PRISIONEIROS”. Além disso, distribuíram centenas de panfletos nos quais se exigia que Uribe deixasse de mentir de forma descarada sobre o intercâmbio humanitário de pessoas privadas da sua liberdade na Colômbia devido ao conflito social e armado que existe no país a mais de meio século. Muitos panfletos foram distribuídos entre populares na central Plaza de la Scala, e que desta forma puderam entender a razão da manifestação.

Quando o cônsul começou a vomitar mentiras e falsidades, costume historicamente arraigado na classe política colombiana, os jovens solidários com a justa luta do povo colombiano e com a inadiável troca de prisioneiros, começaram a gritar “Colômbia SIM, Uribe NÃO”, “NÃO ao resgate, SIM à troca”, sem se deixar atemorizar, nem correr um só instante, pelos vinte e poucos para-górilas adidos do consulado da vergonha.

Assim como aconteceu em frente da embaixada da Colômbia em Berna, Suíça, em 20 de julho passado, quando se sentiram as manifestações contundentes dos amigos da solução política para o conflito contra o regime narco-paramilitar da Casa de Nariño, cinco dias depois, em Milão, volta a ecoar a exigência da troca de prisioneiros, saída política e renuncia de Uribe, por este ser um presidente ilegítimo e indigno.

Os jovens se enfiaram nas narinas dos para-uribistas, sem temor e com valentia, reafirmando claramente que, na Europa, os solidários com o povo colombiano não se deixam intimidar pelo enrosco mafioso das embaixadas colombianas.

O regime e seus lagartos diplomáticos foram advertidos: suas mentiras não têm nem terão lugar aqui na Europa, onde quer que seja.