"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Questionam cooperação com Colômbia

“Antes de falar de um acordo de livre comercio, o presidente Uribe deveria se preocupar que se melhores ostensivamente a situação dos direitos humanos em seu país”, disse Alexandra Huck da Associação Coordenação Colômbia (kolko) com sede em Berlim.

Álvaro Uribe em Berlim: Chanceler alemã destaca “avanços” em matéria de direitos humanos. Organizações de direitos humanos protestam contra o mandatário.

Von Harald Neuber
amerika21.de (01.02.2009)

Uma política cega frente a um “sócio privilegiado”: Angela Merkel e Álvaro Uribe em Berlim


Berlim/Bogotá.

Depois da visita de dois dias do presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez a Alemanha, organizações governamentais e de direitos humanos do país europeu tem tendido a um balanço diferente.

Enquanto em Berlim a chanceler alemã Angela Merkel (democrata cristã) louvou “a melhora da situação dos direitos humanos” em Colômbia, sob o governo de Uribe, numerosas organizações protestaram contra o convidado sul americano.

Uribe pousou na capital alemã depois de sua participação no Fórum Econômico Mundial de Davos. O primeiro dia de sua visita se reuniu com a chanceler social-democrata.

Também formaram parte do programa um encontro com o ministro de economia Michel Glos (democrata-cristão) e com a ministra de educação Annete Schavan (democrata-cristã). Uribe falou ainda com representantes da comissão da economia alemã para América Latina.

Alemanha é o sócio comercial mais importante da Colômbia na União Européia. O volume de negócios em 2007 cresceu ao redor de 1,8 bilhões de euros.

A chefe do governo alemão, Angela Merkel já tinha visitado a Colômbia em maio do ano passado, como parte de seu giro pela América Latina. No final do ano, o político democrata-cristão Ole von Beust se reuniu com Uribe em Bogotá.

Enquanto o governo alemão reporta um balanço positivo da visita do mandatário colombiano, organizações não governamentais e grupos de direitos humanos a criticaram.

“Antes de falar de um acordo de livre comercio, o presidente Uribe deveria se preocupar que se melhores ostensivamente a situação dos direitos humanos em seu país”, disse Alexandra Huck da Associação Coordenação Colômbia (kolko) com sede em Berlim.

Huck declarou que um melhoramento das situação dos direitos humanos somente se reconhece nas estatísticas oficiais.

A ativista sinalizou que nas duas últimas décadas tinham sido assassinadas 70.000 pessoas na Colômbia e quatro milhões foram deslocadas.

A chanceler alemã Angela Merkel, deveria tomar como exemplo a política do congresso dos Estados Unidos da América, exigiu Huck. O congresso de Washington tem bloqueado o acordo de livre comércio entre esse país e Colômbia, devido a má situação dos direitos humanos existente sob o mandato de Uribe.

Mais ou menos uma dezena de organizações apoiou o piquete pelas vítimas da violência política, entre elas, Anistia Internacional e numerosas organizações religiosas e de desenvolvimento.

“Se a chanceler federal e os líderes partidários se reunem com o presidente Uribe, os direitos humanos tem que ser um tema central”, disse a responsável para Colômbia da instituição benéfica MISEREOR, Susanne Breuer.

Enquanto as conversas planejadas com representantes da economia de Berlim, as organizações benéficas sublinharam que as violações aos direitos humanos e os deslocamentos na Colômbia representariam um desafio para a economia.

Em muitos casos, a violência estaria relacionada com interesses econômicos pela terra. Um exemplo seria a crescente produção de óleo de palma na região do pacífico, a qual é apoiada pela Alemanha.

Além de encontrar-se com políticos conservadores do governo alemão, Uribe também se reuniu em Berlim com o presidente do partido A Esquerda (Die Linke) Gregor Gysi. Gysi perguntou ao convidado colombiano sobre a perseguição política de opositores de esquerda.

O domingo, a porta-voz para a política de desenvolvimento do partido A Esquerda, Heike Hänsel, reafirmou essa posição. “Angela Merkel deve retirar o apoio ao governo de Uribe”, expressou ela.

Hänsel se referiu às aproximadamente 1400 execuções extrajudiciais que tem cometido o exército colombiano no ano de 2007. Há pouco o Conselho de Direitos Humanos da ONU tinha debatido esse assunto.

A deputada do partido A Esquerda apoiou a mais recente libertação de vários prisioneiros políticos que fez às FARC. “Esperamos que o governo aproveite essa iniciativa para finalmente iniciar negociações para um intercâmbio humanitário de prisioneiros, disse Hänsel.

Enlace original