Dar e receber, é a lógica de toda troca
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Consumado o massacre por parte do governo colombiano contra um grupo de combatentes das FARC no qual se encontrava o líder guerrilheiro Raúl Reyes e pelo menos meia dúzia de civis, o executivo deste país e a classe política reacionária, chamam cinicamente as FARC-EP para que continuem com outras liberações de prisioneiros em poder da mesma, cuspindo sobre o cadáver do principal interlocutor que havia entre a comunidade internacional e a insurgência colombiana, com relação ao tema do Intercâmbio Humanitário de prisioneiros.
Agência Bolivariana de Imprensa - ABP
Consumado o massacre por parte do governo colombiano contra um grupo de combatentes das FARC no qual se encontrava o líder guerrilheiro Raúl Reyes e pelo menos meia dúzia de civis, o executivo deste país e a classe política reacionária, chamam cinicamente as FARC-EP para que continuem com outras liberações de prisioneiros em poder da mesma, cuspindo sobre o cadáver do principal interlocutor que havia entre a comunidade internacional e a insurgência colombiana, com relação ao tema do Intercâmbio Humanitário de prisioneiros.
Raúl Reyes havia se deslocado para o território equatoriano, buscando as melhores condições para receber uma comissão do governo francês que buscava contatar o Secretariado das FARC-EP com a finalidade de obter a libertação de Ingrid Betancourt. Isto sabia o governo francês e sabia o governo do senhor Uribe Vélez, no entanto procedeu com ódio contra o membro do Secretariado das FARC.
No atual momento, continua o governo colombiano com o uso sistemático da mentira; anuncia contatos e gestões da igreja e de outros governos, que não existem segundo fontes consultadas pela ABP [fontes da ANNCOL apontam no mesmo caminho], planeja e anuncia operações humanitárias sem consultar uma previa autorização de uma das partes que têm os prisioneiros: a insurgência.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chama Manuel Marulanda para que siga a libertar imediatamente a Betancourt, sem contraprestação alguma, sem sequer lembrar que se deve igual correspondência por parte do governo colombiano com os guerrilheiros que tem presos em suas prisões, em condições subumanas..., sem solicitar publicamente ao governo dos Estados Unidos que atuem de maneira conseqüente com as demonstrações persistentes das FARC sobre sua vontade política para a libertação dos prisioneiros e o Intercâmbio, expressa tanto pelas provas de vida que tem entregado – sob o risco à integridade física e liberdade de seus militantes que atuam como mensageiros – bem como pelas libertações unilaterais que em vários momentos da história tem realizado a insurgência.
Atualmente o governo francês busca com celeridade que Caracas faça a mediação com prontidão para a libertação de Ingrid, têm o direito de fazê-lo e razões de sobra, uma vez que o governo que encabeça Hugo Chávez, junto à gestão inatacável de Piedad Córdoba, têm sido as fórmulas mais sensatas, equilibradas e eficientes para o alcance da confiança necessária sem a qual não se teria podido dar nem a liberação dos ex-prisioneiros em poder das FARC, nem a possibilidade real de um acordo de troca.
Ademais, a participação e ajuda que Chávez pode dar no caso é segura e sincera; mas aí não reside o problema; este se encontra na obstinação do governo colombiano e de Washington que são os verdadeiros obstáculos para a troca e a paz na Colômbia.
Por isso o governo francês deveria com igual esmero, buscar que a Casa de Nariño não persista em sua irredutibilidade e demonstre verdadeira vontade para o Intercambio Humanitário.
Antes de helicópteros prontos para atender à saúde dos prisioneiros e preparar seu transporte, deveriam fazer os esforços pertinentes para que o governo em Washington e Bogotá concorde em liberar sem exigências os guerrilheiros e políticos de esquerda presos tento nas prisões da Colômbia como nas dos Estados Unidos.
Sarkozy deve utilizar seus amplos contatos com os norte-americanos, que são os que financiam a atiçam a guerra na Colômbia, para que não sigam impedindo o regresso para casa tanto dos políticos e militares em poder das FARC, como daqueles que se encontram nas prisões do regime.