"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Porque na Bolívia vive o CHE

por Juan Francisco Torres


Os 500 anos de resistência latino-americana, por nossa dignidade e soberania, estão chegando ao máximo esplendor onde o despertar bolivariano está chegando aos céus nas altas terras da Bolívia.

“Vamos seguir na luta e levar adiante as tarefas que o Che nos deixou”, foram as palavras de Evo Morales após o histórico triunfo, aquele do dia 18 de dezembro de 2005, onde se concretizou a permanente luta do povo boliviano pela tomada do poder.

A Bolívia sofreu através da história inúmeras agressões imperialistas, no passado pelos europeus e agora pelo imperialismo mais brutal: o estadunidense. O saque permanente dessas ricas terras tem sido a causa de sua desgraça, que também é a nossa. Esta terra convertida em sítio central da exploração Americana, foi considerada como um dos lugares com mais riqueza no mundo, mas onde seus recursos naturais e humanos eram ao serviço de outros. “Alguns escritores bolivianos, inflamados de excessivos entusiasmo afirmam que, nos três séculos, a Espanha recebeu tanto metal de Potosí que seria suficiente para construir uma ponte da cordilheira até a porta do palácio real, do outro lado do oceano... os metais arrebatados estimularam o desenvolvimento econômico europeu e até, pode-se dizer, tornaram-o possível”.

A América foi um negócio europeu, e agora a Bolívia, considerada antigamente como “El Dorado”, é um dos países mais necessitados economicamente assim como o resto dos países latino-americanos, na Bolívia só ficam os fantasmas da riqueza morta.

É importante saber a história de luta que temos os povos latino-americanos e sobretudo a dívida fiel que o mundo possui com a Bolívia, como diria Eduardo Galeano, mas ainda o compromisso dos países irmãos e de todos os revolucionários para defender a revolução boliviana.

Após a mudança de hegemonia mundial, onde o imperialismo Yankee jurou não permitir outra Cuba na América, está tentando desestabilizar todos os governos soberanos e eleitos democraticamente como a Venezuela, Nicarágua, Equador, etc. Mas, sobretudo, o Governo Boliviano diante do temor do avanço acelerado de uma revolução socialista.

A influência do acionamento revolucionário que o Che deixou, o povo boliviano tomou como seu para continuar a luta anti-imperialista cobertos com seus ponchos indígenas sob o símbolo da revolução. A herança de luta que deixou o Che impediu o discurso burguês que o considerava invasor e que o povo chamou de internacionalismo.

Quando perguntaram ao companheiro Evo o motivo dele ser seguidor do Che, ele respondeu: “Eu gosto do Che porque ele lutou pela igualdade, pela justiça, não só se preocupava com as pessoas comuns, mas tornou sua a bandeira de todos eles”. E agora nossa luta está com o povo boliviano.
Assim como o Che, cujo pensamento e ação não pôde ser apagado pelo imperialismo na Bolívia, nasce nosso compromisso de reviver o espírito combativo que se levanta da escolinha de La Higuera, no humilde povoado de Vallegrande, rumo à revolução.




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