"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 24 de abril de 2011

Chávez deteve sueco-colombiano apoiado em dados falsos entregados por Santos


por Dick Emanuelsson
(na foto o lugar onde está detido Joaquín)

2011-04-24 / As autoridades de migração venezuelana, se apoiaram para deter o senhor Joaquín Pérez Becerra, em informação falsa ou velha procedente dos organismos colombianos de segurança.

Buscando impedir sua extradição para Colômbia, tanto a embaixadora de Suécia em Bogotá, Lena Nordstrom, quanto o cônsul do mesmo país em Caracas, trabalham arduamente para aclarar ante as autoridades venezuelanas que Pérez não tem nacionalidade colombiana, pois recebeu a nacionalidade sueca.

No Comunicado do Governo da República Bolivariana de Venezuela de ontem dizia literalmente que "o cidadão de nacionalidade colombiana JOAQUÍN PÉREZ BECERRA, com cédula de cidadania número 16.610.245”, foi “detido quando intentava ingressar ao país num vôo comercial procedente da cidade de Frankfurt, Alemanha”.

Mas, o senhor Pérez renunciou à sua nacionalidade colombiana há mais ou menos dez anos, quando nasceu sua filha, residente na Suécia, junto com seu irmão e mãe. Isso me contou a esposa de Joaquín Pérez.

Quer dizer, as autoridades venezuelanas devem saber que o passaporte com que ingressou Pérez o dia 23 de abril, era sueco e, por lógica se deduzir que ele não tem cédula de cidadania colombiana nem passaporte colombiano, dados que publicam no Comunicado entregue pelo governo venezuelano.

Então, qual a razão pela qual as autoridades venezuelanas entregam dados errôneos à imprensa?

Pois, não há outra explicação distinta daquela que indica que os dados são dos organismos de segurança de Santos. É um secreto público que o presidente colombiano, em seu afã por melhorar as relações com Chávez, tem-lhe entregado uma lista de pessoas que Santos quer que sejam extraditadas para Colômbia e, de passo, para uma morte segura.

Nessa lista estão os velhos dados sobre Joaquín Pérez. Neles constam sua nacionalidade colombiana e o número de sua cédula de cidadania. Dados que têm mais de dez anos!

Para qualquer sueco que preenche os dados de seu ingresso em Venezuela ou outro país, deve fazer constar, também, o país de nascimento no formulário de ingresso. E aí, seguramente, apareceu Pérez na computadora da Migração venezuelana porque eram dados do listado que Santos entregou para Chávez.

Nesse sentido, a pergunta que o escritor e jornalista colombiano Hernando Calvo Ospina, exilado em París, França, lança num comentário sobre a detenção de Pérez é exata:

“E se o presunto guerrilheiro colombiano estava na lista ´vermelha´ da Interpol, ¿por quê não foi detido em Alemanha, de onde partiu com destino Caracas, ou em Suécia onde mora?"

Será que "O listado vermelho é de Santos?

O agora detido sueco Joaquín Pérez já completou mais de 24 horas preso em Caracas, mas até agora não lhe permitem nem sequer ligar para sua esposa e filhos.

Se Chávez entrega ao governo colombiano um cidadão sueco, nascido em Colômbia e, com status de refugiado político no país nórdico, o governo venezuelano pode se envolver em graves problemas diplomáticos, nos diz uma fonte.

Pode ser um caso paralelo ao de Simón Trinidad, o porta-voz da guerrilha que foi detido em Quito, Equador, em janeiro de 2004 e extraditado para os EUA o dia 31 de dezembro do mesmo ano.

Trinidad, ou Ricardo Palmera, tinha a missão do Secretariado das FARC de buscar o emissário James Lemoyne, mão direita do então Secretário Geral da ONU, Koffi Annan, para buscar uma saída e solução dos prisioneiros de guerra em mãos da guerrilha.

Trinidad fue entregue no segundo dia logo de sua detenção a Uribe pelo ex-coronel e presidente Lucio Gutiérrez, violando assim as normas internacionais de ACNUR pelo direito de asilo e de defesa jurídica ante uma extradição.

Gutiérrez se auto-proclamou "o melhor amigo do presidente de EUA" que nesse então era nada menos que George W Bush, o homem das guerra em Iraque e Afeganistão.

Por acaso será que Chávez quer ser recordado pelos povos do mundo como "O melhor amigo do presidente da Colômbia", entregando colombianos que um dia tiveram que fugir de suas terras por culpa do Terrorismo do Estado nesse país?