Terrorismo midiático
Este fim de semana está acontecendo em Caracas (Venezuela) um evento chamado “Terrorismo midiático”, que trará esclarecimentos sobre um fenômeno que está em pleno apogeu na América e no mundo inteiro.
Por Allende La Paz
O “Terrorismo midiático” está sendo utilizado pelo império e seus lacaios –entre eles, claro, está o regime colombiano-, a fim de confundir as mentes e o discernimento dos povos da América Latina. Quem sabe o mais esforçado aluno seja o regime narco-paramilitar de Álvaro Uribe Vélez. Vejamos de forma bem rápida, as ações desse regime corrupto, narco-traficante e violador dos direitos humanos e sua utilização na América Latina, especialmente na Colômbia, Venezuela, Equador e Costa Rica.
Dia após dia, os meios colombianos nos trazem produtos da falsa-mídia da guerra na qual se empenhou a oligarquia narco-paramilitarizada contra o povo colombiano. Dia após dia vemos membros das forças militares e de polícia, assim como reconhecidos funcionários governamentais, cantando vitória na guerra contra o povo.
Depois de mortos tantos guerrilheiros, descobrem que eram camponeses que os militares e policiais vestiram com roupas camufladas para parecerem guerrilheiros. Que os ‘falsos positivos’ de atentados da guerrilha contra as ‘forças da ordem’, e depois se sabem os nomes dos oficiais que prepararam as emboscadas contra seus próprios companheiros.
Depois de mortos três militares pela insurgência, descobrem que foi produto do ‘fogo amigo’, ou seja, militares mortos pelo fogo de outra patrulha militar. Depois de dizerem que Raúl Reyes tinha um harém de meninas de 6 a 12 anos de idade para satisfazer seus ‘perversos’ apetites, descobrem que nas FARC os comandantes sempre andam com sua tropa e com suas companheiras –esposas, mulheres- não os abandonam nem um minuto ao dia.
Enquanto a falsa-mídia empresarial dos meios colombianos bombardeia os cérebros dos colombianos e os vão convencendo de que estão ganhando a guerra, a estão perdendo. Mas há casos que são estarrecedores. Como o do Urânio que dizem que as FARC buscava. Oras, e nem sequer pensavam ao dizer que ‘buscavam’ ou ‘queriam comprar’, não que o ‘tinham’. E é como condenar uma pessoa pelo que pensa em fazer, mesmo que não o tenha feito, assim como os EUA disseram que Saddam Hussain não tinha relação com a Al Qaeda, mas que deveriam derrotá-lo por via das dúvidas.
Mas, não contentes com isso, o regime narco-paramilitarizado de Uribhitler converteu-se prazerosamente no ‘Israel da América do Sul’ e está exportando a guerra, o fascismo, aos países latino-americanos.
Na República Bolivariana de Venezuela são diários os atos de delinqüência que os narco-paramilitares realizam para converter a Venezuela em um país invisível. Brigas, seqüestros, boicotes e assassinatos de dirigentes camponeses são suas obras, as que somadas aos 80 ou 100 narco-paramilitares invasores para realizar o magnicídio de Hugo Chávez, ou o magnicídio do Fiscal Danilo Anderson, não dão a mostra de como joga o regime de Uribhitler.
O objetivo é desgastar a revolução bolivariana, para posteriormente dar o ‘golpe de misericórdia’, uma vez que o golpe militar falhou.
Assim como no Equador, onde prentendem converter-se no flagelo contra o presidente Rafael Correa, diante da proximidade da saída dos militares gringos da Base de Manta. Mentiras e mais mentiras contra o governo. A famosa foto de Larrea que não era Larrea e sim Etchegaray, é apenas uma mostra do jogo sujo de Uribhitler e os gringos, tudo com a pretensão de que o Equador ‘esqueça’ a incursão invasora em seu território. E inventam as mentiras mais inverossímeis, que o computador de Raúl Reyes mostra isso e aquilo, tentando fazer com que esqueçam que primeiro foi a violação da soberania do Equador e depois os que eles dizem que encontraram no computador que resistiu a 10 bombas inteligentes, as mesmas que usam no Iraque.
E em seu espetáculo da falsa-mídia, se vangloriuam pela morte de Reyes e Ríos. Evidentemente as FARC devem ressentir sua perda, e temos visto que Marulanda tem atuado com serenidade e nomeou os novos membros do Secretariado, mas o regime de Uribhitler não pode sentir-se ‘orgulhoso’, ‘ganancioso’, pela morte de dois combatentes farianos porque, em nenhum dos casos, foi produto de suas ações.
Não fosse pela atuação dos pilotos gringos que lançaram 10 bombas inteligentes e 30 de estilhaçamento, o mais provável era que Reyes escapasse. Talvez sua única participação tenha sido a de haver executado os que se entregavam feridos e abandonado os feridos em uma ‘ação de guerra’. Assim como com Ríos. O circunstancial assassinato de Iván Ríos não foi resultado de nenhuma ação militar, mas sim da loucura e depravação de um indivíduo sem caráter, que ‘mata por dinheiro’.
E vemos também que o regime de Uribhitler chega a Costa Rica para exportar o fascismo. Segundo dizem, encontraram 480 mil dólares –não se sabe a quantia certa porque arrombaram a casa quando os donos não estavam e por isso não se pode dar fé se é certo ou não, se foram ou não ‘plantados’ no cofre-, e começa então uma verdadeira caça às bruxas das autoridades da Costa Rica pelos contatos que setores políticos e sindicais tinham com Raúl Reyes.
Deve-se dizer que Raúl Reyes, segundo nos informam desse país, esteve na década de 90 na Costa Rica, com a permissão do governo constitucional, eleito democraticamente, de José María Figueres, acreditamos que com o aval dos EUA (porque lá nada se move sem a permissão gringa). Lógico então que Reyes fez contato com as forças vivas da sociedade. Nem que seja por simples curiosidade. Por algum acaso Oscar Arias ‘pecou’ por haver se reunido com Raúl Reyes em uma ou duas ocasiões? Da mesma forma fazem perguntas sobre Rodrigo Granda da época dos Diálogos de Paz no Caguán, durante os quais viajava a esse país para tratar de destravar o processo, e logicamente teve que ter contatos com certa gente, inclusive com as autoridades legítimas da Costa Rica, inclusive realizando negócios.
Por acaso é ‘pecado’ –para seguir usando a expressão da moda- ter feito esses contatos? Claro que não. Se eram contatos LEGAIS com um personagem que entrava e saía do país com uma permissão do governo da Costa Rica, em pleno processo da paz na Colômbia, e as FARC não eram consideradas então uma organização Terrorista: além do mais, tratava-se de ajudar, com bons ofícios, para que esse processo fosse concretizado.
Então porque tanta fuzarca? Não sabem os meios discernir os acontecimentos de uma e outra época? Pra que tanto alvoroço? Pela simples razão de que o povo da Costa Rica impediu com sua mobilização a apicação do TLC, como antes impediu a privatização do ICE, -eletricidade e comunicações-, a empresa de orgulho deles, porque é a primeira da América Central.
Logicamente a empresa e muitas mais estão na mida da avidez dos empresários apátridas e das multinacionais gringas.
Essa é a verdadeira razão do alvoroço e o que pretendem é acusar os sindicatos, partidos políticos de esquerda ou não, personalidades acadêmicas, que lideraram a luta contra as privatizações e o TLC, e impor a visão dos empresários apátridas do império. Querem acovardar todo mundo. Essa é a triste verdade, não devemos nos iludir com mentiras.
Mas o que chama a atenção é que os agentes das agências grindas utilizem os agentes colombianos para que realizar por eles o trabalho sujo. Que razões ocultas existem para isso acontecer?
Evidentemente, o império gringo trata de minar a brava luta dos povos para evitar a espoliação, o roubo de suas riquezas. E agora trata de usar o nome das FARC para prejudicar os dirigentes dos povos, igualmente para reduzir à nada a posição patriótica dos setores mais esclarecidos do povo. Mas não podemos permitir nem vamos permitir isso. Os povos não são covardes, pelo contrário, são extremamente valorosos. Não nos derrotarão.