"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Desmilitarizar e avançar para a negociação e a paz em Colômbia: Jaime Caycedo


O dirigente do Polo Democrático Alternativo e secretário-geral do Partido Comunista Colombiano [PCC], Jaime Caycedo Turriago, sustenta que é importante a sentença da corte Constitucional colombiana que ordenou ao Ministério de Defesa retirar as unidades militares de algumas comunidades indígenas, porque se assinala ao Estado uma obrigação, que é a da proteção à população civil.  
Assegura que não pode continuar violando-se o Direito Internacional Humanitário [DIH] por parte do estado e suas forças com as instalações militares no meio dos povoados rurais, o tema da desmilitarização é central na luta por um caminho de soluções políticas, por vias negociadas ao conflito. Não se pode seguir violando a constituição no país com a militarização extrema e a corte escutou os indígenas e campesinos que padecem desta situação.
Expressa Caycedo: “Compartilho que há que criar zonas de paz, territórios desmilitarizados, como expressa o ex-presidente Ernesto Samper; como Partido Comunista e Polo Democrático, saudamos estes esclarecimentos. Coincidimos em que, ao mesmo tempo, o país deve solidarizar-se com as lutas indígenas e campesinas de amplas regiões pela paz e por seus direitos violentados durante muitos anos.

Abrir novos espaços à mobilização unitária e à organização do povo

Jaime Caycedo se referiu à realização do Encontro Nacional de Unidade Popular, nos dias 10 e 11 de agosto de 2012, na sede da ADE sul, localizada na transversal 9 nº 1 a 35 sul – qualificando-o de “evento muito importante onde se reagrupam setores e processos novos e unitários do país”. Considera que, no referido encontro, se expressarão as convergências e iniciativas de mobilização popular para sair das políticas neoliberais do governo Juan Manuel Santos, mal chamadas “locomotivas”.
“O encontro deve ser representativo e amplo e que suas conclusões sejam contundentes na aprovação e no impulso das mobilizações e jornadas de protesto que sejam capazes de deter as locomotivas santistas. O encontro de unidade servirá para abrir novos espaços à mobilização unitária e à organização de nosso povo em todas as suas expressões. Deve ser um pilar no impulso e na realização dos protestos e do inconformismo e exigimos do governo que as entenda como uma demonstração democrática do descontentamento popular e a respeite”, assinalou o ex-vereador de Bogotá.