Piedad Córdoba: A paz é a luta contra a opressão no país
A ex-senadora Piedad Córdoba afirmou neste domingo (28) que o 
povo colombiano considera que a paz é mais do que o desarmamento e a 
desmobilização, é uma discussão sobre o sistema político, as garantias, a
 luta contra a opressão no país.
                               
A ativista dos direitos humanos 
declarou à Prensa Latina que chegar aonde se chegou hoje é uma conquista
 da sociedade, da pressão e mobilização popular.
Quando começamos as libertações de prisioneiros e reféns, todos se 
opuseram e nos perseguiram, disse. Esta foi uma das razões pelas quais 
me destituíram do cargo de senadora por 32 anos, mas isto era o início e
 a busca de que se conquistasse este processo de diálogo, acrescentou.
Porta-voz do movimento Marcha Patriótica e Colombianos e Colombianas 
pela Paz, Córdoba é uma das mais de 1.200 pessoas que estão presentes em
 Bogotá no foro de participação política, um dos cinco pontos da agenda 
assinada em agosto de 2012 pelo governo e as Forças Armadas 
Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc –EP).
Em sua opinião, deste encontro sairão coisas muito importantes. Este 
foro demonstra que há também uma quantidade de organizações que exigem 
uma ampliação do poder neste país, participação e garantias.
As pessoas querem falar, pedem que se mude o estado de coisas 
inconstitucionais como a miséria e a pobreza, a falta de garantias e a 
perseguição os que abraçam teorias políticas diferentes, declarou.
O foro, que se encerrará na próxima terça-feira, é o segundo que se 
realiza por proposta do governo e da guerrilha. O primeiro se realizou 
em dezembro de 2012 e abordou a política de desenvolvimento agrário 
integral, um dos cinco pontos da agenda acordada por ambas as partes.
Naquela ocasião foram recolhidas mais de 400 propostas de 522 organizações e 18 setores.
As conversações, que contam com Cuba e Noruega como países garantidores e
 Venezuela e Chile como acompanhantes, se realizam sobre a base de uma 
agenda que inclui também o fim do conflito em si, o tema das vítimas e a
 solução para o problema das drogas.
Todas as intervenções serão enviadas em 20 de maio à mesa de 
conversações entre o governo e a guerrilha, que têm por sede o Palácio 
de Convenções de Havana, Cuba.
Blog da Resistência www.zereinaldo.blog.br / Prensa Latina
                   
         
 
