Padre Giraldo: Em fazenda da propriedade da familia de Uribe funcionava uma estrutura paramilitar
Anncol
O coordenador do banco de dados do CINEP, padre Javier Giraldo, em entrevista para La Fm, afirmou que, em 2005, na fazenda La Carolina, de propriedade da família do presidente Uribe, funcionava uma estrutura paramilitar onde diversos crimes foram cometidos.
"No meu entendimento é muito preocupante que, se essa fazenda pertencia à familia do presidente Uribe...é de extrema gravidade que ali funcionasse uma estrutura paramilitar em 2005”, disse o padre Giraldo.
Nesse sentido, o padre Giraldo disse que em várias ocasiões solicitou à justiça que se investigasse o que acontecia nesta propriedade. Não conseguiu que se chegasse ao esclarecimento dos fatos.
Segundo disse o padre Giraldo, em 2005 solicitou ao procurador Iguarán que investigasse o que ocorria nesta fazenda, porque no processo do general Rito Alejo del Rio, houve o caso de um soldado que foi convidado a participar da estrutura paramilitar que operava nesta fazenda e, por se negar, foi assassinado.
"Já tive a experiência de que a justiça não está interessada em investigar este caso... porque o sistema judiciário colombiano o tem evitado”, disse o sacerdote Javier Giraldo.
Giraldo ainda disse que foi sugestão dele que o Major(R) Meneses se encontrasse como o Prêmio Nobel Adolfo Pérez Esquivel, para dar seu depoimento sobre os supostos vínculos de Santiago Uribe, irmão do presidente Uribe, com os paramilitares do departamento de Antioquia.
"Quando entraram em contato comigo e me dizeram que havia um testemunho do que acontecia em La Carolina, recomendei que fosse apresentasse perante juristas de nível internacional, pois a justiça colombiano tem-se esquivado”, disse Giraldo.
Finalmente, o coordenador do banco de dados CINEP, o padre Javier Giraldo, descartou a possibilidade de que o depoimento do Major (R) Meneses tenha alguma relação com o governo da Venezuela.
"Não tenho dados que demonstrem que este depoimento tenha algo a ver com o governo da Venezuela... É diferente pois o Major procurou a Venezuela como primeiro refugio, mas teve procurar outro atraves de ACCNUR pois tentaram assassiná-lo no país vizinho”, disse Giraldo.