Sonia, Simón e Iván Vargas. Sonia, Simón e Iván Vargas
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Comunicado
O presidente Álvaro Uribe, obstinado em não concertar com as FARC-EP o Acordo Humanitário, se nega a desmilitarizar Florida e Pradera no Valle del Cauca. Entretanto, se afunda inexoravelmente na lama da parapolítica, no sangue de mais de 150 mil vítimas do paramilitarismo e faz caso omisso do sofrimento de mais de 4 milhões de deslocados, enquanto abafa com o manto de impunidade a seus sócios narcoparamilitares, pior ainda, balbucia sua cínica linguagem “antiterrorista” para desqualificar a rebelião legítima do povo colombiano.
Estamos ante um governo perverso que emprega a guerra suja como forma de governar e premia a traição com os petrodólares que lhe enviam da Casa Branca, estampados pela dor de um povo heróico que resiste no Iraque. A dignidade e lealdade ao povo dos guerrilheiros das FARC-EP não tem preço. Jamais nos esquivaremos do sonho bolivariano que nosso povo reivindica.
Exaltamos a admirável firmeza revolucionária dos prisioneiros de guerra. Nunca sairão da prisão envergonhados, levando nos ombros o peso da traição, convencidos como estão que não há sacrifício inútil quando se consagra ao supremo interesse da pátria.
Junto aos nomes de Sonia e Simón, incluímos o de nosso camarada Iván Vargas, extraditado aos Estados Unidos, numa mostra mais do servilismo, da indignidade e submissão do presidente colombiano.
O atual desafio, ante a ilegitimidade do regime, é o da unidade e da solidariedade para alcançar um novo governo que priorize o acordo humanitário e se disponha a construir a paz com soberania, democracia e justiça social.
Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, 17 Abril 2008.