"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 15 de abril de 2008

Com as FARC. Por quê?



Narciso Isa Conde/Rádio Café Stéreo

Desde minha adolescência na vida e na luta revolucionária, assumi uma atitude de solidariedade, aliança e colaboração política com as FARC-EP.

E não só com as FARC, senão também com outros grupos insurgentes da Colômbia e outras organizações político-militares e do mundo.

Jamais me inibi frente às intensas e persistentes campanhas de descrédito que contra as FARC, a FMLN de El Salvador, a Frente Sandinista de Libertação Nacional, a URNG de Guatemala, a Frente de Libertação de Vietnã, o ELN da Bolívia, o MRTA do Peru, a Frente Patriótica Manuel Rodríguez do Chile, o PRT da Argentina, as guerrilhas filipinas, a insurgência palestina, as resistências em Irlanda, no País Basco, Turquia e muitas outras... desenvolveram as oligarquias capitalistas, os Estados terroristas opressores e muito especialmente a potência mundial líder no terror de Estado, genocídios, massacres e guerras destrutivas em escala planetária.

Nunca aceitei a chantagem das acusações de “terroristas”, “subversivos” e “narco-terroristas” empregadas contra elas. Não esqueçam que sempre fui guevarista.

Como me zanguei também da acusação de “saqueadores” contra a população negra empobrecida de Nova Orleans por ocasião do impacto do furacão Katrina e da negligência criminal da administração Bush; e também daquela campanha que qualificou de “foragidos” aos setores médios e populares do Equador que se insubordinaram frente à traição de Lucio Gutiérrez.

Ninguém, no entanto, me tem visto respaldando àqueles movimentos armados e Estados cultores do terror indiscriminado, do fanatismo absurdo e do despotismo desenfreado em nome da revolução (tipo Pol Pot, Sendero Luminoso ou Stálin).

Tampouco, em outro aspecto, ninguém me tem visto em atitude seguidista, subordinada, dependente ou incondicional de nossos aliados políticos por fortes ou prestigiosos que sejam a organização e/ou o Estado que os representam. Nem sequer frente à respeitável e admirável liderança histórica da revolução cubana!

Nossa atitude de solidariedade não só tem sido desenrolada para as mais heróicas e honestas organizações político-militares, como também para toda a diversidade revolucionária, antiimperialista, socialista, comunista..., independentemente dos métodos de luta que empreguem, de suas fontes de inspiração teórico-política e de suas trajetórias históricas, sempre que estejam ajustadas a princípios éticos irrenunciáveis.

Inumeráveis organizações revolucionárias e movimentos sociais, que não têm recorrido às armas, têm contado com nossa solidariedade em cenários eleitorais e em diversas lutas, protestos sociais e rebeldias culturais.

Agora bem, se alguém está em busca de aliados ou “colaboradores” das FARC-EP na República Dominicana, devo dizer-lhes que aqui têm um com domicílio conhecido e que no projeto de Nova Esquerda – Círculos Caamañistas somos todos e todas amigos das FARC-EP, como sucede também em outros setores da esquerda social, cultural e política do país, e em não poucos componentes dos grandes contingentes dos(as) dominicanos(as) “de a pé”.

Deixe-se de inventar o “fio em bolinho” e o “sorvete em palito”.

Deixe-se de fazer o ridículo e de prestar-se a ocultos jogos sujos, levando-se da mentira inventada pela CIA, e pela inteligência do governo narco-paramilitar de Álvaro Uribe – difundido recentemente pelo diário “El Tiempo” de Bogotá – sobre as supostas sete “fundações” dominicanas a serviço do “terrorismo” e sobre os misteriosos sete colaboradores das FARC-EP.

Deixe-se de dar-lhe crédito à perversa torpeza dos agentes que a Estação da CIA semeia com esses fins na DNI e em outras organizações de segurança do Estado, instruída pelos “inventores” das armas de destruição massiva no Iraque.

Vão ao grão, ao concreto.

Passem por minha casa e pela de todos(as) os(as) dominicanos(as) que nos proclamamos amigos das FARC-EP e do legendário comandante Manuel Marulanda Vélez, comunista e bolivariano de pura cepa. Somos muitíssimos (as) mais que sete!

O que está à vista não necessita espelhinhos, muito menos o microscópio de Orlando Martinez, que fora assassinado há 33 anos por procuradores do mesmo padrão dos promotores desta perversa campanha.

Tenham coragem: se lhes desagrada tanto nossa atitude, prendam-nos, acusem-nos, processem-nos. E estejam certos que não vamos nos apavorar nem nos intimidar.

E isto é válido para calieses e repressores locais, agentes da CIA, generais de forca e faca, INTERPOL e todas a ervas daninhas que pululam por aqui e no mundo.

Vão para o caralho com sua chantagem!

Sim, reitero, tenho visitado acampamentos das FARC-EP, sou amigo e aliado de seus comandantes e de sua guerrilheirada, tive já há vários anos com os comandantes Marulanda, Raúl Reyes, Jorge Briceño, Joaquín Gómez..., me entrevistei mais recentemente várias vezes com os comandantes Iván Márquez, Jesús Santrich, Lucía e Rodrigo Granda.

E quê?

Façam vocês o que queiram!

E aos jornalistas amigos da SIP e da CIA que estejam tentados a fazer com isto terrorismo midiático, lhes sugiro sinceramente que tenham em conta que neste país não há caldo de cultura para essa perversidade e menos contra nós outros (as). Poupem-se dessa ridicularia!?